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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A evolução do espírito e da matéria - por Jaci Régis

A evolução do espírito e da matéria


Na revelação cristã é filosoficamente fundamental, básico, o conceito de uma queda original do homem no começo da sua história, e também o conceito de um Messias, um reparador, um redentor. Conceitos indispensáveis para explicar o problema do mal, racionalmente premente e racionalmente insolúvel. A solução integral do problema do mal viria unicamente do mistério da redenção pela cruz - necessário complemento do mistério do pecado original.

Jaci Régis



As palavras acima, retiradas de um site católico, mostram claramente a diferença entre o cristianismo e o Espiritismo.

Como a Doutrina Kardecista pode analisar esse fato?

Se considerarmos a Teoria Evolutiva do Espiritismo, que contempla a criação do ser espiritual “simples e ignorante”, compreenderemos que o planejamento da evolução do ser espiritual, possui a mesma coerência que pode ser constatada na análise do processo evolutivo geral.  Ou seja, existe uma total coerência nos processos de evolução dos elementos materiais e espirituais.

É o que nos ensina O Livro dos Espíritos, sobre a Lei Natural ou divina.  “a lei natural abrange todas as circunstâncias da vida”.

A Teoria Evolutiva do Espiritismo, torna o ser espiritual parte do mesmo processo que dinamiza e constitui o universo material. Esse dualismo conceitual parece ser inevitável no encaminhamento intrínseco entre todos os fatores da vida universal, entrosando matéria e espírito, embora cada um determinando um caráter e um perfil que conjugado possibilita a vida.

No processo de evolução do universo, encontramos a inevitável seqüência de nascer, viver, morrer e renascer, aplicada tanto ao ser espiritual quanto aos elementos materiais. Em ambos os casos, temos uma “imortalidade”, isto é, como disse Lavoisier, nada se perde, nada se cria, considerando a reciclagem dinâmica dos fatores.

Dada a natureza diferenciada do elemento espiritual, a imortalidade do espírito, contudo, conteria um elemento singular, consistente, que determina uma individualidade permanente, isto é, embora intrinsecamente ligado ao elemento material não se perde na dissolução eventual dos elementos, nem na dissipação da energia produzida por eles. Na verdade como elemento da natureza o princípio espiritual guarda a qualidade de ser, de constituir uma individualidade que deteria a essência do movimento vivo, agregador, e dissipador dos elementos.

Conforme se auto desenvolve esse elemento individual e espiritual, ganha a capacidade de pensar, criar e recriar, submetendo elementos esparsos ao vetor diretor de sua vontade.

Nesse sentido, assim como os elementos materiais são conjugados, reciclados ao sabor da inteligência motriz, natural, o Espírito também precisa de tempo e espaço para alongar-se, desenvolver-se.

No ciclo vida, morte, renascimento, o elemento espiritual possui o ritmo acelerador da reencarnação, uma vez que está mais que evidente que, nessa simbiose espírito-matéria que é a base do universo, a inteligência ou essência motriz do ser espiritual organiza organismos para manifestar-se. É o princípio da encarnação, entendida como elemento de aglutinação, ajuste e processual do desenvolvimento das potencialidades do Espírito.

Na verdade podemos afirmar que a lei natural não é moral.

Se acompanharmos a evolução do princípio espiritual, por exemplo, no nível animal, verificaremos que ai o elemento moral inexiste. Ou seja, um pedrador ao atacar sua vitima não expede um julgamento moral, uma incerteza do certo ou do errado. Ao destruir sua presa satisfazendo sua necessidade ele não sente culpa.

Essa culpa será desenvolvida no nível hominal. Na transição de elemento espiritual para Espírito, o ser agora dispõe de capacidade de analisar, comparar e decidir. Mas, sobretudo, descobre o outro. É nessa descoberta que se inicia propriamente o senso moral.

É nessa relação conflitiva e ao mesmo tempo essencial que ele desenvolve o senso moral, o certo e o errado, o bem e o mal, dentro de parâmetro que a organização social estabelece.

Ao iniciar a organização social houve a necessidade de nomear os que, por eleição divina passaram a estabelecer as regras de comportamento, o bem e o mal.de modo a permitir vida comum.

Por isso no estágio de desenvolvimento das civilizações primordiais que povoaram a Terra o princípio da causalidade, ou seja, a análise dos fatores a partir da realidade sensorial, a busca da razão e do porquê das coisas e dos eventos, teria que centrar-se não apenas num criador poderosos, mas num criador capaz de punir, reagir, zangar-se. Ou seja, um criador humanizado, como Jeová dos judeus e os deuses de todos os povos e dos gregos, porque há, não obstante, uma certa similitude entre todas as concepções sobre Deus nas civilizações que se sucederam.

Afirmamos isso porque partindo do aqui e do agora, o comportamento das pessoas teria que ser comparado a parâmetros definidos como sendo a lei de Deus e, por isso, sujeitos a julgamento, condenação, punição e absolvição.

A visão científico-materialista sobre o homem decorre da análise sensorial e das experiências genético-cerebrais, todavia inconclusivas.

Falta-lhe o sentido espiritual como o Espiritismo propõe, isto é, sem conteúdo moral.

O conteúdo moral, como vimos foi estabelecido diante dos fatos concretos do nascimento, da morte. Ele, portanto, é uma criação social, uma forma de conter ou explicar o mal.

Mas o mal, segundo o Espiritismo, não é fundamento do ser, mas conseqüência do conflito existencial, ao longo do processo.

Então, todo o quadro moral, punitivo e todo o julgamento divino que as organizações sociais controladoras do comportamento e agenciadoras do consolo perante e a morte criaram não pertence à lei natural.

Não é crível que a lei naturall ou divina estabeleça qualquer forma de punição que é um estágio temporário e localizado na vida da pessoa, nas suas relações e no convívio social.

Jaci Régis - 2006

NR: Texto publicado no Jornal ABERTURA de agosto de 2015



terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O Processo de Mudanças do Espiritismo - por Roberto Rufo

O Processo de Mudanças do Espiritismo.

" Sua excelência atingiu o cume da ignorância, e no entanto prosseguiu ". ( Millôr Fernandes ).

" Aos vinte anos de idade eu achava o meu pai um completo idiota. Hoje aos 40 vejo como o velho evoluiu nos últimos 20 anos". ( Mark Twain ).

" O progresso moral é uma consequência do progresso intelectual, todavia não o segue imediatamente " ( Resposta dos espíritos à pergunta 780 do Livro dos Espíritos ).l

 Não sei se por falta de assunto, ou se devido a um tempo muito grande dedicado à organização do XIV SBPE, ou até mesmo a indisponibilidade momentânea de palestrantes, eu como Diretor de Estudos do ICKS, num momento de saudades inexplicável, resolvi que estudaríamos  três capítulos do Livro Segundo do Livro dos Espíritos, denominado " Mundo Espírita ou dos Espíritos ". Seriam eles o VII - Retorno à vida corporal, VIII - Emancipação da alma e o IX – Intervenção dos espíritos no mundo corporal . Depois desses estudos chegamos à conclusão que uma grande parte do que está nesses capítulos já não corresponde mais  ao progresso intelectual de que fomos participantes nos últimos 26 anos, com o consequente avanço moral apreendido. 

O que deveríamos fazer então? Não estudar mais esses capítulos?.Assim decidimos. Até o momento em que alguém, com capacidade para isso, faça uma revisão modernista dos mesmos. Ou deixá-los como está, mas informando aos participantes da Doutrina Espírita que existem modernas atualizações das situações ali abordadas. Lembrei-me então do V Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita de 1997 em Cajamar/SP, onde o pensador espírita Reinaldo di Lucia apresentou o trabalho de nome " O Processo de Mudanças do Espiritismo ", nome esse que me apropriei no título deste artigo.

