sábado, 15 de junho de 2024

Problemas humanos - Liu Xiaobo - Prêmio Nobel da Paz de outubro de 2010 - por Jaci Régis

 

Problemas humanos - Liu Xiaobo

O parlamento norueguês decidiu atribuir ao chinês Liu Xiaobo  o Premio Nobel da Paz. A decisão causou revolta do governo chinês que mantém o ativista e dissidente preso por “crime de consciência”, quando o condenado é punido por ter idéias contrárias ao poder.





Liu Xiaobo ativista, autor de manifesto pedindo reformas democráticas na China, cumpre pena de prisão por  “incitar subversão”.

Governos totalitários odeiam dissensões e opiniões contrárias. Totalitarismo baseado em ideologia, como o chinês, comunista e ou teológico, como o Irã, detestam a liberdade de modo geral, da imprensa em particular.

Todos esses governos, como os de todas as ditaduras, são signatários da Declaração dos Direitos Humanos, da ONU.

Mas com medo de perder o controle rígido do poder, avançam, contra a liberdade de consciência

O regime chinês é repressor e ditatorial. Conseguiu, depois da Revolução Vermelha de Mão Tse Tung, tornar-se uma das mais importantes potencias econômicas da atualidade, com crescimento surpreendente da econômica. Isso foi conseguido pela abertura, ainda que parcial, às empresas particulares locais e internacionais.

O Espiritismo, temos repetido, é contra toda e qualquer idéia totalitária, as ditaduras e regimes teológicos, que cerceiam a liberdade.

Na América Latina houve um avanço de governos que se afirmam “socialista”, mas que atacam a liberdade de imprensa e criam situações conflitivas. No Brasil, o atual governo, em cujos quadros existe um grande contingente marxista ou pró-marxista, tenta criar empecilhos à liberdade de imprensa e não tem o menos pudor em abraçar ditadores e ditaduras.

Na Lei de Liberdade, inserta em O Livro dos Espíritos, temos a orientação básica.

 “No pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como por lhe peias. Pode-se-lhe deter o vôo, porém, não aniquilá-lo.”

““. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.”

O parlamento dinamarquês ao consagrar o esforço e até a bravura do dissidente chinês, mostrou independência diante das ameaças do governo chinês, que tenta apresentar uma imagem positiva. O homenageado está em prisão e não poderá recebe o prêmio, nem provavelmente, terá sua pena revista. Isso feriria o orgulho do governo comunista chinês. Como todo regime totalitário quer que a China, apareça como um paraíso, mesmo sob o sangue de torturas, prisões e cerceamento da liberdade.

Texto originalmente publicado no Jornal Abertura de outubro de 2010, página 4.

Este foi o último artigo escrito e publicado no Abertura por Jaci Régis, não tem a sua assinatura, mas a Coluna  Problemas sociais e Políticos eram sempre escritas por ele. Jaci desencarnou em novembro de 2010.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário