INSTITUTO CULTURAL KARDECISTA DE SANTOS
ROBERTO LUIZ RUFO E SILVA
O LIVRE-ARBÍTRIO E OS SEUS INIMIGOS
SANTOS, SÃO PAULO, BRASIL
2013
ROBERTO LUIZ RUFO E SILVA
O LIVRE-ARBÍTRIO E OS SEUS INIMIGOS
Trabalho
elaborado para apresentação no XIII SBPE - Simpósio Brasileiro do Pensamento
Espírita organizado pelo Instituto Cultural Kardecista de Santos
SANTOS, SÃO PAULO, BRASIL
2013
RESUMO
A liberdade é uma das grandes conquistas da sociedade
moderna. Tem-se por pressuposto que uma pessoa, um povoado, uma cidade e um
país só se desenvolvem plenamente se os governos garantirem aos seus cidadãos o
exercício pleno da liberdade.
E por liberdade entende-se a capacidade de criar, escrever,
falar sem quaisquer amarras, exercer
enfim o livre-arbítrio passando então a sua população a ser identificada como o
conjunto de cidadãos livres. Os regimes
totalitários, as ditaduras e as grandes religiões sempre se intitularam como as
guardiãs do comportamento de todos os seres humanos. As práticas utilizadas
para alcançar seus objetivos foi o de sempre colocar percalços ao longo do caminho
da evolução das pessoas. Não raro utilizaram
a tortura como “ método corretivo” aos recalcitrantes .
O Espiritismo, dito evolucionista, tem a priori a
necessidade da utilização do livre-arbítrio dos seres humanos, pois somente
isso garantirá o progresso moral e intelectual do planeta em que habitamos.
Entendemos que vários perigos se interpõem à doutrina espírita quanto à plena
utilização do livre-arbítrio e que devemos nos preparar adequadamente para
enfrentá-los.
Sumário
Procurei ao longo do meu trabalho, composto basicamente de
apenas um capítulo, mostrar a evolução do conceito de liberdade ao longo da
história até o seu momento atual, definida como a capacidade de livre escolha,
e como o Espiritismo tem tudo a ver com essa necessidade da escolha como
condição principal da evolução dos espíritos.
A seguir listo quais os principais perigos que a meu ver o livre-arbítrio
terá que enfrentar.
Alguns deles já habitam conosco no dia a dia do movimento
espírita, outros podem se introduzir caso não tenhamos a capacidade de
identificá-los adequadamente.
Reitero no final que devemos ter esperança na construção de
uma sociedade digna, partindo sempre do uso do livre arbítrio como condição
primordial .
Segundo o Dicionário de Filosofia Nicola Abbagnano, a
Liberdade teria três significados fundamentais, correspondentes a três concepções:
a 1ª, segundo a qual a Liberdade é a ausência de condições e limites; a 2ª, a Liberdade é vista como
necessidade, que se baseia no mesmo conceito da 1ª, ou seja, a
autodeterminação, mas atribuindo-a à totalidade a que o homem pertence; a 3ª concepção
vê a Liberdade como possibilidade ou escolha, sendo então a Liberdade limitada
e condicionada. ( 1 )
As duas primeiras, ao longo da história da filosofia estão
ligadas a uma ordem cósmica ou divina, à Substância, ao Absoluto, ao Estado . A
origem dessas concepções está nos estóicos, para os quais, a Liberdade consiste
na autodeterminação e, portanto, só o sábio é livre. Isto porque somente o
sábio vive em conformidade com a natureza, só ele se conforma à ordem do mundo
, do destino .
Ainda segundo o Dicionário de Filosofia Nicola Abbagnano,
enquanto as duas primeiras concepções de Liberdade possuem um núcleo conceitual
comum, a terceira concepção não recorre a esse núcleo porque entende a
Liberdade como medida da possibilidade, portanto escolha motivada ou
condicionada. Nesse sentido a Liberdade é um problema aberto. Livre, nesse
sentido não é quem se identifica com o Absoluto, o Estado, mas quem possui uma
variável de possibilidades.
