Mostrando postagens com marcador Livros de Jaci Régis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Livros de Jaci Régis. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

DIALOGANDO COM JACI - por Egydio Regis

 

DIALOGANDO COM JACI

 

Preambulo

Nota do blog - nova coluna do Jornal Abertura á partir de 2020

 

Após encerrarmos o trabalho prazeroso durante dez anos estudando e divulgando os artigos elaborados pelo mestre na Revista Espírita, iniciaremos uma outra tarefa não menos prazerosa e de importância para a afirmação doutrinária Espírita em nossos tempos. Pessoas podem perguntar: por que Jaci Regis? O que ele representa para o Espiritismo? Seu nome é reverenciado nacionalmente? Por que não foi reconhecido e divulgadas suas ideias pelos canais do “poder” central do movimento espírita? Algumas destas perguntas responderemos baseados na vivência que tivemos dentro do movimento e com o próprio Jaci. Outras a obra literária dará as respostas que muitos procuram.

 

Qual o perfil de Jaci? Poucos da multidão de espíritas puderam realmente conhecer e admirar a personalidade marcante desse incansável trabalhador, quer dos assuntos doutrinários, quer da benemerência dedicada à infância e às mães sofridas carentes a procura de uma vida digna junto das suas crias. Jaci possuía uma energia de trabalho que chegava a irritar a quem o seguia. Sua mente criativa o projetava para novos projetos arrojados que faziam tremer as bases estabelecidas no pieguismo e nos valores envelhecidos pelo comodismo. Desde a adolescência ousou contrariar e enfrentar os velhos líderes do movimento espírita santista, cujos centros mais pareciam simulacros de igrejas e templos evangélicos do que casas de estudos e de divulgação da Doutrina Espírita. Aos quatorze anos chegou a Santos (catarinense de nascimento) , ingressou na então fundada Juventude Espírita de Santos (1947) onde logo manifestou seu espírito inquieto e quando a Mocidade rebelou-se contra os entraves da diretoria do Centro Espírita Manoel Gonçalves (sede primeira da Mocidade ) e transferiu-se para o Centro Beneficente Evangélico (em 1949, já então com o nome de Mocidade Espírita Estudantes da Verdade) Jaci, ainda na adolescência, quando o Mentor da mocidade o saudoso Alexandre Soares Barbosa teve, por força de sua atividade profissional, que deixar a condução doutrinária da entidade, chamou para si essa responsabilidade. O Centro Beneficente Evangélico, era um pequeno centro com poucos frequentadores e praticamente com as portas quase fechadas. A MEEV (Mocidade Espírita Estudantes da Verdade), sob a batuta de Jaci deu nova vida ao Centro. Mas, ele não se conformou com o fato de o nome não identificar uma casa espírita e sua primeira luta foi convencer a “velha guarda” a acrescentar o nome Espírita, passando então a denominar-se Centro Espírita Beneficente Evangélico. Com o apoio de alguns companheiros mais velhos, mas com mente aberta e, sobretudo, com os jovens da Mocidade, Jaci tornou-se o grande condutor do Centro. A primeira grande iniciativa foi propor a mudança do nome de Centro Espírita Beneficente Evangélico, para Centro Espírita “Allan Kardec”. Para se ter ideia da capacidade intelectual de Jaci, é preciso dizer que até mais de vinte anos de idade, ele tinha apenas completado o curso comercial, equivalente na época ao ginásio ou ao primeiro ciclo de hoje. Porque precisava trabalhar e não tinha tempo para estudar. Assim, somente lhe restava prestar exame de madureza que hoje seria o supletivo. A partir daí, tendo conseguido o certificado do segundo grau, não mais parou e laureou-se em três cursos superiores: Economia, Jornalismo e Psicologia, os dois primeiros em horário noturno por causa de sua atividade profissional como empregado da Petrobrás. Psicologia cursou quando já estava aposentado e foi sua última atividade profissional.

 

Paralelamente aos trabalhos no Centro e aos primeiros ensaios de questionamentos doutrinários, Jaci preocupava-se com a atividade de benemerência incorporando-se às campanhas desenvolvidas pelo Centro e, especialmente ao Lar Veneranda, creche não propriamente espírita, fundada e dirigida por um grupo de amigos ligados a atividade portuária. Essa entidade funcionava em uma casa e atendia um punhado de crianças possibilitando suas mães trabalharem, além de oferecer cursos de qualificação para essas mães. Sua situação não estava muito boa estando sob ameaça de despejo e outras dificuldades. Jaci e um grupo de jovens, depois de algumas gestões, assumiu a direção da entidade e num verdadeiro esforço heroico, suportando todo tipo críticas e má vontade de pessoas derrotistas, não só comandou a superação de dificuldades, como conseguiu a façanha de construir um prédio moderno e confortável para abrigar mais de cem crianças, estendendo a atuação de creche para o lar de crianças desamparadas. Incansável, dirigia o Lar, o Centro, fazia palestras, escrevia e trabalhava profissionalmente em jornada de oito horas. Era difícil acompanhar o seu ritmo de trabalho e isso muitas vezes o irritava.

 

Jaci não era uma pessoa melosa, tinha uma personalidade forte e não usava de eufemismos com ninguém. Era direto, duro, mas sensível e respeitoso com quem merecia. Era um palestrador na época em que surgiram os oradores que davam verdadeiros espetáculos declamando trechos decorados, elevando a voz para impressionar o público e derramando-se em trechos evangélicos longos. Jaci, não decorava nada, não fazia pose, não usava linguagem empolada. Não empolgava, fazia pensar, derramava doutrina clara e ousava tocar em assuntos que melindravam as plateias acostumadas a ouvir repetidamente lições evangélicas e pouco espíritas. Como resultado de sua coragem em criticar os centros que mais pareciam igrejas e assembleias evangélicas, Jaci passou a ser persona não grata nas casas espíritas. Os jornais que fundou e escreveu, como o Abertura, assim como suas obras, foram proibidos pelos dirigentes desses centros. Por incrível que possa parecer, sua palavra foi caçada e seus escritos censurados, sob a égide de uma doutrina que tem a liberdade de pensamento e de expressão como lema maior. Essa lamentável atitude espalhou-se por todo o Brasil e por isso suas ideias revolucionárias, seu descortino em analisar a obra de Kardec e desmistificar o emanuelismo e o mediunismo que pretendiam substituir e superar Kardec, não chegaram à massa espírita.

 

Além dos livros, que vamos basear nosso trabalho, Jaci foi o grande incentivador do espiritismo laico, hoje bem sedimentado no continente sul-americano. Idealizador do Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, que reúne espíritas de todo o Brasil e de outros países, é sempre lembrado e citado por muitos participantes.

 

Enfim, muito poderia escrever sobre Jaci, de quem tive a honra de ser irmão de sangue e mais do que isso, seu admirador e seguidor. Devia esta justa homenagem a um dos mais importantes espíritas de nosso tempo. Oxalá a partir deste modesto trabalho algumas pessoas se interessem e mergulhem nos ensinamentos de Jaci Regis.

 

Egydio Régis

Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

Gostou? Você pode encontrar muito mais no Jornal Abertura – digital, totalmente gratuito.

Acesse: CEPA Internacional


segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Livro Introdução à Doutrina Kardecista - Jaci Régis


Introdução à Doutrina Kardecista
Livro publicado pela LICESPE em 1997, escrito por Jaci Régis continua importante e deveria ser amplamente divulgado.



Afim de familiarizar os leitores com esta obra, publicamos aqui o primeiro capítulo, chamado Abertura onde o autor deixa claro os objetivos do livro.

 O texto não estará entre aspas por ser intencional a sua publicação neste jornal sem deixar campo a dúvidas de que o texto é do autor.



