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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Uma opção pela Ciência Espírita - uma experiência nos anos 80 e 90 do século XX - por Alexandre Machado

Grupo de Pesquisas Científicas Ernesto Bozzano

Um grupo de cinco jóvens, composto por Marcelo Régis , Reinaldo di Lucia, Alexandre Cardia  Machado, Vladimir Grijó todos engenheiros, e Ademar Arthur Chioro dos Reis médico, pertencentes a Mocidade Espírita estudantes da Verdade, do Centro Espírita Allan Kardec de Santos, ansiando por novos meios de estudo, resolveram se unir em julho de 1986.

Decidiram pela formação de um grupo com caráter científico, sem vínculos diretos com nenhuma instituição, para que pudessem pesquisar a fundo qualquer assunto sem as amarras da satisfação e dos por quês.

Durante os 10 anos em que o grupo permanesceu ativo, pesquisaram fotos Kirlian, inclusive construíndo uma máquina modelo Pirilampo ( Hernani Guimarães de Andrade ) que havia sido publicada no Jornal Folha Espírita de São Paulo. Pesquisaram o médium de cura Bernardino de Vita Júnior, mas principalmente dedicaram-se 5 anos à pesquisa com gravações e transcrições de reuniões mediúnicas, aplicando o Método de Kardec de estudo, preparação de questões e inquerindo os espíritos.


Apresentaram baseados neste estudos, ao todo 11 trabalhos, nas edições II SBPE, III SBPE e IV SBPE. Os mesmos foram apresentados por Ademar dos Reis (1), Alexandre Machado (3) ,Gisela Régis (1) que se incorporou ao grupo em 1991, Marcelo Régis(3) e Reinaldo di Lucia (3).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Senso de Justiça - por Gisela Régis

             
              
             O senso de Justiça, para alguns, é produto cultural, para outros, é inato ao ser humano. Não vamos entrar no mérito dessa questão porque, não há provas de uma ou de outra coisa, e sim meras especulações filosóficas. Para o Espiritismo, a idéia de Justiça abrange a possibilidade de sucessivas encarnações para a sua concretização.                
              O maior expoente da ciência no estudo científico das reencarnações é Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, que conseguiu comprovar centenas de casos de reencarnação em diversos países ocidentais e orientais. Todavia, outras centenas de casos estudados ficaram sem comprovação. Assim, a reencarnação, sob o ponto de vista científico, continua sendo uma possibilidade aceita por alguns e refutada por outros, permanecendo mais como uma questão de fé do que de ciência. Cumpre observar, todavia, que não apenas o Espiritismo é reencarnacionista, mas também uma variada gama de outras religiões, principalmente orientais.
             Pois bem. Tomemos como possível a existência de sucessivas reencarnações da alma, a fim de que possamos analisar a ideia espírita de Justiça. Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, questão 8751, pergunta aos espíritos como se deve definir a Justiça, ao que respondem: “A Justiça consiste no respeito aos direitos de cada um”. Essa definição não está inconforme com o Direito posto, ao longo dos séculos da história da Humanidade. Continuando, pergunta Kardec o que determina esses direitos e os espíritos respondem que “são determinados por duas coisas: a lei humana e a lei natural. Como os homens fizeram leis apropriadas aos seus costumes e ao seu caráter, essas leis podem variar com o progresso (...). O direito dos homens, portanto, nem sempre é conforme a Justiça. Só regula algumas relações sociais, enquanto na vida privada há uma infinidade de atos que são de competência exclusiva do tribunal da consciência”. Para Allan Kardec, a verdadeira lei de Justiça está associada ao amor e à caridade, razão porque acrescenta que “o critério da verdadeira Justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo, e não de querer pra si o que se deseja para os outros, o que não é a mesma coisa”.
             Algumas interpretações mais conservadoras da Doutrina Espírita entendem que se deve suportar as dores do mundo como obra da Justiça, decorrentes de atos faltosos da vida pregressa. Isso leva a um tipo de resignação descabida em nossos dias, quando a evolução da Humanidade nos ensina a lutar pelos nossos direitos. Assim, as correntes mais recentes da hermenêutica espírita põem a ênfase sobre o livre-arbítrio do homem, para reivindicar o que lhe for de direito e assim ir tecendo a sua história, com liberdade de decisão.  Assim, vemos que a idéia de Justiça espírita abrange leis mais amplas do que as dos homens e a extrapola, incluindo a possibilidade de reencarnação, para a consecução dessa mesma idéia de Justiça.

por Gisela Régis


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Tolerância Religiosa - postado por Gisela Régis

Tolerância

          

Pierre Bayle, filósofo francês do século XVI, ensinou há mais de trezentos anos que "a tolerância deve ser praticada entre as religiões, e o Estado não pode ser instrumento de perseguição em nome de uma determinada fé."

Cerca de 4 milhões de pessoas foram as ruas contra jihadismo, o fascismo do século XXI, o "islamofascismo", neologismo que descreve com perfeição o fenomeno de intolerância e de imposição pelo terror do totalitarismo em nome da religião criada por Maomé no século VII da era cristã. Provando que o atentado teve efeito inverso ao pretendido. O fundamentalismo e o extremismo pereceram ante a indignação européia. Laços humanos se apertaram em torno de um ideal de liberdade que, naquele solo revolucionário, parece brotar nos momentos mais difícieis. Em suma, não houve vingança do profeta. A satisfação em um plano espiritual, jamais se completaria.

Surgiu, sim, o manto da solidariedade pairando acima da república mais significativa da história, formada contra um regime ainda mais tirânico e conspirador. Apesar do massacre, ainda existe esperança neste mundo. A civilidade venceu!






segunda-feira, 19 de agosto de 2013

De onde viemos? Alexandre Cardia Machado


Abrindo a Mente: Alexandre Machado

De onde viemos? Primeira parte

Uma resposta rápida seria, viemos das estrelas enquanto corpo físico, quanto ao espírito em origem, tudo leva a crer que tenhamos sido criados junto com a matéria no big bang.

“Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as consequências e busca as aplicações úteis. Não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida;...É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação.”

Partindo portanto desta base, cabe-nos verificar em que pontos a concepção Kardecista de evolução dos Espíritos, dos encarnados na Terra, precisa ser aprofundada. Nosso ponto de partida são as obras de Kardec, como também a Revista Espírita, passando por uma crítica racional.

