segunda-feira, 16 de março de 2015

XIV SBPE - Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita realização ICKS





30 de outubro  a 1° de novembro de 2015.

Santos – SP

ICKS – Instituto Cultural Kardecista de Santos



Realizou-se em Santos, na antiga sede do ICKS, hoje colégio Angelus Domus, na avenida Francisco Glicério, 261, Gonzaga – antiga sede do ICKS.

Veja as fotos do evento no seguinte link: Fotos do XIX SBPE




Programa do Simpósio - as inscrições estão encerradas:












segunda-feira, 9 de março de 2015

Ainda precisamos de Deus - por Roberto Rufo

“Se Deus não existe então tudo é permitido“ (Dostoiévsky).


O diretor Woody Allen admitiu não ter razão para existir e que isso causa nele uma profunda tristeza.
Filho de mãe judia, Woody Allen se declara ateu. Durante uma coletiva de imprensa em Paris, na divulgação de seu último filme, ele disse que sua vida foi vazia, triste e sem sentido. “Por ser ateu e não acreditar numa razão para estarmos aqui, tive uma vida muito triste, sem esperança, assustadora’, confessou.

Kardec em comentário à pergunta de número 06 do Livro dos Espíritos afirma que “se o sentimento da existência de Deus não fosse senão o produto de um ensinamento, ele não seria universal, e não existiria, como as noções de ciência, senão naqueles que teriam podido receber esse ensinamento“.
Continuo achando que uma vida sem a existência de Deus, espiritualidade e vida futura, é um excelente caminho para a depressão e a melancolia, fenômeno esse que por coincidência acometeu diversos pensadores ateus do século XX.  Fico com Kardec no comentário à pergunta 09 de que “quaisquer que sejam os prodígios realizados pela inteligência humana, essa inteligência tem, ela mesma, uma causa, e quanto mais o que ela realiza é grande, mais a causa primeira deve ser grande. Esta inteligência é a causa primária de todas as coisas, qualquer que seja o nome sob o qual o homem a designe“.

 O que deixa os intelectuais modernos receosos em acreditar em Deus é a falta de argumentos científicos de sua existência, bem como o risco de serem incluídos entre os crédulos fanáticos. O que eles talvez não tenham entendido até hoje é que acreditar em Deus não precisa de argumentos científicos ou teológicos para existir e trazer resultados.

Tenho repetido que próximo dos 60 anos sinto algumas transformações em meu ser. Volto a afirmar a necessária presença de Deus e dos valores espirituais de forma equilibrada no dia a dia das pessoas. Diante do imenso aumento nos casos de depressão e consumo de entorpecentes no mundo dito civilizado, acho que Deus faz diferença em nossas vidas. É a marca do criador em nossa consciência como nos falam os espíritos.

Diante dos problemas acredito que faz muita diferença esse acreditar num ser superior.  São nos momentos difíceis que uma visão espiritual nos dá o suporte para que o ser humano tenha exatamente o que tem faltado a Woody Allen : felicidade , esperança e um projeto de vida como falava Jaci Regis.


                                                                                                                                                                                                                              Roberto Rufo.
Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura - outubro 2014

quarta-feira, 4 de março de 2015

Estudo analisa veracidade de cartas psicografadas por Chico Xavier

Estudo analisa veracidade de cartas psicografadas por Chico Xavier


Rayder Bragon
Do UOL, em Belo Horizonte


Pesquisa cientifica realizada por núcleo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) concluiu que informações contidas em lote de cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier (1910-2002) eram verídicas.
Ao todo, foram analisadas treze cartas atribuídas a Jair Presente, morto por afogamento em 1974, na cidade de Americana (SP). As correspondências começaram a ser psicografadas pelo médium Chico Xavier ainda no ano da morte de Presente e prosseguiram até 1979.
Conforme o psiquiatra Alexander Moreira-Almeida, diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (NUPES-UFJF), o estudo teve início em 2011 e foi feito em parceria com o Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), a partir do pós-doutorado dos pesquisadores Denise Paraná e Alexandre Rocha.
O resultado, de acordo com o pesquisador, foi publicado em setembro deste ano pela revista científica Explore, editada na Holanda.
O interesse para desenvolver a pesquisa, explica Almeida, foi a relevância dada no país às cartas psicografadas.
"A motivação foi a importância que as chamadas cartas psicografadas têm no Brasil e a falta de estudos acadêmicos a respeito delas. Sabe-se que pessoas enlutadas podem aceitar, como sendo reais e precisas, cartas que contêm apenas informações genéricas", afirmou o pesquisador.
Segundo ele, o estudo comprovou que os dados colhidos nas cartas atribuídas a Presente eram críveis.
"As informações comunicadas nas cartas eram precisas (nomes, datas e descrições de fatos acontecidos na vida da família) e verídicas (nenhuma informação comunicada nas cartas estava incorreta ou era falsa)", afirmou Almeida em entrevista ao UOL por e-mail.
O pesquisador informou que a análise foi feita nas cartas originais, das quais foram extraídas 99 informações objetivas e passíveis de verificação.
"Familiares e amigos de Jair Presente foram entrevistados, documentos como jornais de época foram checados, além de escritos do Jair Presente e registros em cartórios", disse.
Conforme Moreira, o intuito era comprovar se Chico Xavier poderia ter tido acesso a essas informações por meios convencionais e se as cartas continham dados verídicos e específicos em relação ao falecido.
"A probabilidade de Chico Xavier ter tido acesso a grande parte destas informações por vias convencionais era extremamente remota. Em vários casos, eram informações muito privativas da família e, em algumas delas, até desconhecidas dos familiares que visitaram Chico Xavier para obter as cartas psicografadas", afirmou.
O pesquisador citou como exemplo o falecimento da madrinha da mãe de Presente, "fato que ainda não era do conhecimento da família", descreveu Almeida.