Abertura

Para que tenhamos informações consistentes do trabalho básico de formulação do Espiritismo, torna-se necessário conhecermos a personalidade de Allan Kardec e o tempo em que ele viveu.

Herdeiro imediato da Revolução Francesa, agitado pela insurgência do movimento socialista e comunista, o tempo de Kardec foi também o do surgimento das ciências, do positivismo, do racionalismo, da irradiação da revolução industrial.

O quadro político, social, religioso, científico da Europa, onde afinal aconteciam as coisas, era caótico. O mundo europeu deixava de ser apenas agrícola, rural. A explosão urbana, propiciada pela industrialização, inaugurava os tempos modernos, iconoclasta por natureza.

Como hoje, desmoronavam os suportes de uma sociedade mantida pela opressão, pela apropriação do trabalho, pela separação das classes sociais. A Revolução Francesa enfraqueceu o poder da Igreja. Na verdade, o clero, aliado a aristocracias, era o símbolo da tirania. Contra o poder que ainda lhe restava e contra o seu conluio com os segmentos opressores e apropriadores das energias sociais que a sociedade nova se levantava. Iniciava-se o fim do domínio mental e moral sobre as populações.

A Filosofia, com sua grande asa, abrigando quase todas as ramificações do conhecimento, via esvaziarem-se seus domínios, conforme as ciências adquiriam autonomia e caminhava a despeito dos dogmas e das tradições. Por sua vez, dominada pelo gênio de Descartes, balançava entre o materialismo e o espiritualismo.

Não tem sido analisado, com isenção, o fato de o Manifesto do partido Comunista e os fenômenos de Hydesville terem ocorrido no ano de 18848. Uma visão maniqueísta diria que os fenômenos eram uma “resposta” espiritual ao materialismo histórico que surgia. Uma visão holística, sistêmica, verá nessa aparente coincidência, a indicação da polaridade em busca da síntese, do que se convencionou chamar de “espiritual” e “material”.

É possível apontar a metade do século XIX como o ponto de partida para uma futura e agora contemporânea valorização do homem. Como disse Marx, no Manifesto do Partido comunista, “tudo que é sólido se desmancha no ar”, significando que daí para frente as coisas entrariam num processo acelerado de reconstrução, que exige, antecipadamente, um surto de aparente destruição.

No espaço de 10 anos, de 1848 a 1958, o mundo foi abalado pelas propostas marxistas, pela intervenção darwinista e pela instalação do kardecismo.

Se Darwin punha por terra ancestrais conceitos religiosos sobre a criação e a posição do homem no quadro biológico, Marx propunha novos tipos de relacionamentos sociais e, por fim Kardec apresentava a natureza espiritual da criatura humana.

Essa extraordinária reconsideração sobre a natureza bio-sócio-espiritual do homem é a marca de uma era que se iniciava e que terá seguimento e contínua consolidação.

As mutações deste século XX mostram que, realmente, o que se supunha sólido escoou como areia pelos dedos da história.

Este é Jaci Régis que não fugia de nenhum tema e estava sempre nos provocando e nos obrigando a refletir.

Se você se interessou e quiser saber o final desta reflexão poderá ler o trabalho completo. Para adquirir o livro diretamente com o ICKS., compre aqui mesmo, basta enviar um e-mail para ickardecista1@terra.com.br com os seus dados que entraremos em contato. Você poderá depositar R$ 12,00 na conta do Instituto . O ICKS se encarregará do frete.

Esta matéria foi veiculada no Jornal Abertura de outubro de 2019 - se quiser ler o jornal completo:


quinta-feira, 18 de julho de 2019

Livro - Novo Pensar Sobre Deus, Homem e Mundo: Livro de Jaci Régis


Livro - Novo Pensar Sobre  Deus, Homem e Mundo:

Em 2009 no 11° Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, Jaci Régis apresentou e lançou, aquele que seria seu último livro.