Sabemos que o espírito é criado simples e ignorante (princípio espiritual), devemos portanto admitir que o espírito vá se tornando mais complexo desde a sua criação até um momento qualquer que o analisemos. Algo que evolua, que seja imortal e sede da inteligência, deverá necessariamente desenvolver-se ou seja passar de simples e ignorante a algo complexo e inteligente. Mas para que ele evolua há que o corpo físico se desenvolva da mesma forma.

O corpo físico

Os tijolos da vida - a composição da química da vida em todas a formas de vida que conhecemos, dependem da presença de alguns elementos químicos principais: são eles:  Hidrogênio, Oxigênio, Carbono e Nitrogênio. Todos os outros elementos químicos juntos representam menos de 1% da massa do corpo humano, como exemplo.

Não é a toa que os quatro elementos principais fazem parte dos seis elementos mais comuns do Universo, os demais são Hélio e Neón. Curiosamente, estes 4 elementos básicos para a vida não são tão presentes na Terra, como o são no espaço, ou seja a incidência destes elementos na Terra, onde sabidamente há vida, é menor do que na média dos outros locais do universo, demonstrando que os componentes químicos necessários ao aparecimento da vida, são muito comuns no universo, nos permitindo pensar que, se as condições ambientais favorecerem, a vida pode se originar em qualquer lugar no espaço onde são gerados no interior de estrelas.

O processo de formação de uma estrela até a sua destruição não é muito rápido e está na casa de bilhão de anos. Assim é provável que nos primeiros 2 bilhões de anos pouco ou quase nenhum carbono estivesse disponível. Passado portanto esta primeira etapa órfã de Carbono, começam novos ciclos de vida de estrelas, e neste aspecto é importantíssimo o caos a que se segue a uma explosão de uma nova ou de uma supernova, pois ela espalha nas regiões interestelares, uma nebulosa, repleta destes elementos mais pesados, como Carbono, Silicio, Ferro, Níquel misturados a uma quantidade enorme de gases, como hidrogênio, oxigênio, hélio e neón.

Como toda a vida até hoje detectada, está baseada no Carbono e na química orgânica, podemos pensar que nos primeiros bilhões de anos após o Big Bang, nenhum princípio espiritual  pudesse ter evoluído a espírito.

À partir de uma nebulosa há cerca de 5 bilhões de anos atrás, fez-se surgir o Sol e seu sistema planetário e com o tempo a vida na Terra.

Continuaremos no próximo mês à partir daí. Você poderá acompanhar em nosso blog também.

Para abrir mais a sua mente:  Kardec, Allan -A Gênese – os milagre e as predições segundo o Espiritismo ed. FEB página 20; Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos; Tyson, Neil DeGrasse e Goldsmith, Donald – Origins Fourteen Billion Years of Cosmic Evolution – Norton & Company.

 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Abrindo a Mente - Matéria Escura e o Fluído Cósmico Universal? por Alexandre Cardia Machado

Os cientistas estão buscando, ainda sem sucesso por uma explicação para o fato do Universo estar em expansão,a uma velocidade diferente daquele que seria de se esperar levando em consideração a massa observável existente no Universo. Os primeiros indícios foram observados ainda na década de 30 do século XX.




Hoje acredita-se que esta matéria exista, mas que teria características estranhas, por não interagir com a matéria normal, pelo menos não diretamente, mas atuaria sim na gravidade ou através da gravidade. Todos os experimentos realizados até agora, não obtiveram exito, fato este que fez os físicos apelidarem as possíveis partículas de matéria escura de “chatas” e as suas características de “chatice”. Muitos espíritas tem defendido que a matéria escura, assim como a sua também companheira energia escura nada mais sejam do que o Fluído Cósmico Universal. Trateremos da Energia Escura na próxima edição do Jornal.



Muita expectativa, relativa à matéria escura está associada às experiências que estão sendo realizados no acelerador de partículas CERN ( Grande Colisor de Hadrons) na Suiça. Estão atrás das partículas de Higgs ou Super WIMPS – partículas que teriam surgido nos primeiros instantes após o Big Bang e que não interagem com a matéria, mas que por possuir massa, afetam a gravidade.



O que não combina muito com a idéia do FCU é que sempre fomos informados de que o FCU seria a matéria quintessenciada que nos levaria a pensar em algo muito leve ou muito energético. No entanto a matéria escura seria 100 vezes mais densa que a matéria comum e não interagir com a matéria normal (mundo material) não parece realmente fazer nenhum sentido imaginá-la como sendo o FCU. Entretando o fato de muitos cientistas de ponta acreditarem na existência de alguma coisa que ainda não foi diretamente detectada, e que tenha características tão “estranhas”, certamente é um passo para a aceitação de que outras formas de matéria ou energia, ainda não detectadas pelos experimentos científicos possam também existir, como o plano espiritual e as energias espirituais por exemplo.



Este sim me parece ser o mote que nós estudiosos da Teoria Kardecista deveríamos adotar. Seguindo esta linha, nos interessa realçar que os cientistas admitem que a materia escura não tenha sido detectada por produzir radiações ainda desconhecidas por nós e que portanto não fomos capazes de montar os equipamentos para isto. Este é exatamente argumento não aceitado por outros cientístas quando se referem às questões paranormais. Aqui mais uma vez nos interessa aproveitar esta abertura e por aí postularmos, pois é exatamente isto que repetimos há 150 anos com relação ao mundo espiritual.

Não creio que o plano espiritual seja feito de matéria escura, mas sim de algo muito mais sutil, no entanto poderíamos defender da mesma forma a sua detecção direta inda não é possível, poderíamos modelar a sua descrição pelos seus efeitos. Sobre estes efeitos, temos 150 anos de história a nosso favor – que é interação espírito matéria.



Para abrir mais a sua mente leia: Criação Imperfeita – Gleiser, Marcelo ed. Record 2010; O tecido do Cosmo – Greene, Brian. EdCompanhia das Letras 2004; Scientific American – Mundos Ocultos de Matéria Escura – número 103, Dezembro 2010.

Posteriormente, em abril de 2013 Alexandre Cardia Machado escreve um novo artigo sobre o assunto que copiamos abaixo.

Em Março de 2011, publicamos nesta coluna um artigo, hoje disponível no blog do ICKS – Matéria escura e o Fluído Cósmico Universal – onde claramente demonstramos que a tese hoje corrente entre os espíritas pseudocientíficos, de que a ainda não encontrada matéria escura possa ser o que os Espíritos chamam de Fluído Cósmico Universal.

