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sexta-feira, 4 de março de 2016

A LEI NATURAL, A FELICIDADE E O ESTOICISMO - por Roberto Rufo

A LEI NATURAL, A FELICIDADE E O ESTOICISMO.


" A Lei Natural exprime o fundamento de uma ética, pois ela mesma é a lei ética que determina o que é adequado à natureza humana. " (Padre Antônio Vieira).

" A Lei Natural é a lei de Deus, é a única necessária à felicidade dos homens " (Resposta dos Espíritos à pergunta 614 do Livro dos Espíritos).


A lei natural para o Espiritismo é algo imanente na alma humana, e fundamenta o discernimento do bem e do mal no livre arbítrio. A lei humana ou positiva, para mim, é parte da lei natural, e o seu princípio e fim é o bem comum da sociedade. Assim, enquanto a lei natural aconselha e mostra o que o homem deve fazer para ser humano, usando da sua razão e liberdade, a lei positiva tem a função de fundamentar a adequação da moral e da política pela mediação da justiça legal. A isso pode-se chamar espiritualidade. Não falo de religião.

Roberto Ruffo


Infelizmente hoje o enraizamento social e político aponta tão somente para perspectivas de implantação de um materialismo que submergiu a dignidade espiritual do homem. Abandonou-se qualquer ideia ou conceito de que haja um projeto para a felicidade humana, projeto esse elaborado por uma inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Não falo do Deus judaico-cristão. O Espiritismo obviamente é uma filosofia racional, todavia sou muito crítico hoje quanto ao poder exacerbado da razão, definido hoje como produto apenas dos neurônios físicos. Esse poder da razão surgiu no Iluminismo, em resposta a um domínio cruel do poder religioso, que também ajudou a solapar qualquer essência de espiritualidade.

Criticou-se nos meios intelectuais materialistas que a ideia de uma lei natural funcionaria como algo determinista na vida humana, independente da vontade do sujeito pensante. Para o Espiritismo a lei natural é aquela que incide na mente humana para que distinga o bem do mal. Mas segundo a Doutrina Espírita, a vontade das pessoas permanece livre, pois nada pode obrigar essas pessoas a escolher segundo um caminho predeterminado. Nos dias que correm aprisionou-se lamentavelmente o debate político e filosófico a doutrinações ideológicas, notadamente nas universidades. O futuro está determinado por uma razão histórica. Que embuste! Como cansa meu Deus ouvir a cantilena de " direita " ou " esquerda " para se definir a qualidade das pessoas. Em ambos os lados temos na política indivíduos roubando descaradamente no Brasil. Dizem esses indivíduos que é em nome da governabilidade. Já cansou esse discurso!

 Acho que uma ótima ajuda em nossos tempos, especialmente nos meios espíritas, seria um estudo aprofundado da filosofia estoica. O estoicismo é uma escola fundada em Atenas por Zenão de Cicio no início do século III a.C. O estoicismo afirma que todo universo é governado por um Logos divino. A alma estaria identificada com esse princípio divino, que nos leva à harmonia e à felicidade.

Leiam " Sêneca e o Estoicismo " de Paul Veyne, tradução de André Telles e descobrirão ali muitos conceitos utilíssimos para tomada de decisões, além de falar de uma espiritualidade tão cara ao Espiritismo. No livro está escrito que o estoicismo é uma sabedoria da segurança. Inabalável pelas tormentas externas (por exemplo o terrorismo do Estado Islâmico, ou o preconceito racial), surdo aos clamores dos sentidos (o perigo  de uma sociedade baseada unicamente no mundo sensorial), o estoico conhece a real felicidade. A vida passaria a ser regida pelo que é mais nobre, firme e estável: sua alma, identificada com a razão, que impera soberana sobre as demandas exteriores. Mas é uma razão que expressa uma filosofia que assume contornos de uma transcendência, que não é muito distinta daquela expressa por uma espiritualidade baseada na evolução humana garantida pela reencarnação.


Não tenhamos qualquer pudor ou vergonha em afirmarmos, juntamente com os espíritos, de que os homens são obrigados a modificar as suas leis que são imperfeitas, mas as leis de Deus são perfeitas.Complementam os espíritos que a harmonia que regula o universo material e o universo moral se funda nas leis que Deus estabeleceu por toda a eternidade. Para um melhor entendimento de Deus, recomendo o trabalho apresentado pelo pensador espírita Milton Rúbens Medran Moreira no XIV Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita de 2015 – O pai, o filho e o espírito.

Artigo publicado na edição de Janeiro - Fevereiro de 2016 do Jornal Abertura

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Imagine, apenas imagine por Alexandre Cardia Machado

Imagine , apenas imagine

O jornal Folha de São Paulo, no dia 24 de janeiro publicou em sua capa a foto abaixo, mostrando o espaço em uma avenida, ocupado, por automóveis, ônibus, metro e bicicleta. Isto nos faz pensar se realmente tomamos as decisões corretas.

Não se trata apenas de substituir o carro pela bicicleta, mas sim em planejarmos uma cidade para que todas as opções estejam disponíveis e que todas elas sejam dignas.

Quando jóvens, nossos meios de transporte são a bicicleta e o ônibus, por que paramos de usá-los cotidianamente? Parar apenas por  termos um automóvel?



Cada ato tem a sua consequente reação, quanto mais consumimos combustíveis fósseis, mais aquecemos o planeta e mais mudanças no meio ambiente e no clima acontecem. Precisamos usar todas as alternativas, ir a pé, pegar um ônibus, usar, no caso de Santos, as bicicletas do Itaú, que são de graça. Se nenhuma destas opções puder ser usada, aí sim, usar o automóvel.

Kardec não teve que passar por este dilema, em sua época recém surgiam os primeiros “ vapores”, navios movidos a vapor e as estradas de ferro com suas locomotivas, estas sem dúvidas um grande progresso, pois permitem uma grande quantidade de carga transportada em pouco tempo, ainda que naquela época, já muito poluente.

Do livro Obras Póstumas, buscamos inspiração em Kardec que discorre sobre o egoísmo.
“O egoísmo, por sua vez, se origina do orgulho. A exaltação da personalidade leva o homem a considerar-se acima dos outros. Julgando-se com direitos superiores, melindra-se com o que quer que, a seu ver, constitua ofensa a seus direitos. A importância que, por orgulho, atribuí à sua pessoa, naturalmente o torna egoísta.

O egoísmo e o orgulho nascem de um sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porquanto Deus nada pode ter feito inútil. Ele não criou o mal; o homem é quem o produz, abusando dos dons de Deus, em virtude do seu livre-arbítrio. Contido em justos limites, aquele sentimento é bom em si mesmo. A exageração é o que o torna mau e pernicioso. O mesmo acontece com todas as paixões que o homem  freqüentemente desvia do seu objetivo providencial.

Ele não foi criado egoísta, nem orgulhoso por Deus, que o criou simples e ignorante; o homem é que se fez egoísta e orgulhoso, exagerando o instinto que Deus lhe outorgou para sua conservação.”
Associado ao exagero da utilização do automóvel, está a vontade de possuí-lo e de transformá-lo acima do valor de meio de transporte em uma forma de exercer e demonstrar poder, daí a principal razão de seu uso excessivo, como forma de orgulho e egoísmo. Se investimos consumistas no transporte individual, deixamos governos desobrigados de investir e manter bons serviços de transporte público, ou regular serviços privados de boa qualidade.


Não somos contra o automóvel, mais do que nada o utilizamos aqui como um grande exemplo, para que possa ser possível refletir sobre como imaginamos o mundo que queremos viver.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Mulheres - Os números são alarmantes - por Roberto Rufo

“É muito difícil para uma mulher que vive uma situação violenta denunciar” ( ONG Casa del Encuentro – Argentina ) “Deus deu ao homem e à mulher a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir” ( Livro dos Espíritos – Pergunta 817 ) 

  
   A manchete do jornal “A Tribuna” de Santos, por si só já espelha a tragédia vivida pelas mulheres em nosso continente:

“Feminicídio em alta causa dor e envergonha a América Latina”. E aí aparecem os números estarrecedores de mortes das mulheres latino-americanas: uma morte a cada 31 horas na Argentina; 15 por dia no Brasil e quase 2 mil por ano no México. Foram criadas leis para evitá-las, mas o número de crimes de gênero continua alto.

O interessante nisso tudo, para não dizer lamentável, é que em sua maioria são crimes cometidos por homens jovens ou de meia idade, que são de uma geração participante da liberação sexual e dos costumes. No entanto, continuam a ver nas mulheres uma propriedade sua. Aliado ao fato de que as mulheres adquiriram, e isso é muito bom, o direito de dizer não quando algo lhe desagrada na relação, indo até mesmo à separação, se julgar necessário . No passado, as mulheres da geração da minha mãe, por exemplo, não tinham essa ousadia de se afirmar como seres pensantes e participativos. Aí reside o problema e a desgraça para muitas mulheres.

Os senhores do sexo masculino não assimilaram a batalha cultural que as mulheres tiveram que lutar para se afirmarem como seres humanos  plenos. Quando elas manifestam sua independência, muitos não aceitam por se julgarem donos dessa mulheres. A deputada Gabriela Alegre, da cidade de Buenos Aires, diz que esse problema não se resolve apenas com a legislação e a penalização, mas é preciso, segundo ela, enfrentar uma mudança cultural e apontar para a educação.

