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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Black Lives Matter - por Alexandre Cardia Machado

 

Black Lives Matter

 

 

Caros companheiros espíritas, eu, Alexandre Cardia Machado, não falo muito de onde trabalho, mas me juntei há 19 anos à General Electric, uma empresa multinacional que constantemente é escolhida pela revista Exame como uma das 10 melhores empresas para trabalhar no Brasil. A GE conta com várias políticas de apoio efetiva à diversidade. Solicitei autorização do autor para publicar esta mensagem que foi enviada a todos os empregados da América Latina. Outros depoimentos semelhantes foram feitos mundo afora por outros líderes da empresa. Cito nosso exemplo, porque mais e mais empresas estão mostrando a sua cara e se posicionando fortemente contra a desigualdade. A GE, criada em 15 de abril de 1892 é líder mundial nisto.

 

“Quando iniciamos os trabalhos para a criação do AAF – AfroAmericanForum na América Latina e aceitei o desafio de me tornar o sponsor (Gestor que apoia o programa) do grupo muitos questionamentos vieram à minha cabeça. Comecei a pensar em como um executivo branco como eu, com voz ativa e certa influência na companhia e sociedade, poderia fazer um bom trabalho para promover não apenas a extinção do racismo, mas a reconciliação entre as diferenças. Até dias atrás, se fosse falar sobre este tema, contaria como fiz para me envolver com todas as lutas e causas e como vinha percebendo avanços em diferentes frentes. Só que depois dessa semana nada disso importa mais.

 

Jamais me calarei diante de qualquer injustiça. Jamais compactuarei com qualquer quebra de integridade. Jamais permitirei, por tudo que sou e acredito, nenhuma forma de discriminação. E mesmo desejando que fosse assim para todos, infelizmente não é. Ficamos todos horrorizados com casos nos Estados Unidos e na América Latina. E nenhum de nós deveria se calar.

 

O racismo é uma questão que a nossa sociedade precisa resolver. Tirar a vida de uma pessoa simplesmente por conta da cor da sua pele é quase inclassificável. A GE se posicionou em diversos lugares do mundo, por meio de seus principais líderes. O que vale no mundo também vale na América Latina e por aqui as desigualdades também geram incontáveis episódios que ferem brutalmente o que entendemos por integridade.

 

Infelizmente temos registros de casos semelhantes no Brasil e América Latina. Sabemos os nomes dos que foram injustiçados e conhecemos seus rostos. Nosso erro, enquanto sociedade, foi não ter agido antes para criar um ambiente onde negros, brancos, homossexuais, qualquer pessoa, possa viver sem medo de ser o que é.

 

Por mais que eu pratique o exercício de me colocar no lugar do próximo, não sei o que é sentir na pele o racismo. Não sei o que um negro experimenta em qualquer lugar do mundo. Mas sei o que senti quando me coloquei no lugar daquele homem indefeso no momento em que pedia apenas para respirar.

 

Tenho um pedido. Quase um apelo para cada um de vocês. A mudança depende de nós. Precisamos agir com humildade, para então assim praticar a escuta empática, de forma ativa e consciente. Aprender, entender, apoiar e se posicionar diante de tudo que está acontecendo é o nosso dever. Envolva-se, converse, busque soluções para os problemas que incomodam as pessoas. O despertar da nossa consciência é o que fará com que mais essa triste morte não seja em vão. Chegou a hora de fazermos mais. E fazermos direito. Faça a sua parte.

 

Dentro da nossa empresa, a Integridade é nossa lei e está permeada na nossa cultura. Toda e qualquer forma de discriminação é intolerável e seu dever enquanto funcionário é garantir que isso se mantenha como verdade absoluta. Caso testemunhe qualquer tipo comportamento em nossa empresa que considere contrário ao nosso compromisso com a diversidade e a inclusão, não se cale. Fale com seu RH, seu líder ou se preferir use o Portal da Intergridade para levantar um concern (observação negativa)”.