O FCU é definido como intermediário entre espírito e matéria, o que não combina com a matéria escura que não interage com a matéria (conceito básico do FCU) e por extremamente pesada.

Este mes o Cern publicou o relato positivo de um investimento feito junto com a Estação Espacial Internacional,  o projeto orçado quem sabe poderá explicar um dos maiores mistérios do universo. Uma equipe internacional de cientistas afirmou nesta quarta-feira que o detector de raios cósmicos encontrou o primeiro indício da matéria escura, algo que nunca foi observado.

Do portal Terra assim relata “ O Nobel de física Samuel Ting, que lidera a equipe do laboratório europeu localizado nas proximidades de Genebra, na Suíça, disse que espera uma resposta mais conclusiva nos próximos meses. O anúncio se baseia na descoberta de um excesso de pósitrons - partículas subatômicas com carga positiva, equivalentes ao elétron da matéria escura. Cerca de 400 mil pósitrons foram encontrados pelo AMS.

A matéria escura não emite luz e não pode ser detectada por telescópios - é uma matéria invisível misteriosa que só pode ser detectada de modo indireto pela força gravitacional que exerce. Especialistas sugerem que ela é formada por partícula massivas que interagem fracamente (WIMPs, na sigla em inglês) - que praticamente nunca interagem com partículas normais de matéria. Acredita-se que essa substância constitui mais de 80% de toda a matéria do universo.”

Os cientistas afirmam que observaram muitos novos fenômenos nesse espectro de pósitrons. Em breve, garantem, a origem desse excesso será compreendida. A matéria escura é uma parte integrante das teorias que explicam como é que as galáxias se formam e evoluem.

O experimento foi realizado no espaço depois que todas as tentativas de detecção de matéria escura em laboratórios na Terra falharam. Desde maio de 2011, o detector do espectrômetro já mediu 6,8 milhões de pósitrons e elétrons. 

Para abrir mais a sua mente leia: Blog do ICKS: Matéria escura e o Fluído Cósmico Universal – Alexandre Cardia Machado http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=8417213531583493724


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O Ser Humano e a Evolução- - Uma análise pré-histórica por Alexandre Cardia Machado

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O Terceiro Chimpanzé - Marcelo Régis

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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Os riscos de viver em um planeta – meteoritos e asteroides por Alexandre Cardia Machado

Muitas vezes não nos damos conta que vivemos em um planeta, que viaja no espaço a 40 km por segundo, girando em torno do sol, e que além de planetas, existem objetos menores, como asteroides, cometas e restos de cometas ocupando o mesmo espaço por onde passamos, com isto, todos os dias a Terra coleta cerca de 100 toneladas de detritos espacias, a maioria é muito pequena e pulveriza na alta atmosfera, apenas uma parte muito pequena chega ao solo. Acredita-se que cerca de 100 mil meteoros com mais de 1 quilo entrem na atmosfera da Terra por ano.



Meteoritos maiores, são mais raros, nesta sexta-feira, dia 14 de Feverieiro de 2013 um grande meteorito caiu em uma zona povoada da região russa dos Urais, onde deixou pelo menos 950 feridos e causou pânico entre a população, horas antes da passagem de um grande asteroide que está sendo monitorado pela NASA a 27 mil quilômetros da Terra. "Havia vários fragmentos bastante grandes que chegaram até a Terra", afirmou Vladimir Puchkov, ministro para Situações de Emergência da Rússia. Isto na verdade não foi o que ocorreu, como já dissemos o espaço do sistema solar entre as órbitas da Terra , Marte e Júpiter existem milhões de asteroides e pequenos pedaços que sobraram da construção dos planetas do sistema solar.

No Livro dos Espíritos Allan Kardec chega a discutir um pouco esta questão, vejam a questão:

41: Pode um mundo completamente formado desaparecere disseminar-se de novo no Espaço a matéria que o compõe?

“Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.”



O perigo existe, vejam em detalhes o que o ocorreu na Rússia.

O meteorito de aproximadamente 10 toneladas caiu a cerca de 80 quilômetros da cidade de Satka, por volta das 9h20 local (1h20, horário de Brasília), mas a onda expansiva afetou várias regiões adjacentes e até a vizinha república centro-asiática do Cazaquistão.

"Quando soaram as ensurdecedoras explosões, pensávamos que era um terremoto. As crianças que patinavam no gelo caíram devido à onda expansiva", afirmou Aleksandr Martents, residente na cidade Cheliabinsk.

Feridos

Segundo o governador de Cheliabinsk, cerca de 950 pessoas ficaram feridas devido à queda dos fragmentos do meteorito, enquanto milhares de casas na cidade foram afetadas pela onda expansiva. Em uma primeira contagem, o número era de 500 feridos. As autoridades cifram em 100 mil metros quadrados os vidros das janelas que quebraram pelos ares devido às explosões, o que deixou centenas de casas sem proteção em pleno inverno.

O governador regional de Nas notícias, temos ouvido que aumentaram os níveis de radiação e que é aconselhável ficar em casa e fechar as janelas", comentou uma farmacêutica da cidade de Kopeisk.

No entanto, Puchkov afirmou que "não foi registrado um aumento dos níveis de radiação", o que foi corroborado pelo chefe sanitário russo, Gennady Oníschenko.

Este funcionário pediu para população local que não tenha pânico, argumentando que os níveis de radiação estão dentro da norma e que nas povoações afetadas há calefação, luz e água.

Chelyabinsk disse que a chuva de meteoritos causou danos superiores a 30 milhões de dólares, e, de acordo com o Ministério das Emergências, cerca de 300 edifícios foram afetados.

Segundo o Ministério da Saúde, 112 pessoas foram internadas, sendo duas delas em estado grave, e outras 22 apresentam diversos traumas, ferimentos e cortes, muitos deles provocados por vidros. A maioria dos hospitalizados (cerca de 80) é formada por crianças.

Apesar dos especialistas afirmarem que os fragmentos do meteorito não são radioativos, o Ministério para Emergências aconselhou que a população não se aproxime do objeto.

Os astronautas da Estação Espacial Internacional asseguraram que não viram a queda do meteorito, já que nesse momento sobrevoavam Nova Guiné.

Quanto a uma possível repetição do fenômeno, o especialista em meteoritos da Academia de Ciências da Rússia, Dmitri Badiukov, descartou a hipótese. "Não há ameaça de repetição. Os meteoritos caem de maneira periódica, mas é bem raro. A repetição do dito fenômeno é praticamente impossível", disse.