Allan Kardec, na pergunta 818 do Livro dos Espíritos, indaga de onde se origina a inferioridade moral das mulheres em certos países? A resposta pode ser estendida à violência contra as mulheres: “do império injusto e cruel que o homem tomou sobre ela. É um resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza . Entre os homens pouco avançados, do ponto de vista moral, a força faz o direito”. Percebam que os espíritos falam “do ponto de vista moral”, pois entre os agressores há muitos com educação superior.

Maria Eugenia Lanzetti, 44 anos, professora de jardim de infância na província de Córdoba, era separada de um marido obsessivo, contra quem pesava uma ordem judicial de afastamento. Maria chegou a instalar um botão antipânico em seu celular. Infelizmente essas medidas não foram suficientes para evitar o pior. Na manhã de 15 de abril passado, o ex-marido entrou na sala de aula e cortou o pescoço dela na frente das crianças. O ódio era seu habitat cotidiano. Por isso sempre coloquei em dúvida uma afirmação rotineira nos meios espíritas, de que por não ter sexo, o espírito reencarna senão simultaneamente, mas algumas vezes como homem ou mulher.

Fosse assim, aqueles espíritos, como o ex-marido citado, ao passar por algumas encarnações no sexo feminino, já teriam adquirido alguma sensibilidade quanto aos desejos e anseios femininos.   
Conversa fiada, ele sempre reencarnou no sexo masculino e traz seus impulsos machistas há várias encarnações.  A erraticidade não lhe tem sido de grande valia.

Por isso, andou muito bem a Presidente Dilma Rousseff, a primeira mulher a governar o Brasil, ao promulgar uma lei que inclui o feminicídio no Código Penal. E enfatizou que a violência de gênero “acontece em todas as classes sociais”. Kardec tinha muito apreço na modernização das legislações, que segundo ele acabariam levando a uma mudança de comportamento. Em parte isso é muito verdadeiro, pois uma boa legislação devidamente aplicada tem o poder de induzir comportamentos.
Todavia, a mudança cultural é mais lenta e tão importante, até mesmo na Doutrina Espírita, quando diz que a mulher tem igualdade de direitos e não de funções. Isso não é mais válido, pois muitas mulheres são agredidas, por reclamarem justamente por igualdade de funções.   


sábado, 22 de agosto de 2015

BREVE SINTESE CRONOLÓGICA DA QUESTÃO RELIGIOSA – por Jaci Régis

BREVE SINTESE CRONOLÓGICA DA QUESTÃO RELIGIOSA – por Jaci Régis



1979

Creio que posso dizer que o inicio de tudo começou em setembro de 1979 quando lancei no jornal Espiritismo e Unificação, a campanha da Espiritização.

1980

Nas edições seguintes, no ano de 1980, o tema da Espiritização esteve presente, inclusive com adesões e rechaço.
Já em setembro desse ano foi sugerida uma Campanha Nacional pela Espiritização
Em seqüência, na edição de Novembro de 1980, escrevi um artigo com o título:
Espiritismo religioso. existe isso?

1981

No ano de 1981 prossegui com a idéia da Espiritização.

1982

Também em 1982, o tema da Espiritização continuou.
Maio de 1982 – publiquei artigo do Krishnamurti “Polêmica Espírita”.

1983

Artigo do Krishnamurti “O Discurso de Abertura”, analisando o discurso de Kardec de novembro de 1868.
Artigo “Kardec afirmou que o Espiritismo não é religião”.

1984

Dezembro de 1984 – fórum debate religião espírita –  na sede da Federação Espírita do Estado de São Paulo entre eu e Heloisa Pires.

1985

Publiquei uma coluna sobre a questão religiosa durante alguns meses,
Lançado o livro “O Laço e o Culto” de Krishnamurti
Foi apresentada a Chapa Unificação Hoje, para a diretoria da USE, com a candidatura de Henrique Diegues à presidência.
Editorial do Boletim da Federação do Rio Grande do Sul sobre a questão religiosa

1986

Participação ativa de Ciro, Jaci e Miguel na elaboração do 7º Congresso Espírita Estadual, realizado de 22 a 24 de agosto de 1986.
Centros ligados à UMES pedem definição não religiosa

1987

Realização do 7º Congresso Espírita Paulista1896:

Comentário

A discussão sobre o Espiritismo religioso, mobilizou muita gente, pró e contra. Artigos, cartas, editorais, foram publicados em vários jornais e realizados fóruns e debates.
A apresentação de uma chapa notoriamente não religiosa, para a diretoria da USE foi o ponto culminante da reação do sistema.
A situação cresceu quando a UMES de Santos e a 4º UDE, representadas por mim e por Ciro propôs e conseguiu a realização do 7º Congresso Estadual, que foi, afinal, o ponto de ruptura final.
A direção da UME de Santos foi praticamente destituída pela Diretoria da USE, DEIXAMOS A Dicesp, que criamos como parte da UMES como editora do jornal Espiritismo e Unificação e de livros.
Embora se tenha veiculado que existia o “grupo de Santos”, na verdade era eu, Jaci Regis, o único componente.
Vários espíritas contribuíram como Ciro Pirondi, Egydio Regis, Marcos Miguel, Krisnamurti C. Dias do nosso lado e vários do outro lado.

1988


Deixamos a direção do jornal Espiritismo e Unificação, no mês de fevereiro.

Note: Artigo publicado no jornal ABERTURA - maio 2015 - obtido das anoações pessoais de Jaci Régis

sábado, 8 de agosto de 2015

20 REFLEXÕES ESPÍRITAS PARA O BEM VIVER - por Ricardo Nunes

Ricardo de Morais Nunes


1 -   Amar o presente. O passado já passou. O futuro ainda não existe. É necessário vivermos na dimensão do agora.

2 -    Precisamos nos conscientizar da impermanência de todas as coisas. Devemos aprender a transitar.

3 -       O pressuposto do amor ao próximo é o amor a si mesmo.

4 -   É necessário nos livrarmos da ideia da culpa e do castigo. Nossas ações têm consequências.

5 -     Não devemos nos comparar com ninguém. Temos a nossa própria individualidade. Somos únicos.

6 -    Confiar na existência de um sentido profundo, de uma diretriz maior, para a realidade.  

7 -   Somos hoje o produto do que fizemos ontem. E amanhã seremos o produto do que fizermos hoje.

8 -    Somos, em essência, espíritos imortais neste universo complexo e misterioso.  
9 -  Devemos renunciar às nossas pretensões de segurança absoluta. Nossa jornada na terra é uma verdadeira “aventura existencial”.

10 - A reencarnação e o tempo são os instrumentos de nosso aprimoramento intelecto-moral.

11 -  É necessário distinguir entre as vitórias reais e as aparentes. Nem todos que aparentam sucesso são realmente bem sucedidos, segundo as leis maiores que regem a vida.

12 -   Não precisamos ficar procurando exaustivamente as causas da dor nas vidas anteriores. A dor é inerente ao fenômeno da vida. A reencarnação é uma flecha que nos lança para o futuro e não uma âncora a nos prender ao passado.

13 - O diferente não precisa ser nosso inimigo, pode ser alguém que nos proporciona outra maneira de enxergar a vida.

14 - A solidariedade é nos reconhecermos na pessoa do outro. A indiferença ao sofrimento alheio é próprio das almas ainda egocêntricas.

15 - A família e as amizades são os pequenos grupos onde exercitamos o amor que um dia teremos à humanidade.

16 - A vontade é o grande instrumento para transformação de nós mesmos e do mundo.

17 - O prazer é o que nos move para a ação.

18 - Para a nossa saúde emocional é necessário estabelecermos sintonia mental com as mensagens positivas, desligando-nos, o quanto possível, das mensagens negativas.

19 - Possuímos amigos no plano extra-físico que desejam o nosso bem, e atuam em nossa vida através da intuição, desde que nos coloquemos em sintonia mental com eles.

20 - Conhecer e amar são os objetivos fundamentais das existências sucessivas. A felicidade é o destino final da evolução. Porém, existe uma felicidade possível já neste mundo.


Ricardo Nunes

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Gente que faz - um garoto holandês e a poluição marinha - por Alexandre Machado

Gente que faz – um garoto holandês e a poluição marinha

A revista Superinteressante de janeiro de 2015, publica uma reportagem sobre um garoto holandês que, aos 16 anos de idade, em viagem de férias pela Grécia, percebe o mar repleto de plásticos boiando. Ao contrário da maioria das pessoas que só se lamentam, ele bolou um plano de como limpar os oceanos.

Anotem este nome: Boyan Slat. A história que começamos a relatar aconteceu em 2011, hoje este jovem, já com 20 anos, vem recebendo todos os prêmios possíveis, pois desenvolveu um projeto de ciência, com uma solução simples, capaz de capturar o lixo plástico que flutua nos oceanos. Ele criou um site na internet e com as contibuições voluntárias  contratou especialistas para desenvolverem o projeto, já agora, para aplicação global.

Do que se trata este projeto?  Boyan estudou as correntes marítimas cíclicas e percebeu que, com a utilização de boias extensas, em forma de “U”, com cerca de 100 km, localizadas em cada uma destas correntes,  poderíamos coletar  cerca de 16% do plástico já existente no oceano a cada 10 anos, ou seja, em pouco mais de 50 anos, praticamente limparíamos o oceano. O projeto se completa com a utilização de cargeiros que recolheriam este plástico para reciclagem.

Boyan já arrecadou cerca de 2 milhões de dolares, pela internet. Recebeu muitas críticas de especialistas, que se referiam principalmente em  como reciclar um plástico atacado pelo mar e pelos raios solares, ou pela dificuldade técnica de execução. Um exemplo disto seria  como fixar as boias ao fundo do oceano. Ele não se intimidou, contratou mais cientistas e elaborou um procedimento detalhado, com 530 páginas provando a viabilidade de sua empreitada.