Segundo a Doutrina Espírita, especificamente na sua Lei de
Liberdade, o homem não pode vangloriar-se de gozar de absoluta liberdade,
porque os seres humanos precisam uns dos outros, limitando dessa forma o uso de
uma Liberdade absoluta. Dizem os espíritos "Desde que dois homens estejam
juntos, há entre eles direitos a serem respeitados e, portanto, nenhum deles
gozará de liberdade absoluta." Mas reforçam
que sem o livre-arbítrio, o homem seria uma máquina ( 2 ) .
O Espiritismo, portanto, se identifica muito mais com a
terceira concepção do que com as outras duas, conceito esse apresentado no
Capítulo " Fatalidade " do Livro dos Espíritos onde, apesar de falar
na escolha das provas antes de encarnar, a escolha inicial que determinaria um
destino , reforça que o Espírito
conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de resistir
ou ceder às provas morais.
Sucede-se que historicamente o movimento espírita brasileiro
trouxe para dentro de si os vírus da anti-liberdade que acabaram por
comprometer a capacidade de escolha e decisão dos seus praticantes bem como dos
movimentos espíritas regionais pelo Brasil afora.
"A Sociedade aberta e os seus Inimigos" é o nome
de um dos livros mais instigantes do filósofo da ciência Karl Raimund Popper,
nascido em Viena em 1.902 e falecido em 1.994 , aos 92 anos de idade , em
Londres . Karl Popper fundou a teoria da falibilidade do conhecimento.
Argumentou que o conhecimento científico não se assenta no chamado método
indutivo, mas numa contínua interação entre conjecturas e refutações.
Entre as consequências desta visão progressista do
conhecimento encontram-se duas consequências que terão particular importância
para a filosofia política e moral de Popper. A primeira é que passa a se adotar
o chamado critério de demarcação entre asserções científicas e não científicas:
científicas são apenas aquelas que sejam susceptíveis de teste, isto é, de
refutação. Algo do tipo "se a ciência demonstrar que estamos errados em algum
ponto, nós mudaremos ".
Uma segunda consequência da teoria do conhecimento de Popper
está na liberdade de crítica. "A possibilidade de se criticar uma teoria,
de submetê-la a teste e de tentar refutá-la é condição indispensável do
progresso do conhecimento", afirma Popper.
O primeiro inimigo
ao livre-arbítrio no Espiritismo oficial surgiu quando se assumiu uma
posição claramente avessa a qualquer crítica, já que o Absoluto determinou antecipadamente
o certo e o errado.
Diga-se que as ideologias dominantes no século XIX e XX
tiveram o mesmo comportamento. Hoje vejo claramente que devemos desconfiar de
toda concepção otimista da sociedade baseada nas duas primeiras concepções de Liberdade
citadas, pois as injustiças têm um auto grau de aceitação no corolário dessas
concepções. Fico com o grande escritor Elias Canetti quando afirma que a ladainha de uma "astúcia da razão"
histórica , capaz de se impor mesmo com a humanidade trabalhando na direção
contrária , é um grande embuste ( 3 ) . O mesmo vale para uma razão natural.
O grande pensador espírita Eugênio Lara em seu interessante
livro "Breve ensaio sobre o humanismo espírita" nos esclarece que
apesar de o Humanismo Espírita ter suas raízes no pensamento iluminista,
anteclerical, ele não entra em confronto com o cristianismo, com a Igreja. O
autor Eugênio Lara sugere que ao querer interpretar os dogmas e princípios
católicos sob a ótica espírita, Allan Kardec trouxe para dentro da Doutrina
Espírita o ovo da serpente. Gosto muito quando afirma que o Espiritismo é determinista,
mas não é fatalista. E que não há um destino pré-estabelecido bem como não
existir fatalidade nos atos da vida moral. ( 4 ) Essa ideia é desenvolvida pelo
pensador argentino Manuel Porteiro em uma conferência de 09 de outubro de 1.935
no Teatro Lasalle na Argentina .