  

Luiz Verzegnassi

President & CEO GE Healthcare Services Global

Mensagem enviada originalmente para os funcionários da GE na América Latina em 5 de junho e compartilhada com autorização do autor.

publicado no Abertura de Junho 2020

Nota: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de Santos.

Gostou? Você pode encontrar muito mais no Jornal Abertura – digital, totalmente gratuito.

Acesse: CEPA Internacional

domingo, 20 de agosto de 2017

A Lição Trump - por Alexandre Cardia Machado

A lição Trump
Até alguns meses atrás costumávamos pensar que países mais desenvolvidos tivessem instituições tradicionais, regras mais estáveis e, que grandes variações em suas políticas internas, ou externas, não ocorressem facilmente. Isto seria coisa de democracias mais recentes, como as do terceiro mundo.
Parece que o novo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, quer mudar esta história, esta tradição. Trump, apoiado em uma proposta extremamente nacionalista que o levou ao poder, vai testar os limites das relações internacionais. Demonstra estar disposto a implantar, e rapidamente, sua plataforma de campanha.

Trump acredita que possa desfazer as engrenagens da globalização, sendo o mais curioso nisso tudo, que justamente os EUA eram, até o momento, seus maiores impulsionadores.

Será possível que ele obtenha o sucesso pretendido? Acreditamos que não, mas que essas ações gerarão conflitos comerciais, atritos em áreas que estavam estabilizadas e uma grande inquietação no mundo todo, não há dúvidas.

Até a que ponto isto irá afetar cada um de nós? Muito difícil prever, mas acende ainda mais o alarme de que o nosso voto é um bem importante e de maior valor em uma democracia. Trump foi eleito, não pela maioria dos eleitores, pois o processo americano não é baseado no voto direto, mas assim mesmo legitimado pela constituição americana e praticado há mais de 200 anos. Portanto, nunca pensem que seu voto não vale nada, pois vale sim. Se não votarmos no que nos parece o melhor, ou o que menos problemas poderá gerar, um pior ainda será eleito.

Desde a definição de sua vitória as reações já começaram a acontecer, passeatas, movimento à favor da mulher e outros, nos EUA, mas logo após a sua posse,  Trump demonstra que vai mesmo fazer o possível para que sua plataforma seja implementada e rapidamente. Acabando com a ilusão de alguns, de que muito de sua campanha era apenas retórica.

O certo é que os EUA serão uma pedra no sapato, para todos os países, nos próximos 4 anos. Nada que já não sejam hoje a China ou a Rússia. A diferença é que os EUA possui a maior máquina de guerra do planeta. Se olharmos para a história, veremos que este detalhe é um trunfo importante. O Presidente J.W. Bush desafiou o mundo todo, o Conselho de Segurança da ONU e invadiu o Iraque, sabemos bem que se os EUA decidirem agir, nada os pode impedir.

O Espiritismo propõe a existência de um mundo aberto, onde o direito à liberdade seja uma premissa central, consideramos como uma lei Natural. Claro que não há liberdade plena em lugar algum, outro que não seja em pensamento. Temos países, fronteiras, cercas, regras, religiões e sistemas políticos que nos impingem barreiras.

As Trincheiras de Trump:
·         Não à imigração clandestina ou indesejada:
o   Determinou o início da construção do muro entre os EUA e o México, quer que o México pague a conta;
·         Empregos para os americanos:
o   Pressiona a Ford a não construir uma nova fábrica de motores no México, ameaçando sobretaxar estes motores em 60% na importação aos EUA;
·         Alianças estratégicas em cheque:
o   Assinou uma “Executive Order -EO” ( Uma espécie de Medida Provisória) cancelando a Aliança de Livre-comérico do Pacífico;
·         Não será o Xerife do planeta de graça:
o   Trump espera que países aliados invistam mais em defesa, aliviando a conta paga hoje pelos EUA;
·         Não receber muçulmanos refugiados:
o   No dia 27 de Janeiro, Trump assinou uma “Executive Order”, proibindo a entrada de cidadãos provenientes de 7 países árabes ( Síria, Iêmen, Sudão, Somália, Iraque, irã e Líbia) por 90 dias. Vários juízes Federais emitiram efeito suspensivo em alguns aspectos do EO. Esta iniciativa levou várias lideranças políticas mundias a reagir, pois não existe uma justificativa diplomática para exclusão de pessoas, apenas por terem nascido em um determinado país.