O tempo nos mostrará se ele tem razão, pois o problema que ele busca atacar é real e muito maior do que pensamos. Todos os anos, nós humanos jogamos 6,4 milhóes de toneladas de plásticos no oceano.

Boyan certamente é uma pessoa determinada e, sem conhecer o espiritismo trata  aqui  de uma série de leis naturais aplicadas. São elas: lei da sobrevivência, da destruição e do progresso. Alguém motivado pode fazer uma grande diferença. A partir de sua iniciativa,  a Universidade de Caxias do Sul fez uma pesquisa e encontrou maneiras de limpar o plástico, rico em microorganismos vivos e assim, permitir a sua reciclagem. É o efeito dominó.

Se de um lado temos pessoas empenhadas, com ideias interessantes, de outro temos uma grande maioria de pessoas que não pensam nas consequências de seus atos:  a maior parte do lixo plástico que chega ao mar  vem carregado pelas chuvas. Nós não jogamos o plástico no mar, jogamos na rua e é  a chuva que leva ao oceano, ou seja, é uma poluição gerada pela ignorância, pela falta de educação ambiental.

Ver gente que faz a diferença nos demonstra que temos encarnados Espíritos mais adiantados, capazes de se diferenciar em muitas áreas de saber. Temos gênios em matemática, física, artes, mas também temos gênios na arte de melhorar a vida de nossos semelhantes, mesmo quando a grande maioria é incapaz de percebê-los.


Publicado originalmente no Jornal Abertura, na edição de Janeiro - Fevereiro de 2015 - seja assinante, entre em contato conosco pelo email: ickardecista1@terra.com.br.

domingo, 5 de julho de 2015

Livro Novo Pensar sobre Deus, Homem e o Mundo - por Jaci Régis

NOVO PENSAR SOBRE
DEUS, H0MEM E O MUNDO


Um novo pensar sobre Deus começará por deixar de lado o Deus Jeová, as afirmativas bíblicas e, de modo geral, as teorias  que fazem dele uma pessoa.
As palavras do louco de Nietzsche sobre a morte de Deus não devem ser tomadas como blasfêmia mas como a exclamação maior da decepção com o amor de Deus.
O Deus que Nietzsche matou é esse criado à semelhança das pessoas e cultuado, imposto pelas teologias de todos os tempos.
Isso não significa  a completa e satisfatória resolução da questão divina. Nem elimina a crença em Deus.


O que colocar em nossa mente a respeito de Deus. em substituição ao modelo rejeitado? É difícil fugir da realidade sensorial. Quando pensamos criamos imagens. Atendendo a essa necessidade do ser humano, todas as crenças criaram imagens concretas dos entes invisíveis.
Pensamos em Deus como “alguém”. Mas um “alguém” transcendendo o  delineamento corporal que nos dá o sentido das coisas. Deus continua invisível. O silêncio é a resposta das preces e imprecações. Há até um ditado “uma imagem vale mais do que mil palavras”. Daí a dificuldade de pensar num Deus sem face, sem corpo, sem imagem.
Mas Deus é o que é, não o que queremos que seja.
Isso nos autoriza a pensar em Deus sem imagem, limitações e sem ser uma pessoa.
O que seria então?
Não temos como saber, atualmente.
Todavia, a sua presença se faz na visão macro da vida, no encaminhamento através do tempo, que resulta invariavelmente no benefício da pessoa. Tudo começa no nível microscópico  num desenrolar dinâmico, atemporal dos elementos envolvidos para surgir, depois, um corpo, um animal, um primata, um homem, como conseqüência da seleção das espécies, da sobrevivência dos modelos mais resistentes transmitindo DNA que cria a cadeia genética.
O novo pensar vê nesse extraordinário poder de  desenvolvimento seqüencial dos seres a presença da inteligência divina. Na semente, como no embrião, existem códigos perfeitos que no ambiente adequado produzem a árvore e os frutos, o feto, a criança, a pessoa humana.
Assim como a ciência não sabe como esses fatores começaram a interagir, assim também não sabemos como a inteligência divina intervém para  dotar a natureza de princípios básicos, genéticos, que redundaram no panorama atual da Terra.
Entretanto, o novo pensar sobre Deus refaz o entendimento da relação divina com o ser humano.
Liberta-nos das cadeias de pecado, punição, morte e castigo que definem o Deus Jeová travestido no Deus cristão de amor, misericórdia e justiça.
O crente pergunta, onde está o Deus onipotente que não atua para eliminar o mal, punir os que praticam crimes e não salva e cura livrando-nos da morte?
A decepção provém do que se fala e diz sobre o amor de Deus.
A natureza não é lírica, mas objetiva, eficiente. Todavia não é perfeita. Esse paradoxo  precisa ser entendido:  a imperfeição dentro da perfeição.
Ou seja,  a perfeição absoluta atribuída à divindade comporta a imperfeição dinâmica dos processos evolutivos.
Um novo pensar sobre Deus nos conduz à compreensão de que a dinâmica da vida, em qualquer dos setores em que se manifesta, prima pela criação de  ambientes de oportunidade, seleção e superação.
Podemos questionar porque as coisas são assim. Todavia elas são assim.
O novo pensar sobre Deus pensa que o objetivo da vida é a felicidade.
A inteligência divina proporciona meios para isso, no tempo, através da lei da evolução.
A singularidade individual se envolve no processo para adquirir a sua própria identidade como ser único, imortal, progressivo, atemporal. O novo pensar sobre Deus tenta harmonizar a presença divina com  as necessidades do ser humano, oferecendo um conjunto de leis e sistemas vivenciais que abrem oportunidade de resolução dos problemas.
Dar atributos morais a Deus e sua transformação numa pessoa é fruto da criação da divindade à nossa imagem. Neste modelo não existe espaço para a personalização do Ser Supremo, nem cabe o estabelecimento de atributos, que o humanizariam, porque o paradigma disponível para pensar as virtudes é o humano.
O novo pensar começará por estabelecer que o universo não é estruturado, mas delineado. Seria, metaforicamente talvez, uma projeção da intenção divina, inteligência suprema e causa primária, centro ordenador e controlador, manifestado através da Lei Natural. Porque onde há Lei existe necessariamente controle.
A Lei Divina ou Natural está na base do universo, regulando a vida. Ela exprime a sabedoria divina na condução da humanidade, só apreciada ao longo do tempo.
A Lei divina ou natural, não cogita de julgar, condenar. Ou seja, Lei Natural não é uma lei moral. Ela controla a vida universal estabelecendo uma diretriz positiva que sobrevive e se impõe no aparente caos e nos limites do livre arbítrio.
E a Lei Natural está inscrita no Espírito através do processo evolutivo.
A existência da Lei Natural como centro irradiador do pensamento divino, é fundamental para compreender como o universo pode ser simultaneamente controlador e caótico. Para argumentar sobre essa polarização, poderíamos  aplicar a definição do elétron que pode ser substância e onda, sem alterar a estabilidade universal.
A Lei Natural exprime a sabedoria divina, com mecanismos extremamente competentes, estabelecendo o ritmo e a sucessão dos fatores com o fim de equacionar, no universo energético, tanto quanto no universo inteligente, o princípio do equilíbrio. Atuando através da lei de causa e efeito ou ação e reação, ferramenta de busca do equilíbrio, pela reciprocidade dos fatores.
Reside no campo moral, no campo das inteligências menores que somos nós, nos nossos anseios e esperanças, medos e expectativas, o principal problema.
Quem somos e porque somos. Eis a questão.

NR: Se você gostou do que leu, este é o primeiro capírtulo do último livro de Jaci Régis, NOVO PENSAR SOBRE DEUS, H0MEM E O MUNDO, compre aqui mesmo, basta enviar um email para ickardecista1@terra.com.br. Preço R$ 20,00 no Brasil sem custo do correio.

Temos este livro na forma em pdf  - grátis: baixe no site da CEPA - Associação Espírita Internacional.




terça-feira, 16 de junho de 2015

Análise da necessidade de recorrermos à exobiologia , quer física, quer espiritual para explicar o desenvolvimento das civilizações na Terra. por Alexandre Cardia Machado

Título: Análise da necessidade de recorrermos à exobiologia, quer física, quer espiritual para explicar o desenvolvimento das civilizações na Terra.


Autor: Alexandre Cardia Machado

1 - Objetivo:
Este trabalho visa coletar e analisar a bibliografia espírita que recorre a migrações de espíritos de outros planetas como explicação para os “saltos” da humanidade.

Como piloto deste estudo, analisaremos o desenvolvimento de 3 civilizações em 3 continentes, os Sumérios, os Egípcios e os Maias, respectivamente Ásia, África e America Central, outras civilizações poderão ser citadas apenas, como suporte para a argumentação.

Serão usados como referência espírita as seguintes obras: A Genêse os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo; Revista Espírita –1862 ambas de Allan Kardec; A Caminho da Luz, de Emmanuel psicografado por Francisco Candido Xavier e Exilados da Capela de Edgard Armon além de alguns trabalhos de Gabriel Delanne.

Trataremos de demonstrar que Kardec, Armon e Emmanuel tem uma preocupação básica de monstrar que todas as citações bíblicas e as do Novo Testamento são verdadeiras ou quando isto não é possível de ser feito, diretamente, adotam a estratégia de dizer que os eventos bíblicos são escritos em linguagem cifrada, para ser revelada posteriormente.

