quinta-feira, 13 de abril de 2023
Jornal Abertura abril 2023 - baixe aqui
domingo, 19 de março de 2023
17° Fórum Espírita do Livre-Pensar da Baixada Santista
17° Fórum Espírita do Livre-Pensar da Baixada Santista
Programe-se - dia 15/04/2023 no CEAK Santos -SP
sexta-feira, 17 de março de 2023
DESAPEGA (como deixar um problema) - por Cláudia Régis Machado
DESAPEGA
A palavra desapegar é muito usada para expressar a ideia de desprender,
desligar, distanciar e pode ser utilizada tanto para situações e bens materiais
como para comportamentos, atitudes psicológicas, visão do mundo etc.
O desapego pode ser visto como
deixar um problema, que atrapalha a dinâmica da vida, pois quanto mais o
seguramos, de leve torna-se pesado. É pensar no que podemos simplificar naquilo
que incomoda, no entanto neste artigo vamos explorar mais no campo do estilo de
vida, o modo que conduzimos nossa existência.
Uma expressão, talvez, se encaixe melhor nesta
abordagem ‘Abrir mão do que não nos preenche mais” pois parece mais completa
para o nosso enfoque.
Uma premissa para discutirmos
este tema é ter consciência que viver é estar em constante transformação elegendo
o que é mais relevante para uma jornada vivencial positiva. A essência da vida
é o movimento, a evolução, o crescimento do ser, daí as mudanças estarão sempre
presentes.
Olhando para os caminhos
percorridos devemos levar em conta que é da natureza do comportamento humano nos
sentirmos saudosos das coisas vividas, porque é a história de vida de cada um e
porque trouxeram bons resultados deixando-nos adaptados. E na zona de conforto.
Muitos ”chamados” da vida pedem para
abrirmos mão de muitas coisas que não nos preenchem mais como: fim de um ciclo
da vida, amadurecimento, maternidade, paternidade, aposentadoria entre outras
coisas. Cenários que diversas vezes nos colocam face a face com a necessidade
de transições para tornar a existência mais significativa e gratificante com maior
qualidade.
” Todo fechamento de um ciclo é uma passagem para uma nova abertura”.
Neste caso, falamos em desapego
de estilos de vida que contém comportamentos e atitudes que não tem mais o porquê
de serem reproduzidos, pois não trazem felicidade, empatam a vida, não promovem
alegria e fazem a vida sem graça.
Importante ressignificar nosso
estilo de vida, olhá-lo sob novas luzes. Vislumbrar a vida com nova perspectiva
porque a antiga não nos serve mais, não tem maior significado, só há perda de
tempo e energia.
O ser humano tem padrões de
comportamento que se repetem e geralmente nos viciamos nos caminhos automáticos
quebrá-los não é fácil, entretanto alguns acontecimentos como os que foram
citados anteriormente desencadeiam, provocam movimentos de renovação.
Em qualquer idade devemos nos
enxergar como criadores de novos modos de ser e viver. Sair em busca de coisas
que novas que correspondam às novas necessidades.
Acorde sua imaginação, interessante
conversar com projetos novos com calma não se espantando com as crenças
limitantes – “isto eu não consigo”. Abrir mão é uma escolha que deve estar
alinhada a quem somos e queremos ser. Não é uma busca desenfreada e sim
entender o que é necessário, o que importa.
Nesta nova busca é fundamental
incluir sempre a perspectiva espiritual que amplia, aprofunda a dimensão da
nossa realidade.
Abrir mão pode ser visto como uma oportunidade
de entender que “algo precisa terminar
para a existência continuar a florir”.
Toda essa reflexão tem um
paralelo com a Doutrina Espírita que vê o individuo como um espírito reencarnante
com a chance de progredir, aprender para ser uma pessoa melhor sendo básico
para isto ocorrer - mudanças - e com melhor entendimento podemos incentivar a procura,
para estarmos melhores conosco mesmo e consequentemente com o mundo e com as
outras pessoas.
Também podemos ver no desapego a
lei de destruição que tem no fundo a mensagem: tirar algo para que outras
coisas possam ser construídas e estruturadas.”
É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar o que é chamais de
destruição não é senão uma transformação que tem como objetivo a renovação e o
melhoramento dos seres vivos”.
Artigo publicado no jornal ABERTURA de novembro de 2022
Leia mais - Abertura novembro 2022: https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/22-jornal-abertura-2022?download=206:jornal-abertura-novembro-de-2022
segunda-feira, 6 de março de 2023
O MOVIMENTO DAS IDEIAS NO MOVIMENTO ESPÍRITA - por Ricardo de Morais Nunes
O MOVIMENTO DAS IDEIAS NO MOVIMENTO ESPÍRITA
Na atualidade muitos espíritas sentem
que é necessário ou desejável um posicionamento de caráter político. No artigo
do nosso estimado amigo Roberto Rufo no Abertura do mês de setembro ele indaga
ao comentar sobre um evento do coletivo Espíritas à esquerda: “politicamente sou de centro-direita. Tenho
salvação? ” Alexandre Cardia, nosso
querido editor, afirma na mesma edição “temos
publicado artigos de nossos articulistas, alguns de centro, outros mais à
direita ou mais à esquerda”. A referência à esquerda, à direita ou ao
centro está na ordem do dia no movimento espírita brasileiro.
O que quero ressaltar, no entanto,
nesse artigo, não é propriamente o posicionamento político que cada um entende
melhor para si, o que é legitimo dentro de uma perspectiva de livre pensamento.
Por exemplo, eu mesmo me situo em uma perspectiva de crítica ao capitalismo,
por entender que o capitalismo, enquanto sistema econômico, precisa ser
superado ou, pelo menos, reformado profundamente, pois efetivamente tem gerado
abismos de desigualdade intransponíveis entre os seres humanos, criando de um
lado uma restrita classe de privilegiados que tudo possuem ao excesso e, do
outro, a grande maioria, uma população marginalizada excluída dos bens
fundamentais à vida. Nesse sentido, me
coloco à esquerda em termos de posicionamento político, sem a menor hesitação.
Mas meu objetivo hoje não é analisar
as posições de esquerda, centro ou direita existentes no movimento espírita
brasileiro. Meu objetivo é chamar atenção para o fato de como as circunstâncias
históricas objetivas mudam independentemente de nossas vontades pessoais e nos
colocam desafios inesperados para a reflexão.
Há alguns anos, no Brasil, o assunto
fundamental no movimento espírita, para um importante número de pensadores, era
sobre a natureza religiosa ou não do espiritismo, sobre a natureza cristã ou
não do espiritismo. Esse foi o grande debate no qual estiveram envolvidos
grandes pensadores, uns defendendo a natureza cristã e religiosa do
espiritismo, outros defendendo a natureza laica e universal da proposta
filosófica espírita. O debate era tão intenso que se criou naquela época uma
lenda urbana ou, como diríamos hoje, uma “fake News”, de que alguns espíritas,
no caso os laicos, queriam “tirar Jesus do espiritismo”.
Na atualidade, no entanto, esse debate não
deixou de ser relevante. Pelo contrário, como espírita laico e livre pensador
entendo que este tema é fundamental para a melhor compreensão da obra de Allan
Kardec, porém, esse tema cedeu muito espaço às questões políticas e sociais.
Tais questões surgiram a partir de uma demanda
da sociedade brasileira para que os espíritas se posicionassem quanto a sua
visão de sociedade e política, dadas as crises e ameaças à democracia liberal
brasileira. Não foi por acaso que surgiram os chamados coletivos espíritas, nos
quais a preocupação social é evidente já a partir da denominação desses grupos.
Interessante observar, neste novo
horizonte de discussão, que tem havido diálogos interessantes e fraternos entre
espíritas laicos progressistas e espíritas religiosos progressistas. Assim como
os espíritas conservadores também dialogam entre si sejam eles laicos ou
religiosos. As demarcações rígidas que
tínhamos entre espíritas religiosos e não religiosos se atenuaram em parte por
força da temática política e social e houve um processo de interação em nosso
movimento espírita. Nesse sentido, o
adjetivo “progressista”, pode pertencer a espíritas laicos ou religiosos o
mesmo ocorrendo com o adjetivo “conservador”.
É necessário chamar atenção que essa
agenda temática se impôs de fora ao movimento espirita brasileiro e convocou os
espíritas a pensar sobre as questões políticas e sociais de seu tempo e, a
partir dessa reflexão, se dividiram em visões de mundo distintas. Essa situação
nos mostra claramente como somos reféns, em boa medida, de nosso tempo histórico.
Na verdade, o “Espírito do tempo” é a moldura sobre a qual se realiza nosso
fazer filosófico.
O espiritismo, enquanto filosofia
espiritualista, pode ser apto a acompanhar o devir das ideias. Mas também pode
não acompanhar e ficar estagnado passando a se constituir em mais uma
cosmovisão dogmática no campo do espiritualismo.
Mais uma vez é necessário lembrar o acerto da
famosa frase de Léon Denis: “O
espiritismo será o que dele fizerem os homens”. Ou, em boa linguagem
atual: O espiritismo será o que dele
fizerem os homens, as mulheres, e os integrantes da comunidade LGBTQI+ de nosso
tempo.
Uma coisa é certa em meio a esses novos
enfoques e prioridades temáticas que abalam, mas também redirecionam o
tradicional movimento espírita brasileiro. Não será fácil para a maioria dos
espíritas, principalmente os que já militam há muitos anos no movimento
espírita, se acostumarem a essa mudança de agenda temática. Surgirão muitos
espíritas que não se reconhecerão sintonizados com esse novo tempo de reflexão
espírita.