Para quem quiser ver o meteoro caindo, ele foi filmado e pode ser acessado no link abaixo.



http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/queda-de-meteoro-causa-explosoes-no-ceu-e-deixa-feridos-na-russia,73ad0eb2d3cdc310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Considerações sobre a Reencarnação - Jaci Régis

A Lei divina não cogita de ética ou moral. Ou seja, Lei Natural não é uma lei moral.


A ética e a moral são estágios criados a partir da racionalidade.




Nos estágios pré-humanos da vida terrena, o princípio da sobrevivência determina o comportamento, sem considerações de reciprocidade. Apenas o treinamento dos fatores que, posteriormente, comporão o comportamento do ser racional.

Na visão evolucionista, o princípio inteligente conhece nos conflitos da experiência que define o seu processo de desenvolvimento, a reciprocidade natural entre ação e reação, nos campos das relações de sobrevivência. Depois, no desencadeamento das mutações, ele sofrerá as consequências do choque da convivência e inscreverá na sua mente perene os rigores das respostas. A decorrência será a estruturação dos valores que se chamarão depois de “ética”, ou seja, a definição básica do certo e errado, bem e mal.

Já a moral é estabelecida pela autoridade, dentro de padrões criados pela observância das necessidades de manter um relativo equilíbrio nas relações humanas no círculo em que se desenvolvem, e também para garantir o poder.

Aí nascem as noções sobre o poder sobrenatural, a delegação de poderes a missionários e profetas, com as noções da culpa e da punição.

Ainda que esses sejam elementos historicamente encontrados nas civilizações de todos os tempos, constituem uma moral relativamente mutável, adaptável.

Não se pode confundir a reciprocidade da lei de causa e efeito com a polarização entre culpa e castigo, que numa serie infinita limitaria drasticamente o desenvolvimento do ser espiritual, perdido na circularidade permanente.

Somente essa perspectiva poderá dissolver a aparente contradição entre o livre-arbítrio como instrumento de expansão e evolução do ser espiritual e a Lei. Isto é, não existem limites morais na Lei. Os limites não estão fora, mas delineados e funcionam inevitavelmente dentro do universo pessoal, nos mecanismo do processo de causa e efeito.

A lei de causa e efeito é o princípio fundamental de balanceamento e reajuste constante da rota desdobrada pelo ser, na trilha evolutiva. Esse jogo permite a construção e reconstrução do equilíbrio interno.

Não se confunde, todavia, a questão da culpa como conseqüência da infrigência dos valores elegidos pessoal ou coletivamente, com o instituto da culpa como ação divina, resultado de um julgamento exterior. A pena de Talião é expediente que o próprio ser promove nos trâmites da culpa e da reparação.

A própria Lei Natural ou divina estabelece os mecanismos de manutenção do equilíbrio, definido como fator de balanceamento dos fatores concorrentes, visando o objetivo de manutenção e expansão positiva do conjunto.

O processo evolutivo do ser é instável porquanto ele estagia no nível de imperfeição natural em constante mutação, gerando desequilíbrio que, na reciprocidade da lei de causa e efeito, promove o equilíbrio, seja internamente, seja na relação com o outro, com o ambiente.

O livre-arbítrio, essa liberdade essencial, poderia levar à anarquia incontrolável, não estivessem gravados na consciência os parâmetros da Lei, construídos no conflito existencial.

Na trajetória evolutiva do ser espiritual, os fatores externos provocam repercussões que mobilizam suas potencialidades, reestruturando níveis mentais e motivações. Esses confrontos causam dor e sofrimentos que produzem situações penosas e insatisfatórias.

O equilíbrio é a felicidade ou a condição de satisfação e compensação do ser, ou se quisermos, podemos chamar de Eros.

A infelicidade é a quebra do equilíbrio com a criação de estados de desconforto e desintegração mental, ou se quisermos, podemos chamar de Morte ou Tanatos.

O interesse de preservação, ou instinto de conservação, que se instala no ser desde o início, e a necessidade que lhe é inerente de participar de relações compensatórias com semelhantes, são as forças propulsoras que o movem para a procura da homeostase.

A “inscrição na consciência” dos valores da Lei se dá, como se viu, na própria vivência dos conflitos e pelo desejo de preservação do ser e constitui, no tempo, os fundamentos da ética, considerada como o fator que estabelece o julgamento dos fatores para a persistência do ser.

No período humano, a ética e a moral se expressam, inicialmente, com o nascimento dos tabus, dos medos diante dos fatores naturais, nos mistérios do nascimento e da morte, e apelação para as forças sobrenaturais, no interesse da preservação pessoal e grupal.

Assim, como as forças do universo energético seguem um curso aparentemente ao acaso, mas permanecem dentro do fluxo orientador da Lei, o ser espiritual também parece seguir uma forma anárquica, sem limitações. Todavia, através dos mecanismos da Lei instalados pela experiência na mente do Espírito, o equilíbrio se faz invariável, mas não imediato.

Na dinâmica do processo, o que, dentro da visão sensorial sugere o caos, o acaso, na verdade, caminha para a busca do equilíbrio. A questão, nessa visão sensorial, se complica pela variável do tempo, cronológico ou sensível.

No modelo que estamos pensando, a evolução do ser inteligente só tem sentido se considerarmos a vida dele como uma estrutura imortal, dotado de um sentido natural de autopreservação, de imortalidade, realizada atemporalmente, da mesma forma que as mutações do mundo energético se impõem como condição de efetivação.

Nesse modelo não cabe o acaso, nem a vacuidade de intenções, pois há sempre a intenção de alcançar o patamar da satisfação, tanto na realização dos fenômenos biológicos e físicos, como nos fenômenos da consciência.

Não fora assim e o universo energético e a vida inteligente não teriam sido possíveis.

Não se trata de nenhuma imposição moral ou retaliação divina. O que se grava na consciência, quer dizer na memória profunda do Espírito, é os resultados das contradições vividas a partir do exercício vital, dentro do básico princípio de causa e efeito. Essa “consciência” retrata a realidade das reações aos atos e ações realizadas que, ao longo da experiência, estabelecem uma reação automática, condicionante, a motivando e ajuste imprescindível para o equilíbrio do ser, no conflito do conforto e desconforto existencial.