2 – Características das civilizações de referência:

2.1 - Desenvolvimento intelectual da humanidade:

Uma forma de medir o desenvolvimento intelectual de uma civilização ou uma população é através da medição do avanço científico, artístico e humanístico que tenham atingido. Fazer isto em épocas remotas é uma tarefa mais difícil, mas é isto que pretendemos fazer aqui.

Para mergulharmos na pré-história encontraremos registros humanos que datam de 1 a 10 milhões de anos que são as pedras lascadas, grandes sinais de desenvolvimento da humanidade podem ser observados.

“ As civilizações do paleolítico inferior, que datam do princípio da era quaternária e terminam com a chegada do último período glacial, devem ter abrangido imensa época, durante a qual parece ter havido contínuo aperfeiçoamento da cultura, pelo que se pode verificar na região compreendida pela Inglaterra e França”1

“ O homem do Paleolítico médio ja desenvolviam uma industria de instrumentos domésticos à partir de osso e muito se aperfeiçoou a arte de talhar o siléx. Encontram-se coisas como agulhas com orifício e arpões de duas pontas são provas disto – são desta época as mais antigas pinturas
ruprestres.2




Figura 1: Pintura rupestre encontrada na caverna Perch Merle na França – aqui mostramos apenas parte de um grande painel

Durante o mesolítico (30.000 a 10.000 a.C.) já como o único3 gênero homo existente na terra, desenvolve a habilidade de caça usando o arco e flecha, passando a viver em grupos menores, uma vez que as espécies grandes (de caça) foram extintas na era glacial, com esta nova técnica o homem passou a abater aves, pescar e aumentando a sua capacidade de adaptação ao meio ambiente, também é desta fase o início da domesticação de animais.

No período do Neolítico, o homem já domesticava animais, dominava a agricultura e cerâmica. Instrumentos polidos de silex, ou rocha ignea dura, osso, chifre ou marfim.

“A vida fixa, não nomade, com a agricultura primitiva e as artes, parece haver começado nas bacias dos grandes rios – o Nilo, o Eufrates, o Tigre e o Indio – sugerindo a analogia que também na China isto tenha ocorrido”

“ O homem neolítico revela ainda um outro progresso, estruturas como as de Stonehenge, nas quais uma pedra afilada marca a posição do sol nascente durante o solstício, servem para fins astronômicos e também religiosos”

Ao contrário do que muitos pensam , o Homem do neolítico já pensava matemáticamente, no Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica, existem os bastões de Ishango, que são os primeiros registros numéricos da humanidade e que datam de 20.000 a.C. e que são formados por ossos marcados por riscos, demonstrando quantidades, encontrado em Uganda na África em 1950 pelo arqueólogo Belga Jean de Heinzelin.

Nos tempos pré-históricos, o homem descobriu o emprego das drogas extraídas de ervas e fez experiências combinando com outros materiais criando uma farmacologia primitiva – isto a 10.000 a.C. Os primeiros médicos vem desta época, se utilizavam de ervas e produtos extraídos de animais, mas também de técnicas para afugentar os maus espíritos, consta desta época a utilização de animais como cobaias para verificação da eficácia do tratamento.

Nesta fase o desenvolvimento da agricultura é passado de populações a populações vizinhas de tal forma que entre 9.000 a.C. até 4.000 a.C. estas técnicas são dominadas por toda a humanidade que vivia no supercontinente Eurásia e norte da África.

A idade do Bronze e do Ferro confunde-se com a história, já aparecem as civilizações, as cidades estado, o comércio e principalmente a guerra, assim chega-se a um estágio de grande evolução tecnológica.



Figura 2: Arremessador de dardo entalhado de 10.000 a.C. com cerca de 50 cm, com este tamanho não era muito eficiente, demonstrando o seu uso como adorno.

Trataremos agora das tres civilizações que destacamos, por serem elas sempre referenciadas por seu elevado desenvolvimento comparado aos povos ao seu redor. Na verdade isto não ocorreu e o processo desde as primeiras urbanizações e o aparecimento de grandes impérios levou em cada um destes casos cerca de 6.000 anos de lentos e continuados processo de desenvolvimento.

2.2. – Egipcios:

2.2.1 - Organização social e politica:

A transição de nomades caçadores coletores para agricultores, no vale do Nilo, remonta a 8.000 a.C. de forma isolada e com pouco contato com o que se passava na Mesopotâmia, o que fez com que a idade do Ferro por exemplo só atingisse o Egito na era cristã, quando os Romanos o conquistaram.
O Egito que foi unificado a 4.000 a.C em um estado religioso,onde o seu rei, chamado de Faraó, era considerado como de descendência direta dos deuses. O Egito por 2.500 anos manteve diversas dinastias, sem sofrer nenhuma invasão em contraste com o que se deu nos outros centros de saber da época, com isto foi se organizando um estado burocrático e voltado para aproveitar as cheias do Nilo para produzir alimentos. O Egito desenvolveu-se como se fosse uma ilha, pois ao sul em direção ao Sudão não haviam inimigos a leste e oeste apenas deserto e ao norte o Mediterâneo, onde àquela época ainda não haviam marinhas suficientemente fortes para criar problemas. Isto permitiu que o Egito desenvolvesse técnicas de construção, conservação de alimentos e registro de informações através da utilização do papiro, apropriado para o clima seco do deserto. O Estado preocupava-se com os seus cidadãos e havia uma hieraquia muito bem definida.

Esta característica de certo isolamento, demonstra a capacidade humana de desenvolvimento que aflora à partir do momento em que o homem passa a ter tempo para pensar e analisar o seu ambiente, propiciado pela agricultura que vamos demonstrar mais a frente é o grande diferencial recente da humanidade.

No deserto ao seu redor haviam povos nomades que iniciavam e formação de cidades, como podemos perceber no relato da Bíblia:

“No Velho Testamento encontramos vivído e primitivo relato da vida dos povos nômades.
Também Lot, que foi com Abraão, possuía rebanhos e tendas. E a terra não poderia sustentar os dois, caso quisessem viver juntos... E Abraão disse a Lot... Não existe diante de ti a terra toda...”

2.2.2 - Religião:

Praticava-se a adoração dos ancestrais e dispensava-se muita atenção, aos mortos da realeza, que eram julgados descendentes dos deuses, desenvolveu um clero, como os sumérios.

“ mas as doenças mentais continuam a ser encaminhadas a exorcistas que, com amuletos e passes, se propunham expulsar os maus espíritos”

A religião e a medicina se misturaram, através do culto aos mortos, desenvolveu-se a mumificação.
2.2.3 - Ciência:

“ No que toca à aritmética, utilizava-se um sistema decimal já na primeira dinastia. (3.000 a.C.) Não havia nele símbolo para o zero (criação indiana muito posterior) nem notação de posição, da mesma forma que faltavam símbolos separados para os números entre 1 a 10, de modo que a unidade tinha de ser repetida até perfazer o número desejado. Também se tratavam por unidades as frações assim, por exemplo 7/12 era representada assim 1/3 ¼, implicando adição.

O Calendário Egipcio tinha 365 dias por ano, desenvolveram a agrimensura, utilizando cordas, na astronomia agruparam estrelas em constelações e desenvolveram a medicina e estudos de anatomia ja em 2.500 a.C... no século XII a.C. ja tinham desenvolvido o tear,”

Como característica geral podemos afirmar que a ciência e a matemática Egípcias eram práticas, voltadas para as necessidades ,sem muita preocupação com a teorização, que só viria a ocorrer com os Gregos 2.000 anos depois.

2.3 – Sumérios.

2.3.1 - Organização social e politica;

Entre 10.000 e 5.000 anos a.C. na região entre os rios Tigres e Eufrates, onde hoje situa-se o Iraque, diversas colônias ali se estabeleceram – o clima não era tão favorável como no Egito, mas em compensação era rico em fontes de minérios, argila e betume, além de ficar localizada no centro de uma região rica em povos de grande diversidade.


Ao contrário do Egito, por aqui a guerra era uma constante e os governos se sucediam, conforme a dominação. Ficando no caminho entre a Europa e a índia o comércio floresceu.


Figura 3: Este é um angulo não muito comum de ver esta região, mas demonstra mais claramente quão próxima são as regiões que mais floresceram na antiguidade.

Em 5.000 anos, nesta região, passamos de nomades a moradores de cidades estado, por volta de 4.000 a.C. ,culturas definidas emergiram no Tigre, em Samarra, nas vizinhanças de Jazira e, ao sul, em Ur (atual Nasiriya) e Hajj Muhammad (240km de Bagdá). A fixação do homem, inicia o processo de formação do sentido de pátria, as cidades começam a aumentar e o comércio floresce. A Cidade mais antiga que se tem notícias ficava mais ao sul e chamava-se Jericó (cerca de 8.000 a.C.). A primeira cidade murada foi Uruque, perto do rio Eufrates, isto em 3.000 a.C. Nesta época iniciam-se as primeiras dominações das cidades estado como Uruk, Ur e Kish, aparecem então as primeiras dinastias, moda que vai pegar logo em seguida no mundo todo.

Desenvolveram uma cultura superior aos povos nomades ao seu redor. Os Sumérios dominaram politicamente a região até cerca de 2.300 a.C. quando os Acadianos dominaram o país, assumindo o poder mas não destruindo a cultura. Posteriormente os Assírios conquistaram a região em 1.200 a.C..Durante 800 anos os domínios das diversas cidades, dentre elas a cidade de Babilônia (que no século VII a.C. chegou a ter 10.000 hectares) ficou sendo disputado por assírios e caldeus, o brilhantismo deste povo permaneceu até o domínio pelos Persas em 400 a.C.19 Posteriormente os gregos com Alexandre acabaram por dominá-los.