Reparem que falamos de 18 anos atrás, período em que a juventude ainda corria em nossas veias. O Reinaldo di Lucia certamente ainda não havia chegado aos 40 anos e no entanto já se preocupava com o necessário processo contínuo de renovação do pensar espírita. Logo na Introdução, no seu primeiro parágrafo, ele alertava que " um dos principais problemas, senão o maior, com que o Espiritismo defronta-se hoje é a recusa por parte dos componentes do movimento espírita, seja no âmbito pessoal, seja no organizacional, em encetar uma busca por novos conhecimentos que culminasse com necessárias atualizações na estrutura doutrinária, em seus aspectos científico e filosófico ". Qual consequência desse tipo de comportamento? O próprio Reinaldo nos responde: " essa recusa em aceitar um processo de mudanças para a doutrina espírita, mesmo tendo este processo sido preconizado pelo próprio Allan Kardec, faz com que, cada vez mais, o Espiritismo esteja afastando-se da posição de ciência ou filosofia moral, com a qual ele próprio se define ". 

Nos capítulos seguintes do seu brilhante trabalho de 1997, Reinaldo trata da questão religiosa, do questionamento e atualização, da verdade espírita, do controle universal dos espíritos e nos três últimos capítulos aborda a questão das mudanças. Por quê mudar ; Para que mudar? Como mudar?
Hoje relendo este trabalho, vejo que andamos muito para frente. Os alertas e estudos avançados dos intelectuais espíritas surtiram efeito num bom número de pessoas e na criação de organizações com um pensar produtivo e avançado. Falta muito. Não importa. Os seis passos ensinados pelo pensador e autor espírita Jaci Régis têm servido de alicerce e horizonte a muitas pessoas: não fechar as portas a nenhum progresso ; não sair do círculo das ideias práticas ; apoiar a descoberta de novas leis ; assimilar todas as ideias reconhecidamente justas ; seguir o movimento progressista com prudência e não imobilizar-se.

Releiam o trabalho do pensador Reinaldo de 1997, e façam um balanço dos últimos 18 anos em suas, nas nossas vidas. Verão que avançamos bastante na mudança de comportamento o que facilitou a assimilação de novos conhecimentos. Até mesmo a nossa nova vida moral mudou para melhor. Aliás nesse sentido o mundo caminhou para melhor, principalmente na superação de tantos preconceitos.
Finalizo dizendo, apropriando-me de uma conclusão do Reinaldo, que os seis passos propostos pelo Jaci são importantes, mas prestem atenção que eles se referem à postura que o espírita deve ter para permitir a existência das mudanças. O Livro dos Espíritos é um marco importante. Seu conteúdo deve atualizar-se.      

NR: Artigo publicado originalmente no Jornal ABERTURA de novembro de 2015.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Progresso – lei inabalável - por Alexandre Cardia Machado

Progresso – lei inabalável
Marcha do Progresso
779. A força para progredir, haure-a o homem em si mismo, ou o progresso é apenas fruto de um ensinamento?
“ O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente  e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meiodo contato social.”
Creio que esta resposta é muito boa, no Livro dos Espíritos ao longo do capítulo se pode entender com mais detalhes a questão da evolução pessoal e moral versus a evolução intelectual e social. Mas a marcha é inevitável.
A seguir dou alguns exemplos do que está acontecendo no mundo que comprova este avanço:
Udo Gollub em Messe Berlin- (Conferência da Universidade da Singularidade)

Em 1998, a Kodak tinha 170.000 funcionários e vendeu 85% de todo o papel fotográfico vendido no  mundo. No curso de poucos anos, o modelo de negócios dela desapareceu e eles abriram falência. O que aconteceu com a Kodak vai acontecer com um monte de indústrias nos próximos 10 anos – e a maioria das pessoas não enxerga isso chegando. Você poderia imaginar em 1998 que 3 anos mais tarde você nunca mais iria registrar fotos em filme de papel?

No entanto, as câmeras digitais foram inventadas em 1975. As primeiras só tinham 10.000 pixels, mas seguiram a Lei de Moore. Assim como acontece com todas as tecnologias exponenciais, elas foram decepcionantes durante um longo tempo, até se tornarem imensamente superiores e dominantes em uns poucos anos. O mesmo acontecerá agora com a inteligência artificial, saúde, veículos autônomos e elétricos, com a educação, impressão em 3D,  agricultura e quem sabe, nossos empregos atuais.

Bem-vindo à quarta Revolução Industrial!

O software irá destroçar a maioria das atividades tradicionais nos próximos 10 a 15 anos.

O UBER é apenas uma ferramenta de software, eles não são proprietários de carros e são agora a maior companhia de táxis do mundo.

Inteligência Artificial: Computadores estão se tornando exponencialmente melhores no entendimento do mundo. Com o WATSON, da IBM, qualquer americano pode conseguir aconselhamento legal (por enquanto em assuntos mais ou menos básicos) dentro de segundos, com 90% de exatidão se comparado com os 70% de exatidão quando feito por humanos.

O WATSON já está ajudando enfermeiras a diagnosticar câncer, quatro vezes mais exatamente do que enfermeiras humanas.  O FACEBOOK incorpora agora um software de reconhecimento de padrões que pode reconhecer faces melhor que os humanos. 

Veículos autônomos: em 2018 os primeiros veículos dirigidos automaticamente aparecerão ao público. Ao redor de 2020, a indústria automobilística completa poderá iniciar um processo de reposicionamento.  As pessoas  não desejarão mais possuir um automóvel

Os negócios imobiliários mudarão. Pelo fato de poderem trabalhar enquanto se deslocam, as pessoas vão se mudar para mais longe para viver em uma vizinhança mais bonita.

Carros elétricos se tornarão dominantes até 2020. As cidades serão menos ruidosas porque todos os carros rodarão eletricamente. A eletricidade se tornará incrivelmente barata e limpa: a energia solar tem estado em uma curva exponencial por 30 anos.

No ano passado, foram montadas mais instalações de geração de energia elétrica solares que fósseis. O preço da energia solar vai cair de tal forma que todas as mineradoras de carvão cessarão atividades ao redor de 2025.

Com eletricidade barata teremos água abundante e barata. A dessalinização agora consome apenas 2 quilowatts/hora por metro cúbico. Não temos escassez de água na maioria dos locais, temos apenas escassez de água potável. Imagine o que será possível se cada um tiver tanta água limpa quanto desejar, quase sem custo.


Estes são apenas alguns exemplos – tipo Desenho animado dos Jetsons, só que reais, coisas que estão acontecendo e mundando o mundo.  Nem tudo são flores, há toda uma adaptação humana e claro, tudo dependerá de quão democrática estas mudanças acontecerão, nos poderão ajudar ou não a diminuir as diferenças sociais. Isto dependerá de nossa real vontade de melhorar o conjunto da sociedade, pois o progresso tecnológico virá de qualquer forma.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Como Conviver com a Barbarie? - Alexandre Cardia Machado

Nos últimos anos, quando já pensávamos que a humanidade havia passado o limite da barbárie, alguns conflitos com base religiosa teimam em nos provar ao contrário, nos obrigando a comentar e tomar partido.
Nos anos 90, o desmanche da Iugoslávia, nos mostrou cenas absurdas de extermínios causados por cristãos sobre muçulmanos, que resultou com a intervenção da OTAN, para evitar o pior.
Cenas como estas repetem-se ainda hoje em alguns países africanos, como por exemplo o Sudão que dividido por lutas religiosas em dois países, continuam matando e causando terror nas populações interioranas. Na década de 80, também do século passado no Camboja, tivemos, quem sabe o pior dos piores regimes liderado pelo Kmer Vermelho, que recrutava crianças para seu exército.
Vemos com muita preocupação o que se passa no Oriente Médio, protagonizado pelo  chamado ISIS ou Estado Islâmico – grupo formado por muçulmanos sunitas, que pretendem estabelecer um califado na região onde hoje existem a Síria e o Iraque.
Esta região foi dividida, não por povos ou facções muçulmanas, mas sim pela queda do domínio  colonial europeu, criando uma geopolítica já com um grande potencial de litígio, some-se a isto todos os interesses relacionados ao fator petróleo.
Todas as semanas recebemos notícias de que o Estado Islâmico decapitou alguns homens aqui,  algumas mulheres lá – provocando pânico nas populações, usando da mesma formula que tantos outros grupos fizeram no passado, como já citado, ao lutar contra governos poderosos. Hoje toda esta problemática se multiplica pela instantâneadade que a internet possibiliza, cenas de decapitação ao vivo, para provocar o medo não apenas localmente, mas globalmente.
A reação do ocidente, desta vez apoiado por vários governos islâmicos locais não poderia ser outra, segue-se o protocolo, leva-se o problema ao Conselho de segurança da ONU e inicia-se um bombardeio aéreo. O mundo civilizado, estabelece regras mínimas de ética a ser aplicada em situações de guerra, é a chamada Convenção de Genebra, que evidentemente estes grupos não se submetem.
Allan Kardec, na questão 749 do Livro dos Espíritos, nos oferece o esclarecimento dado pelos Espíritos, em 1858 com relação à validade desta prática odiosa.

