Revisão sistemática da
literatura e sua aplicação em pesquisas com temática espírita
Mauro de Mesquita Spinola
Resumo
Este estudo apresenta a revisão sistemática da literatura como
instrumento de pesquisa com temática espírita. Crescentemente utilizado nas
várias áreas da ciência, a revisão sistemática contribui para compreender o
estado da arte de uma área ou um tópico de conhecimento, com base em pesquisas
qualificadas já realizadas e publicadas.
Inicialmente, é a apresentada a discutido o
método de revisão sistemática. Em seguida, é discutida a sua aplicação em
pesquisa espírita. Um exemplo é apresentado, visando a compreender o processo e
os seus potenciais resultados.
O estudo é inicial e deixa várias questões
em aberto, em especial as relacionadas com a aplicação prática do método, mas
contribui para que se possa avaliar o potencial desse método para o
conhecimento espírita.
Mauro de Mesquita Spinola
Sumário
1 Pesquisa com temática espírita
A
ciência está em continua evolução, tanto do ponto de vista de suas descobertas
– que abrangem cada vez mais diversificadas áreas da natureza, do ser humano e
da sociedade – como no que tange a metodologias de pesquisa.
Em
estudos anteriores apresentados em Simpósios e Congressos espíritas, foi
discutida a importância do desenvolvimento metodológico das pesquisas com
temática espírita e apresentadas alguns métodos e ferramentas disponíveis, que
podem ser aplicados nessa área, como tem sido em várias outras [8, 9]. Os citados trabalhos
trataram do problema do método, que foi abordado por Kardec [3] e por outros estudiosos,
entre eles Herculano Pires [4].
Recentemente,
com o advento de ferramentas que exploram o grande desenvolvimento e a ampla
disponibilização tanto da internet quanto das técnicas de pesquisa em bancos de
dados de publicações científicas, uma metodologia tem ganhado destaque pela sua
capacidade de permitir, com muito maior rapidez e eficácia que antes, o
mapeamento das pesquisas desenvolvidas em determinadas área ou mesmo sobre tópicos
específicos. Essa facilidade agora disponível para os pesquisadores é uma chave
essencial para o desenvolvimento de novos estudos de forma mais sistemática e com
maior consistência. Essa metodologia é chamada de revisão sistemática da literatura.
2 A revisão sistemática da literatura
A
revisão sistemática desenvolveu-se inicialmente em pesquisas da área de saúde,
e hoje se constitui em instrumento essencial em todas as áreas da ciência.
2.1
O que é a revisão sistemática?
A
definição proposta pelo consórcio Cochrane[1], que visa a reunir e
sumarizar as melhores evidências de pesquisas da área de saúde para ajudar os
pesquisadores, profissionais de saúde e as pessoas a se informar sobre
tratamento, é muito utilizada:
“Uma
revisão sistemática tenta reunir todas as evidências empíricas que se enquadram
nos critérios de elegibilidade pré-especificados para responder a uma pergunta
de pesquisa específica. Ele usa métodos explícitos e sistemáticos que são
selecionados com o objetivo de minimizar o viés, fornecendo resultados mais
confiáveis a partir dos quais as conclusões podem ser elaboradas e as decisões
tomadas.” [13, 12]
A
pesquisadora Barbara Kitchenham, de uma área de pesquisa bem diferente (Engenharia
de Software), tem visão bastante alinhada com a apresentada acima:
“Uma
revisão sistemática da literatura (muitas vezes referida como uma revisão
sistemática) é um meio para identificar, avaliar e interpretar todas as
pesquisas disponíveis relevantes para uma determinada questão de pesquisa,
tópico ou fenômeno de interesse. Estudos individuais que contribuem para uma
revisão sistemática são chamados de estudos primários; uma revisão sistemática
é uma forma de estudo secundário.” [4]
O Quadro 1 reúne as principais características da uma revisão
sistemática. Uma das características citadas é a reprodutibilidade, ou seja, a
capacidade de estabelecer e documentar as fontes utilizadas, os critérios
estabelecidos, os métodos utilizados e os resultados obtidos de forma que
qualquer pesquisador ou interessado no tema (como por exemplo um profissional
que deseja aplicar os achados) possa reproduzir a mesma revisão.