A nossa tendência, como ser humano, é nos
cristalizarmos em nossas idiossincrasias, é nos acomodarmos em nossas “verdades”
e em nossas “certezas”. Porém, o novo sempre vem, e nos assusta. A verdade é
que desejamos, mesmo que de forma inconsciente, que o tempo pare, na exata
conformidade dos nossos anseios pessoais e de nosso mundo muito particular.
Mas, felizmente, o mundo é maior que nossos desejos, que nossos condicionamentos,
enfim, o mundo nos supera.
Artigo originalmente publicado na página 8 do Jornal Abertura de outubro de 2022. Se quiseres ver o jornal todo baixe:
sábado, 4 de março de 2023
Educação Espírita - por Cláudia Régis Machado
Educação Espírita
Pais, professores e educadores preocupam-se com a formação das
crianças. Ocupam-se com o
desenvolvimento da saúde - nos hábitos higiênicos, cuidados pessoais, alimentação
etc. Com o desenvolvimento motor - nas habilidades manuais, na orientação
espaço e tempo, etc. Com o desenvolvimento do pensamento -cognitivo, a inteligência
e com o desenvolvimento emocional e afetivo e outros elementos.
Enfim, pensando em Educação, na formação do ser, está
incluso a dimensão moral. O desenvolvimento da moralidade, que pode levar à espiritualidade
visto aqui com o olhar espírita que trata de colocar em seu cotidiano a ideia
de imortalidade dinâmica, da dimensão espiritual, de transcender o material em
busca de algo maior. É sobre este tema que vamos nos concentrar.
Moral, regras de boa conduta, “um conjunto de deveres, ou
seja, de ações consideradas obrigatórias”.Compreender o que é certo ou errado. O
que é bom e o que é mau para nós e para os outros. Metaforicamente falando, as regras equivalem
a mapas, e os princípios, a bússolas. É com as bússolas que se fazem mapas e
não ao contrário. Mas como para a demanda dos princípios morais há necessidade
de maior complexidade intelectual para
serem compreendidos, inicia-se isto nas crianças com a introdução das regras. E é através delas que
a criança pequena entra em contato com a moral. Chegando a valores, princípios
que nortearão uma filosofia de vida.”
Os espíritas sabem que os filhos são espíritos vividos e
trazem experiências e tendências próprias, mas que reencarnam para criarem um
nova estrutura de personalidade e caráter para ajudar na formação dessa
estrutura cabe desenvolver todas as potencialidades assim como princípios
morais, a espiritualidade possibilitando que o espírito progrida, melhore e
suplante ou equilibre as tendências trazidas.
O foco aqui a Filosofia Espírita que tem o espírito na
perspectiva da imortalidade, da evolução e o progresso constante e a existência
de Deus
Muitos pais educam os filhos através das regras de bem
conviver, de bom relacionamento, da generosidade, dos direitos e deveres, o que
é um excelente caminho sem dúvida, mas não aprofundam na busca de respostas e
compreensão de outras questões como buscar propósitos maiores, ver o mundo não
só pelo lado material e a busca de
valores morais mais sofisticados, deixam de lado da espiritualidade,
muitas vezes esquecido ou deixado para segundo
plano. Acreditam que a vida lhes ensinará. Outros não se sentem preparados não tem em si isto
desenvolvido ou até tem, mas não
são firmes em suas convicções. Pensam em deixar quando a criança for adulta,
formada para buscarem por si mesmo. Dando liberdade de escolha e decisão.
Acreditam ser este um ponto de livre arbítrio e que cada um mais tarde sozinho
pode optar e definir suas preferências. É um modo de ver e agir.
Mas há responsabilidades, esta é a missão dos pais e educadores
lançar as bases, semear, como fazem em outras áreas do bem viver. ”Oferecer
estruturas confiáveis e úteis que facilitem a sua orientação”.
Lançar sementes para que mais tarde desabrochem ou não. As
crianças necessitam de educação, orientação, estímulo e reforço e subsídios para
que possam crescer e florescer positivamente.
Muitos podem perguntar quando devemos começar este
aprendizado?
Piaget coloca que a criança só vai conseguir seguir regras
de viver bem as relações sociais quando se estruturam em regras- a partir dos
6-7 anos. E quando de forma cristalina há interesse em participar e atividades
coletivas e regradas e procedimentos que contem regras.
Atualmente existem estudos que mostram que as crianças de 5
anos não é só um ser obediente, mas sim dotada de sensibilidade moral mais
ampla embora inacabada. “ Por volta dos
4 e 5 anos de vida as crianças começam a perceber que ao lado das coisas que
fazem há aquelas que devem ser feitas”. Ela vai observar, seguir exemplos das
pessoas afetivamente conectadas, experimentar simpatia pelos sentimentos dos outros,
mas sem explicações racionais. Havendo uma fusão de medo e amor, simpatia e
confiança responsáveis pelas “primeiras vontades de penetrar o universo moral e
ser penetrado por ele” .Mais tarde por volta de 8 a 9 anos os princípios morais
que demandam maior sofisticação intelectual para serem entendidos entram em
cena.