Não estamos esquecendo o valor das interações, dos conflitos entre as pessoas e a influência dos mortos na vida dos vivos. Nem a influência de entidades mais equilibradas na indução de encontros e respostas. Estamos enfatizando a auto-evolução, a escolha e principio do certo e do errado na decisão pessoal e coletiva.

Artigo recuperado e publicado no Jornal Abertura em agosto de 2012

Outros artigos de Jaci Régis:


Livros de Jaci Régis a venda pela Internet:

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/livros-de-jaci-regis-venda-pela.html

Um ano sem a presença física de Jaci Régis

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/um-ano-sem-presenca-fisica-de-jaci.html

Do Jesus Pré-cristão ao Jesus Cristão - Jaci Régis

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/do-jesus-pre-cristao-ao-jesus-cristao.html



Jaci Régis biografia e vida – por Ademar Arthur Chioro dos Reis

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/jaci-regis-bibliografia.html

Ligação espírito cérebro

http://icksantos.blogspot.com/2009/08/ligacao-espirito-cerebro-jaci-regis.html

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sobre o Pseudônimo de Rivail - Eugenio Lara

Artigo originalmente publicado no Jornal ABERTURA - Agosto de 2012

Deixe o seu comentário, qual teria sido afinal a orígem do nome Allan Kardec?


Sobre o Pseudônimo de Rivail - Eugenio Lara

Já perdi a conta das vezes que me perguntaram, durante a palestra em centros espíritas, sobre a origem do pseudônimo Allan Kardec, adotado pelo grande pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869) na assinatura de sua obra espírita. Teria sido mesmo ele um druida? Em que época viveu? Por que Rivail adotou esse estranho pseudônimo? Trata-se de um tema controverso, principalmente devido à carência de fontes fidedignas.


Nós, espíritas, aceitamos que Allan Kardec foi uma das encarnações de Rivail, mais pela tradição oral, pelo argumento de autoridade do que pela escrita. O primeiro biógrafo de Rivail, Henri Sausse (1851-1923), afirmou em uma conferência comemorativa da desencarnação de Kardec, em 1896, que o fundador do Espiritismo teria tido uma encarnação entre os celtas: “segundo lhe revelara o guia, ele tivera ao tempo dos Druidas.” Um detalhe: esse guia a que Sausse se refere é o Zéfiro (ou Zephyr), espírito protetor de Rivail.

Sausse não cita a fonte dessa informação e nem afirma que ele teria sido um druida. Muito provavelmente teve acesso a dados biográficos compartilhados por contemporâneos e amigos mais íntimos de Rivail, à sua correspondência e seus manuscritos, ainda intactos, mas que seriam em quase sua totalidade destruídos durante a II Guerra Mundial, quando os nazistas invadiram a França, ocuparam Paris e destruíram quase todo o legado kardequiano.

Todavia, Sausse não é a única fonte. Se formos confrontá-la com outras disponíveis, a compreensão torna-se mais obscura ainda, controversa, deixando o tema ainda em aberto.

A seguir, o leitor poderá apreciar um panorama das fontes existentes, de fontes primárias, apesar de contraditórias, que evitariam afirmações equivocadas e pouco fiéis acerca da origem do pseudônimo do fundador do Espiritismo.



HENRI SAUSSE

“Esse livro [O Livro dos Espíritos] era em formato grande, in-4, em duas colunas, uma para as perguntas e outra, em frente, para as respostas. No momento de publicá-lo, o autor ficou muito embaraçado em resolver como o assinaria, se com o seu nome — Denizard-Hippolyte-Léon Rivail, ou com um pseudônimo. Sendo o seu nome muito conhecido do mundo científico, em virtude dos seus trabalhos anteriores, e podendo originar uma confusão, talvez mesmo prejudicar o êxito do empreendimento, ele adotou o alvitre de o assinar com o nome de Allan Kardec que, segundo lhe revelara o guia, ele tivera ao tempo dos Druidas.”



“Assim, também, se deu a respeito do seu pseudônimo. Numerosas comunicações, procedentes dos mais diversos pontos, vieram reafirmar e corroborar a primeira comunicação obtida a esse respeito.”

(Biografia de Allan Kardec - FEB – Grifo meu).



CANUTO ABREU

“Uma noite veio o Professor com Madame RIVAIL. Nosso Guia os recebeu amistosamente, saudando o professor com estas palavras: — ‘Salve, caro Pontífice, três vezes salve!’. Lida, em voz alta, a saudação, todos rimos. Para nós, ZEPHYR estava pilheriando. Papai, então, explicou ao Professor o costume do Espírito Familiar apelidar quase todos os visitantes. O senhor RIVAIL não se agastou e respondeu ao Guia, sorrindo — ‘Minha bênção apostólica, prezado filho’. Nova risada geral. ZEPHYR, porém, respondeu ter feito uma saudação respeitosa, a um verdadeiro pontífice, pois RIVAIL havia sido, no tempo de Júlio CÉSAR, um chefe druídico.”



“— UMA NOITE, INESPERADAMENTE, disse-nos ZEPHYR: — Vocês irão brevemente para Paris. BAUDIN arrumará os seus negócios; Emile entrará na Escola Naval; Caroline e Julie tomarão professoras mais competentes e... encontrarão seus noivos; e eu, ZEPHYR, procurarei contato com um velho amigo e chefe desde o ‘nosso’ tempo de Druidas.” (O Livro dos Espíritos e Sua Tradição Histórica e Lendária - Ed. LFU – grifo meu).



LÉON DENIS

O continuador da obra kardequiana, Léon Denis (1846-1927), sustenta que Allan Kardec não teria encarnado como druida na Bretanha, mas sim na Escócia. O próprio Denis considerava-se um druida reencarnado, chamado por Arthur Conan Doyle de “O Druida de Lorena”:

“Foi nessas profundas fontes que Allan Kardec ilustrara seu espírito; foi com meios idênticos que ele viveu outrora. Não na Bretanha, talvez, mas antes na Escócia, segundo a indicação de seus guias.”

(...)

“Kardec ali aprendeu a filosofia dos Druidas; preparava-se no estudo e na meditação para as grandes empresas futuras.”

“(...) Até o nome de Allan Kardec, que escolheu, até este dólmen erigido no seu túmulo por sua expressa vontade, tudo, digo eu, lembra o homem do visco do carvalho, que voltou a esta Gália para despertar a fé extinta e fazer reviver nas almas o sentimento da imortalidade.” (O Mundo Invisível e a Guerra, cap. VI - Ed. CELD).