Em 2013 o grupo de estudos do ICKS que desenvolveu um trabalho chamado: Exposição – SBPE 26 anos abrindo espaço para novas idieas - sobre o impacto do SBPE no Movimento Espirita. Neste evento escrevemos em nosso trabalho o seguinte: “ Como reconhecimento especial e também como uma homenagem, destacamos os trabalhos de Jaci Régis o criador do SBPE, pelo brilhantismo, inovação das ideias e pela incansável persistência no trabalho de renovação e grande amor ao Espiritismo”. Jaci Régis teve a sua desencarnação no dia13 de Dezembro de 2010.

Novo Pensar Sobre  Deus, Homem e Mundo:

Este livro que trata de pontos tão sensíveis aos seres humanos, nas palavras do autor extraída do primeiro capítulo assim discorre: “  Um novo pensar sobre Deus começará por deixar de lado o Deus Jeová, as afirmativas bíblicas e, de modo geral, as teorias  que fazem dele uma pessoa.
As palavras do louco de Nietzsche sobre a morte de Deus não devem ser tomadas como blasfêmia mas como a exclamação maior da decepção com o amor de Deus.

Este livro também está disponível em pdf, grátis:


O Deus que Nietzsche matou é esse criado à semelhança das pessoas e cultuado, imposto pelas teologias de todos os tempos.

Isso não significa  a completa e satisfatória resolução da questão divina. Nem elimina a crença em Deus.

O que colocar em nossa mente a respeito de Deus. em substituição ao modelo rejeitado? É difícil fugir da realidade sensorial. Quando pensamos criamos imagens. Atendendo a essa necessidade do ser humano, todas as crenças criaram imagens concretas dos entes invisíveis.

Pensamos em Deus como “alguém”. Mas um “alguém” transcendendo o  delineamento corporal que nos dá o sentido das coisas. Deus continua invisível. O silêncio é a resposta das preces e imprecações. Há até um ditado “uma imagem vale mais do que mil palavras”. Daí a dificuldade de pensar num Deus sem face, sem corpo, sem imagem.

Mas Deus é o que é, não o que queremos que seja.

Isso nos autoriza a pensar em Deus sem imagem, limitações e sem ser uma pessoa.
O que seria então?

Não temos como saber, atualmente.

Todavia, a sua presença se faz na visão macro da vida, no encaminhamento através do tempo, que resulta invariavelmente no benefício da pessoa. Tudo começa no nível microscópico  num desenrolar dinâmico, atemporal dos elementos envolvidos para surgir, depois, um corpo, um animal, um primata, um homem, como conseqüência da seleção das espécies, da sobrevivência dos modelos mais resistentes transmitindo DNA que cria a cadeia genética.

O novo pensar vê nesse extraordinário poder de  desenvolvimento seqüencial dos seres a presença da inteligência divina. Na semente, como no embrião, existem códigos perfeitos que no ambiente adequado produzem a árvore e os frutos, o feto, a criança, a pessoa humana.

Assim como a ciência não sabe como esses fatores começaram a interagir, assim também não sabemos como a inteligência divina intervém para  dotar a natureza de princípios básicos, genéticos, que redundaram no panorama atual da Terra.

Entretanto, o novo pensar sobre Deus refaz o entendimento da relação divina com o ser humano.
Liberta-nos das cadeias de pecado, punição, morte e castigo que definem o Deus Jeová travestido no Deus cristão de amor, misericórdia e justiça.

O crente pergunta, onde está o Deus onipotente que não atua para eliminar o mal, punir os que praticam crimes e não salva e cura livrando-nos da morte?

A decepção provém do que se fala e diz sobre o amor de Deus.

A natureza não é lírica, mas objetiva, eficiente. Todavia não é perfeita. Esse paradoxo  precisa ser entendido:  a imperfeição dentro da perfeição.

Ou seja,  a perfeição absoluta atribuída à divindade comporta a imperfeição dinâmica dos processos evolutivos.