Médiuns em atividade

O psiquiatra Alexander Moreira-Almeida informou que o resultado de outro lote de cartas psicografadas por Chico Xavier, também investigado por Denise Paraná e Alexandre Rocha, será publicado em breve. Ele adiantou que o núcleo dará início a pesquisas com médiuns em atividade.
"Assim teremos maior possibilidade de um controle experimental do vazamento das informações para o médium. Seu desenho metodológico nos permitirá investigar um número bastante significativo de médiuns em atividade", disse.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A importancia da imprensa espírita - por Alexandre Cardia Machado

A importancia da imprensa espírita

Imprensa pode ser definida como qualquer veículo de comunicação que exerce o jornalismo e outras funções de comunicação informativa. O nome imprensa todos sabem vem da prensa de Guttemberg que no século XV causou uma das maiores revoluções da história da humanidade, o acesso generalizado da população aos livros, aos jornais e por assim dizer ao conhecimento.

No século XIX o poder do jornalismo independente já se fazia presente, tendo sido desde então considerado como o quarto poder, por ser um instrumento de denúncia de abuso de poder nos regimes democráticos, uma vez que nos regimes políticos não democráticos a imprensa livre é o primeiro alvo dos poderosos, passando a servir unicamente como instrumento de propaganda destes regimes ditatoriais.

IMPRENSA ESPÍRITA

Allan Kardec ciente da importância de uma boa comunicação, logo após o sucesso impressionante causado pelo Livro dos Espíritos – 1ª edição e subsequentes em 1857, já em janeiro de 1858 lança a Revista Espírita. Foram 12 anos ininterruptos sob a redação  de Allan Kardec. A Revista Espírita ainda foi publicada sob o comando de Amelie Boudet. Vipuva de Allan Kardec.  

O ABERTURA mantém uma coluna assinada por Egydio Régis que  nesta edição atinge a 58ª publicação, a coluna de Régis demonstra cabalmente a importância e a profundidade da abordagem  kardecista naquele período inicial do Espiritismo. A Revista Espírita contribuiu muito para a caracterização do Espiritismo Francês.

No Brasil, e em especial em São Paulo existem cerca de 100 jornais e revistas espíritas que certamente seguem o caminho traçado por Allan Kardec, segundo Wilson Garcia, a totalidade das tiragens atingiriam 80.000 exemplares. Comparados ao censo nacional do IBGE este número de leitores é muito pequeno, cerca de 7% apenas dos Espíritas de São Paulo tem acesso a algum destes veículos, podemos e devemos aumentar esta penetração.

JORNAL ABERTURA

O nosso ABERTURA surge no cenário em 1987, logo após a diáspora havida no movimento de Unificação em São Paulo, quando um grande número de organizações espírtas são afastadas da USE e terminam por juntar-se à CEPA. O ABERTURA sob a batuta de Jaci Régis, por 277 meses esteve atento ao movimento espírita e às questões mais relevantes no Brasil e no mundo, sendo um sentinela pronto a soar o alarme cada vez que algum abuso contra a sociedade era cometido.

Acreditamos que o Jornal Espírita tem sim a responsabilidade de discutir as questões fundamentais da sociedade, à luz do Espiritismo, provocando o diálogo e buscando que seus leitores reflitam, não cabe, nos dias de hoje, tratar um jornal apenas como instrumento de moralização ou como a maioria dos veículos espíritas paulistas como um instrumento de evangelização. Este papel cabe ao Centro Espírita conforme suas convicções, a imprensa deve ser e será sempre livre, para exercer o 4º poder.