Estas ações lembram países ditatoriais, não de uma páis que se auto denomina – líder do mundo livre.
Entramos em um novo capítulo de nossa história contemporânea, só o tempo dirá como sairemos da era Trump. Pelo menos em um país como os EUA, o juduciário é livre e as ações do presidente podem ser barradas no Congresso, que mesmo tendo maioria Republicana, partido do presidente, pode contestar alguns de seus atos, pois comprometem ideais democráticos e republicanos do país.

Artigo publicado no Jornal Abertura em Janeiro/Fevereiro de 2017.


sexta-feira, 15 de maio de 2015

                 RESPEITO                                            
                            por Nilson Luis Fernandes
                   
                     Por definição do vocábulo português, um substantivo cujo significado refere-se ao ato ou efeito de respeitar ou respeitar-se. 
                    Obviamente, é muito mais do que se tentar traduzi-lo. Inicia-se, aqui,  pensando ser um dos pilares do convívio social, onde seres racionais tentam, ao longo de séculos, honrar e fazerem-se honrados, os mais importantes valores de suas vidas.
                    O conceito de respeito é muito mais amplo do que sua léxica, pois atribui prover o arbítrio a cada cidadão e instituição, posto ser o entendimento e a compreensão, as bases do mesmo. 
Talvez, para refletirmos um pouco mais sobre “respeito”, devemos pensar no desrespeito, que tem fundamentado o curso da história humana, através de exemplos como escravidão, guerra, racismo, agressão, preconceito, abuso de poder, entre tantos outros.
                    O respeito presume ouvir, compreender, interpretar e argumentar. Provavelmente, seja um valor tão superado, nos dias de hoje, em função da ausência de qualquer de um desses quatro sustentáculos. 
                    Fundamental é que o respeito inicia-se no seio da família, através de carinho, amor incondicional, muito diálogo e, sobretudo, o inquestionável valor entre certo e errado. Atualmente, vivemos um momento de dúvidas entre eles. A mídia, a sociedade, a polícia, as redes sociais, os governos, a política, entre outros órgãos, temem enfrentar o que deve ser feito. Qual motivo? Talvez façamos uma conclusão ao final desse texto. O ser humano, nunca nasceu perfeito, precisa lapidar-se.  Aí, complementa-se o mister da escola. 
                    Aí, reside outro problema. Qual é o papel da escola hoje? Professores sem o dom? Pensando nos proventos e nos planos de aposentadoria? Torna-se sem usufruto, portanto, falarmos sobre esse assunto nesse contexto. Hoje, infelizmente, essas questões são políticas. Que pena! E onde estaria a origem desse efeito sem causa?
                    Vamos até outras sociedades, que deram e estão dando certo. Alemanha? Muito provavelmente. Noruega, Holanda, Suécia, Suíça, entre outras. O que deu certo? A simples receita de dar valor à família, as instituições e, principalmente, à educação. O caminho é longo, mas muito mais curto do que possamos imaginar.  
                    Vamos até a origem. Respeitar e fazer respeitar-se. As crianças e adolescentes estão se respeitando?   Acredito ser outro ponto para debate. Não se pode acreditar que a tecnologia atual, que complacentemente aceitamos, esteja ajudando. Quando conseguimos juntar nossos entes queridos na mesa para um jantar? Cada um estará ocupado com seus tablets, smarphones ou quaisquer outros dispositivos, que os permitam estar alienados a valores que a família, eventualmente, queira discutir.    
                    Temos que entender que os tempos são outros. Lembro-me, há tempos atrás, ter perguntado a meu pai, qual seria o motivo que fundamentaria os EUA estarem em guerra com o Vietnã. Para meu pasmo, nos meus 15 anos de idade, esperando toda a consistência de sua resposta  ele, simplesmente disse: filho, não sei.  Claro que não poderia saber, pois não há explicação para o inexplicável Há, sim, explicação para a falta de respeito. Houve, conforme estávamos dialogando, questões entre o capitalismo e o comunismo, alvos de interesses entre as grandes potências na época. Mas não importa, pois o que ficou patente foi que a falta total de respeito mútuo entre valores deflagrou uma das grandes catástrofes da história humana. Entre tantas outras...
                    Quando, no entanto, nós tratávamos de valores de família, como respeito aos mais experientes, aos que eram socialmente menos ou mais afortunados, àqueles que eram de outra etnia, entre outras questões, ele sempre soube impor valores de respeito àquilo que realmente dão sentido ao processo de reflexão do que é respeito.
                    Não obstante, a escola fazia ecoar o que se discutia no lar. Não havia discrepância: hino nacional antes de entrarmos para as salas, aulas de Moral e Cívica, matérias técnicas com muita profundidade, e história do Brasil, como se fosse um momento para orgulho de quem se é e sempre o será.   Cidadãos honestos, honrados e com objetivos! Tudo muito coerente!
                    Houve quebra, por um motivo ou outro, desse fundamental elo entre os discursos entre família e escola e, nesse momento, deixou-se de respeitar o preceito de que as relações entre pessoas e instituições fossem uníssonas. Não há receita de bolo para respeito ou desrespeito. Há, sim, um processo longo de interação entre família e escola, formador de filhos de um país em cidadãos respeitosos a si mesmos e seus concidadãos.  
                   Talvez, uma reflexão a ser feita por todos, seja sobre a antítese do que respeito significa. Pode-se pensar como sendo o egoísmo, cuja base se fundamenta em “passar por cima dos valores de todos, para benefício próprio”. Vamos refletir sobre isso na próxima vez?