ALEXANDRE DELANNE

O pai de Gabriel Delanne, grande amigo, vizinho de Rivail, ao lado do filho e da esposa, médium da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE), fundam o periódico Le Spiritisme, em março de 1883. Em um artigo deste periódico, Alexandre Delanne revela um dado bem interessante, que destoa das fontes conhecidas:

“Há ainda um outro detalhe que temos do próprio autor [Kardec]. Veja como ele apresenta o pseudônimo que haveria de assinar seus escritos: Você tomará o nome de Allan Kardec, que nós te damos. Não se preocupe com isto, ele é seu, você já propiciou muita dignidade em uma encarnação anterior, quando vivia na antiga Armórica.” (Le Spiritism, maio de 1888 – Grifo meu).

Na Antiguidade, Armórica era o nome de uma região da lendária Gália, território dos celtas gauleses, que incluía a península da Bretanha, localizada a oeste da atual França.



AMÉLIE BOUDET

“— Todos os literatos – responde Madame Kardec – adotam pseudônimos. Meu marido jamais pilhou coisa alguma”. Em resposta à insinuação do promotor público de que Rivail teria retirado o pseudônimo Allan Kardec de um manual de magia negra. (Mme. Leymarie - Processo dos Espíritas - FEB).



GEORGES D’HEILLY

O escritor francês Georges D'Heilly publicou um interessante livro em 1867, intitulado Dicionário de Pseudônimos. O autor afirma que o próprio Rivail contou-lhe a origem de seu codinome:

“Quanto à escolha de seu pseudônimo, ele próprio [Rivail] contou sua origem. Tinha-lhe sido revelado, diz ele, pelos espíritos, que numa encarnação bem anterior à vida presente, chamava-se realmente assim, e também, como tal, foi chefe de um clã bretão no século XII.” (Dictionnaire des Pseudonymes, recueillis par Georges D'Heilly, p. 7 - 2ª ed. E.Dentu, Libraire-Éditeur - Libraire de la Société des Gens de Lettres, Paris-France [1869]. Tradução de Eugenio Lara.)=







ALLAN KARDEC

Não há fonte mais convincente do que ouvir do próprio Rivail o que ele tem a dizer sobre seu pseudônimo. Entretanto, ele sempre foi discreto quanto à sua origem. Nada consta em sua obra publicada. Pelo fato de seu nome civil ser muito notório e reconhecido nos meios culturais e científicos franceses, o fundador do Espiritismo preferiu assinar com outro nome, um pseudônimo, a exemplo de escritores e literatos, a fim de não causar confusão. Como sempre fazia, consultou os espíritos, certamente O Espírito de Verdade, seu guia espiritual. Todos os biógrafos de Kardec são unânimes quanto a esse seu procedimento.

O ideal seria termos acesso à correspondência e manuscritos de Rivail. No entanto, o que não foi destruído também não é divulgado. Boa parte do patrimônio kardequiano encontra-se em poder da família do historiador e tradutor Silvino Canuto Abreu (1892-1980). O Museu Espírita de São Paulo, localizado na Lapa, Grande São Paulo, fundado e dirigido por Paulo Toledo Machado, expõe uma pequena parte deste patrimônio, doado pela família.

Deste acervo, temos acesso a uma carta de Rivail ao barão e empresário Tiedeman, “amigo seu e dos espíritas”, segundo o biógrafo André Moreil, que hesitou em investir no projeto da Revista Espírita:

“Duas palavras ainda a propósito do pseudônimo. Direi primeiramente que neste assunto lancei mão de um artifício, uma vez que dentre 100 escritores há sempre ¾ que não são conhecidos por seus nomes verdadeiros, com a só diferença de que a maior parte toma apelidos de pura fantasia, enquanto que o pseudônimo Allan Kardec guarda uma certa significação, podendo eu reivindicá-lo como próprio em nome da Doutrina. Digo mais: ele engloba todo um ensinamento cujo conhecimento por parte do público reservo-me o direito de protelar... Existe, ainda, um motivo que a tudo orienta: não tomei esta atitude sem consultar os Espíritos, uma vez que nada faço sem lhes ouvir a opinião. E isto o fiz por diversas vezes e através de diferentes médiuns, e não somente eles autorizaram esta medida, como também a aprovaram.” (Zeus WANTUIL e Francisco THIESEN, Allan Kardec - vol. II, p. 76).



ANNA BLACKWELL

A jornalista, poetisa e tradutora inglesa Anna Blackwell (1834-1900) conheceu pessoalmente, na intimidade, o casal Rivail. Tornou-se correspondente da Revista Espírita na Inglaterra, em 1869. Verteu O Livro dos Espíritos para o inglês, em 1875, tradução esta dedicada à esposa de Rivail, Amélie Boudet:

“E você o publicará [O Livro dos Espíritos], não com seu próprio nome, mas sob o pseudônimo de Allan Kardec (*). Guarde seu próprio nome Rivail para seus próprios livros já publicados, mas tome e guarde o nome que agora lhe demos para o livro que você irá publicar sob nossa ordem, e em geral, para todos os trabalhos que você terá no desempenho da missão que, como já dissemos, lhe foi confiada pela Providência e que será gradualmente aberto a você na medida em que prosseguir nele, sob nossa orientação”.

(*) “Um antigo nome Bretão da família de sua mãe.”

(Prefácio à tradução inglesa, de Anna Blackwell em The Spirit’s Book - FEB, tradução de Myrian de Domênico Rodrigues).



ALEXANDRE AKSAKOF

A partir de depoimentos pessoais de Ruth Celina Japhet, médium colaboradora de Kardec, o pesquisador russo Alexandre Aksakof (1832-1903) publica um artigo em 1875, onde critica a formulação do conceito de reencarnação na França. Editado por ocasião do lançamento da tradução inglesa de O Livro dos Espíritos, por Anna Blackwell, o artigo causou, na época, muita celeuma. Pierre Gaëtan Leymarie e Anna Blackwell contestaram Aksakof de forma contundente. O médium citado, Roze, era membro da SPEE, assim como Japhet:

“Como ele [O Livro dos Espíritos] também foi anexado a um jornal importante, o L’Univers, ele [Rivail] publicou seu livro com os nomes que ele teria tido em suas duas existências anteriores. Um destes nomes era Allan — revelado a ele pela senhora Japhet, e o outro nome, Kardec, foi revelado a ele pelo médium Roze.”