Um novo pensar sobre Deus nos conduz à compreensão de que a dinâmica da vida, em qualquer dos setores em que se manifesta, prima pela criação de  ambientes de oportunidade, seleção e superação.
Podemos questionar porque as coisas são assim. Todavia elas são assim.

O novo pensar sobre Deus pensa que o objetivo da vida é a felicidade.

A inteligência divina proporciona meios para isso, no tempo, através da lei da evolução.

A singularidade individual se envolve no processo para adquirir a sua própria identidade como ser único, imortal, progressivo, atemporal. O novo pensar sobre Deus tenta harmonizar a presença divina com  as necessidades do ser humano, oferecendo um conjunto de leis e sistemas vivenciais que abrem oportunidade de resolução dos problemas.

Dar atributos morais a Deus e sua transformação numa pessoa é fruto da criação da divindade à nossa imagem. Neste modelo não existe espaço para a personalização do Ser Supremo, nem cabe o estabelecimento de atributos, que o humanizariam, porque o paradigma disponível para pensar as virtudes é o humano.

O novo pensar começará por estabelecer que o universo não é estruturado, mas delineado. Seria, metaforicamente talvez, uma projeção da intenção divina, inteligência suprema e causa primária, centro ordenador e controlador, manifestado através da Lei Natural. Porque onde há Lei existe necessariamente controle.

A Lei Divina ou Natural está na base do universo, regulando a vida. Ela exprime a sabedoria divina na condução da humanidade, só apreciada ao longo do tempo.

A Lei divina ou natural, não cogita de julgar, condenar. Ou seja, Lei Natural não é uma lei moral. Ela controla a vida universal estabelecendo uma diretriz positiva que sobrevive e se impõe no aparente caos e nos limites do livre arbítrio.

E a Lei Natural está inscrita no Espírito através do processo evolutivo.

A existência da Lei Natural como centro irradiador do pensamento divino, é fundamental para compreender como o universo pode ser simultaneamente controlador e caótico. Para argumentar sobre essa polarização, poderíamos  aplicar a definição do elétron que pode ser substância e onda, sem alterar a estabilidade universal.

A Lei Natural exprime a sabedoria divina, com mecanismos extremamente competentes, estabelecendo o ritmo e a sucessão dos fatores com o fim de equacionar, no universo energético, tanto quanto no universo inteligente, o princípio do equilíbrio. Atuando através da lei de causa e efeito ou ação e reação, ferramenta de busca do equilíbrio, pela reciprocidade dos fatores.

Reside no campo moral, no campo das inteligências menores que somos nós, nos nossos anseios e esperanças, medos e expectativas, o principal problema.

Quem somos e porque somos. Eis a questão.


Se você se interessou e quiser saber o final desta reflexão poderá ler o trabalho completo. O nosso estoque está acabando, temos somente  15 unidades do livro  NOVO PENSAR SOBRE DEUS, H0MEM E O MUNDO de Jaci Régis. Para adquirir o livro diretamente com o ICKS., compre aqui mesmo, basta enviar um email para ickardecista1@terra.com.br com os os seus dados que entreremos em contato. Você poderá depositar R$ 20,00 na conta do Instituto. O ICKS se encarregará do frete.






quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Livro Comportamento Espírita - por Roberto Rufo


Comportamento Espírita

"No dia 18 de Abril de 1857 uma nova luz surgiu nos horizontes mentais do mundo "( Herculano Pires )

Livro Comportamento Espírita - peça pelo ickardecista1@terra.com.br

 Em seu pequeno mas ótimo livro " Comportamento Espírita " Jaci Regis na Introdução  indaga : "o comportamento espírita é naturalmente diferente ou deve esforçar-se para ser "?  É bom repetir, como faz o autor no capítuo I, que o comportamento é a expressão da individualidade, exteriorizada em atos, palavras, gestos, ações e interiorizada em pensamentos, ideias, desejos, constituindo o que se chama de personalidade. Diz o autor ser o momento do homem assumir sua natureza espiritual e desenvolver no plano da vida terrena, novas formas de relacionamento e revolucionar seu projeto de vida.