Agora que sementes lançar? Cada família vai cultivar a
filosofia que norteia a sua vida, os valores que seguem, as posturas, atitudes
éticas e morais. Ter isso como base.
Os pais espíritas irão viver, falar e colocar aos filhos os
princípios da Doutrina Kardecista.
Reforçando ainda a
necessidade de se desenvolver a moralidade deste de cedo é por
compreender que é na infância que o indivíduo é mais acessível, maleável a
aprendizagem. A doutrina espírita corrobora com este ponto porque neste período
de inocência e do esquecimento do passado que cria um campo fértil para melhor
aprendizado.
Os pais que conseguem ver a profundidade e importância da
educação moral, devem incentivar asa crianças na participação DAE ações
generosas, estimulando a compreensão das virtudes e suas práticas. Este
compromisso é positivo quando feito de forma tranquila e amorosa.
Parece uma carga pesada, mas existe auxílio nesta tarefa.
Uma dela é a Infância Espírita outras são
os livros, as revistas, as publicações literárias especializadas.
A Infância Espírita tem como objetivo de ensinar o
Espiritismo como um todo e não mais só a evangelização. Mostrando a doutrina em
todos os seus aspectos fazendo ligação
com a realidade da vida, com o dia a dia da criança. Muitos Centros Espíritas
tem em sua estrutura o departamento de Infância Espírita
Na Infância Espírita o Espiritismo é transmitido de forma
sistematizada organizada e prazerosa. Adequado a cada faixa etária. Neste
ambiente também é a oportunidade de se empregar o que se aprender, já que o
ensino é feito em forma de grupos o que convida à convivência aplicando-se os
princípios de respeito, solidariedade, olhar o outro nas suas peculiaridades
etc.
Este trabalho deve ser feito com amor, criando laços afetivos entre os participantes. As
pessoas ficam aonde se criam vínculos afetivos. E o importante é que os
orientadores mesmo sem formação acadêmica demonstrem atenção e conhecimentos
pedagógicos e psicológicos e de Espiritismo.
Necessário também integrar neste trabalho as famílias e é
importante que estas apresentem disposição em se integrarem ao trabalho e não
só delegar. O lar é a unidade social educadora por excelência.
O projeto da Infância Espírita deve ser dinâmico, moderno,
ter uma linguagem adequada ao publico infanto-juvenil. Onde há criança, há
energia em movimento, inquietação e curiosidade.
A Infância Espírita não é uma tarefa simples requer
responsabilidade e seriedade no na ocupação que vai ser desenvolvida.
Seria de grande proveito que a equipe de pessoas voltadas a
este ofício apresente alguns pontos como serem:
1.
Estudiosos do Espiritismo
2.
Conectados com a modernidade para fazer ligação
da doutrina com a realidade prática da vida .” Antenados” nas descobertas do
mundo, nos conhecimentos alcançados.
3.
Atualizados para motivarem e estimularem as
crianças e os jovens que lá frequentam para aprenderem Espiritismo e terem laços afetivos.
Os livros espíritas
para esse público também devem ser feitos de uma maneira atraente, atual, que
estimulem as crianças a procurarem a leitura espírita como algo gostoso de se
ler e aprender. Com este intuito eu fiz o livro” Kadu e o Espírito Imortal”. Procurei
levar técnica, brincadeiras e tarefas
para que o leitor buscasse com seu interesse conhecer o universo espírita. Este
livro pode ser utilizado como programa para o orientador na Infância Espírita,
já houve experiências neste sentido e se revelaram positivas.
Kadu e o Espírito Imortal é um livro dinâmico que
estimula as crianças e os jovens a lerem e descobrirem como é prazeroso
conhecer a Doutrina Kardecista, sua história, seus princípios e a partir daí pensar, analisar,
discutir e praticar. E como a ideia do Espírito imortal, a imortalidade muda toda a visão de si mesmo e
do mundo que os rodeia.
Na linha da Educação Espírita há também a Pedagogia Espírita
que é uma proposta mais ampla, que levaria os currículos e método escolar ao
verdadeiro fim superior o da formação integral e não só a instrução, mas dando
uma diretriz segura para o uso da inteligência e o desabrochar da qualidade dos
sentimentos. A utilização da filosofia espírita no sistema educacional.
Artigo foi publicado no Jornal Abertura de dezembro de 2022.
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quinta-feira, 2 de março de 2023
Onde buscar a vontade de superação? por Roberto Rufo
Onde
buscar a vontade de superação?