Revisão sistemática da literatura (RSL):
Principais características |
um conjunto claramente
definido de objetivos com critérios de elegibilidade pré-definidos para
estudos
|
uma metodologia explícita
e reprodutível
|
uma busca sistemática que
tenta identificar todos os estudos que atendam aos critérios de elegibilidade
|
uma avaliação da validade
dos achados dos estudos incluídos (p. ex., através da avaliação do risco de
viés)
|
uma apresentação
sistemática e síntese das características e achados dos estudos incluídos
|
Mais
do que uma abordagem metodológica, a revisão sistemática é cada vez mais um
requisito das pesquisas. Os pesquisadores têm a necessidade de sumarizar todas
as informações sobre algum fenômeno de forma profunda e não enviesada. A
revisão sistemática pode servir para desenvolver conclusões gerais sobre um
determinado tópico ou para dar uma base inicial para novas pesquisas [1].
Uma
das bases da revisão sistemática utilizada na medicina é a abordagem denominada
Medicina baseada em evidência (EBM - Evidence-based medicine) [7], uma prática médica que
pretende otimizar a tomada de decisão enfatizando o uso de evidências com base
em pesquisas bem desenhadas e executadas.
2.2
Etapas para a revisão
O Quadro 2 apresenta as etapas
típicas de uma revisão sistemática.
REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
|
|
Passo
|
Descrição
|
Etapa
1: Formular perguntas para revisão
|
Os
problemas a serem abordados pela revisão devem ser especificados na forma de
questões claras, inequívocas e estruturadas, antes de começar o trabalho de
revisão. Definidas as questões, elas se tornam base de referência para todas
as atividades.
Esta
etapa envolve:
·
Definir o problema ou questão
·
Definir o objetivo do estudo
|
Etapa
2: Identificar publicações relevantes
|
A
busca por publicações deve ser extensiva. Múltiplos recursos (tanto
informatizados quanto impressos) devem ser pesquisados sem restrições de
idioma. Os critérios de seleção dos estudos devem fluir diretamente das
questões de revisão e especificados a priori. Os motivos de inclusão e
exclusão devem ser registrados.
Esta
etapa envolve:
·
Definir critérios de inclusão
e exclusão
·
Definir o processo de busca
·
Localizar os estudos
·
Selecionar os estudos
|
Etapa 3:
Avaliar a qualidade do estudo
|
A
avaliação da qualidade do estudo é relevante para cada etapa de uma revisão.
A formulação de perguntas (Etapa 1) e os critérios de seleção de estudos
(Etapa 2) devem descrever o nível mínimo aceitável de design. Os estudos selecionados devem ser submetidos a uma avaliação
de qualidade mais refinada, por meio de guias gerais de avaliação crítica e listas
de verificação de qualidade baseadas em design
(Etapa 3). Essas avaliações de qualidade detalhadas serão usadas para
explorar a heterogeneidade e informar decisões sobre a adequação de
meta-análise (Passo 4). Além disso, elas ajudam a avaliar a força de inferências
e recomendações para futuras pesquisas (Passo 5).
Esta
etapa envolve:
·
Avaliar pergunta
·
Avaliar critérios de seleção
·
Avaliar estudos selecionados
·
Avaliar análises e
meta-análise
·
Avaliar evidências obtidas e
recomendações
|
Etapa 4: Resumir a evidência
|
A
síntese de dados consiste na tabulação das características, qualidade e
efeitos dos estudos, bem como no uso de métodos estatísticos para explorar
diferenças entre estudos e combinar seus efeitos (meta-análise).
Esta
etapa envolve:
·
Extrair os dados
·
Sintetizar a evidência
·
Analisar e interpretar os resultados
·
Realizar meta-análise
|
Etapa 5:
Interpretar os achados
|
Os
cuidados destacados em cada um dos quatro passos acima devem ser atendidos.
Devem ser explorados o risco de viés de publicação e os vieses relacionados.
Esta
etapa envolve:
·
Explicitar conclusões
·
Desenvolver relatório
·
Disseminar os achados
|
Este
estudo focaliza apenas as duas primeiras etapas. Nos tópicos a seguir é
discutida a aplicação dessas etapas em pesquisa espírita.
3 Aplicação em pesquisa com temática espírita: considerações e propostas
A
aplicação de revisões em pesquisa com temática espírita tende a ter as mesmas
características gerais das revisões realizadas em outras áreas, podendo herdar,
desta forma, o conhecimento e as práticas já acumulados sobre essa metodologia.
No entanto, da mesma forma que toma formas diferenciadas nos diversos setores,
também no âmbito das pesquisas com temática espírita isso possivelmente deverá
ocorrer. As etapas e os conceitos apresentados são os mesmos, no entanto, as
práticas e critérios adotados nas várias atividades pode variar sensivelmente.
Há
ainda um grande caminho para essa construção, que exigirá estudos e iniciativas
concretas de aplicação. Este estudo apenas se limita a propor um esboço de
propostas para análise e desenvolvimento dos pesquisadores.
O
objetivo de sua apresentação é o de que seja discutido pela comunidade e, desta
forma, criem-se condições para uma análise crítica que leve ao efetivo
desenvolvimento dessas pesquisas.
Segue
uma lista de propostas para as duas primeiras etapas, que são as mais sensíveis
do ponto de vista de encaminhamento das pesquisas.
3.1
Etapa 1 – Formular perguntas
para a revisão
A
identificação da questão de pesquisa (que pode ser desdobrada em várias
questões) ou seu problema, é uma etapa decisiva, pois permite estabelecer os
objetivos da pesquisa. Algumas considerações e propostas:
·
Relacionamento com outras áreas. As
pesquisas com temática espírita estão, em geral, fortemente relacionadas com
pesquisas realizadas em outras áreas, entre elas as ciências sociais e a saúde.
A questão a ser estudada tocará portanto em outras áreas, o que constitui, por
um lado, oportunidade para abarcar pesquisas (possivelmente algumas muito
recentes) já realizadas e traz, por outro, vieses já estabelecidos que
polarizam por vezes a tradição dessas pesquisas. Apesar das dificuldades, o
claro diálogo entre as pesquisas é o caminho que se apresenta como mais
adequado.
·
Terminologia. Como consequência do
relacionamento acima exposto, vários termos utilizados em várias áreas
necessitam ser visitados e fazer parte do levantamento, tomando sempre o
cuidado de compreender e explicitar os significados que possuem em cada
contexto. A palavra doença, por exemplo, possui diferentes conceituações e
tratamentos na literatura científica. A literatura espírita também trata do
assunto, com um significado e viés próprio. Assim, se vai ser elaborada uma
questão sobre certo tema, é necessário deixar claro qual o significado que se
atribui para cada termo utilizado.
3.2
Etapa 2 – Identificar publicações
relevantes
Esta
etapa exige muito trabalho, pois deverá buscar todo o manancial de interesse
(possivelmente uma parte pode não estar disponível na internet) e avaliar a sua
relevância para a pesquisa em foco. Seguem as considerações:
·
Acesso a pesquisas já realizadas - 1. É
obrigatório o acesso a publicações recentes e antigas necessárias à compreensão
do conhecimento já construído sobre a questão em foco. Para isso, a utilização
de ferramentas de busca que permitam o acesso a material digital é essencial.
Destacam-se as seguintes bases a ser utilizadas, entre outras: Webofscience
(webofknowledge.com), Scopus, Scielo (scielo.br), Google acadêmico
(scholar.google.com). Dependendo da área de pesquisa, outras bases são também
adicionadas a esta lista, com PubMed para Medicina.
·
Acesso a pesquisas já realizadas - 2.