Isto posto me volto para um instigante artigo do psiquiatra Daniel Martins de Barros intitulado " É fácil ser norueguês na Noruega". Ele relata o caso ocorrido no final de 2017, início de 2018, quando foi descoberto que uma mineradora atuando no Pará vinha burlando a lei e despejando conteúdo tóxico nos rios da região. A mineradora norueguesa atende pelo nome de Hydro, cujo controlador e maior acionista é o governo da Noruega.

O pensamento do articulista é intrigante: " deve ser difícil manter-se norueguês no Brasil ". Porque será? Diz o psicanalista que essa dificuldade é que antes de sermos cidadãos desse ou daquele país, somos seres humanos movidos a interesses. Estamos todos em busca da vantagem.  E porque não agiriam assim na Noruega?  Simples explica o psiquiatra Daniel de Barros, não é a natureza humana que muda de país para  país, mas o grau de freio que nos impomos.
Ele compara com a história de Ulisses, do livro Odisseia de Homero, que se amarrou no mastro do navio porque sabia que sendo humano não resistiria ao canto das sereias. Conclui o psiquiatra que países onde se diz existir um alto grau de conscientização, é porque se chegou a um ponto de que o ato de cooperação é mútuo, sendo então uma atitude mais racional cooperar. No entanto, segundo ele,  é óbvio que a sanção moral se faz muito mais presente, sançao esta que faz um brasileiro malandro respeitar a fila quando entra nos EUA por exemplo.
 Ao contrário,  espera-se do espírita, que o seu comportamento seja universal, pelo seu processo de reconstrução moral. Jaci Régis diz que a saída que o Espiritismo pode oferecer é a sua visão do homem e do objetivo da vida. Todos os instrumentos  dourtinários, complementa o autor, tendem para esse esclarecimento, essa compreensão, porque é a única que realmente importa.

 No último capítulo do livro " Comportamento Espírita " de nome " Fazer a hora " Jaci nos remete à figura de Zaqueu, o publicano, que ansiava entrar em contato com Jesus. Ao dizer a Zaqueu, após ser convidado a entrar em sua residência, " hoje a salvação entrou nesta casa ", queria dizer que Zaqueu começou a entrar no comando do seu destino, discernindo fatores, estabelecendo prioridades e sobretudo agindo.
Percebo que ao atingirmos esse grau de comprometimento requerido pela doutrina espírita, de acordo com a nossa vontade, disposição e trabalho, agiremos universalmente em quaisquer lugares do planeta. Nosso comportamento ficará imune a tantos cantos de sereia ainda existentes nos dias de hoje, sem precisar que nos amarremos no mastro da insegurança.


     Roberto Rufo  


domingo, 5 de julho de 2015

Livro Novo Pensar sobre Deus, Homem e o Mundo - por Jaci Régis

NOVO PENSAR SOBRE
DEUS, H0MEM E O MUNDO


Um novo pensar sobre Deus começará por deixar de lado o Deus Jeová, as afirmativas bíblicas e, de modo geral, as teorias  que fazem dele uma pessoa.
As palavras do louco de Nietzsche sobre a morte de Deus não devem ser tomadas como blasfêmia mas como a exclamação maior da decepção com o amor de Deus.
O Deus que Nietzsche matou é esse criado à semelhança das pessoas e cultuado, imposto pelas teologias de todos os tempos.
Isso não significa  a completa e satisfatória resolução da questão divina. Nem elimina a crença em Deus.