 749. Tem o homem culpa dos assassínios que pratica durante a guerra?

“Não, quando constrangido pela força; mas é culpado das crueldades que cometa, sendo-lhe também levado em conta o sentimento de humanidade com que proceda.”

Não existe, sob esta ótica, justificativa para execução sumária, sem julgamente e amplo direito de defesa, de prisioneiros de guerra, ou de qualquer outro tipo de execução por discordância de pensamento.
Segundo o diretor da entidade oposicionista - Observatório Sírio de Direitos Humanos -  Rami Abdulrahman, disse  que, na última semana de setembro que cinco combatentes curdos que lutavam contra o Estado Islâmico, incluindo três mulheres, e mais quatro rebeldes árabes sírios foram capturados e decapitados na terça-feira em um local 14 quilômetros a oeste de Kobani, uma cidade curda cercada pelo Estado Islâmico, nas proximidades da fronteira turca.
"Não sei por que foram presos e decapitados. Somente o Estado Islâmico sabe o por quê. Eles querem assustar as pessoas", disse ele.

Não há como concordar com isto e ao não concordar, infelizmente somos obrigados a apoiar a intervenção militar, apesar de todos os problemas e perdas de vida que a mesma provoca.
Texto Originalmente publicado como Editorial no Jorna Abertura em Outubro de 2014.

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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A Educação e a Medalha Fields

A Educação e a medalha Fields

O matemático Artur Avila de 35 anos recebeu da União Internacional de Matemática a Medalha Fields,  cobiçada premiação que tem correspondencia a um Nobel de Matemática. Esta honra é definida a cada 4 anos e sempre é concedida a uma pessoa com menos de 40 anos de idade.
É a primeira vez que um brasileiro a recebe, nosso país que ainda não consegiu nenhum Nobel, desta forma esta pode ter sido a maior medalha ligada a educação ou melhor à preparação individual de um brasileiro.

Artur Avila segundo a revista Época começou a se dedicar fortemente a matemática na 5ª série, com 12 anos de idade, estudante do Colégio São Bento, no Rio de Janeiro, estimulado pelo casal de professores belgas Georges e Frédérique Papy , despertou a paixão pela matemática e também pelo francês.

“ A medalha Fields é um gol para a educação no Brasil, porque faz de Artur um exemplo para milhões de crianças, jovens e adolescentes de que existe, sim, um mundo de reconhecimento fora da cameras de TV, da fama do Facebook e dos gramados”. Um espírita não escreveria melhor, este texto de Bruno Astuto ex-colega de Artur na escola e também um apaixonado por matemática.

Os Espíritas lutam pela educação moral, intelectual e social da população terrestre pois, esta é a única forma de exercermos plenamente o nosso livre arbítrio. Só a razão permite o exercício da escolha consciente, que nada mais é do que livre pensar.

Alexandre Cardia Machado

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Encontro com Fátima Bernardes em Outubro de 2013 aborda a Reencarnação


Encontro com Fátima Bernardes aborda a Reencarnação

No dia 29 de outubro a Rede Globo no programa da Fátima Bernardes abortou uma temática espírita, quem sabe motivada pela nova novela Joia Rara que tem como tema central uma menina que se reconhece numa encarnação anterior, o ator Caio Blat que interpreta um lama na novela estava presente.

Haviam vários convidados, dentre eles um médico e presidente de um Centro Espírita que trabalha curas espirituais, uma das mães citadas no filme sobre Chico Xavier, sue biógrafo Marcel Souto Maior  que agora está lançando o livro “ Kardec a biografia” e a global Christiane Torloni que se espiritualizou após a desencarnação de um de seus filhos.

Vale conferir o programa no site da Globo pela data 29 de outubro http://tvg.globo.com/programas/encontro-com-fatima-bernardes/videos/

 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

De onde viemos? Alexandre Cardia Machado


Abrindo a Mente: Alexandre Machado

De onde viemos? Primeira parte

Uma resposta rápida seria, viemos das estrelas enquanto corpo físico, quanto ao espírito em origem, tudo leva a crer que tenhamos sido criados junto com a matéria no big bang.

“Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as consequências e busca as aplicações úteis. Não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida;...É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação.”

Partindo portanto desta base, cabe-nos verificar em que pontos a concepção Kardecista de evolução dos Espíritos, dos encarnados na Terra, precisa ser aprofundada. Nosso ponto de partida são as obras de Kardec, como também a Revista Espírita, passando por uma crítica racional.

Sabemos que o espírito é criado simples e ignorante (princípio espiritual), devemos portanto admitir que o espírito vá se tornando mais complexo desde a sua criação até um momento qualquer que o analisemos. Algo que evolua, que seja imortal e sede da inteligência, deverá necessariamente desenvolver-se ou seja passar de simples e ignorante a algo complexo e inteligente. Mas para que ele evolua há que o corpo físico se desenvolva da mesma forma.

O corpo físico

Os tijolos da vida - a composição da química da vida em todas a formas de vida que conhecemos, dependem da presença de alguns elementos químicos principais: são eles:  Hidrogênio, Oxigênio, Carbono e Nitrogênio. Todos os outros elementos químicos juntos representam menos de 1% da massa do corpo humano, como exemplo.

Não é a toa que os quatro elementos principais fazem parte dos seis elementos mais comuns do Universo, os demais são Hélio e Neón. Curiosamente, estes 4 elementos básicos para a vida não são tão presentes na Terra, como o são no espaço, ou seja a incidência destes elementos na Terra, onde sabidamente há vida, é menor do que na média dos outros locais do universo, demonstrando que os componentes químicos necessários ao aparecimento da vida, são muito comuns no universo, nos permitindo pensar que, se as condições ambientais favorecerem, a vida pode se originar em qualquer lugar no espaço onde são gerados no interior de estrelas.

O processo de formação de uma estrela até a sua destruição não é muito rápido e está na casa de bilhão de anos. Assim é provável que nos primeiros 2 bilhões de anos pouco ou quase nenhum carbono estivesse disponível. Passado portanto esta primeira etapa órfã de Carbono, começam novos ciclos de vida de estrelas, e neste aspecto é importantíssimo o caos a que se segue a uma explosão de uma nova ou de uma supernova, pois ela espalha nas regiões interestelares, uma nebulosa, repleta destes elementos mais pesados, como Carbono, Silicio, Ferro, Níquel misturados a uma quantidade enorme de gases, como hidrogênio, oxigênio, hélio e neón.

Como toda a vida até hoje detectada, está baseada no Carbono e na química orgânica, podemos pensar que nos primeiros bilhões de anos após o Big Bang, nenhum princípio espiritual  pudesse ter evoluído a espírito.

À partir de uma nebulosa há cerca de 5 bilhões de anos atrás, fez-se surgir o Sol e seu sistema planetário e com o tempo a vida na Terra.