Reproduzo aqui o texto completo pela sua beleza e densidade:
A filosofia espírita
é determinista, mas não é fatalista, nem no sentido teológico, nem no
materialista . No primeiro, porque não admite que as ações humanas nem as
causas que as produzam estejam dispostas por Deus para a realização de cada fim
individual, e porque este fim não é um limite no qual se encerre a evolução do
espírito, nem está fora do ser , nem é oposto à sua essência nem à sua vontade,
senão que é dinâmico, indefinido e livre na eleição dos meios e das ações que
hão de realizá-lo: é o ser realizando-se a si mesmo no processo sem limites de
sua evolução, superando-se nas noções e na prática do bem, da justiça e do amor
, desenvolvendo as potencialidades e faculdades de seu espírito, elevando-se a
uma maior compreensão de sua personalidade e da natureza no meio da qual se
desenvolve. (Manuel Porteiro, 1936)
O segundo inimigo
ao livre-arbítrio agora no ideário espírita , assim como à democracia ,
é não ficarmos atentos ao crescimento da intolerância religiosa e política.
Estou preocupado com o que Fernando Bonassi, autor e ensaísta teatral, chama de
criação no mundo contemporâneo de uma "República Fundamentalista
Evangélica" no mundo ocidental. Sua
regra de conduta se baseia no ódio, às vezes disfarçado pelo desprezo, ao mundo
científico e ao avanço do conhecimento, traduzidos numa intolerância ao Estado
Democrático de Direito. Especialmente em se tratando dos neo-pentecostais o
perigo é ainda maior, pois ao avançarem suas garras no mundo político formal,
levam junto consigo a intolerância, que ganha dimensões de tragédia quando é
incrementada aos aparelhos de estado.
Sua força na Câmara Federal (a bancada evangélica) colabora no
patrocínio de um ideário de desprezo pela individualidade humana.
Se no movimento espírita a presença física nos cargos
políticos é ainda incipiente, o perigo do ideário também ultraconservador é
latente. Basta acompanhar o órgão
oficial de imprensa da Federação Espírita Brasileira, a revista "O
Reformador", que repete os mesmos jargões/conceitos de 50 anos atrás ,
como se os grandes movimentos civis da segunda metade do século XX , que alteraram as relações sociais, nunca
tivessem existido.
E onde se situa nisso
tudo o nosso querido Espiritismo? Jaci Regis, em seu artigo "Palavras de
Emmanuel" do Jornal Abertura de Junho/2010, demonstra através da análise
do livro "O Consolador" psicografado por Francisco Cândido Xavier e
publicado pela FEB em 1940 ( há setenta
anos atrás), o qual traz as opiniões do Espírito Emmanuel , que a palavra desse
espírito passou a ser considerada como uma "autorizada versão vertida da
Espiritualidade Superior e tornou-se paradigma para o movimento espírita
brasileiro" nas mesmas palavras de Jaci Regis . Eu complemento afirmando
que é um paradigma que não pode ser
submetido a testes, pois sua fonte advém
de uma profecia superior , logo não passível de progressos oriundos de
quaisquer avanços do conhecimento . Nesse ponto a FEB é extraordinariamente
coerente com seu desprezo pelas mudanças sociais e morais que as ciências
apontam como urgentes para o aperfeiçoamento do comportamento humano.
O terceiro inimigo
ao livre-arbítrio vem da política. Aquela que nas palavras da filósofa
Hannah Arendt seria a nossa última garantia de sanidade mental, hoje se
transformou num grande negócio. A
frequência constante dos políticos nas páginas policiais é um atestado do
perigo que falarei a seguir. O grande
fracasso da distribuição de renda no mundo e da solidariedade política entra as
nações, com países importantes relegando durante anos a segundo ou terceiro
planos anseios legítimos de outros povos, foi o combustível necessário para o
aparecimento, o que parecia impossível nessa altura do campeonato, de um
ideário baseado no controle do Estado, das comunicações e do comportamento
humano. É o que eu chamo de perigo do reaparecimento de doutrinas totalitárias,
com uma nova roupagem, onde até mesmo o uso de estratégias democráticas são
utilizadas em causa própria. O Estado total não reconhece limites morais.