(Pesquisas Sobre a Origem Histórica das Especulações Reencarnacionistas dos Espiritualistas Franceses, artigo originalmente publicado no periódico londrino “The Spiritualist Newspaper”, em 1875. Tradução de Vital Cruvinel – Grifo meu).



JACQUES LANTIER

O sociólogo francês realizou um interessante e abrangente estudo histórico-sociológico sobre o Espiritismo, onde cita trecho de uma carta redigida por Allan Kardec sobre seu pseudônimo:

“O Sr. Leymarie, editor e livreiro, na rua Saint-Jacques nº 32, herdeiro de Pierre-Gaëtan Leymarie, um dos pioneiros do espiritismo, fez-me saber que possuía um documento manuscrito de Allan Kardec, até hoje inédito, no qual este explica a “verdadeira” origem do seu pseudônimo: Rollon, primeiro duque dos Normandos, no século IX, teve um filho que foi curado por um chefe de comunidade que se chamava Allan Kardec. (O Espiritismo, p. 71. - Edições 70 – Grifo meu).



CARLOS IMBASSAHY

Para finalizar, citamos o grande escritor espírita brasileiro Carlos Imbassahy, não por ser uma fonte primária, mas porque seu depoimento é imprescindível neste caso, como argumento de autoridade, que corrobora a existência do misterioso acervo kardequiano, o qual teve acesso, em função da amizade com Canuto Abreu:

“Revelaram os espíritos que Denizard Rivail, em encarnações anteriores, vivera na Gália, onde se chamara Allan Kardec. Daí a proveniência do pseudônimo que adotou. Em nova encarnação fora o infortunado João Huss.”

“A notícia de que Allan Kardec tivera uma existência ao tempo de Júlio César data de 1856; a de ter sido João Huss veio em 1857.”

“Revelaram os Espíritos que Denizard Rivail, em encarnações anteriores, vivera na Gália, onde se chamara Allan Kardec. Daí a proveniência do pseudônimo que adotou. Em nova encarnação fora o infortunado Jean Huss. A notícia de que Allan Kardec tivera uma existência ao tempo de Júlio César data de 1856 e a de ter sido Jean Huss veio em 1857; ambas por via medianímica: a primeira pela cestinha escrevente de Baudin, com a médium Caroline; a última por psicografia de Ermance Dufaux.”

“As fontes preciosíssimas – esclarece o Dr. Canuto Abreu – estavam, em 1921, na Livraria de Leymarie, onde ele as copiara na sua quase totalidade. Passaram em 1925 para o arquivo da Maison des Spirites, onde os alemães, durante a invasão de Paris, as destruíram em 1940.”

Carlos Imbassahy ainda cita uma enciclopédia inglesa que consideramos oportuno transcrever:

“His pseudonym originated in mediumistic communications. Both Allan and Kardec were said to have been his names in previous incarnations”.

“Seu pseudônimo é originado de comunicações medianímicas. Diz-se que Allan e Kardec foram os seus nomes em encarnações anteriores.”

(A Missão de Allan Kardec - Ed. FEP).



Como se vê, as informações são contraditórias. Em encarnação anterior, teria vivido Rivail na Escócia ou na antiga Bretanha? Mas, e a reencarnação como Jean Huss, como fica? Foi druida ou chefe de comunidade? Allan Kardec é um nome próprio ou é junção de Allan com Kardec? A questão se complica ainda mais se formos analisar a origem etimológica do nome próprio Allan Kardec. Não é de origem céltica, porque provem do germânico, melhor dizendo, dos normandos, oriundos da atual Dinamarca. O nome Allan Kardec é de origem normanda, viking. Fosse gaulesa, teria de ser Alan Karderix. Ou seja, nunca existiu um druida de nome Allan Kardec. Mas, essa é uma questão para ser abordada em outra oportunidade...



Eugenio Lara, arquiteto e designer gráfico, é fundador e editor do site PENSE - Pensamento Social Espírita [www.viasantos.com/pense], membro-fundador do Centro de Pesquisa e Documentação Espírita (CPDoc) e autor dos livros em edição digital: Racismo e Espiritismo; Milenarismo e Espiritismo; Amélie Boudet, uma Mulher de Verdade - Ensaio Biográfico; Conceito Espírita de Evolução e Os Quatro Espíritos de Kardec.

E-mail: eugenlara@hotmail.com

Outros artigos de Eugenio Lara:


O Humanismo Espírita - Eugenio Lara

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/o-humanismo-espirita-eugenio-lara.html

Entrevista com Eugenio Lara - “O inimigo não está mais lá fora, está aqui dentro”

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Experiência de passe em plantas - resultado final 7% a mais de crescimento - ICKS

Já começa a tornar-se uma tradição, nos cursos de Mediunidade, quando do estudo teórico e prático da emissão energética próxima, mas conhecida como passe, a realização de experiência científica comparativa entre um grupo de mudas de feijão que recebem passe dos alunos e que são comparados a grupo semelhante de controle.
Um trabalho recente apresentado no XII SBPE por Alexandre Cardia Machado pode ser encontrado no link abaixo:
http://www.cepainfo.org/index.php?option=com_abook&view=book&catid=31%3Axii-simposio&id=155%3Aexperiencia-do-passe-em-plantas&Itemid=3&lang=pt
Vamos publicar a sequência de fotos, dia a dia e depois o resultado final.
Segue foto do dia 4 ( 25/05/2012 )- Em cima as plantas que estão sendo regadas com água fluidificada e que tiveram até o momento 1 sessão de passe, em baixo as plantas de controle.
Dia 5 ( 26/5/2012) - todas as plantas começaram a crescer, vamos manter a vibração à distãncia, para que no final encontremos um desenvolvimento médio superior ao das plantas de controle.
Dia 6 (27/5/2012) - a Experiência evolui bem, em 2 dias teremos uma nova sessão de passe e na quarta-feira 30/5 faremos a medição e cálculos. Segue para apreciação a foto do dia.
Dia 7 (28/5/2012) - Tudo segue muito bem, as plantas estão se desenvolvendo bem, amanhã haverá mais uma sessão de passe!
Dia 8 (29/5/2012) - hoje é um dia chave para o sucesso da experiência, pois levaremos as plantas para a sala de aula e para nova sessão de passe e irradiação na garrafa de água que é utilizada no teste.
Vejam o grupo dando passe nas plantas - amanhã será o último dia. (29/5/2012)
Hoje é o grande dia, na aparência o grupo de teste está mais desenvolvido que o controle, mas só medindo é que efetivamente saberemos, não é mesmo? Ainda hoje sairão os resultados, vamos deixar a água energizada atuar por mais algumas horas, alunos continuem com a emissão energética e demais blogueiros, torçam. À noite mediremos e pesaremos as plantas e depois publicaremos os resultados.
Após calcularmos, obtivemos um crescimento do caule e folhas de 6,8 % maior que o controle, desprezando-se o maior valor e o menor valor tanto nas plantas de teste, como no controle, chega-se a 6,9% - demonstrado com sucesso que o passe e a água fluidificada em conjunto dão um resultado positivo.