"Estou
esperando o tempo passar rapidamente. Quem sabe assim chegam logo os dias
melhores que tanto falam ``.(Pensador Desconhecido).
"Uma
Igreja que se casa com o espírito de sua época, corre o risco dessa época passar
e a Igreja tornar-se viúva dessa época" (Frase de Bento XVI ao Cardeal
Bergoglio no filme Dois Papas).
Em
seu fantástico livro "Comportamento Espírita" , Editora Dicesp,
1981 (possuo um exemplar assinado pelo autor), capítulo 3 - O Espírita e o
Mundo" o autor Jaci Regis aponta que "a visão global do
espiritismo, abrangendo desde as causas primárias à harmonia do Universo,
oferece elementos capazes de levar o homem a situar-se na vida".
Essas palavras ditas a 41 anos atrás apostavam que a Doutrina Espírita seria
condição necessária e suficiente para sabermos o que somos, o que estamos
fazendo no mundo e qual o nosso destino. Infelizmente as coisas não caminharam
dessa forma. O espiritismo passou a ser visto pela nova intelectualidade
surgida na época como pouco aliado à realidade. Era preciso que novas teorias
fossem acrescidas ao ideário espírita. Não falo das descobertas das
ciências que nos trazem aperfeiçoamentos na maneira de pensar. Falo da
introdução de conceitos que mais não querem do que substituir a essência do
conhecimento espírita por teorias sociais que prometem mudanças radicais no
mundo. Especialmente contra as desigualdades sociais.
Me parece haver uma certa vergonha intelectual nas citações sobre aquele que é considerado pela teoria espírita como o maior exemplo de moral a ser seguido.
Volto-me
mais uma vez a Jaci Régis no livro e capítulo citado acima ao nos ensinar que
" o espírita vê a sociedade composta de espíritos a exprimirem estados
evolutivos próprios, nos atos do dia a dia, nas esquematizações sociais e
percebe a ânsia desses mesmos espíritos em buscar, mesmo que no plano
teórico, comportamentos mais satisfatórios individual e
coletivamente. Por isso, o espírita nega os valores do mundo, enquanto
permaneçam no nível do imediatismo e no desconhecimento dos
valores espirituais da vida". Vi com muita tristeza nesses anos
de turbulência ideológica um vídeo de espíritas bolsonaristas, com o hino
nacional num arranjo de piano ao fundo, e de repente surge a imagem de
uma coroa de espinhos e a epígrafe: foi por amor, complementada
por Brasil acima de tudo, Deus acima de todos. Um grupo de quinze
pessoas vestidas de branco dão mensagens de apoio à manifestação
golpista convocada por Bolsonaro para o 07 de |setembro. E terminam cada
um com a fala: eu sou espírita e apoio você , meu presidente. Eu te
autorizo a fazer o que for necessário.
Assim como a Teologia da Libertação na década de 1960 trouxe a política partidária para dentro da Igreja Católica, o espiritismo também está trazendo a política partidária para dentro das suas hostes. O movimento Espíritas da Esquerda é um claro exemplo disso. Esquecem que a política é um dos campos onde as decisões e os caminhos sempre serão tomados com base nos desejos carnais. Vou além, e afirmo que hoje mais do que nunca os interesses econômicos ou de grupos de interesses é o que rege a política. O espiritismo corre esse risco se trouxer a política partidária para dentro dos seus domínios.
Na verdade, não há novidade no que está acontecendo no mundo. Como afirma a Doutrina Espírita, o avanço moral não acompanha o progresso intelectual. Estamos bem atrasados moralmente. É inevitável que episódios de violência e transformações de todo tipo se apresentem como parte do processo de evolução dos espíritos. A Doutrina Espírita é uma luz na escuridão. Mas os espíritas são parte da humanidade, portanto sujeitos ao processo. O espiritismo foi sequestrado no Brasil pela FEB que o transformou numa religião desprezada pela sociedade. Essas novidades como esquerda ou direita dentro do movimento espírita fazem parte dessa inquietação que pretende levar o espiritismo para o que consideram a verdade a ser implantada. Mas tudo isso é inútil. O espiritismo não tem dono. Um ótimo 2023 a todos.
Artigo publicado no jornal ABERTURA de janeiro - fevereiro de 2023
Baixe aqui:
Roberto Rufo.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
Baixe grátis os livros da coleção Abrindo a Mente do ICKS
Coleção - Abrindo a Mente do ICKS
Novo Pensar sobre Deus, Homem e Mundo - Jaci Régis
Disponibilizamos grátis o
segundo livro da Série Abrindo a Mente – Novo Pensar sobre Deus, Homem e Mundo
de Jaci Régis, revisado e ampliado com alguns textos de Jaci Régis publicados
em 2009, ano de lançamento deste último livro de Régis.