Continuaremos no próximo mês à partir daí. Você poderá acompanhar em nosso blog também.

Para abrir mais a sua mente:  Kardec, Allan -A Gênese – os milagre e as predições segundo o Espiritismo ed. FEB página 20; Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos; Tyson, Neil DeGrasse e Goldsmith, Donald – Origins Fourteen Billion Years of Cosmic Evolution – Norton & Company.

 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A trajetória da ciência espírita - por Alexandre Cardia Machado

Este artigo foi publicado originalmente no Jornal Abertura em outubro de 1989, continua atual, estamos publicando aqui para que você leitor se manifeste. Qual a sua opinião?

A trajetória da ciência espírita


Há uma ciência espírita? Teria havido em algum momento, no tempo de Kardec? Qual método da ciência espírita? Qual o seu objeto? Como o Espiritismo é visto pelas instituições cientificas? Estas questões serão analisadas neste artigo. Não temos a pretensão de trazer a ultima palavra sobre o assunto. Ao contrário, queremos iniciar um debate que reacenda a chama da busca do conhecimento nas fileiras espíritas.


Os princípios básicos do Espiritismo são apresentados na Introdução de “O Livro dos Espíritos”. Estes princípios podem ser considerados como os alicerces da Ciência Espírita.

Analisaremos os mesmos não pelo seu inegável valor, mas, considerando-os sob o ponto de vista da Filosofia Espírita.

Poderíamos resumir os princípios espíritas nos seis que se seguem;

1. Existência de Deus, Espírito e Matéria.

2. O Homem é formado por corpo físico, períspirito e Alma.

3. A Alma é imortal.

4. A Alma evolui.

5. Pluralidade das existências e dos mundos habitados.

6. Comunicabilidade entre encarnados e desencarnados - Mediunidade.

Sob o ponto de vista da Ciência, um princípio só é cientifico se puder ser provado, ou seja, é necessário que se submeta essa afirmação a provas e testes cientificamente controlados.

Desta forma podemos afirmar que até o momento não foi possível submeter a nenhum tipo de comprovação cientifica alguns desses princípios espíritas. São eles: Existência de Deus (afeto à Religião e a Metafísica); a existência da Alma enquanto essência (como é definida no Espiritismo é de difícil comprovação); a Imortalidade da Alma; a evolução infinita do Espírito. Tais hipóteses não permitem montar uma experiência onde se possa aferir esta evolução em nível individual, ao longo de diversas encarnações, nem tão pouco provar a imortalidade infinita.

Os demais princípios, sem sombra de dúvida, podem e têm sido provados ao longo do tempo, sem, no entanto, sensibilizar a comunidade científica, mas pelo menos, permitem reunir dados de experimentação que fatalmente resultarão na aceitação como prova no futuro.

MÉTODO ESPIRITA

A impossibilidade de comprovação de alguns de seus princípios faz com que não se possa, a priori, classificá-los como verdades científicas.

Mas independente disto, o Espiritismo possui um método de pesquisa, que Kardec chamou de Método Experimental, ou seja, tal qual às ciências positivas, textualmente: “Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam , que não podem ser explicados pelas leis conhecidas, ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega a lei que os rege; depois lhes deduz as consequências e busca as aplicações uteis” (Gênese, pág.20)”.

Kardec explica nesse paragrafo que o Espiritismo não partiu de hipóteses e sobre elas construiu uma teoria e sim através da observação de fatos é que se estabeleceu uma teoria. Esta forma de ação é muito utilizada na ciência e Kardec afirma que: “acreditou-se que esse método só era aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas”. (opus cit., pag.20).

O método de pesquisa Espírita libera-se da necessidade da prova experimental, utilizando-se do chamado “crivo da razão” e da confrontação das comunicações. Que certamente foi muito útil para a elaboração da Doutrina. Porém, para a ciência a comprovação se faz necessária. Isto é tão importante que Albert Einstein esperou de 1905 a 1919, para que, durante um eclipse solar, se comprovasse a hipótese, contida na Teoria da relatividade, de que ‘um raio de luz deveria sofrer um desvio quando se aproximasse de um campo gravitacional intenso”.

O Espiritismo nestes pontos perde o apoio cientifico por não poder prová-los.

OBJETO DA CIÊNCIA ESPÍRITA

Toda ciência deve ter um objeto, Kardec em A Gênese, pág.21 diz textualmente: “Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do principio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do principio espiritual”.

E sobre isto diz mais “... O espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência sem o Espiritismo se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos sós pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltaria apoio e comprovação...” (opus cit. pág.21).

Caio Prado Jr. Define ciência como: ”Conhecimento sistematizado, e advertida e intencionalmente elaborado, não se distinguindo senão por essa sistematização em nível, elevado da elaboração intencional do Conhecimento comum ou vulgar...”... “O objeto da Ciência é a Realidade Universal, isto é, o Universo e seu conjunto de ocorrência, feições, circunstâncias que envolvem e também compreendem o Homem” (3).

Pode-se dizer que não existem fronteiras para a Ciência, assim como para o Conhecimento uma vez que o conhecimento científico de hoje será o vulgar de amanhã. Ou ainda, Ciência pressupõe temporalidade, ou seja, uma teoria cientifica fatalmente será substituída por outra que representa melhor a realidade.

A CIENCIA COMO EVOLUÇÃO

É mais do que sabido que o conhecimento científico evolui. Qualquer ramo do conhecimento, da tecnologia desenvolve-se a uma velocidade muito grande, a tal ponto que hoje se dobra a quantidade de artigos publicados sobre qualquer matéria científica a cada 6 ou 10 anos.

Quando a produção científica em determinado campo reduz-se muito se diz que este ramo do conhecimento estagnou “parou no tempo”.

SERÁ O ESPIRITISMO CIENTÍFICO?

O Espiritismo enquanto busca de conhecimento é científico, foi científico nos anos de 1850 a 1870. Sob este ponto de vista, pode-se dizer que o processo de elaboração da obra Kardequiana foi científico. Não o é mais. Isto é fundamental para que não percamos a dimensão da Doutrina!

Hoje não se busca conhecimento novo algum, estamos estagnados praticamente. Não há mais produção científica no Espiritismo, o que existe hoje não é mais Ciência e sim, simplesmente, Conhecimento.

Portanto, hoje podemos substituir o vocábulo Ciência Espírita por Conhecimento Espírita numa abordagem dentro da Teoria do Conhecimento é preciso que entendamos isto: Kardec foi cientista, mas o Espiritismo de hoje não é mais cientifico e, sem demérito algum, um conhecimento incorporado ao conhecimento universal.

CONCLUSÃO

A principal característica do conhecimento científico é que ele é autocorretivo, “capaz de colocar em dúvida, antigas “verdades” quando encontra provas mais adequadas, corrigindo-se, progredindo, aperfeiçoando-se”. (4)

Sobre esta característica Kardec concorda e tece o seguinte comentário “Há”, todavia, capital diferença entre a marcha do Espiritismo e a das Ciências; a de que estas não atingiram o ponto que alcançaram, senão após longos intervalos, ao passo que alguns anos bastaram ao Espiritismo, quanto não a galgar o ponto culminante, pelo menos a recolher uma soma de observações bem grande para formar uma Doutrina”. (4).

Segundo Popper, “a melhor estratégia que um cientista deve seguir não é a de tentar comprovar uma hipótese”. Ao contrário, ele deve pensar sempre em realizar testes, isto é, quando resistir à refutação, será considerada pelos menos provisoriamente, como uma explicação adequada dos fatos, e pode até mesmo ser aceita ou adotada para fins práticos, ganhando inclusive o estatuto de uma lei científica. (4)

Kardec entendia bem isto e declarou em A Gênese “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque se as novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará”.