segunda-feira, 19 de maio de 2014

RACISMO X RACISMO - da redação




                  RACISMO X RACISMO


              “O racismo é a tendência do pensamento ou o modo de pensar, em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras, normalmente relacionando características físicas hereditárias a determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais. O racismo não é uma teoria cientifica, mas um conjunto de opiniões preconcebidas que valorizam as diferenças biológicas entre os seres humanos, atribuindo superioridade a alguns de acordo com a matriz racial.

              A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão , o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a historia da humanidade e ao complexo de inferioridade, se sentindo, muitos povos, como inferiores aos europeus (wikipedia).”

              Cristovam Buarque, senador ( PDT) argumenta que "o Brasil é um país dividido, que abriga a maior concentração de renda do mundo e um modelo de apartheid: o apartheid social brasileiro." Ele diz que que em vez de "um espectro de desigualdade", há agora "uma ruptura entre os incluídos e os excluídos."  Argumenta ainda que a sociedade está ameaçada por "um hiato entre ricos e pobres tão grande que em todo o país haverá um crescimento separado, nos moldes da Africa do Sul, sob o apartheid" e que enquanto isso está acontecendo no mundo, "O Brasil é o seu melhor exemplo."

             Kardec ressalta que "na reencarnação desaparecem os preconceitos de raças e de castas, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade"

             Digo eu que, os atos racistas somente cessarão quando se perceber que a quantidade de melanina não torna as pessoas superiores nem inferiores, somente traz variações dentro da mesma espécie - a Homo sapiens.


E você leitor, o que pensa do racismo? Deixe sua opinião