Baixe aqui:
1° livro -
Uma Breve História do Espírito de Alexandre Cardia Machado
Lançado em outubro de 2022
Baixe aqui:
Livros
digitais:
Esta
já era uma tendência mundial, empurrada pela Amazon, ou seja, hoje quase todos
os lançamentos têm também uma versão digital, que pode ser lida no metrô, no
ônibus, na sala de espera. A CEPA, o CPDoc iniciaram a publicação de uma série
denominada Coleção Livre-Pensar, disponível no seu site de forma gratuita. Os
três primeiros livros foram apresentados no dia 10 de abril de 2021.
Achamos uma ótima ideia, demoramos um pouco, mas pegamos esta onda também. Lançamos e disponibilizamos no site da CEPA 6 títulos, sendo que dois deles em português e espanhol, totalizando 8 obras: Além de Uma Breve História do Espírito.
·
Novo
Pensar sobre Deus, Homem e Mundo
– revisada em ampliada, de Jaci Régis lançada em janeiro de 2023.
· Doutrina Kardecista – Modelo Conceitual (reescrevendo o modelo espírita) de Jaci Régis em português e espanhol - disponibilizado em fevereiro de 2023.
Português
Espanhol
·
Caderno
Cultural n° 5 – Análise da evolução do conceito de reencarnação ao longo das
obras de Allan Kardec -do
grupo de Estudos do ICKS, apresentado anteriormente no XXI Congresso da CEPA em
Santos em 2012 – disponibilizado em junho de 2023.
· Amor, Casamento e Família – de Jaci Régis que está esgotado na forma de livro em papel, foi atualizada e ampliada – lançada em julho de 2023.
· Emissões Energéticas na Prática Espírita - Uma Contribuição do SBPE– vários trabalhos apresentados em SBPEs aqui reunidos, autores - Alexandre Cardia Machado, Cláudia Régis Machado, Juliana Régis da Costa e Oliveira e Reinaldo di Lucia lançado em setembro de 2023.
. O Poder e o Movimento Espírita - Uma recuperação histórica do livreto de 1981 de Jaci Régis e José Rodrigues.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023
Neandertais uma hipótese sobre a sua extinção - por Alexandre Cardia Machado
Neandertais uma
hipótese sobre a sua extinção
Este estudo que vamos citar abaixo é mais um que
demonstra a interação entre grupos de Homo sapiens e neandertais. Ou seja, ao
menos durante 250 mil anos, pode ter havido relação entre eles. No que nos afeta Espíritos podiam encarnar
nas duas espécies.
“Um novo artigo publicado na revista
PalaeoAnthropology, reproduzido parcialmente no site Terra em novembro de 2022,
sugere que o Homo sapiens pode ser sido responsável pela extinção
dos neandertais não pela violência, e sim pelo sexo. Segundo a
pesquisa, o cruzamento de Homo sapiens com neandertais poderia ter
reduzido o número de neandertais entre si, o que teria levado à eventual
extinção da espécie.
O professor Chris Stringer, defende que o acasalamento
entre as duas espécies pode ter levado à extinção dos neandertais, erodindo a
sua população até o desaparecimento. Entretanto, com poucas pesquisas sendo
realizadas sobre o assunto, fica difícil ter uma resposta certeira”.
Neandertais e Homo sapiens divergiram
uns dos outros cerca de 600 mil anos atrás e evoluíram em áreas muito
diferentes do mundo. Enquanto nossos antepassados diretos evoluíram
majoritariamente dentro do continente africano, os neandertais se alastraram
pela Europa e o sul da Ásia, chegando até o sul da Sibéria.
Sabemos que
indivíduos Homo sapiens acabaram cruzando com neandertais desde os
primeiros sequenciamentos genéticos de nossos ancestrais, com tudo indicando
que as duas espécies se encontraram pela primeira vez quando o Homo sapiens
começou a se tornar presente fora da África, cerca de 250 mil anos atrás.
A falta de DNA
mitocondrial, herdado através das fêmeas, de neandertais em humanos vivos tem
sido sugerida como evidência de que apenas neandertais masculinos e Homo
sapiens femininos poderiam acasalar. Mas também há algumas evidências de
que os híbridos masculinos podem ter sido menos férteis do que as fêmeas.
Com menos neandertais se
reproduzindo entre si, a hibridização fora dos grupos familiares neandertais
poderia ter ajudado a levar a espécie (que já sofria com tamanho reduzido e
condições ambientais difíceis) ao declínio.
Ou seja, nós humanos
modernos não somos a única espécie que permitiu a encarnação de Espíritos, como
pode ser encontrado os detalhes em nosso livro abaixo.