Determinados grupos que sairam às ruas, têm desprezo pelas
instituições democráticas, aproveitando a fragilidade das mesmas pelo principal
motivo que expus acima. A perseguição a veículos da mídia na cobertura dos
protestos, com uso sistemático de violência física, demonstra a pouca
importância que esses fanáticos têm pela liberdade de imprensa. Prestemos atenção, pois como disse a
escritora Lya Luft estamos em momentos extremamente confusos, perigosos, de
vulnerabilidade e indecisão.
Em seu magistral livro "O povo brasileiro" em sua introdução , o antropólogo Darcy Ribeiro ( 5 ) escreve :
A estratificação
social separa e opõe os brasileiros ricos e remediados dos pobres, e todos eles
dos miseráveis. Nesse plano, as relações de classe chegam a ser tão infranqueáveis
que obliteram toda comunicação propriamente humana entre a massa do povo e a
minoria privilegiada, que a vê e a ignora, a trata e a maltrata, a explora e a
deplora, como se essa fosse uma conduta natural.
Os espíritos foram muito claros e contundentes ao responder
que a desigualdade social é obra dos homens e não de Deus. Mas desafio quem
nunca leu a estapafúrdia afirmação que as injustiças sociais são resgates do
passado. Por esse tipo de conduta aliado ao desprestigio da política, os "
revolucionários " e os " reacionários " estão de volta . Cuidado
com eles. O livre-arbítrio nada significa para esse tipo de gente. No desejo de
participarmos de movimentos sociais coletivos, devemos analisar muito bem o
conteúdo desses grupos antes de entregarmos solenemente a nossa liberdade.
O engajamento entusiasmado costuma dar em grandes decepções.
Os intelectuais fascistas e socialistas são pródigos em dar cria a grandes
monstros.
Nas palavras do filósofo Czeslaw Milosz, Prêmio Nobel de
Literatura de 1.980 , em seu livro Mente Cativa , " pertencer às massas é
a grande força motriz do intelectual engajado " .
O quarto inimigo do
livre-arbítrio que listo agora é o da " civilização do espetáculo
" , a cultura da celebridade , a adoração das novidades tecnológicas ,
onde o conhecimento que induz a valores não tem mais significado . Cultura
passou a ser diversão. O que não é divertido não é cultura. O capitalismo está
passando por uma grave crise justamente por aceitar como único valor existente
aquele fixado pelo mercado. É espantosa a generalização da frivolidade, a
proliferação do jornalismo de fofocas e de escândalos.
Sinto-me um ser à parte da humanidade quando vou ao cinema
com minha esposa, em espaços alternativos, para assistir a um filme denominado
" de arte " , ou seja , filmes que tratam das relações humanas e seus
valores . Duram no máximo duas a três semanas no circuito cinematográfico.
Quando entrei para a Mocidade Espírita Estudantes da Verdade em Santos no ano
de 1.978, que maravilha de ambiente cultural encontrei naquela casa e naqueles
jovens, assim como eu. Cinema, teatro e televisão eram fontes de cultura, saber
e conhecimento do ser humano . Muitos tabus e preconceitos foram ultrapassados
com esse conhecimento. Até mesmo na criação de argumentos contra a ditadura
militar que vigia na época.
Porque o salto pra trás?
Onde estavam os intelectuais americanos que permitiram vários governos
Bush ( pai e filho ) com seu atraso intelectual e moral ? Porque os
intelectuais espíritas não perceberam esse fenômeno do aviltamento da cultura e
se prepararam adequadamente para suprir as pessoas de subsídios para o seu dia
a dia? E a tão famosa frase de que o progresso intelectual engendra o progresso
moral, onde fica?