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

RECICLAR

                    Às vezes, quando questionadas sobre o que fazem diante dos problemas ambientais que nossa sociedade enfrenta, algumas pessoas respondem "reciclo meu lixo". Da mesma forma, em muitas escolas, a Educação Ambiental se reduz a projetos que visam a reciclagem de resíduos, com atividades que estimulam a competição entre os alunos, premiando àqueles que contribuem com uma maior quantidade desses resíduos.
                    Mas, você já se questionou: reciclar é o melhor caminho? Não quero dizer com isso que não devemos reciclar. No entanto, mais importante do que reciclarmos, é reduzirmos nosso consumo.
                    Nossa sociedade estimula o consumo desenfreado, produzindo necessidades e esvaziando, cada vez mais, nossa reflexão e crítica diante da lógica que a sustenta. Somos induzidos a descartar produtos em ótimas condições de uso simplesmente porque não podemos "ser felizes" sem o novo modelo lançado, que promete realizar funções, das quais, na verdade, não necessitamos.
                    Diante disso, nossa consciencia permanece tranquila, afinal, vamos reciclar o produto anterior. Mas fingimos não compreender que para a produção desse novo produto (o qual não precisávamos) foram utilizadas "matérias-primas" - forma que a natureza é designada quando enxergamos algo que podemos explorar, utilizar, vender. Além disso, para que o produto (o qual logo substituiremos por um novo) fosse produzido, trabalhadores tiveram seu trabalho explorado, produzindo diante de condições vazias de sentido e economicamente desfavoráveis.
                    Reciclar faz parte da lógica do sistema em que vivemos: consumimos, reciclamos e consumimos novamente, num ciclo contínuo com geração de capital, até que comecemos a questioná-lo, criticá-lo e tentar agir de forma diversa.
                    Não recicle apenas, reduza!
                    Assim como os produtos, tornar-se pessoa tem a ver com reciclar a mente. Mente fechada, pessoa limitada, mente aberta e arejada, pessoa em crescimento!Quem não respira o oxigênio da alteridade de ideologia ou de fé respira com as narinas tapadas.
                    Acostume-se a abrir as janelas do seu coração!

Gisela Régis


 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

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Senso de Justiça - por Gisela Régis

             
              
             O senso de Justiça, para alguns, é produto cultural, para outros, é inato ao ser humano. Não vamos entrar no mérito dessa questão porque, não há provas de uma ou de outra coisa, e sim meras especulações filosóficas. Para o Espiritismo, a idéia de Justiça abrange a possibilidade de sucessivas encarnações para a sua concretização.                
              O maior expoente da ciência no estudo científico das reencarnações é Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, que conseguiu comprovar centenas de casos de reencarnação em diversos países ocidentais e orientais. Todavia, outras centenas de casos estudados ficaram sem comprovação. Assim, a reencarnação, sob o ponto de vista científico, continua sendo uma possibilidade aceita por alguns e refutada por outros, permanecendo mais como uma questão de fé do que de ciência. Cumpre observar, todavia, que não apenas o Espiritismo é reencarnacionista, mas também uma variada gama de outras religiões, principalmente orientais.
             Pois bem. Tomemos como possível a existência de sucessivas reencarnações da alma, a fim de que possamos analisar a ideia espírita de Justiça. Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, questão 8751, pergunta aos espíritos como se deve definir a Justiça, ao que respondem: “A Justiça consiste no respeito aos direitos de cada um”. Essa definição não está inconforme com o Direito posto, ao longo dos séculos da história da Humanidade. Continuando, pergunta Kardec o que determina esses direitos e os espíritos respondem que “são determinados por duas coisas: a lei humana e a lei natural. Como os homens fizeram leis apropriadas aos seus costumes e ao seu caráter, essas leis podem variar com o progresso (...). O direito dos homens, portanto, nem sempre é conforme a Justiça. Só regula algumas relações sociais, enquanto na vida privada há uma infinidade de atos que são de competência exclusiva do tribunal da consciência”. Para Allan Kardec, a verdadeira lei de Justiça está associada ao amor e à caridade, razão porque acrescenta que “o critério da verdadeira Justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo, e não de querer pra si o que se deseja para os outros, o que não é a mesma coisa”.
             Algumas interpretações mais conservadoras da Doutrina Espírita entendem que se deve suportar as dores do mundo como obra da Justiça, decorrentes de atos faltosos da vida pregressa. Isso leva a um tipo de resignação descabida em nossos dias, quando a evolução da Humanidade nos ensina a lutar pelos nossos direitos. Assim, as correntes mais recentes da hermenêutica espírita põem a ênfase sobre o livre-arbítrio do homem, para reivindicar o que lhe for de direito e assim ir tecendo a sua história, com liberdade de decisão.  Assim, vemos que a idéia de Justiça espírita abrange leis mais amplas do que as dos homens e a extrapola, incluindo a possibilidade de reencarnação, para a consecução dessa mesma idéia de Justiça.

por Gisela Régis