Para abrir a
sua mente: Leia, e-book gratuito - Uma Breve História
do Espírito de Alexandre Cardia Machado - baixe aqui: https://www.cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=200:uma-breve-historia-do-espirito-alexandre-cardia-machado
Artigo publicado no jornal ABERTURA de janeiro - fevereiro de 2023
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terça-feira, 31 de janeiro de 2023
METAFÍSICA NUNCA MAIS por Roberto Rufo
METAFÍSICA NUNCA MAIS
"O
estudo da metafísica consiste em procurar, num quarto escuro, um gato
preto que não está lá" (Desconhecido).
"Quando
quem fala e quem ouve, nenhum deles entende o que se entende, isso é
metafísico". (Voltaire).
A
obra de David Hume "Investigações sobre o Entendimento Humano" trata
essencialmente, da teoria do conhecimento, que é aquele ramo da filosofia que
busca responder questões sobre a origem e a validade de tudo que podemos
conhecer. A este respeito, Hume era empirista, ou seja, acreditava que todo
conhecimento provém da experiência. Hume dizia que todo conhecimento só é
possível através das percepções da experiência; percepções que podem ser
"impressões", dados diretos dos sentidos ou da consciência interna,
ou "ideias", que resultam da combinação de impressões.
O
filósofo alemão Immanuel Kant (1724/1804) amplamente considerado como o
principal filósofo da era moderna operou uma síntese entre o racionalismo
continental e a tradição empírica inglesa. Ao ler o livro "Investigações
sobre o Entendimento Humano" (1748) de David Hume , Kant diz que
despertou do seu sono dogmático, ou seja, aquela ideia racionalista de que
conseguimos justificar ou provar só pelo pensamento o nosso conhecimento de
aspectos substanciais da realidade física.
Nos
Prolegômenos do Livro dos Espíritos, os espíritos que assessoraram Allan
Kardec, além de afirmarem que existam fenômenos que escapam das leis da Ciência
vulgar, que revelam a ação de uma vontade livre e inteligente, afirma que as
comunicações entre o mundo espírita e o mundo corporal estão na natureza das
coisas e não constituem nenhum fato sobrenatural. Nada de metafísico. Kardec
partiu de um fenômeno, estudou esse fenômeno aplicando o chamado método científico
para só obter conceitos após várias tentativas experimentais. O único
conceito metafísico que poderíamos dizer que ainda persiste no Espiritismo
seria a afirmação da existência de Deus, por ser imune a
experiências. Mesmo assim na pergunta 4 do Livro dos Espíritos (Onde se
pode encontrar a prova da existência de Deus?) a resposta dos espíritos e o
comentário de Kardec , estão carregados de explicações baseadas nas coisas da
natureza. Não se trata de um simples acreditar por crer cegamente. Voltando aos
prolegômenos, os espíritos afirmam a Kardec que a doutrina irá se
propagar e ser compreendida. Isso a meu ver, por ser livre de dogmas e
misticismos.
O
Espiritismo não pode cair no erro das metafísicas tradicionais de tentar
teorizar sobre coisas que estão além de qualquer experiência possível. Kant
dizia que as questões sobre Deus, a imortalidade da alma ou o livre-arbítrio
não podem ser resolvidas pela razão humana, pois estariam fora do alcance do
conhecimento empírico.
Na
verdade, nos dias atuais, somente Deus permaneceria nessa observação
kantiana , mesmo assim com as ressalvas que fiz acima. A prova da imortalidade
da alma possui muitos estudos sérios, espíritas ou não, sobre a sua real
possibilidade. O mesmo pode-se dizer sobre o livre-arbítrio, havendo até
estudos de alguns neurocientistas negando a sua possibilidade de existência.
Estudos baseados em várias experimentações. Outros estudos, também eivados de
provas experimentais, afirmam o contrário.
A
metafísica ficou restrita às religiões ortodoxas, onde o ingresso das ideias
fica cerceado pelo axioma inicial irremovível, os chamados artigos de
fé. As ideologias também estão repletas de conceitos metafísicos, os quais
são utilizados para explicar qualquer movimento econômico ou social em
qualquer época da humanidade. Um exemplo de valor ideológico metafísico é o da
revolução permanente, pois como escreveu Simone Weil a revolução é
pensada não como uma maneira de solucionar os problemas colocados pela
humanidade ao longo da história, mas como um milagre que nos dispensa de
resolver problemas. É a metafísica na solução dos problemas sociais. Se a
realidade desmente a teoria, altere-se a realidade . Como escreveu Millôr
Fernandes, o marxismo é uma espécie de alfaiate que quando a roupa não fica boa
faz alterações no cliente.
Finalizo
com os Prolegômenos quando os espíritos assessores dizem que os bons espíritos
assistem aqueles que servem a humanidade e não aqueles que apenas buscam um
degrau para as coisas da Terra. A metafísica passa longe como ferramenta
na solução dos problemas sociais.