2.3.2 - Aparecimento da escrita;

Foram desenvolvidos pictogramas que representavam os cereais, animais, seguidos da quantidade, tudo isto em argila, em forma de tabletes. Isto ja por volta de 8.000 a.C. à partir os Sumérios passaram a identificar alguns símbolos que representavam idéias, um exemplo uma boca junto com linhas onduladas (água) representavam a sede. A seguir foram feitas experiências com fonemas. Criaram um instrumento em forma de cunha que facilitava o trabalho do escriba, daí o nome de escrita cuneiforme, finalmente a escrita como um todo foi estabelecida a cerca de 3.000 a.C.20 Uma vez que o homem estabelece a escrita esta prática mostra-se tão eficáz que é transmitida muito rapidamente para todos as regiões conhecidas.




Figura 4:Podemos ver o desenvolvimento da escrita, surgindo na Mesopotâmea e sendo migrada rapidamente para todo o mundo civilizado, basicamente estimulada pelo comércio.

2.3.3- Religião:

Foram os primeiros povos a desenvolverem um clero,pois justamente estes sacerdotes descobriram que precisavam de um método de preservação de registros, como colheitas, impostos e carregamentos comerciais. Foram desenvolvidos pictogramas que deram origem à escrita cuniforme.

O Culto coletivo foi pela primeira vez institucionalizado pouco depois de 5.000 a.C., na cidade de Eridu, a sudoeste de Ur. Em honra de Enki, a divindade que protegia o suprimento de água da cidade. Foi construído um grande edifício em sua homenagem.

2.3.4 – Comércio / Navegação:

Antes mesmo do estabelecimento da agricultura já o comércio ocorria, principalmente com produtos feitos com rochas obsidiana, sal, pedras semi-preciosas, isto ja a 9.000 a.C.22em toda a região do crescente fértil que envolve regiões que hoje pertencem a Israel, Líbano, Turquia, Iraque e Irã. O Comércio era fortemente favorecido pela geografia, pois esta região, apesar de montanhosa, possui vales de rios praticamente interligados, permitindo caravanas se deslocarem desde o Irã até o rio Nilo, sem grandes obstáculos.

2.3.5 – Ciência e a transmissão de conhecimento:

Construções complexas:

Cerca de 6.000 a.C. já muitas cidades atingiam tamanhos de 4 a 5 hectares, com construções em tijolos de barro, argamassa e telhados de madeira, estas casas já dispunham de fogões.23 Ao lado das casas eram mantidos os seleiros e os animais domestificados.

Artesanato:

A 6.000 a.C. ja existiam os artesões profissionais, como na cidade de Beidha, onde se produzia artigos em osso, como alfinetes, agulhas e principalmente objetos de barro e cerâmica, ja à partir
de 4.000 a.C. o processo de produção de cerâmica evoluiu para a utilização de roda de oleiro e fornos tornando a atividade cada vez mais profissional.



Figura 5: Produção em série na antiga Mesopotâmia – isto a 6.000 a.C.

Desvio de rios:

Pela observação de que as terras baixas após as cheias ficavam mais férteis,logo o homem passou a canalisar e desviar o curso dos rios. Estas técnicas foram evoluindo lentamente. Como as cheias eram repetitivas, ou seja era possível determinar o seu calendário (razão pela qual todos os povos antigos desenvolveram calendários bastante precisos, era possível preparar o solo para que com a cheia as áreas a serem plantadas fossem irrigadas. Também várias técnicas de cisternas e captura de água das chuvas foram desenvolvidas.

2.3.6 – A arte da guerra;

Não eram apenas os desastres naturais que atormentavam os agricultores primitivos. A riqueza atraía saqueadores nômades ou vizinhos invejosos, cada vez mais as lanças, fundas e flechas, que antes eram usadas principalmente contra os animais, passavam a voltar-se contra seres humanos, estamos entre 6.000 a.C. e 5.000a.C. e as cidades começam a fortificar-se, aparecem as primeiras muralhas.
A vida confinada trouxe com ela também a doença e as pestes. Nesta época a vida média nas grandes cidades era de 30 anos para os homens e 35 para as mulheres.

Do Oriente médio e daí para o resto de mundo civilizado começaram a existir as cidades muradas, sendo a primeira delas Jericó na atual Israel que tinha fosso e muro defensive feito de tijolos de barro em 8.000 a.C. formadas por casas agrupadas sem ruas internas, isto já em 6700 a.C. como Satal Huyuk, no sul da atual Turquia e posteriromente os muros de pedras se generalizam.
À partir do momento em que a riqueza se acumula, aumenta a disputa e as conquistas, que perdurarm até o onosso século.

2.4 – Maias;
2.4.1 - Organização social e politica;


Escolhemos os Maias por sua avançada constituição e organização enquanto império, mas eles não foram os únicos nem os primeiros na América, o homo spiens quando colonizou a América já possuia um desenvolvimento tal que em condições adequadas pôde demonstrar a sua capacidade. Um artigo publicado no Jornal o Globo em 2001 relata as descobertas arqueológicas no Perú onde uma cidade, no vale do Rio Supe, denominada de Caral, já em 2.600 a.C. - 800 anos antes das grandes civilizações Mexicanas, sendo assim o berço das civilizações americanas e contemporânea dos Egípcios e Sumérios, possuindo cidades com 65 hectares.26 Os Maias floresceram na América Central e México (província de Yucatán) por volta de 300 a.C., existe a possibilidade de que eles tenham se originado da derrocada do império Olmeca pré-existente e que data de 900 a.C. e estes de civilizações anteriores existentes desde 1500 a.C na região. Os Maias criaram a maior civilização do Novo Mundo.

A maior cidade Maia foi Teotijuacán, no final do século VI d.C. sua população atingiu 150.000 habitantes, numa área de 20 KM quadrados. No centro da cidade existe uma pirâmide com 60 m de altura


Figura 6: É a maior zona arqueológica de Cancun, localizada no km.19 de Boulevard Kukulkán. Contém praças delimitadas por edifícios e plataformas que se comunicam por um caminho de 200 m. A zona teve o seu auge no período de 1250 a 1521 d.C.

Os sucessores dos Maias foram os Aztecas, sua capital, quando descoberta por Cortêz em 1519 constava com uma população de 300.000 habitantes, apenas como referencia, a maior cidade europeia da época era Londres com 250.000 habitantes.

2.4.2 - Aparecimento da escrita;

A matemática tem registro nos Maias desde 300 a.C. era uma matemática que usa a base 20 - lembrem-se que nós usamos a decimal ,mas para computação a base binária – usavam uma escrita com base em glifos.

2.4.3 – religião;

A religião Maia, parece ter tido um aspecto sombrio e repulsivo. Praticavam a automutilação e o sacrifício humano, que consistia na tortura, seguida de decapitação, ou na retirada do coração de uma vítima viva.

Praticava-se a adoração dos ancestrais e dispensava-se muita atenção, como no Egito, aos mortos da realeza, que eram julgados descendentes dos deuses, acredita-se que tenha havido uma classe sacerdotal hereditária.

2.4.4 – Ciência;

Um exemplo de desenvolvimento da ciência primitiva na América é a utilização da Mandioca pelos índios americanos na américa central – Cultivava-se mandioca por suas raízes tuberosas, que são empregadas na fabricação de farinha, pão, tapioca, goma para passar roupa e bebida alcólica, mas no seu estado natural o tuberculo é tóxico – o venêno , uma espécie de cianureto – é romovido pelas ações combinadas de ralar, espremer e aquecer os tubérculos . Mas como os índios da América Central descobriram toda esta técnica?

 Este desenvolvimento demonstrou a existência de uma lógica investigadora. Evidentemente o desenvolvimento da técnica levou muito tempo, pois a mandioca era utilizada pelos indígenas em toda a América. O que demonstra que a tranmissão de conhecimento se efetua de forma rápida, mesmo em ambientes onde não se utiliza a escrita.

A Astronomia e a construção de calendários, que nos Maias os mesmos remontam a 3000 a.C.,
anterior mesmo à sua época. Neste período a região de Tehuacan no México era muito desenvolvida. Os calendários estavam muito relacionada com os registro históricos e utilizavam a mesma lógica que mais tarde foi adotada na Europa em 1583 ,no chamado calendário Juliano, por Giuseppe Scaliegero.

3 – Icone de desenvolvimento da humanidade - a agricultura:

“Por dois milhões de anos, o ser humano vagara, alimentando-se do que lhe oferecia a natureza. Vilas como a de Beidha (Palestina) prenunciaram o fim disto. Em todo o Oriente Médio, disseminaram-se assentamentos similares enquanto outros grupos de caçadores-coletores, empenhavam-se em domesticar o campo: desenvolviam técnicas de semeadura, colheita e pastoreio do gado. Tais inovações aparentemente simples, iriam mudar a face do mundo. Em poucos milênios a humanidade errante começou a se organizarem grupos sedentários que pontilhavam todos os vales, estepes, planícies e pampas do globo. Não foi uma revolução repentina. Os hábitos estabelecidos eram abandonados com dificuldadee, no início, os antígos métodos de caça e coleta conviveram com o novo estilo de vida. Mas o padrão da existência humana estava sendo alterado de maneira irrevogável. Esses primeiros lavradores fizerammais do que apenas incrementar os suprimentos alimentares. Deram a si mesmos a oportunidade – controlando as colheitas e as doenças – de viver em maior segurança e aumentar sua expectativa de vida.”