Portanto, Kardec tinha noção de que o Espiritismo haveria de evoluir o que, no entanto, não foi entendido por seus seguidores que elegeram a Doutrina escrita em 1857 como a verdade acabada. Quase nada mais se acrescentou e incorreu-se no erro e no risco de passar-se de Científico para Pseudocientífico ou, nas palavras de Gewandsznajder “Não é por acaso que algumas pseudociências estagnaram e seus seguidores tenham se limitado a repetir as mesmas ideias, técnicas e princípios pretensamente verdadeiros de centenas até milhares de anos atrás. As pseudociências,... costumam se isolar-se da ciência. Seus seguidores ostentam às vezes completa indiferença para com as descobertas científicas, sustentando princípios e leis que frequentemente contradizem os princípios científicos”. (4)

Precisamos estar atentos quanto a isto, para não permitirmos que uma Doutrina de tamanha abrangência seja transformada em pseudociência por falta de produção cientifica.

Para saber mais

(1) O Livro dos Espíritos, Kardec, A.

(2) A Gênese, Kardec, A.

(3) O que é filosofia, Prado, C- Série- Primeiros Passos.

(4) O que é método científico, Gewandsznajder,F.

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cuidar bem do corpo e sua relação com os cuidados da alma - por Bruna Regis Machado

“O exercício das faculdades depende dos órgãos que lhe servem de instrumento”, respondem os espíritos, em relação a pergunta 368 do LE., e a partir daí podemos entender a importância do corpo para a evolução da alma, mais especificamente, podemos pensar que a saúde do corpo, permitindo que este funcione com toda sua capacidade, exercem um papel fundamental no desenvolvimento do espirito.




Simples iniciativas no nosso dia a dia fazem com que aumentemos nossa saúde e obtenhamos um beneficio muito maior ao longo dos anos. Muito se fala na saúde do corpo, que é exaltada em milhares de revistas, documentários, reportagens e etc, mas normalmente com uma ênfase maior na preocupação estética, ou no máximo com o intuito de prevenir alguma doença. Pouco se fala na importância da saúde física como um meio para o desenvolvimento pleno das habilidades da mente. Nosso cérebro necessita que o corpo esteja em equilibro para que possa aumentar sua capacidade produtiva, e para isso é preciso tomar certos cuidados. Por exemplo, funções cerebrais como o armazenamento da memória, nossa capacidade criativa ou mesmo o processo de aprendizagem depende da oxigenação correta do cérebro. O cérebro utiliza 20% da energia do corpo, necessitando de constante oxigenação recebida pela corrente sanguínea, e se utiliza de 25% do oxigênio inalado.

Pois bem, para que isso ocorra, é preciso que o nosso sangue não esteja contaminado com gorduras em excesso, que a capacidade pulmonar seja constantemente trabalhada por meio de exercícios e que o coração funcione corretamente. Nosso corpo foi tão inteligentemente construído que cada debilidade nos órgãos influencia diretamente na nossa capacidade mental, e por isso temos que cuidar tão bem de nossa saúde. Ora, se a saúde estiver boa, isso significa que meu espirito então também esta bem, já que se utiliza do corpo para se manifestar? Não exatamente, eu diria que, com a saúde, metade dos problemas estão resolvidos. A outra metade consiste no que fazemos com a nossa mente, ou seja, como toda essa capacidade é aplicada. Nossos pensamentos também são grandes responsáveis pela saúde do espirito, se nos deixamos ser levados por emoções como raiva, ciúme, rancor, ambição, entre outras, estamos automaticamente comprometendo nossa saúde e nosso espírito, pois estes sentimentos são como venenos que ingerimos e que levam um bom tempo para serem curados. Ter consciência dos nossos pensamentos e sentimentos é o primeiro passo para ter uma vida melhor. Todos queremos ser felizes e praticar o bem, mas muitas vezes não percebemos o quanto sentimentos negativos nublam nossa visão da vida, afetando nossa percepção e consequentemente atrasando nosso desenvolvimento.

A conquista da saúde da mente, do espirito e do corpo é um trabalho constante, mas que gera inúmeros benefícios, pois permitem que trilhemos nossos caminhos de maneira mais equilibrada, balanceando nossas energias físicas e psíquicas. Por isso, é preciso prestar atenção diariamente em quais energias estamos usando para alimentar nosso corpo, seja ele físico ou espiritual e procurar sempre optar pela alternativa mais saudável, assim, viveremos muito mais e melhor.



Bruna Régis Machado – é Administradora de Empresas e reside em São Paulo, Ex presidente da Mocidade Espírita Estudantes da Verdade do CEAK – Santos-SP. Co-autora do blog Primal Brasil - Sabedoria ancestral na vida moderna.
http://primalbrasil.com.br/

Artigo originariamente publicado no Jornal Abertura - Março de 2011.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Reencarnação e o desenvolvimento do homem - quantas vezes reencarnamos?

Reencarnação e o desenvolvimento do homem


Alexandre Cardia Machado

Trabalho apresentado no XXI Congresso Espírita Pan-americano, realizado em Santos de 5 a 9 de Setembro.




1 - Introdução:


Qual afinal teria sido a nossa trajetória enquanto Espírito encarnado na Terra?

Escrevi, em 1996 um trabalho, denominado - O Ser Humano e a Evolução - desde então meu interesse pelo tema só aumentou, Este trabalho inaugurou a pesquisa mais detalhada a respeito da evolução do Princípio Espiritual na Terra até a sua realização na forma Humana.

Este trabalho pode ser encontrado aqui mesmo em nosso blog -

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/o-ser-humano-e-evolucao-uma-analise-pre.html


 

Procuramos fazer uma comparação entre o conhecimento científico e a visão Kardequiana.

Em 2009, no XI SBPE apresentamos um novo trabalho - A Evolução do Princípio Espiritual do átomo ao Espírito Superior - Uma releitura da Codificação, onde procuramos propor uma hipótese para o desenvolvimento do Espírito em nosso planeta, evidentemente que a desenvolvemos sem recorrer a exobiologia, quer física, quer espiritual, ou seja desconsiderando a pouco provável migração interplanetária de Espíritos.

Este estudo que apresentamos busca focar na questão do número de reencarnações, compatíveis com as curvas de crescimento populacional, considerando as duas hipóteses possíveis, sem ou com migração de espíritos de outros planetas.

2 – Desenvolvimento das hipóteses reencarnacionistas:

2.1 - A visão de evolução humana – à época de Kardec:

De forma simplificada, os principais pontos da Doutrina Espírita sobre a evolução do homem, extraídos das obras básicas.

a. Aceitação da existência de diversos ramos de primatas, que deram origem a diversas árvores (homem, chimpanzés, gorilas, etc.);

b. aceitação do princípio, ainda que à nível de hipótese “de que o homem tenha se utilizado da vestimenta do macaco” na fase de elaboração do envoltório definitivo;

c. o Espírito modela o seu envoltório, talha-o de acordo com a sua inteligência;

d. os mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que o habitam;

e. existência da raça Adâmica ( migrações de outros planetas);

f. os selvagens também fazem parte da humanidade, evoluirão, mas sem dúvida, não será em corpos da mesma raça física;

g. existência de dois tipos de seres, os que não são procriados (geração espontânea) e os que se propagam por reprodução, dando origem a novas espécies (teoria da evolução de Darwin).

2.2 – Aurora Humana:

2012 encontrado fóssil de primata que viveu há 20 milhões de anos



  Figura 1 - Pesquisadores apresentam mandíbula descoberta na África Foto: AFP

“ O fato é que o homem e o macaco têm um ancestral em comum. A determinação da espécie exata que deu origem ao homem moderno tem ocupado a atenção mundial, no campo da Paleontologia. Allan Kardec, em A Gênese, tratou do assunto nos capítulos X (Gênese Orgânica), XI (Gênese Espiritual – Princípio espiritual). ... Os humanos têm uma estrutura semelhante à dos chimpanzés e gorilas (a mesma estrutura anatômica básica e constituição genética similar), provavelmente herdadas de um ancestral que deve ter vivido há cerca de 10 milhões de anos. Sabe-se que o primata mais antigo descoberto ate o momento foi um lêmur, pequeno animalzinho que vive até hoje, na ilha de Madagascar, no entanto, seus ancestrais já estavam por aqui a cerca de 50 milhões de anos.”

Este ancestral pode ser um dos primeiros passos do Princípio Espiritual para a sua destinação como Espírito.

A importância da existência de uma mentalidade científica é a possibilidade de manter a mente humana de estar permanentemente reprocessando as novas informações e verificando se as teorias antigas continuam válidas, encontrar um fóssil mais velho em 10 milhões de anos só reforça o que já era possível prever que primatas existissem há cerca de 50 milhões de anos. Tudo indica que nossa linha de evolução espiritual passou por encarnações sucessivas em corpos de primatas.

O portal Terra publicou esta pequena nota “Paleontólogos do Museu de História Natural e do College de France apresentaram nesta segunda-feira em Paris fósseis de um primata que viveu há 20 milhões de anos. Segundo os pesquisadores, os restos do animal foram encontrados em Uganda. Os cientistas Brigitte Senut e Martin Pickford afirmam que o animal certamente vivia em árvores. Ele seria um "primo" distante da Hominidae (família que inclui o ser humano e o chimpanzé, por exemplo). O fóssil foi descoberto em 18 de julho no monte Napak.
Como se deu este caminho, como a quantidade de espíritos cresceu até chegar à população atual de encarnados e desencarnados é o objetivo deste trabalho.


Hoje temos excelente informação sobre o crescimento populacional humano nos últimos 300 anos. Existem estimativas razoáveis sobre a quantidade de humanos que nasceram na Terra o que nos permite teorizar sobre isto.



2.3 - Sete bilhões de humanos

Atingimos a marca de sete milhões de seres humanos neste planeta Terra. Mas o que queremos abordar são os 120 mil anos de Homo Sapiens Sapienses. Temos a menor taxa de crescimento populacional dos últimos 110 anos, agora estamos com uma taxa de 2,5 filhos por mulher. A população continuará a crescer até que chegue a 2,0 por mulher, quando a população estabilizará. O IBGE acredita que isto não ocorrerá até o século XXII. A esta altura deveremos ser 10 bilhões de encarnados.



Muito se fala em transição planetária , afora qualquer devaneio, isto só poderá ocorrer quando a população estacionar ou reduzir. Com a população estabilizada os recursos necessários, os meios de produção e as oportunidades começam a equilibrar, fazendo com que, pouco a pouco, as diferenças econômicas e sociais se reduzam.



Com oportunidades semelhantes, aumentará com o tempo o nível educacional e cultural, impulso necessário para a evolução conjunta da humanidade. Na forma em que vivemos hoje há progresso, mas de forma desigual e desparelha e, portanto, injusta. Apenas o mecanismo da reencarnação não é suficiente para equilibrar tamanha população em crescimento. De um lado o crescimento populacional acelera o processo reencarnatório, reduzindo o tempo na erraticidade; por outro lado, ainda continuamos com as grandes desigualdades com um contingente mal alimentado e recebendo pouco acesso à educação de cerca de 1 bilhão. O crescimento moral pelo sofrimento é possível, claro, mas é muito pouco produtivo e incompatível com a existência de um Deus soberanamente justo e bom.



2.4 - Sessenta bilhões de humanos – nossa história na superfície da Terra.

Consultando várias fontes, obtive um número médio de 60 bilhões vidas (encarnações) de hominídeos seguidos de humanos, que estiveram sobre a superfície da Terra, nos últimos quatro milhões de anos.

Outras fontes chegam a um número maior de 107 bilhões , tomaremos o número menor por segurança para nossa análise.

A fotografia abaixo demonstra em escala o salto dado na população encarnada na Terra, nos últimos 12 mil anos:




Figura 2: Salto populacional nos últimos 2000 anos em escala

Dados obtidos do estudo de Luis Queirós sobre evolução da emissão de carbono – aqui utilizado para demonstrar em escala a mudança radical pela qual a população terrestre passou.

Ao contrário do que previa Kardec, baseado nas explicações dadas pelos Espíritos, quanto mais evoluímos, nesta fase em que estamos na Terra, mais rápido reencarnaremos. Pois já somos 7 bilhões de encarnados e o estoque espiritual do planeta é limitado, como veremos.

A nossa grande incógnita é saber qual o número de desencarnados neste momento, mas seja ele qual for, é limitado pela lei de evolução. Há de ser um número bem menor que 53 bilhões, calculado através do número total de vidas ao longo de toda a existência do homem (60 bilhões), menos o número dos atualmente encarnados (7 bilhões). Porém, 53 bilhões só existiriam se encarnássemos somente uma vez. Portanto a nossa Espiritoesfera é menor do que isto.

Portanto, com o aumento da população, mais rapidamente reencarnamos. Vejo isto como algo bom porque aceleramos a evolução conjunta da humanidade.

Passado o momento que vivemos, onde espíritos atrasados naturalmente forçados a reencarnar, com este número muito maior de encarnados, tudo indica que em poucos ciclos reencarnatórios a mais no futuro teremos a possibilidade matemática de refinar o caráter de todos os humanos.

Sem recorrer a migrações de Espíritos a outros planetas, a regeneração da Terra acontecerá mesmo através da reencarnação que fará, a cada ciclo, o nosso planeta Terra um planeta melhor, que progredirá pelas leis, pelo progresso da sociedade. Esta é a verdadeira lei de Progresso.



Allan Kardec, apesar de crer nas migrações entre planetas, também previu a mudança em nosso planeta ocorreria pelo que nela fizessemos como meio de purificação e melhoria da humanidade, como pode ser visto nesta comunicação do Espírito Dr. Barry, publicada na Gênese “A Humanidade terrestre, tendo chegado a um desses períodos de crescimento, está em cheio, há quase um século, no trabalho da sua transformação, pelo que a vemos agitar-se de todos os lados, presa de uma espécie de febre e como que impelida por invisível força. Assim continuará, até que se haja outra vez estabilizado em novas bases. Quem a observar, então, achá-la-á muito mudada em seus costumes, em seu caráter, nas suas leis, em suas crenças, numa palavra: em todo o seu estado social.”



2.5 - Estudos sobre o crescimento populacional:



Teoria da Transição Demográfica – Warren Thompson:



“ A teoria arranca dos estudos iniciados pelo demógrafo americano Warren Thompson no ano de 1929 e é hoje mais vigente que nunca. Thompson observou as mudanças (ou transição) que tinham experimentado nos últimos duzentos anos as sociedades industrializadas do seu tempo com respeito às taxas de natalidade e de mortalidade. De acordo com estas observações expôs a teoria da transição demográfica segundo a qual uma sociedade pré-industrial passa, demograficamente falando, por 4 fases ou estágios antes de derivar numa sociedade plenamente pósindustrial”



“Fase 1

A natalidade se dava de forma descontrolada, porém, ao mesmo tempo, a taxa de mortalidade, por fatores ligados à época: conflitos bélicos, crises, epidemias, baixas condições sanitárias básicas, e pouca higiene, também tinha índices altíssimos, resultando num acréscimo populacional muito pequeno.

Fase 2

Os índices de mortalidade iniciam uma importante descida motivada por diferentes razões: a melhoria nas condições sanitárias, a evolução da medicina, e a urbanização, aumentando a expectativa de vida, mas os índices de natalidade não acompanham essa tendência, causando um rápido crescimento populacional. Em muitos países, essa fase teve início com a revolução industrial. Hoje em dia, muitos países subdesenvolvidos vivem essa fase

Fase 3

Ocorre uma queda na taxa de natalidade devido ao acesso à métodos anticoncepcionais, e à educação (fazendo com que o planejamento familiar fique mais difundido). O resultado é um crescimento vegetativo reduzido em relação à fase 2.