Este artigo foi publicado no Jornal Abertura de dezembro de 2022 - se quiseres ler vá:
segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
Abrindo a Mente - O Misticismo e Charlatanismo no Espiritismo - Por Alexandre Cardia Machado
Abrindo a Mente
O Misticismo e Charlatanismo no Espiritismo
Recentemente fomos convidados a falar sobre este tema em um
centro Espírita de Santos, isto me fez refletir sobre os mecanismos que estão
por trás de ações fraudulentas associadas a mediunidade. Esta preocupação não é
recente, o mestre Kardec já tratava disto.
Allan Kardec no Livro dos Médiuns já nos advertia em relação
aos perigos da mediunidade e dos médiuns, a história está repleta de charlatães
e não perderemos tempo aqui relembrando cada caso destes, mas sim tentando
alertar os amigos leitores.
No Livro dos Médiuns encontramos referência ao Charlatanismo
em 3 lugares: Primeira Parte, no Capítulo 4° - Dos sistemas – Exame dos
diferentes modos que o Espiritismo é encarado ... do Charlatanismo; na Segunda
Parte, capítulos 27° e 28°, Das contradições e das mistificações e do
charlatanismo e do embuste. Além destes capítulos o mestre faz referência à
palavra Charlatanismo 28 vezes nesta obra.
No século XIX eram extremamente comuns shows teatrais com a
presença de médiuns e embusteiros, misturava-se claramente a mediunidade real,
no caso em especial de efeitos físicos com truques de ilusionismo. Este tipo de
show diminuiu muito, mas não significa que tenha terminado.
Didaticamente vamos apresentar o conceito dos termos
misticismo e charlatanismo, no sentido em que são empregados na obra de Kardec.
Mistificação (farsa): Ação intencional do Médium em enganar as pessoas quanto a origem de uma comunicação ou efeito físico, não confundir com animismo (real).
Filme - Fé de mais não cheira bem.
Charlatanismo: é uma ação intencional do Médium em enganar as pessoas com objetivos exercer poder quer econômico ou social (caracteriza-se por recebimento por algo que não é verdade).
O charlatanismo sempre existiu na sociedade, não apenas no
campo do Espiritismo, por que isto corre? Pela falta de caráter de alguns
espíritos encarnados, de baixa elevação espiritual.
Mecanismo usado:
Poderíamos dividir em dois tipos de mecanismos que de alguma
maneira podem ser usados juntos ou separados:
Efeitos Físicos: basicamente se utilizam de técnicas
de ilusionismos, semelhantes aos mágicos de circo. É o chamado
predigitadores. Ou seja, necessita aprimorada técnica, mas o objetivo é enganar
os frequentadores, buscando vantagem financeira.
Efeitos inteligentes: Este é o mais difícil de
detectar pois qualquer processo mediúnico é propenso a engano, comunicação
imperfeita e animismo, no entanto o nosso enfoque está relacionado a situações
em que haja movimentação financeira, grande foco do charlatão.
O que observar para não ser enganado:
Não precisamos ir muito longe para sabermos de médiuns que
correm o Brasil, fazendo palestras, recebendo cartas de Espíritos e vendendo
livros com grande divulgação. O que há de ruim nisso? Tudo ou nada. Nada se
forem honestos e tudo se forem charlatães.
Nos dias de hoje é muito fácil obter informações de uma
pessoa que ficou viúva, que perdeu um filho ou de um marido que perdeu sua
esposa, as informações estão nas redes sociais.
Quando estes médiuns famosos participam de eventos públicos,
nestas visitas em cidades, quase sempre os grupos que as organizam de forma
sincera, para receber algum médium famoso, criam grupos de WhatsApp, fazem
propagandas pelo Fecebook. Logo, algumas pessoas comentam que gostariam de ir e
receber uma carta de seu ente querido, dizem algo como: Vou sim, perdi meu
filho e não me conformo, dizem o nome do filho, e está aberta a porta para o
“médium charlatão”.
Outra forma muito comum é aquela onde as pessoas que vão
participar da “sessão” devem chegar com antecipação, com isto em um local
cheio, as pessoas circulam, conversam, contam seus problemas. Isto cria a
oportunidade, pessoas que fazem parte da trama se misturam e capturam os casos
e principalmente os detalhes, que fazem com que rapidamente se possa criar uma
comunicação forjada.
Hoje existe o ponto eletrônico que pode facilmente ser
escondido e as informações então passadas ao suposto médium.
Recado final, fiquem atentos, vejam se existe alguma forma
de venda de livros, remédios ou qualquer outra atividade econômica associada.
Se forem procurar ajuda espiritual chequem na internet se
existem reclamações e principalmente não falem com ninguém, sobre o seu
problema. Esperem que os espíritos amigos se manifestem, peçam apenas
mentalmente por ajuda.
Para abrir mais a sua mente: assistam ao filme de 1992
com Steve Martin – título em português: Fé de mais não cheira bem.
Artigo publicado no jornal Abertura de agosto de 2022.
Baixe aqui: