segunda-feira, 27 de novembro de 2023

MANIFESTO PELA PAZ NO CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO

 

MANIFESTO PELA PAZ NO CONFLITO ISRAEL/PALESTINA


Nós, espíritas laicos e livre-pensadores, associados e amigos da CEPABrasil, instituição filiada à CEPA- Associação Espírita Internacional, no exercício de nossa liberdade de expressão conferida pela Constituição da República Federativa do Brasil e inspirados nos princípios humanistas da filosofia espírita fundada e codificada por Allan Kardec, manifestamos nosso repúdio ao conflito armado entre israelenses e palestinos, deflagrado, nos últimos dias, na região do Oriente Médio.

Apelamos às partes em conflito e à comunidade internacional para que realizem esforços urgentes por um cessar-fogo imediato e pela volta das negociações diplomáticas. Entendemos que israelenses e palestinos necessitam de uma solução negociada que contemple, de forma justa, o interesse de ambos os povos, e temos claro que, sem boa vontade e renúncias recíprocas na construção dessa solução, a humanidade continuará assistindo o terrível espetáculo de dor e morte que tem atingido, especialmente, a população civil de ambos os povos.

Basta de mortes, destruição e sofrimento! Ainda há tempo de resgatar nossa humanidade perdida em meio à brutalidade desse conflito. É hora de recordar dos nobres valores de reverência à Vida que nos foram legados por grandes mestres da espiritualidade que viveram nessa região do planeta, berço das três maiores religiões monoteístas do mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

Os palestinos e os israelenses são nossos irmãos em humanidade. Ambos, em suas diferenças, têm muito a contribuir com o desenvolvimento intelectual, moral e cultural de nosso planeta. Mas, para essa finalidade, é necessário que se predisponham a uma convivência respeitosa a partir do reconhecimento recíproco e consensual de suas soberanias político-territoriais.

Que os homens e as mulheres com poder de decisão entre israelenses e palestinos e, também, na comunidade internacional, tenham a coragem de largar as armas e de realizar a paz!

Santos/SP, Brasil, 17 de novembro de 2023

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Jornal Abertura -novembro de 2023 - Editorial e edição online

 

Editorial Abertura novembro de 2023

 

Mais uma guerra, não aprendemos com o passado

Como é difícil fazer com que os quase 8 bilhões de habitantes encarnados em nosso planeta se entendam. A Guerra da Ucrânia não termina e agora Hamas x Exército Israelense.

Toda a guerra gera problemas para pessoas que quase nada tem a ver com o conflito, apenas vivem na região e grupos opostos querem se apoderar daquele território.

O Hamas protagonizou um ato de terrorismo sem precedente, matando civis que estavam próximos a Gaza. Matando jovens, crianças e idosos. Conhecendo o histórico regional, sabemos que a resposta de Israel será muito maior, estamos assistindo os bombardeios e infelizmente muita gente vai desencarnar.

Israel tem avisado por celular ou através de bilhetes soutos no ar, para que a população vá para o sul da faixa de Gaza. Mas tudo isto é paliativo, pois a invasão parece inevitável.

Roberto Rufo explica bem a visão espírita das guerra no texto abaixo.

Na página 3 escrevo um artigo sobre o histórico de eventos na região chamada hoje de Palestina.

Na página 8 – Ricardo Nunes aprofunda a visão espírita angustiada com todos estes conflitos.

Convidamos também nossos leitores a lerem o artigo da página 2 sobre as adulterações de obras de Allan Kardec.

Na página 4 trazemos outro artigo de Rufo agora sobre trabalho análogo a escravidão, como é possível imaginar que coisas como estas ainda existam no Brasil.

Enfim, desfrutem de nosso jornal.

Baixe o Abertura em pdf aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/31-jornal-abertura-2023?download=270:jornal-abertura-novembro-de-2023




sábado, 14 de outubro de 2023

A história de cada um - por Cláudia Régis Machado

 

A história de cada um

 

Todas as pessoas têm uma história de vida e, na concepção espírita das múltiplas encarnações, compreendem que já tiveram vários existências no percurso de sua evolução que por suposto tem muitas histórias de vidas que se traduzem, se mostram na sua existência atual.

Creio que aquilo de importante que se construiu na trajetória evolutiva como espírito  não se perde e fica armazenado no seu interior e se exprimirá em síntese na vida presente, o que  leva de forma progressiva a definição de sua estrutura.



“Cada encarnação é um novo começar, mas ninguém e, propriamente, novo”. Somos uma construção que foi desenvolvida através das vidas sucessivas, mas que nos primeiros anos de vida é esquecida para dar espaço para novas experiências, para educação e novas realidades que ao longo do processo vai desconstruir aquilo que não é mais satisfatório, que não atende a nova realidade, ressignificando e reajustando sua estrutura. Tendo um novo olhar para esse “eu” mais intrínseco.

Construir e desconstruir, ressignificar e significar são movimentos realizados pela introspecção e honestidade que proporciona uma investigação interna, visando equilíbrio e harmonia pessoal e relacional.

Muito se fala de autoconhecimento que não é um processo fácil e, uma maneira, não a única, que ajuda a conquistar é escrever o que se aprendeu com os erros e acertos, como estes impactaram e que rumos foram tomados a partir daí, se aproveitaram ou não o que foi oferecido, quais os sentimentos advindos das vivencias, relatos desses sentimentos, como nasceram as oportunidades e possibilidades por conquista de esforço e desempenho. Como enfrentou as circunstâncias, as intempéries e as situações inusitadas que a vida lhe trouxeram. A palavra pode ser a mão que conduz o olhar para  dentro de nós mesmo.

Quando escrevemos nos envolvemos de tal forma e entrando no fluxo da escrita podemos  conectar e também reconectar com partes de nós mesmos. É um instrumento de crescimento fazendo romper com os limites de situações sedimentadas.

Reforçando o registro de vários aspectos da encarnação favorece um mergulho interno e  dá subsídios para entender melhor angústias, alegrias, tristezas, memórias infantis, ganhos, sucessos e insucessos.  A escrita pode também ser um momento de desabafo deixando o caminho vivencial menos penoso. Se algo já que não se encaixa na narrativa que estamos construindo, talvez seja hora de deixá-lo de lado

Toda esta ação é  para sermos protagonista da narrativa da nossa existência  já, que estamos acostumados a pensar que a influência sobre a nossa história não está em nosso controle.

Esta preleção que advém muito dos conceitos da Psicologia nos ajuda a nos conhecermos melhor e a fazer uma revisão constante daquilo que somos, do que poderemos ser. Com isto evoluir, crescer como espírito, questão que requer muito trabalho e esforço.

Acrescentando ainda, este procedimento acarreta maior clareza em relação ao enredo que desejamos para a história de vida e também elementos para tornar mais fácil escrever novos capítulos.

Lembremos que cada dia é uma oportunidade para adicionar novos elementos a história de vida: uma pitada de alegria, uma profunda tristeza, um desafio aparentemente impossível de resolver, uma história de amor para aquecer os corações. Além de muitos encontros, desencontros “.

E isso se faz com muito autoconhecimento, conversas, trocas, decisões e desapegos. Sendo a própria fonte principal de informação, embora não necessariamente a única.

Importante associar este ato como um cuidado das coisas do espírito num comportamento dinâmico e com a possibilidade de pensar a história de vida como um processo sempre de construção, buscando novos sentidos para vida ou para aspectos dela com ressignificação constante.

Alcançando uma narrativa original e criativa de própria vida.

Gostou do artigo - foi publicado no jornal Abertura de outubro de 2023, quer ler o jornal completo?

Baixe aqui - em pdf e gratuito.

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/31-jornal-abertura-2023?download=269:jornal-abertura-outubro-de-2023



quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Abrindo a mente Abertura de número 400, minha participação - por Alexandre Cardia Machado

 

Abrindo a mente

Abertura de número 400, minha participação

O Abertura surge em abril de 1987, nos primeiros anos ter um artigo assinado no Jornal Abertura era muito difícil, o Abertura talvez fosse o canal mais importante de nossa corrente alternativa ao Espiritismo a Brasileira da FEB.

Tive um primeiro artigo publicado em fevereiro de 1989 no exemplar número 23 chamava-se “A origem da vida”, casualmente o ponto central de meu livro – Uma breve história do Espírito. A partir deste momento, deste debut, passei a escrever alguns artigos de cunho científico regularmente.

Em outubro de 1993, após um convite especial de Jaci Régis, passei a dividir a página 3 do jornal com Jaci, Eugenio Lara e Roberto Rufo, foi um momento importante por que passei a ter uma presença constante, logo depois Jaci instituiu um Conselho de Redação, onde participavam, além dele, Roberto Rufo, Eugenio Lara e modestamente este que aqui escreve.

Minha coluna, em 1993 foi inaugurada com um artigo chamado “O Super homem não vem”, era um artigo interessante, que diz muito com a minha característica, pessoas que lideram, são importantes, mas não são nada sem os que a acompanham e interagem com elas. O mote era que ninguém fotografava o dia seguinte ao “salvamento do Super homem”, ele quebrava paredes, provocava acidente de automóveis, queimava prédios, e ninguém via o trabalhão para arrumar tudo depois. A imprensa só focava no herói.

Acreditamos fortemente no trabalho em equipe e me sinto honrado com estar à frente deste jornal em 35% do seu tempo de vida, sendo redator de 143 dos 400 Aberturas editados. Um trabalho feito sempre em grupo.

Em 1997,  meu velho, lá em Porto Alegre, editou um livro “familiar”, que posso chamar de meu primeiro livro. Meu pai, Jorge Armando Severo Machado era assinante e seguidamente citava em seu Boletim do Lions Clube, artigos do Abertura. Este livreto é composto exclusivamente por artigos meus do Abertura, selecionados por meu pai, entre 1993 e 1997.




Esta é minha Breve história no Abertura, feliz em trabalhar pela divulgação de um espiritismo livre pensador e progressivo. Espero que esta história perdure por muito mais anos.

Para Abrir mais a sua mente: Vá no site da CEPA e leia os Aberturas, disponíveis desde 2018.

https://cepainternacional.org/site/pt/publicacoes Busque – Jornal Abertura.




quarta-feira, 20 de setembro de 2023

A GRANDE VIOLÊNCIA EXISTENTE NO BRASIL - por Roberto Rufo

A GRANDE VIOLÊNCIA EXISTENTE NO BRASIL - por Roberto Rufo 

    Na teoria espírita, mais específicamente no Livro dos Espíritos, quando se toca no assunto violência, aparece uma solução para esse mal – a educação, não apenas a educação das escolas, mas a educação moral, que cria caracteres saudáveis. 

    O Espiritismo fala no homem novo que substitui o homem velho existente em nós. Qual a consequência dessa transformação? – É óbvio, uma sociedade mais justa e solidária. 

    No Livro dos Espíritos, questão 756 Allan Kardec pergunta aos espíritos se a sociedade de bem se verá algum dia expurgada dos seres malfazejos? – Os espíritos respondem que a humanidade progride. Esses homens, em quem o instinto do mal domina e que se acham deslocados entre pessoas de bem, desaparecerão gradualmente. 

    Coloquei todo esse preâmbulo da teoria espírita para analisarmos se de fato estamos alterando os caracteres entre a população brasileira e criando uma sociedade mais justa. O primeiro parágrafo, como pura teoria é irretocável, no entanto quanto ao segundo parágrafo a previsão dos espíritos não aconteceu, pelo menos no Brasil. 

    Os números da violência no país são impressionantes. Temos 3% da população mundial, e respondemos por 13% dos assassinatos do mundo, o que desmente a tão falada cordialidade do brasileiro, bem como o paradigma de que somos um povo pacífico. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes chega a ser 13.100% maior que na Inglaterra e 609,3% maior que na vizinha Argentina. São dados do Atlas da Violência divulgada pelo IPEA em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (09/6/2017). 

    A grande pergunta é: como chegamos a essa situação (obra de governos dos últimos 20 anos pelo  menos) e o que pode ser feito para mudar esse quadro repulsivo? Em primeiro lugar é como cidadãos cobrar o porquê da ausência e ineficiência do Estado, principalmente na falta de políticas e ações eficazes de proteção e defesa da população. O crime organizado deita e rola. E em segundo lugar, atentar que sem uma melhoria substancial na educação, fica difícil controlar a violência. 

    Quando não se tem nem uma coisa nem outra, só resta investir na construção de presídios como se fosse solucionar o problema. Ainda mais que as nossas penitenciárias são simplesmente lamentáveis. 

    Mas como vivemos desde a segunda metade do século XX, do ponto de vista espiritual, na filosofia do nada, a questão da agressividade humana é tratada cientificamente. “Bem aventurados os mansos e pacíficos porque herdarão a terra” e “Vós sois todos irmãos”, palavras de Jesus de Nazaré não entram no cômputo da solução do problema. Trata-se de religião. 

    Ouso dizer, como falei num dos dias da nossa reunião no ICKS, que se algum presidente brasileiro no dia de Natal citar Jesus de Nazaré na sua mensagem de final de ano, no dia seguinte será atacado em nome do estado laico, que se transformou na verdade num estado ateu. 

Este artigo foi publicado em março de 2018 no Jornal Abertura: baixe aqui!

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/37-jornal-abertura-2018?download=259:jornal-abertura-marco-de-2018


    Enquanto isso nossos governantes, geralmente corruptos, assistem (às vezes num home theater instalado na prisão) esse quadro melancólico sem nenhum gesto no sentido de estarem arrependidos com a sua ganância e egoísmo. Falta-lhes espiritualidade.

terça-feira, 12 de setembro de 2023

ICKS Lança mais um livro online grátis - Emissões Energéticas na Prática Espírita

 Série Abrindo a Mente - Emissões Energéticas na Prática Espírita


Apresentação e Introdução

 

Este livro é elaborado com trabalhos apresentados no SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, todos os trabalhos fazem parte dos respectivos Anais, quer impressos em forma de livros, como eletrônicos, CDs em formato pdf.

Buscamos aqui reunir aqueles que de alguma maneira abordam a aplicação das energias anímico-espirituais nas casas espíritas, desta forma o ICKS poderá oferecer ao público em geral este saber espírita, teórico e prático de forma gratuita, amplamente disponível para consulta e referência em trabalhos a serem produzidos por outros autores.

Este é o quarto livro da série literária – Abrindo a Mente, anteriormente já disponibilizamos 3 livros:

·         Uma Breve História do Espírito – Alexandre Cardia Machado;( Também disponível em espanhol)

·         Novo Pensar sobre Deus, Homem e Mundo – Jaci Régis (Também disponível impresso)

·         Amor, Casamento & Família - Jaci Régis.( livro impresso esgotado)

Este quarto livro, apresenta trabalhos dos seguintes autores: Cláudia Régis Machado, Juliana Régis da Costa e Oliveira, Reinaldo de Lucia e Alexandre Cardia Machado, que foram apresentados nos SBPEs, cronologicamente conforme abaixo:

·         Emissões Energéticas à Distância - Autor: Reinaldo di Lucia - 2° SBPE – 1991.

·         Passes: Discussão e Propostas - Autor: Reinaldo di Lucia -3° SBPE – 1993.

·         Análise da utilização da palavra “fluído” e suas variações na obra de Allan Kardec - Autor:   Alexandre Cardia Machado – 9° SBPE – 2005.

·         O Toque Terapêutico - Autora: Juliana Régis da Costa e Oliveira – 12° SBPE – 2011.

·         Gabinete Psico-mediúnico uma experiência de saúde emocional - Autores: Alexandre Cardia   Machado e Cláudia Régis Machado – 12° SBPE – 2011.

·         Estudo Metodológico Para Emissão Energética Próxima, Aplicada a Plantas - Autor: Alexandre Cardia Machado– 12° SBPE – 2011.

Neste livro apresentaremos os trabalhos dentro de uma lógica, não cronológica, mas sim dividido em quatro partes: Parte 1 - A questão da prova, Parte 2 - Discussão teórica, Parte 3 - Aplicações Práticas e Parte 4 -  A Questão da Nomenclatura.

Com isto acreditamos que didaticamente será mais interessante e, portanto, mais útil aos nossos leitores. É interessante observar que todos os autores deste livro são oriundos do CEAK – Centro Espírita Allan Kardec de Santos que já, desde a década de 90 adotou a terminologia proposta por Reinaldo di Lucia, como por exemplo chamar passe de Emissão de Energia Próxima, nomenclatura que é predominantemente utilizada neste livro.

Baixe Grátis aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=268:emissoes-energeticas-na-pratica-espirita-organizacao-alexandre-cardia-machado


Curiosamente todos os autores são oriundos da MEEV – Mocidade Espírita Estudantes da Verdade do CEAK. Sendo que Cláudia, Reinaldo e Juliana foram Presidentes da MEEV.

Este ponto, relativo à nomenclatura espírita é muito importante, pois caso, não atualizemos os termos ultrapassados usados nas obras básicas e mediúnicas espíritas manteremos o espiritismo numa linguagem hermética, de difícil entendimento por pessoas mais novas e iniciantes no espiritismo.

Recorro a Jaci Régis, em seu Caderno Cultural[1]Doutrina Kardecista – Modelo Conceitual (reescrevendo o modelo espírita)

“O movimento espírita brasileiro que assumiu a responsabilidade de manter o legado de Kardec sucumbiu à pressão da cultura, das ideias católicas, devido à adesão de pessoas estruturalmente ligadas aos cultos cristãos.

Dois fatores contribuíram para isso. A absorção total do sentido e da linguagem do evangelho (nota do Editor – por exemplo o termo passe) sem a liberação do aparato místico ...

O aspecto evolutivo do Espiritismo, que permite analisar os progressos realizados pela sociedade humana nesse período e incorporá-los, equilibradamente ... “.

É por esta razão que esta obra que aqui introduzimos, entra em nossa série Abrindo a Mente por ser teórica e prática. Podemos dizer inovadora.

 

Alexandre Cardia Machado

Organizador

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Jornal Abertura - Edição comemorativa dos 400 exemplares

 

Caros Amigos,

 

 

Está disponível no site da CEPA o Abertura de 2023 – este é o ABERTURA de setembro e o de número 400! Ele está especial com muita história para vocês curtirem.



Baixe aqui:

 

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/31-jornal-abertura-2023?download=264:jornal-abertura-setembro-de-2023

 

 

Em comemoração aos 400 números do Abertura, disponibilizamos os Jornais Abertura de 2018 no site da CEPA:

 

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/37-jornal-abertura-2018

 

 

Como podem ver, disponibilizamos em julho 2 títulos de livros da série Abrindo A Mente

 

Amor, Casamento & Família de Jaci Régis

 

Baixe aqui:

 

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=245:amor-casamento-e-familia

 

 

Una Breve historia del Espiritu –de Alexandre Cardia Machado em Espanhol.

 

Baixe aqui:

 

https://cepainternacional.org/site/es/component/phocadownload/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=246:una-breve-historia-del-espiritu-alexandre-cardia-machado

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

O Luto por Reinaldo Di Lucia e Carolina Régis

O Luto 

        Muito se fala, especialmente nos dias atuais, sobre a importância do luto, da vivência do luto como algo necessário para que consigamos seguir em frente após as perdas que vivenciamos em nossa caminhada encarnatória. 

        Esse foi precisamente o tema da discussão de um grupo de amigos espíritas no último mês. Não há como negar que o luto é inevitável. A perda dos entes queridos é um dos momentos mais dolorosos na vida de qualquer pessoa e não há como não sentir esta dor. Muitas vezes, ela dura por períodos excessivamente longos, podendo dificultar ou mesmo impedir que a pessoa continue sua vida normalmente. Por isso se diz que o luto deve ser vivido, sentido, trabalhado e, finalmente, superado. 

        Quanto tempo isso leva? Depende de cada um, obviamente. Mas deve ser um tempo que possibilite que o ser que o vive retome, ainda que gradualmente, sua vida – que não será a mesma, mas deve continuar com mais conhecimento e serenidade.

         Agora, como o espírita encara o luto? Porque, sem dúvida, a Doutrina Espírita nos coloca em uma condição diferente, uma vez que nos apresenta uma visão de mundo diferente, baseada na continuidade da existência do ser. E é aí que a coisa começa a ficar complexa. Principalmente porque, com a tendência dos seres humanos de uniformizarem os sentimentos e acharem que todos devem sentir as coisas da mesma forma, acabam padronizando o luto: “Ah, mas você é espírita, não é? Sabe que a vida continua, não precisa ficar desse jeito...”. – Porquê não? Vejo o luto como uma profunda saudade da presença, do toque, do olho no olho. A falta do contato, da conversa, da convivência. 

        Talvez seja mais que simplesmente saudade, já que a saudade pode normalmente ser sanada com uma visita ou um telefonema. Mas a ausência, essa permanece. E dói. Muito. Eis o luto. Ah, dirão, isso passa. Não nos iludamos, meus amigos. Não passa jamais. Diminui, sim, a um ponto em que conseguimos seguir em frente – de uma maneira quase normal. Mas ela, a dor, a saudade, a falta, sempre estarão lá. 

        E o que podem os Centros Espíritas fazer para, de alguma forma, ajudarem as pessoas a passar por essa fase? Penso que o primeiro passo é entenderem que a acolhida é fundamental – entender, empaticamente, o que as pessoas em luto estão sentindo é um primeiro passo essencial para essa ajuda. Mas, por melhor que seja a intenção, só ela não basta (de boas intenções ... lembram?). É preciso uma capacitação, algo mais profissional, para que possamos, com firmeza e doçura, estar ali para aquela criatura. E assim ajudá-la a passar por esta fase. 

        E vocês, amigos leitores? O que pensam sobre o luto e o Espiritismo? Mandem comentários. Gostaríamos muito de saber a visão de vocês.

        Deixem os seus comentários aqui no blog.

Este artigo foi publicado no jornal Abertura de outubro de 2019, agora disponível online.

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/28-jornal-abertura-2019?download=210:jornal-abertura-outubro-de-2019


quarta-feira, 30 de agosto de 2023

O Ser humano e seus Deuses - por Alexandre Cardia Machado

O Ser humano e seus Deuses - por Alexandre Cardia Machado   

 Começo citando novamente o escritor israelita Yuval Noah Harari que em seu livro mais recente traduzido para o português – Homo Deus: Uma breve história do amanhã cujo título já é uma provocação à reflexão, pois trata-se de uma análise da história de evolução do Homo Sapiens e sua projeção para o futuro. “Enquanto a Revolução Agrícola deu orígem às religiões teístas, a Revolução Científica fez nascerem as religiões humanistas, nas quais humanos substituem deuses. 

    Os Teístas cultuam theos (“deus”, em grego), e os humanistas, como o liberalismo, o comunismo e o nazismo, é que o Homo sapiens tem uma essência única e sagrada, fonte de todo o sentido e de toda a autoridade no Universo. Tudo o que acontece no cosmo é considerado bom ou mal de acordo com o impacto que exerce sobre o Homo sapiens”. Yural nos faz refletir naquilo que o escritor espírita Herculano Pires chamou de horizontes espirituais, nos primeiros anos da civilização, na passagem do homem de caçador – coletor a agricultor as religiões eram teístas, assim teremos as primeiras religiões tribais, repletas de atos divinos responsáveis por tragédias, dilúvios, chuvas, secas, pragas, enfim, tudo aquilo que envolvia a principal atividade de subsistência humana. 

    Quando a humanidade começa a dominar estas áreas de saber, com o desenvolvimento da ciência, passamos a ocupar um espaço antes destinado aos deuses das diversas religiões. Com isso toda a filosofia muda. 

    Como característica geral, à partir da filosofia clássica grega o homem sempre pensa ter domínio das leis naturais. Reflete sobre todos os aspectos que lhe permite o conhecimento de cada época. Este processo se repete durante o apogeu dos Impérios Romano e Persa. Constrói estradas, portos, melhora a navegação, represa e desvia rios, sentem-se como se deus fossem. 

    Yuval tenta demonstrar como nós humanos encontramos justificativas para distanciar-se dos outros animais, como se eles só existissem para nos servir, assim descreve: “O teísmo justificava a agricultura tradicional em nome de Deus, ao passo que o humanismo justifica a moderna lavoura industrial em nome do Homem. A lavoura industrial santifica as necessidades, os caprichos e as vontades humanas, descartando todo o resto. A lavoura industrial não tem verdadeiro interesse em animais, o quais não compartilham a santidade na natureza humana. E os deuses não lhe são úteis, porque a ciência e a tecnologia moderna conferem aos humanos poderes que excedem em muito os dos antigos deuses.”

Está gostando? O autor deste artigo dedica um capítulo sobre este tema no seu livro: Uma breve história do Espírito que você pode baixar gratuitamente no link abaixo:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=200:uma-breve-historia-do-espirito-alexandre-cardia-machado


    Esta visão coincide com as comunicações dos espíritos no século XIX, veja O Livro dos Espíritos questão 756: – “A sociedade dos homens de bem se verá algum dia expurgada dos seres malfazejos? “A Humanidade progride. Esses homens, em quem o instinto do mal domina e que se acham deslocados entre pessoas de bem, desaparecerão gradualmente, como o mau grão se separa do bom, quando este é joeirado. Mas, desaparecerão para renascer sob outros invólucros. Como então terão mais experiência, compreenderão melhor o bem e o mal. Tens disso um exemplo nas plantas e nos animais que o homem há conseguido aperfeiçoar, desenvolvendo neles qualidades novas. 

    Pois bem, só ao cabo de muitas gerações o desenvolvimento se torna completo. É a imagem das diversas existências do homem.” Yuval faz toda esta análise, porque vai desenvolver, no livro o que ele propõe ser a próxima evolução humana, ele vê a humanidade no limiar de uma nova geração de humanos, como explicaremos a seguir. Crê que em alguns anos seremos capazes de reduzir tecnologicamente vários fatores que fazem com que envelheçamos e venhamos a morrer. Desta forma pouco a pouco agregaremos desenvolvimentos genéticos, nano antibióticos, novos marcapassos, dispositivos biônicos que permitirão que pessoas abastadas possam postergar a morte facilmente para além dos 150 anos de idade. 

    Muitos podem pensar, quem gostaria disso? Uma resposta poderia ser, com qualidade de vida, por que não? Quantos lugares poderíamos conhecer? Quantas linguas poderíamos aprender? Certamente estaria alinhado com o princípio espírita do desenvolvimento do espírito a cada encarnação. 

    Agora, o que precisamos ponderar é, a que custo social? Como garantir este acesso a todos? Ainda que não seja para todos, este progresso tecnológico salvaria muitas vidas, pessoas que morreriam por problemas de saúde aos 10, 20 ou 30 anos poderíam sobreviver caso adotassem estas novas técnicas e ajudar no processo de desenvolvimento do planeta. 

    O ponto que o autor propõe e que não quero antecipar totalmente, é que passaríamos a potencialmente termos a chamada amortalidade. A amortalidade se diferencia do conceito de imortalidade, pois os humanos sempre poderiam morrer por acidente, se levassem um tiro e não fossem tratados a tempo.

    Mas pessoas que tenham muito dinheiro poderão, provavelmente evitar a morte, regenerar o corpo e manter a mente apta por muito mais tempo. O que o autor propõe é que este grupo de pessoas formaria uma elite de semi-deuses, acho exagerado pensar assim, mas ao menos nos abriga a refletir sobre esta possibilidade. 

    Que filosofia surgiria disso? Esperemos um pouco mais para ver no que isso poderá resultar, pois nos dias de hoje, muito da tecnologia já adquirida ainda não está disponível a toda a população mundial onde boa parte da população ainda luta por simplesmente sobreviver. 

    Não deixa de ser um outro aspecto da luta entre modelos econômicos e sociais, num mundo em transformação. As novas tecnologias, surgem muito caras, mas em uma década, terminam por serem mais acessíveis à população em geral.

Este artigo foi o Editorial do Jornal Abertura de julho de 2019 - o jornal completo, em pdf está disponível no site da CEPA.

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/28-jornal-abertura-2019?download=213:jornal-abertura-julho-de-2019