A 8.000 a.C. já se cultivavam cereais no México e a 7.000 a.C. ja técnica chegou ao Perú, demonstrando que a transmissão de conhecimento de tribo a tribo se deu da mesma forma na América como na Ásia.

Este relato, demonstra claramente como se deu a transformação da humanidade de caçadores-coletores a agricultores. A fixação do homem, mudando sua característica nomade para sedentário, fez com que a população começasse a aumentar, agora não mais geograficamente, pois antes o aumento de população sempre obrigava a conquista de novos territórios, com o advento da agricultura, aumenta o comércio, as populações vivem mais, os objetos que são portados por esta população podem aumentar de tamanho, construções maiores começam a se formar.
Uma pequena família nomade de 25 pessoas precisava de 650km2 para garantir o seu sustento, uma vez estabelecido esta mesma área podia confinar milhares de pessoas. Tudo isto começou a ocorrer no Oriente médio por volta de 10.000 a.C. Este período coincidiu com o fim da última
era glacial, com o recuo do gelo, grandes áreas se abriram para o pasto e para a agricultura. A 10.000 anos a população da terra era de cerca de 10 milhões de pessoas.

Assim como antes da agricultura, a capacidade de andar ereto, fabricar objetos primeiro de rochas depois de cerãmica, a domesticação do lobo, craindo o cachorro que serviu de proteção e tração, a construção do arco e flexa, a arte e finalmente a agricultura foram os grandes marcos da humanidade. A agricultura criou as condições de fixação do homem, com isto veio a cultura e o conhecimento, todos os demais avanços são consequência da fixação do homem, da mudança de coletor para agricultor, daí a produção em massa, a ciência foram passos continuos.

Neste período ja existia o comércio, mercadores andavam de lado a lado oferecendo objetos e comida, as trocas de então disseminaram o conhecimento e a técnica de cultivo de terras. A domesticação de animais, pode ser demonstrada como ela foi sendo disseminada, veja a figura abaixo:

Começaram então a selecionar sementes, armazena-las em potes de cerâmica ou buracos forrados com palhas. Com a população fixada, não havia problemas em ter-se uma prole maior e os velhos começaram a ganhar espaço. Em 8.000 a.C. Jericó ja contava com uma cidade de 3 mil habitantes.

A 6.000 a.C. a agricultura se estabeleceu na China, o painço é cultivado e criam-se porcos e cães.

4 – Principais referências ao desenvolvimento da humanidade na bibliografia Espírita - Exobiologia:
Como um princípio geral , vamos encontrar referências bem parecidas em 3 textos, um do próprio Allan Kardec, outro de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier e o terceiro, que parcialmente se baseia no segundo que é de Edgard Armond. Abaixo extraio alguns dos pontos mais importantes destes relatos:

1a Raça emigrada:

Antecedentes, segundo Edgard Armond seriam, na verdade várias as migrações, a primeira migração de espíritos teria ocorrido , no final do terceiro período geológico, como Pitecantropo ( o terciário, corresponde ao período compreendido entre 65 milhões de anos a 2 milhões de anos).

Observação 1:

Neste ponto o autor comete o primeiro erro cronológico, localizando a 1a raça emigrada em um período geológico posterior ao da 2a raça emigrada, mesmo que isto não tenha sido a sua intenção, as referências não se cruzam na ordem certa. Ou, admitindo-se que a referência ao continente esteja certa, ela teria ocorrido no Cretácio – ver observação 2. Agora se nos apegarmos ao nome Pitecantropo, esta é a denominação do Australopitecos que viveram entre 4 a 2,5 milhões de anos atrás, no final do período terciário.

2a Raça emigrada:

Esta segunda raça deve ser considerada como pré-adâmica...evoluiu por muitos milênios, dando tempo a que se procedesse a necessária adaptação ao meio ambiente até que, por fim, com o desabrochar lento e custoso da inteligência, surgiu entre seus componentes o desejo de vida comum, que nessa primeira etapa evolutiva, era visceralmente brutal e violento, porém ainda não fisicamente humanos. Iniciou-se com estes espíritos um estágio de adaptação na crosta planetária tendo como teatro o grande continente da Lemúria”.

Observação 2:

Se este continente da Lemúria um dia existiu, remontaríamos ao período da movimentação da crosta terrestre ou Cretácio, numa época em que predominavam os grandes dinossauros ou a 110 milhões de anos atrás. Isto é pelo menos 50 milhões de anos antes dos primeiros primatas antecessores dos homenídeos que foram os Lemures a 50 milhões de anos.

 Descendentes destes primatas existem até hoje na Ilha de Madagascar. Neste caso teríamos que admitir que espíritos ja evoluídos em outros planetas reencarnassem em corpos de animais que pouco se diferenciam de pequenos ratos, o que não parece nem um pouco razoável, sendo melhor admitir que os princípios espirituias que habitavam os corpos destes animais seguissem a sua trajetória evolutiva natural.
Segundo Emmanuel, em texto produzido por Chico Xavier em 193744, diz ” O homem, para atingir o complexo de suas perfeições biológicas na Terra, teve o concurso de Espíritos exilados de um mundo melhor para o orbe terráqueo, Espíritos esses que se convencionou chamar de componentes da raça adâmica, que foram em tempos remotíssimos desterrados para as sombras e para as regiões selvagens da Terra, porquanto a evolução espiritual do mundo em que viviam não mais a tolerava, em virtudes de suas reincidências no mal. O vosso mundo era então povoado pelos tipos de “primata hominus”, dentro das eras da caverna e do silex, e essas legiões de homens singulares, pelo seu assombroso e incrivel aspecto, se aproximavam bastante do picanthropus erectus...”

Observação 3:

Ou seja, por este relato as primeiras migrações teriam ocorrido entre 3.000.000 a 2.500.000 de anos atrás, ver quadro abaixo, que coincidiria com o aparecimento do homo Erectus – talvez, tenha sido esta a intenção do autor.

3a  Raça emigrada:

Ainda, muito antes do aparecimento das civilizações, segundo Armond teria aparecido a 3a Raça-Mãe- ou terceira migração “ Foi então que seu instinto e as inspirações dos Assistentes Invisíveis o levaram à descoberta providencial do fogo, o novo e precioso elemento de vida”

Observação 4:

Segundo os registros arqueológicos o homem dominou o fogo entorno de 500.000 anos atrás quando coexistiam na crosta terrestre o homo erectus e o Homo habilis, encontram-se sitios arqueológicos em locais como a China e Alemanha que datam desta época.

“A defesa, que abriu à humanidade torturada de então novos recursos de sobrevivência e de conforto. Formada por homens de porte agigantado, cabeça mais bem conformada e mais ereta, braços mais curtos e pernas mais longas, que caminhavam com mais aprumo e segurança em cujos olhos se vislumbravam mais acentuados lampejos de entendimento.

Nasceram principalmente na Lemúria e nas Ásia e suas características etnogeáficas... eram nomades..mas formavam já sociedades mais estáveis e numerosas, do ponto de vista tribal ”


Observação 5:

Novamente a referência a Lemúria, neste caso 100.000.000 de anos defasada, mas se considerarmos, generosamente a Lemúria como sendo o sul da África aí sim estariamos de acordo com o registro destes hominídeos. Podemos ver, no entanto que o autor é bem específico na localização deste continente. Ao fazer isto comete o segundo erro claro, pois à época da existência deste continente o homem não existia, e nem sequer, qualquer forma proto-humana.

Localização da migração:

“ O grande continente da Lemúria que se estendia das alturas da Ilha de Madagascar para o leste e para o sul, cobrindo toda a região ocupada hoje pelo oceano Índico, descendo até a Austrália e incluindo a Polinésia. A região central da Ásia, limitada ao sul pelo Himalaia e que se estende para leste, Pacífico adentro, para oeste terminava nem grande mar, que subia de sul para norte, passando pelas regiões hoje ocupadas pelo Indostão, Beluchistão, Pérsia e Tartária e terminando na região sub-ártica ( Divisão geopolítica da Terra, no início do século XX)

Observação 6:

Esta descrição corresponde aproximadamente à formação existente quando da formação da crosta terrestre com o nome de Pangea. Esta ideia foi primeiramente apresentado por Antonio Snider em 1858 em Paris, sendo que somente em 1915, o meteorologista alemão Alfred Wegener escreveu um livro juntando as evidências a favor desta idéia e a sua comprovação só foi realizada nos anos de 1960 com a descoberta do micro-magnetismo residual existente nas formações rochosas. Assim podemos datar com bastante precisão que esta formação acima descrita é muito similar ao super continente Pangea existente a 200 milhões de anos.49 Assim Armon comete neste caso o terceiro erro. Pois que nesta época , os répteis dominavam o mundo. Tartarugas e ictossauros prosperavam no mar, pterossauros dominavam os ares, enquanto os primeiros dinossauros – e – mamíferos percorriam a terra, sendo que estes mamíferos não eram maiores que os preás de hoje.

Já Emmanuel apresenta uma proposta oposta, declarando que a Lemúrua trata-se de lenda:
“Os Arianos puros, entre os quais cultivavam-se igualmente as lendas de um mundo perdido, no qual o povo hindu colocava as fontes de sua nobre orígem. Alguns acreditavam se tratasse do antigo continente da Lemúria, arrasado em parte pelas águas dos Oceanos Pacífico e Índico... a realidade, porém é que, como os egípcios, os hindus eram um dos ramos da massa de proscritos da Capela, exilados no planeta”

Observação 7:

Como podemos ver, Armon basea-se no livro A Caminho da Luz, mas, no entando não observa esta referência contida no mesmo livro. Or outro lado Emmanuel diz que estes povos teriam evoluído diretamente dos homo erectus/habilis, o que de fato não ocorreu.