Para os intelectuais de porte mundial há uma explicação dada
pelo escritor Mário Vargas Llosa ( 6 ):
O que levou ao apoucamento e à volatilização
do intelectual em nosso tempo? Uma razão
que deve ser considerada é o descrédito em que várias gerações de intelectuais
incidiram em virtude de suas simpatias
pelos totalitarismos nazista , soviético e maoísta, bem como de seu
silêncio e cegueira diante de horrores como o Holocausto , o Gulag soviético e
os massacres da Revolução Cultural chinesa. (2012)
Sugiro a leitura do livro " Por uma esquerda sem futuro
" de Timothy James Clark , que ao tratar da crise da modernidade , faz uma
pergunta que repasso a todos : " Será que ainda temos à mão os materiais
com as quais se constitui uma sociedade digna do nome " ? ( 7 ) Ao responder à pergunta 766 os espíritos de
uma outra forma respondem qual o caminho para a busca dos materiais que fazem
uma sociedade participativa . Afirma que Deus nos deu a palavra e todas as
outras faculdades necessárias à vida de relação. Dizem que os homens devem
concorrer para o progresso, ajudando-se mutuamente. T.J.Clark ainda tem
esperança quando diz que os " os elementos de uma nova linguagem possam de
fato ser encontrados no espetáculo de uma política engessada, de uma economia
impiedosa e de um entusiasmo generalizado ( como sempre ) pela mais recente e
estúpida novidade tecnológica " .
Finalizo com as palavras do genial Eugênio Lara no Prólogo ao seu
citado livro : " O Espiritismo afasta-se radicalmente do dogmatismo
cristão , do religiosismo , do pensamento mágico , da visão teológica do Ser e
integra-se ao laicismo, alinha-se à ciência , sobretudo porque ele possui uma
natureza humanista, portanto laica e secular " .( 8 ) .
Parece fácil, mas o caminho pela frente é muito árduo e
cheio de perigos . A capacidade de organização dos viciados em religião e
ideologias não deve ser menosprezada. No entanto , acredito nas palavras do
poeta irlandês Seamus Heaney : " virá um dia em que a esperança irá rimar
com história " .
O Espiritismo só sobreviverá como ideia capaz de participar
das decisões importantes da humanidade quando for capaz de construir um ideário
e um comportamento isentos de preconceitos.
Para isso o livre-arbítrio é a ferramenta mais importante do seu
conjunto doutrinário. Sem ele, ficaremos como as demais correntes
espiritualistas que repetem sem cessar as mesmas ladainhas conservadoras. O
pior corolário disso é a incapacidade de se abrir ao novo, mudar o
comportamento, compreender melhor os seres humanos e com isso evoluir.
Infelizmente acredito que corremos o risco atualmente de nos
transformarmos em mais uma religião, que para se defender da acusação de retrógrada,
imobilizada, repete as palavras de Salomão de que não há nada de novo debaixo
do sol.
(
1 ) Dicionário de Filosofia Nicola Abbagnano - 6ª edição 2012 - Martins Fontes
.
(
2 ) O Livro dos Espíritos - 1ª Edição comemorativa do Sesquicentenário - 2007 -
FEB .
(
3 ) Livro Auto de Fé - Elias Canetti -
2ª edição 2011 - COSACNAIFY .
(
4 ) Breve ensaio sobre o humanismo
espírita - Eugênio Lara - 1ª edição 2012
- CPDoc - Centro de Pesquisa e Documentação Espírita .
(
5 ) O Povo Brasileiro - Darcy Ribeiro -
12ª edição - Companhia de Bolso .
(
6 ) A Civilização do Espetáculo - Maria
Vargas Llosa - 1ª edição 2012 - Editora Objetiva Ltda .
(
7 ) Por uma esquerda sem rumo -
T.J.Clark - 1ª edição 2013 - Editora 34 .
( 8
) Breve ensaio sobre o humanismo