O que colocar em nossa mente a respeito de Deus. em substituição ao modelo rejeitado? É difícil fugir da realidade sensorial. Quando pensamos criamos imagens. Atendendo a essa necessidade do ser humano, todas as crenças criaram imagens concretas dos entes invisíveis.
Pensamos em Deus como “alguém”. Mas um “alguém” transcendendo o  delineamento corporal que nos dá o sentido das coisas. Deus continua invisível. O silêncio é a resposta das preces e imprecações. Há até um ditado “uma imagem vale mais do que mil palavras”. Daí a dificuldade de pensar num Deus sem face, sem corpo, sem imagem.
Mas Deus é o que é, não o que queremos que seja.
Isso nos autoriza a pensar em Deus sem imagem, limitações e sem ser uma pessoa.
O que seria então?
Não temos como saber, atualmente.
Todavia, a sua presença se faz na visão macro da vida, no encaminhamento através do tempo, que resulta invariavelmente no benefício da pessoa. Tudo começa no nível microscópico  num desenrolar dinâmico, atemporal dos elementos envolvidos para surgir, depois, um corpo, um animal, um primata, um homem, como conseqüência da seleção das espécies, da sobrevivência dos modelos mais resistentes transmitindo DNA que cria a cadeia genética.
O novo pensar vê nesse extraordinário poder de  desenvolvimento seqüencial dos seres a presença da inteligência divina. Na semente, como no embrião, existem códigos perfeitos que no ambiente adequado produzem a árvore e os frutos, o feto, a criança, a pessoa humana.
Assim como a ciência não sabe como esses fatores começaram a interagir, assim também não sabemos como a inteligência divina intervém para  dotar a natureza de princípios básicos, genéticos, que redundaram no panorama atual da Terra.
Entretanto, o novo pensar sobre Deus refaz o entendimento da relação divina com o ser humano.
Liberta-nos das cadeias de pecado, punição, morte e castigo que definem o Deus Jeová travestido no Deus cristão de amor, misericórdia e justiça.
O crente pergunta, onde está o Deus onipotente que não atua para eliminar o mal, punir os que praticam crimes e não salva e cura livrando-nos da morte?
A decepção provém do que se fala e diz sobre o amor de Deus.
A natureza não é lírica, mas objetiva, eficiente. Todavia não é perfeita. Esse paradoxo  precisa ser entendido:  a imperfeição dentro da perfeição.
Ou seja,  a perfeição absoluta atribuída à divindade comporta a imperfeição dinâmica dos processos evolutivos.
Um novo pensar sobre Deus nos conduz à compreensão de que a dinâmica da vida, em qualquer dos setores em que se manifesta, prima pela criação de  ambientes de oportunidade, seleção e superação.
Podemos questionar porque as coisas são assim. Todavia elas são assim.
O novo pensar sobre Deus pensa que o objetivo da vida é a felicidade.
A inteligência divina proporciona meios para isso, no tempo, através da lei da evolução.
A singularidade individual se envolve no processo para adquirir a sua própria identidade como ser único, imortal, progressivo, atemporal. O novo pensar sobre Deus tenta harmonizar a presença divina com  as necessidades do ser humano, oferecendo um conjunto de leis e sistemas vivenciais que abrem oportunidade de resolução dos problemas.
Dar atributos morais a Deus e sua transformação numa pessoa é fruto da criação da divindade à nossa imagem. Neste modelo não existe espaço para a personalização do Ser Supremo, nem cabe o estabelecimento de atributos, que o humanizariam, porque o paradigma disponível para pensar as virtudes é o humano.
O novo pensar começará por estabelecer que o universo não é estruturado, mas delineado. Seria, metaforicamente talvez, uma projeção da intenção divina, inteligência suprema e causa primária, centro ordenador e controlador, manifestado através da Lei Natural. Porque onde há Lei existe necessariamente controle.
A Lei Divina ou Natural está na base do universo, regulando a vida. Ela exprime a sabedoria divina na condução da humanidade, só apreciada ao longo do tempo.
A Lei divina ou natural, não cogita de julgar, condenar. Ou seja, Lei Natural não é uma lei moral. Ela controla a vida universal estabelecendo uma diretriz positiva que sobrevive e se impõe no aparente caos e nos limites do livre arbítrio.
E a Lei Natural está inscrita no Espírito através do processo evolutivo.
A existência da Lei Natural como centro irradiador do pensamento divino, é fundamental para compreender como o universo pode ser simultaneamente controlador e caótico. Para argumentar sobre essa polarização, poderíamos  aplicar a definição do elétron que pode ser substância e onda, sem alterar a estabilidade universal.
A Lei Natural exprime a sabedoria divina, com mecanismos extremamente competentes, estabelecendo o ritmo e a sucessão dos fatores com o fim de equacionar, no universo energético, tanto quanto no universo inteligente, o princípio do equilíbrio. Atuando através da lei de causa e efeito ou ação e reação, ferramenta de busca do equilíbrio, pela reciprocidade dos fatores.
Reside no campo moral, no campo das inteligências menores que somos nós, nos nossos anseios e esperanças, medos e expectativas, o principal problema.
Quem somos e porque somos. Eis a questão.