4a raça emigrada:

“isto no oriente e no ocidente na região da grande Atlantida e no continente americano no norte na região da atual Groenlândia”

Observação 8:

Não existe nenhuma evidência de que esta formação tenha algum dia existido na Terra.

5a raça emigrada:

“Na região do polo norte até o paralelo 80 e todo o norte do continente europeu. Esta a área ocupada pelos Árias”, mais tarde época não definida.

6a raça emigrada - Enfim os Capelinos:

Segundo Armon, os espíritos superiores escolheram os povos mais adiantados então para que fossem o foco da encarnação dos exilados (muito mais evoluidos), assim escolheram a região da China em suas palavras : “- inegavelmente o mais prístimo foco de todos os surtos evolutivos do globo é a China milenária” ( nota do autor Edgard Armon – Para a ciência oficial a civilização chinesa não vai além de 300 anos antes de nossa era, mas suas tradições fazem-na remontar a mais de 100 mil anos. A civilização chinesa, entretanto, veio de Atlanta primitiva).

Aqui temos uma contradição à comunicação de Emmanuel que diz terem sido as “organizações hindus” que seriam anteriores às Egipcias e Israelitas.

Logo após as primeiras encarnações, segundo o autor dá-se um salto na humanidade ou seja “ de trogloditas habitantes de cavernas e de tribos selvagens aglomeradas em palafitas, passaram, então, os homens, sob o impulso da nova direção, a construir cidades nos lugares altos, mais defensáveis e mais secos, em torno das quais multidões aumentavam dia a dia”.

Observação 9 :

Os autores mais uma vez não combinam e nem um deles combina com as evidências arqueológicas. Armon data a emigração dos Capelinos em 100.000 anos a.C., bem nesta época os primeiros homo sapiens sapiens estavam chegando à região da China, mas a região era principalmente ocupada pelo homo erectus. Os primeiros sitios arqueológicos atribuídos ao Homo sapiens sapiensis, com indicios de utilização da agricultura – que demonstraria o seu grau de evolução - na China remontam a 6.000 anos a.C..5859.

Além disto, as primeiras cidades foram localizadas às margens de rios, em locais baixos onde podia-se aproveitar as cheias dos rios para irrigação, como já demonstrado anteriormente.


Figura 7: Migração do Homo Sapiens

Posição de Allan Kardec:

Evidentemente que pelo contexto das comunicações que Kardec recebia, pelo princípio espírita da pluralidade dos mundos habitados e pela pouca informação científica sobre os planetas do sistema solar, o mesmo só poderia ser favorável a existência de migrações de espíritos de planetas distantes e migrações sucessivas da Terra para outros planetas. Hipótese esta que pode ser aceita porém não se torna tão clara no desenvolvimento da humanidade, como muitos pensaram, inclusive Kardec.
Assim citaremos aqui alguns trechos do artigo publicado pelo próprio Kardec na Revista Espírita de Janeiro de 1862.

“ Como o princípio das coisas está nos segredos de Deus, que não no-lo revela senão à medida que julga adequado, ficamos reduzidos a conjucturas. Muitos sistemas foram imaginados para resolver esta questão e, até hoje, nenhum satisfaz completamente a razão. Nós, também, vamos tentar levantar uma ponta do véu. Seremos mais felizes que os antecessores? Não o sabemos: só o futuro dirá. A teoria que apresentamos é, pois, uma opinião pessoal. Parece-nos em concordância com a razão e com a lógica. É isto o que, aos nossos olhos, lhe dá um certo grau de probabilidade.”

Observação 10:

Alem de deixar bem claro que tratava-se assim de uma teoria pessoal, Kardec vai mais fundo e coloca o seguinte: “ É contra a mania de certos Espíritos, em relação ao principio das coisas, que nós devemos por em guarda; o que, aos nossos olhos prova a sabedoria dos que ditaram O Livro dos Espíritos é a reserva que souberam guardar sobre questões desta natureza.”

Enfim a teoria defendida pelo Prof. Rivail:

“ Embora possam os Espíritos encarnar-se em diversos mundos, parece que, em geral, realizam um certo número de migrações no mesmo globo e no mesmo meio, a fim de melhor aproveitarem a experiência adquirida; não saem desse meio senão para um pior, por punição, ou um melhor, como recompensa. Disso resulta que, durante um certo período, a população do globo é, mais ou menos, composta dos mesmos Espíritos, que aí reaparecem em diversas épocas, até atingirem um grau de depuração que lhes permita morada em mundos mais adiantados. “

E continua no paragrafo seguinte:

“ Conforme o ensino dado pelos Espíritos superiores, essas emigrações dos Espíritos encarnados na Terra ocorrem de tempos em tempos, individualmente; mas em certas épocas, realizam-se em massa, por força das grandes revoluções que os fazem disaparecer em quantidades inumeráveis, sendo substituídos por outros Espíritos que, sobre a Terra, ou sobre uma parte da Terra, constituem uma nova geração.”

Kardec torna-se mais específico ao ligar estas migrações com épocas biblicas e referindo-se a palavras supostamente ditas por Jesus o mesmo acrescenta, dando uma explicação centrada na lei de amor e caridade:

“ A geração a que o Cristo se referia não era a dos homens ( “ Na verdade vos digo que não passará uma geração sem que se cumpram todas estas coisas”) que viviam em seu tempo, incarnados, mas a geração dos Espíritos que na Terra percorreram os diversos períodos de sua reincarnação e que irão deixá-la. Vão ser substituidos por uma nova geração de Espíritos que, moralmente mais adiantados, farão reinar entre si a lei do amor e da caridade ensinada por Cristo e cuja felicidade não será perturbada pelo contacto dos maus, dos orgulhosos, dos egoístas, dos ambiciosos e dos ímpios”

A Raça Adâmica:

Com relação a existência ou não de Adão e da raça Adamica, Kardec diz o seguinte:
“ A questão principal ao nosso ver, não é saber se o personagem Adão existiu realmente, nem em que época viveu, mas se a raça humana, designada como sua posteridade é uma raça decaída. A solução dessa questão não é vazia de conteúdo moral, porque, esclarecendo-nos quanto ao nosso passado, pode orientar a nossa conduta para o futuro”

E diz logo em seguida – falando sobre o mito desta raça adâmica:

“...a idéia de anjos rebeldes, anjos decaídos, paraíso perdido, se acha em quase todas as religiões e no estado de tradição entre quase todos os povos. Ela deve pois, assentar-se numa verdade encontraremos todos os caracteres de uma geração de Espíritos expulsos de outro mundo e exilados, por causas semelhantes, na Terra, já povoada, mas por homens primitivos, mergulhados na ignorãncia e na barbárie e que aqueles tinham por missão fazê-los progregir, trazendo para o seu meio as luzes de uma inteligência já desnvolvida. Não é, realmente, o papel até aqui representado pela raça Adâmica Relegando-a para esta terra de trabalho e de sofrimento...“64
Observação 11:
Kardec acaba não especificando em que momento no passado esta Raça Adâmica acabou migrando para a Terra, mas é favorável a esta hipótese. Apenas temos a contestar o fato de Kardec atribuir que “tradição entre quase todos os povos” deve ser verdade, ora a história da humanidade é repleta de migrações sobre o próprio solo, razões como secas, glaciações, tempestades fizeram com que o homem, por muito tempo nomade buscase um outro local para lá se estabelecer. Esta lembrança “encarnada” seria muito mais forte do que uma possível “lembrança desencarnada” de uma migração de um outro planeta para a Terra. Eu classificaria aqui esta conclusão de Kardec como “erro de Kardec”, pois o mesmo usa esta conclusão como único argumento para a sua tese.

Emmanuel – no Livro A Caminho da Luz, referindo-se a esta raça, especifica que a mesma teria vindo de um planeta distante, este planeta orbitaria a Estrela Capela, na constelação do Cocheiro, mais visível no hemisfério Norte. Chega a especificar que a estrela de Capela estaria a uma distância de 42 anos Luz do Sol. E falando então sobre a recepção destes espíritos, assim ele se refere:
“ Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes. ...mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites...aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam para atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre...por muitos anos não veriam a suave luz da capela”

Observação 12:

Com relação aos Capelinos, sugiro a leitura do artigo publicado no Jornal Abertura, de minha autoria, no qual teço uma completa análise da possibilidade de ser a estrela Capela a orígem dos Exilados.
A ideia básica defendida é que: por tratar-se a Estrela Capela, na verdade uma estrela dupla, a possibilidade de que a vida tenha se desenvolvido neste sistema é muito remota, tanto assim que a procura por sistemas planetários fora do sitema solar exclui este tipo de estrelas. Pela razão simples que em sistemas duplos uma das estrelas gira muito rapidamente entorno da estrela principal o que eliminaria qualquer possibilidade de existência de planetas em órbita da primeira estrela. Além disto Capela e sua dupla são muito mais novas que o Sol, tendo em volta de si ainda uma nebulosa , que pela existência de um duplo, jamais formará um planeta. Isto nos leva a demonstrar mais um erro de Armon e Emmanuel.




EstrelaEstrela Beta de Capela em órbita
Beta de Capela
Estrela Alfa de Capela
Nebulosa formada pelos restosda grande explosão que deuorígem às estrelas duplas
Figura 8: http://asca.gsfc.nasa.gov/docs/asca/gallery/capella_ring.html aqui podemos ver a estrela dupla de Capela e o anel formado por gases e poeira cósmica ao seu redor.