Outros artigos relacionados publicados no blog :




Curso Teórico de Mediunidade de Cura termina com o sucesso de sempre.

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Curso sobre Mediunidade de Cura - início em 12 de Junho 2012

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Fato Espírita - Fenômeno Zíbia

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GABINETE PSICO-MEDIÚNICO DO ICKS

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domingo, 15 de abril de 2012

Declaração de Princípios do ICKS

Apresentamos abaixo os princípios que o ICKS aplicará em suas atividades de 2012. Estes princípios foram construídos a partir de discussão interna dos sócios do Instituto em quatro sessões, partindo de dois documentos: A Doutrina Kardecista, de Jaci Régis, e a carta de posicionamento da CEPA Brasil.

Princípios ICKS:

01 - O ICKS é, por definição, Kardecista. Portanto, ser Kardecista é entender Kardec através das obras assinadas por ele e interpretar a sua aplicação nos dias de hoje, sem se fechar no passado.

02 - O ICKS se declara uma instituição laica.

03 - O ICKS considera que a Doutrina Espírita foi concebida como ciência, filosofia com consequências morais, resultante de estudos e análises dos planos material e espiritual. O ICKS deve sempre utilizar uma linguagem tipicamente espírita evitando assim viciações de cunho cristão.

04 - O ICKS deverá manter-se atualizado com a cultura atual e que possua relevância com a Doutrina Espírita.

05 - O ICKS será um pólo irradiador de ideias, desenvolvendo cursos, pesquisas, fórum de debates e ideias, a fim de propiciar aos interessados em estudos espíritas o maior rol possível de temas, procurando aplicar metodologia de cunho científico e de princípios consagrados pela ciência acadêmica, para obtenção de novos dados, mantendo atualizados os conceitos espíritas e a realidade atual.

06 - O ICKS entende que os relacionamentos humanos não estão baseados em culpa e castigo.

07 - O ICKS entende não existir um ser definido como salvador.

08 - O ICKS entende que a ‘mediunidade’ é uma faculdade natural e foca a sua atenção para o público dos encarnados.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

LIGAÇÃO ESPÍRITO-CEREBRO
Jaci Regis

Como se dá a ligação entre o espírito e o corpo?

Esta é uma questão importante porque segundo O Livro dos Espíritos “o Espírito está fora do corpo”.
É fora de dúvida que a ligação entre a alma e o corpo se dá pelo cérebro.

Podemos especular que, na transição do parto, mobilizam-se recursos energéticos automáticos, próprios do processo, que estabelecem a ligação instantânea da mente do espírito ao cérebro da criança.

Essa ligação poderá ser uma espécie de sinapse entre os filamentos energéticos do corpo mental e os terminais do cosmo cerebral. As funções dos neurotrasmissores no organismo seriam substituídas, nessa hipotética sinapse, por fluxos de vontade transformados em emissões energéticas e sinalizadores de recepção mental, através dos impulsos nervosos do organismo.

Só assim, podemos visualizar como o espírito pode ser simultaneamente agregado firmemente ao corpo e manter sua independência. Os laços são elásticos e permanecem ligados mesmo na eventual ausência do espírito, por ondas mentais e nervosas recíprocas.

Como o perispírito se desenvolve com o organismo, o chamado “laço” que prende o corpo energético ao organismo representa a síntese dessa ligação extremamente poderosa, de tal maneira que somente quando corpo morre é que se pode desatá-la. Daí, inclusive, porque a morte cerebral é considerada a hora fatal da desencarnação.
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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Curso sobre a EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL

Curso sobre a EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL

Neste mês de junho nos dias 22, 23 e 24 (segunda- terça e quarta-feira) da 20 ás 22 horas será realizado o curso Evolução do Princípio Espiritual.
O Curso será coordenado pelo engenheiro Alexandre Cardia Machado, que irá abordar a tese espírita sobre a evolução do espírito e demonstrará como isto se deu na Terra, desde a formação da vida até as encarnações em corpos humanos. O curso, segundo Cardia, busca alinhar os princípios espíritas da Imortalidade, Reencarnação e da lei de Evolução com os conhecimentos científicos atuais.

O Curso será realizado na sede do ICKS, na Av. Francisco Glicério, 261 - Gonzaga - Santos - SP
Para participar é necessário pagar uma taxa de inscrição no valor de R$ 15,00.
Para inscrição e maiores informações: (13) 333247321.
Atendimento: de 2ª a 6ª das 8 ás 12 das 14 ás 18 hs.

Outros artigos relacionados publicados no blog :

O ICKS Está iniciando uma Série Literária chamada Abrindo a Mente – O primeiro e-book é o – Uma Breve História do Espírito de Alexandre Cardia Machado, disponível no link abaixo:

 



 Baixe aqui o livro ---

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=200:uma-breve-historia-do-espirito-alexandre-cardia-machado

Reencarnação e o desenvolvimento do homem - Alexandre Cardia Machado

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=4264443337118614361


Abrindo a mente - A pluralidade dos mundos habitados e o critério de falseabilidade por Alexandre Cardia Machado

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=2096406799399550055


Abrindo a mente:60 bilhões de humanos – nossa história. Por Alexandre Cardia Machado

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=1617735720002438799




O Ser Humano e a Evolução- - Uma análise pré-histórica - Alexandre Cardia Machado

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/o-ser-humano-e-evolucao-uma-analise-pre.html


O Terceiro Chimpanzé - Marcelo Régis

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=9211824297486829196


Outros artigos de Alexandre Cardia Machado:

Pode o Pensamento deslocar-se acima da velocidade da luz?

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/pode-o-pensamento-deslocar-se-acima-da.html


Abrindo a Mente - Uma entrevista com Hernani Guimarães de Andrade

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/abrindo-mente-uma-entrevista-com.html