NR: Se você gostou do que leu, este é o primeiro capírtulo do último livro de Jaci Régis, NOVO PENSAR SOBRE DEUS, H0MEM E O MUNDO, compre aqui mesmo, basta enviar um email para ickardecista1@terra.com.br. Preço R$ 20,00 no Brasil sem custo do correio.

Temos este livro na forma em pdf  - grátis: baixe no site da CEPA - Associação Espírita Internacional.




terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Livros editados ou comercializados no ICKS - compre por aqui

Compre aqui os livros de nossa Livraria Virtual


Conheça o nosso catálogo - aos preços informados  não será adicionado o custo da remessa simples pelo Correio Brasileiro - para pedir basta enviar um email ao ICKS : ickardecista1@terra.com.br.
pagamentos por PIX no CNPJ do ICKS.


Livros de Jaci Régis











Anais do SBPE e Livros de Cláudia Régis Machado




CDs  das Edições de diversos SBPEs.

 O livro O Laço e o Culto de Kristnamurti Carvalho Dias, não está mais a venda, você pode encontrá-lo em forma digital(pdf) gratuitamente no site da CEPA, cortesia do ICKS.

Baixe aqui:





Também comercializamos livros de outros autores:




Como os folders foram produzidos a muito tempo, em caso de discordância prevalece o preço informado na tabela abaixo. Caso seja por envio pelo correio, será informado o preço do mesmo e acrescido ao pedido.

A delicada questão do sexo e do amor
16,00
A Mulher na Dimensão Espírita
15,00
Anais do SBPE – anteriores livros ou CDs
10,00


Caderno Cultural - Reencarnação
10,00
Caminhos da Liberdade
15,00
Comportamento Espírita - Português
10,00
Comportamiento Espírita - Espanhol
6,00


Curaciones Energeticas
14,00
Desafios do Kadu
10,00


Introdução à Doutrina Kardecista
15,00
Kadu e o Espírito Imortal
15,00


Modelo Conceitual
11,00
Muralhas do passado
12,00
Novo Pensar  - Deus, Homem e Mundo
10,00
O Espírito de um tempo - Milton Medran Moreira
14,00
Evangelho Segundo o Espiritismo (Francês)
14,00
Rivail y Freud - Matias Quintana (Espanhol)
14,00
Se fossem todos iguais - Milton Medran Moreira
14,00
Túnel de Relacionamentos - Marcelo Henrique
15,00
Ùltimo Véu - Henrique Régis
14,00

Uma nova visão do homem  do mundo – Ed Nova
15,00
Uma nova visão do homem  do mundo - Licespe
10,00
Livro dos Espíritos (Capa Plástico) - grande
15,00
Livro dos Espíritos (Capa Plástico) - bolso
10,00
Obras Básicas (outras) Papel Branco
15,00
Obras Básicas (outras) Papel Jornal
10,00