Emmanuel também trata da orígem da raça branca, dizendo:
“a natureza ainda era, para os trabalhadores da espiritualidade, um campo vasto de experiências infinitas, tanto assim que, se as observações do mendelismo fossem transfridas àqueles milênios distantes, não se encontraria nenhuma equação definitiva nos estudos de biologia. A moderna genética não poderia fixar, como hoje, as expressões dos “genes”, porquanto, no laboratório das forças invisívies, as células ainda sofriam longos processos de acrisolamento, imprimindo-se-lhes elementos de astralidade, consolidando-se-lhes as expressões definitivas, com vistas às organizações do porvir.”

Observação 13:

As técnicas de datação por DNA são utilizadas hoje normalmente na pesquisa arqueológica e a afirmação de que não se encontraria “nenhuma equação definitiva nos estudos de biologia” trata-se de uma total insensatez – tratando-se assim de mais um erro de Emmanuel.
Sobre a orígem da raça branca “em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlantida” Com relação à questão da lembrança desta imigração Emmanuel explica que esta memória foi passada de geração a geração até ser gravada nas páginas da Biblia, seguindo neste ponto, a mesma linha de raciocínio de Allan Kardec e que posteriromente também seria seguida por Edgard Armon.

Observação 14:

Por que citar Atlantida? Não existe nenhum indício de que este povo tenha existido novo erro de Emamanuel - e ao que tudo indica a migração do homo sapiens sapiensis se deu ao contrário da África para a Ásia a cerca de 130 mil anos.70 Conforme já demonstrado na Figura 7.
Sobre os povos formados por estes exilados na Terra, “teriam sido os Árias (Indo –européia, os celtas, os gregos e os germanicos e eslavos), a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da índia”.

Observação 15:

A história etnográfica destas populações é diferente, no que se refere aos Egípcios, com relação aos povos da Índia, todos descendem da mesma raça indu-européia. Novo erro de Emmanuel.

Gabriel Delanne:

Gabriel Delanne em seu livro A Evolução Anímica esquiva-se de qualquer hipótese extra-terrestre para explicar o desenvovimento do Homem ,desde seu ancestral mais antigo, recorrendo apenas ao desenvolvimento do espírito e a lei da reencarnação.

“ Nenhuma teoria filosófica pode, como o Espiritismo, explicar todos estes fenômenos. Graças à lei de reencarnação e ao conhecimento da natureza da alma, fácil se torna compreender o progresso do Espírito, desde a modalidades mais rudimentares até as suas manifestações mais altas. O princípio pensante percorreu, lentamente, todas as escalas da vida orgânica, e foi por meio de uma ascensão ininterrupta, em transcurso de séculos inumeráveis, que ele pode pouco a pouco, demoradamente, fixar no invólucro fluídico todas as leis da vida vegetativa, orgânica e psíquica.”

No Livro A Alma é Imortal , Delanne dedica um capítulo completo ao estudo das sociedades antigas ,como os egipcios, os hindus, os Chineses e Gregos, sem recorrer em momento algum à hipótese extraterrestre. Demonstra por exemplo que o culto aos mortos era comum em todas as regiões “verifica-se, com efeito, que os homens da época pré-histórica, a que se deu o nome de magalítica, sepultavam os seus mortos, colocando-lhes nos túmulos armas e adornos”. Ou ainda, referindo-se aos Egipcios que estes a 5000 a.C. já faziam referencia ao culto aos mortos e na crença na sobrevivência.

No livro A Reencarnação, ele diz “ a ciência formulou certo número de hipóteses, para explicar as mutações dos seres. Lamark e Darwin imaginaram teorias sedutoras, que as de Quinton e De Vries completaram até certo ponto. Mas, a verdadeira causa da evolução deve ser procurada, segundo penso, nos esforços que o princípio inteligente tem feito para se ir desprendendo das faixas da matéria”.

Referindo-se aos Egípcios:

Segundo Emmanuel os Egípcios degredados foramos que mais se destacaram na prática do Bem e do Mal, pois seriam os que menos débitos teriam, segundo ele em nenhuma outra civilização da Terra o culto à morte foi tão desenvolvido, sendo que após a saída destes espíritos da Terra “depois de perpetuarem nas pirãmides os seus avavnçados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral”.

A religião era politeísta embora Emmanuel diga que os sacerdotes iniciados teriam conhecimento da existência de um Deus único.

Observação 16:

Esta afirmação parece um tanto absurda segundo Emmanuel os “iniciados’ guardavam segredos da sua condição de exilados”. E que tinham o conhecimento do Deus único, no entanto o Egito antigo foi uma sociedade que adorou diversos deuses e todas as mitologias a eles associados.

Desenvolvimento da ciência e da matemática:

Segundo Emmanuel, “ Aqueles grandes mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação”

5 – Conclusões e considerações:

Considero que o passado da humanidade, formado pela luta pela sobrevivência, o crescimento do cérebro e as conquistas, lentas mas determinadas dos homenídeos até a sua forma humana moderna, podem ter tido influência Espiritual, através da ação do Espírito, pelo seu acúmulo de experiência e inteligência.

A possibilidade de migrações, doutrinariamente possível, não encontra eco, no conhecimento que temos de nossa própria orígem. A tentativa de ligar evolução com religião, claramente demonstrada por Edgard Armon e Emmanuel, forçando fatos afim de dar consistência às suas teses em nada ajudam a esclarecer a humanidade.

Kardec também se deixa levar pelo mesmo sentimento, mas tem a clareza de dizer tratar-se apenas de uma hipótese que o mesmo lançava à luz do Espiritismo.

Podemos notar que Gabriel Delanne, muito próximo a Kardec não se deixa contagiar por este e lança suas teses de desenvolvimento do genêro humano apenas baseado nas leis de Reencarnação e Evolução.

Os erros apontados neste trabalho forçam o leitor a pensar. Se os erros ocorreram de duas uma. Ou foram de propósito ou foram por desconhecimento, em qualquer um dos casos põe em dúvida a categoria do Espírito comunicante. Forçando-nos a tomar muito mais cuidado ao lermos as obras psicografadas.

O tema é apaixonante e muito há que ser descoberto, nos estudos arqueológicos, nos próximos anos e, se quisermos que o Espiritismo mantenha a sua base na verdade, muito trabalho teremos para mantê-lo atualizado e livre de misticismos e idiossincrasias.


6 – Bibliografia:
6.1 – História da ciência – William C. Dampier. Edição Brasileira Ibrasa, São Paulo - 1986.
6.2 – O Ser humano e a evolução uma análise Pré-histórica – V SBPE – Alexandre Cardia Machado –Ed. Licespe- Santos SP –1997.
6.3 – História em Revista – a era dos reis divinos; Editora Time-Life Livros, Abril Livros , Rio de Janeiro, 1991.
6.4 – História Ilustrada da Ciência – da Universidade de Cambridge – Colin A. Ronan –Ed. Círculo do Livro – São Paulo –1987.
6.5 – Os Exilados da Capela – Edgard Armond – Editora Aliança – São Paulo, 1999 (2a edição) – 1a edição 1951.
6.6 – Revista Espírita 1862 – Jornal de Estudos Psicológicos – Edicel - São Paulo – tradução de Julio Abreu Filho – sem data
6.7 – A Caminho da Luz – Espírito de Emmanuel - psicografado por Francisco Cândido Xavier . Ed. FEB – Rio de Janeiro -1938
6.8 – A Evolução Anímica – Gabriel Delanne – Ed. FEB – Rio de Janeiro –1976 Edição original francesa de1895. Tradução de Manuel Quintão.
6.9 – A Alma é Imortal – Gabriel Delanne – Ed. FEB – Rio de Janeiro –4a Edição1978 Edição original francesa . Tradução de Guillon Ribeiro
6.10 – A Evolução do Princípio Inteligente – Durval Ciamponi – Ed. FEESP. São Paulo – SP –1999.
6.11 – Superinteressante – 10 anos de revista em CD-rom. Abril SP –2000
6.12 - Enciclopédia Encarta – CD Rom Ed. Microsoft- 2001
6.13 – A Aurora da Humanidade – Coleção História em Revista – Editora Time-Life livros – Abril Coleções –Rio de Janeiro-1993
6.14 – Enciclopédia Compacta de Conhecimentos Gerais – isto é Guiness. Ed Tres, Rio de Janeiro – 1995
6.15 – História Natural da Evolução – Philip Whitfield. Ed. Verbo – 1993
6.16 – O Menor dos Humanos – Kate Wong – artigo - Revista Scientific American – Brasil – Março 2005
6.17 – Atlas da História do Mundo – Folha de São Paulo Editora – Sáo Paulo – 1995
6.18 – O Paradigma das civilizações Adâmicas x descobertas atuais – análise da situação – Alexandre Cardia Machado – Jornal Abertura – ICKS –Santos – Fevereiro 2003
6.19 – Astronomia prática – Atlas do céu – Rio Gráfica editora – Rio de Janeiro –1985
6.20 – Site da Nasa – http://asca.gsfc.nasa.gov/docs/asca/gallery/capella_ring.html
6.21 – O ócio Criativo – Domênico de Masi – Ed. Sextante Rio de Janeiro –2000
6.22 – África berço da matemática – dirk Huylebrouck – artigo - Revista Scientific American - São Paulo –2005
6.23 – Descoberta a mais antiga cidade das américas – Jornal o Globo –27/04/2001