Alguns tópicos típicos do conhecimento espírita possuem uma tradição de
pesquisa não abarcado pelas bases de publicações científicas. Entre eles podem
ser incluídos a mediunidade e a reencarnação, por exemplo. Para uma consistente
pesquisa nessas áreas, devem ser consideradas as produções já realizadas por
pesquisadores desses temas, buscando acesso a elas por todos os meios
possíveis. É fundamental, no entanto, mapear devidamente os vários estudos,
analisando sua validade e os vários vieses e riscos que possuem.
·
Diferenciação e qualificação das publicações. As publicações de revistas científicas com identificação clara de seu
fator de impacto ou outra medida equivalente (https://en.wikipedia.org/wiki/Journal_ranking#Measures) oferecem maior confiança
aos pesquisadores. São revistas para qual os editores submetem os artigos,
antes de aprovação e publicação, a revisores ocultos, que analisam e criticam
os artigos submetidos. Apenas uma parte dos artigos é aprovada e publicada. Esse
mesmo critério não existe para os livros, por exemplo, e para muitos portais e
revistas, em que as publicações não são rigorosamente avaliadas.
A título de clarificação do método e suas
peculiaridades, é apresentado a seguir um exemplo que abarca as duas primeiras
etapas.
4 Um exemplo
Para
ilustrar o processo de realização de revisão sistemática sobre tema relacionado
ao espiritismo, foi escolhido o tema experiência
de quase morte (EQM). O motivo principal é que o assunto tem sido estudado
em outras áreas, tais como medicina e enfermagem, permitindo refletir sobre
como podem ser feitas revisões que envolvem temas multidisciplinares. As
pesquisas ainda são ativas nos dias atuais, o que leva à percepção de que se
constitui tema relevante para a sociedade e a ciência. É inegável, por outro lado,
o interesse e o potencial de contribuição da hipótese espírita, que tem sido
pouco presente nessas pesquisas.
Estão
apresentados aqui apenas os primeiros passos, que compõem a Etapa 1.
4.1
Definição de termos
O
seguinte termo exige clara definição para realização da pesquisa: morte e experiência de quase morte EQM. Se necessário e útil, várias outros
termos podem ser definidos.
·
Experiência de quase morte (EQM) / Near-death experience (NDE):
o uma forma de consciência transcendental ou um estado alternativo de
consciência que acomete o indivíduo que se encontra em um estado fisiológico
extremo (Raymond Mood Jr., v. http://www.boavontade.com/pt/saude/o-que-e-uma-eqm-psiquiatra-explica-experiencias-de-quase-morte).
o uma percepção consciente da extinção da vida próxima (a
conscious awareness of the forthcoming termination of life) (Suzanne
Simpson [9])
o
um alterado estado de
consciência comumente ocorrendo durante um episódio de inconsciência, como um
resultado de uma condição potencialmente fatal (an altered state of consciousness commonly occurring during an episode
of unconsciousness, as a result of a life-threatening condition) (Christian
Agrillo [1])
Para
efeito deste estudo, será utilizada a definição de Christrian Agrillo, que se
baseia em estudos anteriores relevantes.
Experiência
de quase morte: um alterado estado de consciência
comumente ocorrendo durante um episódio de inconsciência, como um resultado de
uma condição potencialmente fatal.
4.2
Questão de pesquisa
A
questão de pesquisa proposta é:
Quais são as categorias de pesquisas realizadas sobre experiências
de quase morte e que resultados foram já obtidos?
Esta
pesquisa pode ser realizada com o uso das palavras chave:
·
Em inglês: “near-death experience”,
·
Em português: “experiência de
quase morte”,
·
Em espanhol: “experiencia cercana a la muerte” e “experiencia de casi muerte”.
Todas
as pesquisas que utilizem pelo menos uma dessas expressões têm interesse. As
aspas são usadas para capturar estritamente os estudos que utilizam essas
expressões (não apenas as palavras isoladas. Os próprios artigos pesquisados
podem auxiliar na descoberta de sinônimos que podem ser utilizados em novas
buscas, de maneira que o processo progrida para os resultados desejados.
