Problemas humanos - Liu Xiaobo
O parlamento norueguês decidiu
atribuir ao chinês Liu Xiaobo o Premio
Nobel da Paz. A decisão causou revolta do governo chinês que mantém o ativista e
dissidente preso por “crime de consciência”, quando o condenado é punido por
ter idéias contrárias ao poder.
Liu Xiaobo ativista, autor de
manifesto pedindo reformas democráticas na China, cumpre pena de prisão por “incitar subversão”.
Governos
totalitários odeiam dissensões e opiniões contrárias. Totalitarismo baseado em
ideologia, como o chinês, comunista e ou teológico, como o Irã, detestam a
liberdade de modo geral, da imprensa em particular.
Todos esses
governos, como os de todas as ditaduras, são signatários da Declaração dos Direitos
Humanos, da ONU.
Mas com medo
de perder o controle rígido do poder, avançam, contra a liberdade de
consciência
O regime
chinês é repressor e ditatorial. Conseguiu, depois da Revolução Vermelha de Mão
Tse Tung, tornar-se uma das mais importantes potencias econômicas da atualidade,
com crescimento surpreendente da econômica. Isso foi conseguido pela abertura,
ainda que parcial, às empresas particulares locais e internacionais.
O
Espiritismo, temos repetido, é contra toda e qualquer idéia totalitária, as
ditaduras e regimes teológicos, que cerceiam a liberdade.
Na América
Latina houve um avanço de governos que se afirmam “socialista”, mas que atacam
a liberdade de imprensa e criam situações conflitivas. No Brasil, o atual
governo, em cujos quadros existe um grande contingente marxista ou
pró-marxista, tenta criar empecilhos à liberdade de imprensa e não tem o menos
pudor em abraçar ditadores e ditaduras.
Na Lei de Liberdade, inserta
“No pensamento
goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como por lhe peias.
Pode-se-lhe deter o vôo, porém, não aniquilá-lo.”
““. A
liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do
progresso.”
O parlamento dinamarquês
ao consagrar o esforço e até a bravura do dissidente chinês, mostrou
independência diante das ameaças do governo chinês, que tenta apresentar uma
imagem positiva. O homenageado está em prisão e não poderá recebe o prêmio, nem
provavelmente, terá sua pena revista. Isso feriria o orgulho do governo
comunista chinês. Como todo regime totalitário quer que a China, apareça como
um paraíso, mesmo sob o sangue de torturas, prisões e cerceamento da liberdade.
Texto originalmente publicado no Jornal Abertura de outubro de 2010, página 4.
Este foi o último artigo escrito e publicado no Abertura por Jaci Régis, não tem a sua assinatura, mas a Coluna Problemas sociais e Políticos eram sempre escritas por ele. Jaci desencarnou em novembro de 2010.
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