Fase 4

Os índices de natalidade e mortalidade voltam a se estabilizar criando um crescimento populacional novamente pequeno.

Para uma fase 5?

Enquanto o modelo original de Transição Demográfica descrito por Warren Thompson apresenta só quatro fases, atualmente se aceita uma quinta fase, onde a mortalidade superará a natalidade, devido ao alto custo de se criar filhos (principalmente em países desenvolvidos), famílias optam por ter um número muito reduzido (entre 1 e nenhum) de filhos para manter o padrão de vida. Esse efeito é muito temido por analistas, e já está iniciado em países como a Alemanha ou Itália pois com crescimento populacional negativo, a população terá num futuro próximo, mais idosos do que jovens, o que pode acarretar num rombo para a previdência dos países na quinta fase.”

Nesta fase 5, que será bem próxima, algo como 150 ou 200 anos no futuro, as condições planetárias ficarão estáveis, permitindo condições melhor de vida e de aproveitamento da reencarnação.





2.6 - Explicação segundo a lei de reencarnação:



2.6.1 - Hipótese fechada – sem transmigração de espíritos de outros planetas.

Como explicar, através da lei de reencarnação, a multiplicação da população da Terra em seis vezes, em apenas 250 anos? Em 1750 éramos, apenas, pouco mais de 1 bilhão de habitantes no planeta; hoje ultrapassamos os 7 bilhões. Mas de onde vieram todos estes Espíritos? Quantas encarnações cada um deles teve como humano? Como referência, no ano Zero da era Cristã, a população mundial era de 250 milhões de habitantes, levamos 1500 anos para dobrar este número e chegar aos 500 milhões em 1500, ano do descobrimento do Brasil. De lá até o referido ano de 1750 – mais 350 anos – e, após a conquista da América e a ocupação da Austrália pelos europeus, a população mundial chegou a 1 bilhão.

Se fosse somente este o salto populacional da humanidade não seria tão complicado de imaginar os ciclos reencarnatórios, pois teríamos a nosso favor cerca de 4 milhões de anos desde que nos diferenciamos de nosso elo perdido, passando pelos diversos hominídeos e chegando ao Homo Sapiens, há cerca de 250 milhões de anos. Portanto, nesse tempo saímos de um pequeno grupo de cerca de 50 espécimes, que se diferenciaram e, a partir daí, pelo acúmulo de vantagens competitivas. Os novos Espíritos que se agregavam aos humanos iam sendo absorvidos d os outros hominídeos que coexistiam com o Homo Sapiens como os Homo Eréctos e o Homo de Niendertal encarnando na população humana em formação. Mas como chegamos aos 7 bilhões, sem contar um número muito difícil de estimar de desencarnados? A conta não parece fechar

O contraponto aqui é que não existiam 7 bilhões de primatas na Terra, ou seja, durante todo este período, necessariamente, princípios espirituais encarnaram pela primeira vez como hominídeos e, finalmente, como humanos. Estes foram os responsáveis pela criação de nossa Espiritoesfera Terrestre.

Esta questão é importante, pois pode explicar porque seguimos convivendo de um lado com um certo progresso social, mas porque pontualmente vemos ações individuais que beiram a barbárie. Acredito que estejamos ‘raspando’ o umbral, dando oportunidade de reencarnação àqueles que possivelmente não puderam reencarnar tanto anteriormente, mas que pela explosão demográfica estão podendo reencarnar neste momento.

A grande vantagem que um avanço social proporciona a estas pessoas é a oportunidade de reencarnar em patamares de educação melhores, numa sociedade que busca a valorização do homem, ainda que com muitas dificuldades, causadas pelas desigualdades socias. Mas o fato de existirem telecomunicações, educação básica para muitos, o domínio da escrita, da leitura e da tecnologia acelera o crescimento individual. Estamos todos à caminho da luz, de uma forma ou de outra.

Vejam a curva que podemos traçar do desenvolvimento humano:



Figura 3 – Cálculo de número médio de encarnações

Esta curva, nos permite calcular uma média de 685 encarnações por espírito ( 60.000.000/ 87.500 = 685). Mas não sabemos como foi este incremento, por quanto tempo princípios espirituais se transformaram em humanos ou mesmo se ainda, nos dias de hoje esta promoção continua existindo.

No entanto, conforme pode ser visto na figura 2, o grande salto de desenvolvimento humano, acontece em todas as áreas de conhecimento. Nos últimos 2000 anos, período em que já havíamos desenvolvido a agricultura, a escrita, as principais religiões e a ciência, onde não existe o menor espaço para especulações de que culturas extraterrestres – ainda que espirituais estejam presentes. O que ocorreu foi que o excedente de riqueza gerado foi capaz de sustentar uma população maior, veja Teoria da Transição Demográfica, fase 2. Necessariamente os espírtos habitantes de nossa orbe foram forçados pela oportunidade a reencarnar mais e mais rápido, aumentando assim o progresso geral.



2.6.2 - Hipótese extraterrestre para explicar os saltos de conhecimento da humanidade:

Existe, é claro, a hipótese defendida por Emmanuel em A Caminho da Luz de que muitos espíritos tenham emigrado da constelação de Capela (estrela dupla). Não sou favorável a ela, pois não é possível observar saltos na evolução humana que não tenham explicações muito mais simples – a hipótese da emigração traz este componente de missão que não passa pelo meu senso crítico. É perfeitamente defensável a evolução humana através de coisas simples como o domínio do fogo, do artesanato, da agricultura; depois da pecuária, da escrita cuneiforme, da escrita moderna e outros tantos que podem muito bem ser entendidos passo a passo sem intervenções drásticas do ‘Alto’. O desenvolvimento do corpo físico, sem dúvida, é resultado dos mecanismos de adaptação ao meio – mais conhecido como “evolução natural das espécies” – assim, somos o produto de nossa história aqui na Terra.

Sugiro a leitura do trabalho - Análise da necessidade de recorrermos à exobiologia , quer física, quer espiritual para explicar o desenvolvimento das civilizações na Terra - de minha autoria, ver referência bibliográfica, no mesmo apresentamos uma profunda análise que demonstra não existir evidências da presença de migrações em massa capaz de provocar mudanças radicais na cultura ou mesmo no desenvolvimento humano.





3. Conclusões:

Apresento uma série de hipóteses que penso serem razoáveis para se ajustarem ao modelo de crescimento populacional terrestre.

1 – Migração de várias espécies proto-humanas para os corpos mais bem sucedidos.( desde 20 milhões de anos, sendo que ocorrerá em massa nos último período de 4 a 2 milhões de anos)

2 – No início, como não havia muita diferença entre um australopiteco e um antepassado do chimpanzé as migrações entre estas espícies era muito frequente.( Faixa de 4 a 2 milhões de anos)

3 – Ao longo dos últimos 4 milhões de anos, onde várias espécies de homenídeos conviveram, a evolução foi lenta porque os períodos entre encarnações tiveram que ser muito longos ( contrário do proposto pelos espíritos à Allan Kardec), pois havia necessidade de absorver os Principios Espirituais que buscavam encarnar, pela lei de progresso na raça mais bem sucedida e que formariam o estoque espiritual terrestre.

4 – Com o aumento populacional a taxa de reencarnação aumentou, por que após um período longo, após o surgimento do Gênero homo, o salto evolutivo entre outros primatas e os homo se torna enorme, com o início de organização do mundo espiritual, obstáculos maiores à encarnação de princípios espirituais devem ter sido impostos pelos Espíritos já organizados no mundo dos Espíritos, limitando este acesso ao genero homo a taxas mínimas. À partir deste momento começam realmente as oportunidades de desenvolvimento do espírito.

5 – Foi necessário 3,75 milhões de anos para que o homo sapiens se desenvolvesse e absorvesse uma população espirtual na orbe um número de Espíritos entre 7 bilhões e 60 bilhões de espíritos.

6 – nos últimos 10 mil anos a população multiplicou 116 vezes, como nenhum espírito alegou em qualquer comunicação que o aumento se deu pela migração de Espíritos de outros planetas, salvo a hipótese dos Exilados de Capela que vieram, segundo Emmanuel, para melhorar os caracteres da raça humana sem, no entanto, qualquer comprovação científica – a exemplo da frase citada - “ a moderna genéticanão poderia fixar, como hoje, as expressões dos “genes”, portanto no laboratório das forças invisíveis, as células ainda sofriam longos processos de acrisolamento, imprimindo-se-lhes elementos de astralidade”.

Não podemos aceitar esta possibilidade pois para explicar o salto populacional ao invés de “alguns milhões de espíritos” como se refere Emmanuel seriam necessários nada menos que bilhões de espíritos.

7- O aumento populacional e como consequência o aumento na taxa de reencarnação é o grande responsável pelo progresso da humanidade. Os motores deste progresso são hoje bem conhecidos, ver Transição Demográfica, fase 2.

8 – O aumento do número de espíritos na orbe terrestre se explica pelos itens de 1 a 5.



4 - Bibliografia:



1 -Somos 7 Bilhões – coluna de Celso Ming – Jornal A Tribuna - Santos

- http://www.prb.org/

2 - www.google.com.br; www.bing.com.br ; http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritismo

3 - LEAKEY, RICHARD; A origem da espécie humana, Rio de Janeiro, tradução Alexandre Tort, Rocco, 1995. 159p. 
4 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Crescimento_populacional#Previs.C3.B5es_sobre_a_popula.C3.A7.C3.A3o_mundial_futura
5 - http://poscarbono.blogspot.com.br/2012/02/ainda-o-crescimento-populacional.html - Transição - reflexões sobre o modelo de transição para a era poscarbono – Luis Queirós.

6 - O Ser Humano e a Evolução – Alexandre Cardia Machado VSBPE , Cajamar SP -1996
http://icksantos.blogspot.com/2011/12/o-ser-humano-e-evolucao-uma-analise-pre.html


7 - 7 bilhões de humanos – Alexandre Cardia Machado, Abrindo a Mente: Jornal ABERTURA Novembro de 2011
http://icksantos.blogspot.com/2012/03/abrindo-mente-7-bilhoes-de-humanos.html



8 - 60 Bilhões de humanos – Alexandre Cardia Machado , Abrindo a mente – Jornal ABERTURA - Julho de 2011

9- A Caminho da Luz – Emmanuel psicografado por Francisco Xavier

10 - Análise da necessidade de recorrermos à exobiologia , quer física, quer espiritual para explicar o desenvolvimento das civilizações na Terra – Alexandre Cardia Machado IX SBPE – Santos SP – 2007

11- A Evolução do Princípio Espiritual do átomo ao Espírito Superior - Uma releitura da Codificação – Alexandre Cardia Machado X SBPE – Santos SP – 2009

12 - Transição Planetária – Psicografada por Divaldo Pereira Franco – Espírito Manoel Philomeno de Miranda

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Curiosidade – um dos motores que movem a humanidade



Foto Nasa - Satélite Mars Reconnaissance Orbiter registra a chegada da sonda em Marte


Esta semana, após oito meses viajando no espaço, depois de percorrer a distância de 556 milhões de quilômetros, e após passar pelo processo de entrada na atmosfera marciana a uma velocidade de 21 mil km/h – com uso de escudo protetor, paraquedas e, finalmente, foguetes desenvolvidos para parar no ar e liberar o veículo robô – pousou com absoluto sucesso a nave robô em uma cratera, na busca de uma evidência de vida bacteriana, em Marte.

A nova sonda enviada à Marte pela NASA, que na realidade trata-se de um veículo de uma tonelada, teleguiado, extremamente sofisticado, equipado com uma estação de monitoramento ambiental (REMS), desenvolvido e montado na Espanha, medirá a temperatura do solo e ar, pressão, umidade e radiação ultravioleta, e conta também com uma antena que facilitará o envio de dados e colocará o explorador diretamente em contato com a Terra.

O Robô chama-se Curiosity, ‘curiosidade’ em português. O nome não podia ser mais adequado, pois representa uma das molas propulsoras da humanidade. Orçado em 2,5 bilhões de dólares, tem como maior responsabilidade nos ajudar a conhecer o passado semelhante que Marte e o planeta Terra tiveram em comum e, como prêmio de loteria, nos traz a possibilidade de encontrar evidências de vida fora da Terra.

A pluralidade dos mundos habitados, um dos pilares do Espiritismo é, sem dúvida, o que mais precisa de evidências comprováveis. É lógico pensar que num universo tão grande não apenas a Terra possua vida. A vida, acredita-se, pode se formar em locais onde exista a presença de água. As sondas robôs enviadas previamente já encontraram evidências de minerais que só podem ser produzidos na presença de água, o que nos leva a crer que, em algum momento no passado, Marte tenha tido condições de aparecimento de vida.

É possível que estas condições ainda existam sob a superfície e é este um dos alvos da expedição.

Se descobrirmos que não estamos sós no universo, creio que esta constatação possa ser um motivo a mais para buscarmos uma integração melhor dos humanos, uma compreensão de que a vida inteligente é rara e de que não podemos desperdiçar a oportunidade especial de aqui estarmos como espíritos imortais, vivendo e criando estes equipamentos delicados e mandá-los tão longe, na busca de conhecimento. Que também sirva de estímulo a governos e governantes para que empreguem verbas semelhantes para o desenvolvimento do saber entre nós.

Por Alexandre Cardia Machado

Nota: Editorial de Agosto 2012 - Jornal ABERTURA

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Abrindo a mente - A pluralidade dos mundos habitados e o critério de falseabilidade por Alexandre Cardia Machado

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Abrindo a mente:60 bilhões de humanos – nossa história. Por Alexandre Cardia Machado

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O Ser Humano e a Evolução- - Uma análise pré-histórica

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Abrindo a Mente - 7 bilhões de humanos – estaríamos ‘raspando’ o umbral? Por Alexandre Machado

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

XXI Congresso Espírita Pan-americano: Santos se torna a capital do Espiritismo por cinco dias

Uma característica marcante durante todo o transcorrer do XXI Congresso Espírita Pan-americano foi a perfeição de organização, a alegria da Comissão Organizadora e de Apoio, as apresentações artísticas por parte de grupos de música e de teatro santistas além, claro, de palestras de alto nível.




Ademar Arthur Chioro dos Reis, presidente da comissão organizadora do evento, e sua equipe conseguiram o apoio importantíssimo da Prefeitura de Santos, da Universidade Santa Cecília, do Santos e Região Convention & Visitors Bureau, e de patrocinadores locais anônimos. Ocorreram Mesas Redondas com os assuntos explorando as diversas facetas do tema central: “Perspectivas contemporâneas da Teoria Espírita da Reencarnação”. Fóruns de Temas livres, predominantemente sobre a Reencarnação, agigantaram na parte doutrinária do evento.



O Congresso interagiu com a cidade ao fazer uma caminhada de dois quilômetros e meio pela orla de praia, até a praça Allan Kardec, que foi reformada pela Prefeitura como um pedido especial da organização do congresso e inaugurada exatamente no dia 7 de setembro, data máxima do Brasil. No dia 8, à noite, um Jantar Dançante no Clube dos Ingleses reuniu mais uma vez os congressistas.



O encontro contou com 38 trabalhos inscritos por iniciativa própria dos autores, que foram apresentados durante cinco sessões, onde até oito trabalhos eram apresentados simultaneamente. E havia trabalhos para todos os gostos.




O Congresso foi bastante rico e contou ainda com exposições em painéis, vendas de livros e artesanato produzidos por voluntárias de casas espíritas organizadoras do evento, além da merecida homenagem especial a dois eminentes espíritas santistas: Jaci Régis e José Rodrigues.



Santos foi a capital espírita por cinco intensos dias, num Congresso que, em resumo, foi um sucesso absoluto.