A string (chave de busca) utilizado para essa
pesquisa é:
“near-death
experience” OR “experiência de quase morte” OR “experiencia cercana a la muerte” OR “experiencia de casi muerte”
Alternativamente,
pode ser proposta a seguinte questão, mais restritiva, que busca identificar os
estudos que relacionam experiência de quase morte com espiritualidade:
Qual a relação entre experiência de quase morte com espiritualidade?
Para
essa busca, a string passa a ser:
(“near-death
experience” OR “experiência de quase morte” OR “experiencia cercana a la muerte” OR “experiencia de casi muerte”) AND (“spiritual*” OR “espiritual*”)
O
“*” é usado para incluir todas as palavras que se iniciem com “spiritual” ou
“espiritual” (spiritual, espiritual, spirituality, espiritualidade etc.)
4.3
As bases utilizadas
As
bases seguintes foram escolhidas (algumas são justificadas):
·
PubMed (ncbi.nlm.nih.gov/pubmed)
·
Google Acadêmico
(scholar.google.com)
·
Scielo (scielo.br)
Numa
primeira busca, só essas bases foram utilizadas, podendo depois ser incluídas
outras tais como Web of Science, Scopus, livros espíritas, revistas espíritas,
trabalhos apresentados em congressos e outras. Nesta busca, há já a expectativa
de compreender o desenvolvimento desses estudos no tempo, levantando principais
contribuições e autores. Há também a expectativa de obter material suficiente
para responder à questão proposta.
4.4
Primeiros resultados
Seguem
alguns resultados obtidos nas bases utilizadas.
A
base PubMed, mais restrita (menos publicações, todas em inglês), mas de grande
importância na captura de publicações de alto impacto científico, apresenta 146
(Figura 1). Uma pesquisa mais
estrita na mesma base, apenas com artigos completos disponíveis, reduz-se para
115. São artigos que representam significativamente as pesquisas avançadas
realizadas por pesquisadores da área e devem ser estudados para elaboração da
revisão.
A
busca na base Google Acadêmico apresenta 4210 publicações (Figura 2). É uma quantidade
expressiva, que requer pesquisa mais refinada para encontrar os artigos de
maior relevância e focalizar neles a revisão. Uma avaliação a ser feita é a de
origem das publicações.
A
busca realizada na base Scielo (Figura 3), que compreende muitas
publicações em português e espanhol, tanto quanto em inglês, apresenta apenas 3
artigos. Chama a atenção a presença de um artigo em português escrito por Bruce
Greyson, pesquisador da Universidade de Virginia que publicou vários trabalhos
com Ian Stevenson nos anos 1980.
Refinadas
as buscas e identificadas publicações relevantes para o estudo, é hora de
estudar seu conteúdo e iniciar o desenho das categorias de pesquisas sobre EQM,
problema/questão proposto neste exemplo. Não foi possível desenvolver todo o estudo
até a finalização desta apresentação.
5 Continuidade do estudo
Os resultados obtidos até aqui permitem
afirmar que a pesquisa com temática espírita tem plena condição de se utilizar
de revisões sistemáticas, seja para sumarizar o conhecimento sobre determinado
tema, seja para preparar novos estudos, estabelecendo o estado da arte.
A continuidade da pesquisa será proposta
como um projeto coletivo para o CPDoc – Centro de Pesquisa e Documentação
Espírita (www.cpdocespirita.com.br)
e todos os interessados estão convidados a participar.
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Mauro de Mesquita Spinola é Engenheiro
e Doutor em Engenharia, Professor da Escola Politécnica da USP (São Paulo),
Conselheiro da Fundação Vanzolini e da Fundação Porta Aberta, Autor do livro Introdução à automação (Elsevier).
Diretor Administrativo da CEPA (gestão 2016-2020), Participante do Centro de Pesquisa
e Documentação Espírita (CPDoc/Santos), Diretor do Centro de Estudos Espíritas
José Herculano Pires (São Paulo). Participante do programa radiofônico Momento
Espírita, da Rádio Boa Nova, Autor do livro Centro
espírita: uma revisão estrutural (CPDoc)