terça-feira, 23 de abril de 2024

Lançado o livro em pdf grátis - O Laço e o Culto de Krishnamurti de Carvalho Dias

 

ICKS disponibiliza mais um livro e-book no site da CEPA – O laço e o Culto – É o espiritismo uma religião? De Krishnamurti de Carvalho Dias



Introdução à edição online

Resgatamos esta obra de 1985 pela importância que teve em seu tempo.

Este livro foi primeiramente publicado pela DICESP, órgão ligado a USE em Santos.

Como é público, o grupo que era responsável pela Dicesp, criou a Licespe, então ligada à Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda de Santos, em abril de 1987 o ICKS foi criado em 1999 e a Licespe foi transferida ao mesmo.

Tenho uma cópia do dia de seu lançamento, lá Krishnamurti escreve ” acho que gostarão Alexandre e Cláudia -assinado Kish”. E é isto que esperamos ao oferecer a vocês.

Penso, neste momento após revisar toda a obra ortograficamente, mergulhando em seu pensamento, tomo a liberdade de chamar o autor de “Kish” . Ele nos apresenta uma argumentação muito importante que obrigatoriamente nos faz refletir sobre os problemas em caracterizar o Espiritismo como uma religião.

Na época em que foi lançado, em 1985 em muitas regiões do Brasil havia disputas sobre ser o Espiritismo uma religião ou não, hoje nossa corrente de pensamento, laica, livre-pensadora progressiva já superou esta questão, nós nos afirmamos laicos e respeitamos aqueles que querem seguir religiosos.

Esta é a razão, nossa convicção no espiritismo laico, para que esta obra  seja incluída em nossa Série Literária Abrindo a Mente.

No entanto, mesmo para aqueles que se sentem motivados a rever estes pontos, que tenham dúvidas, lhes oferecemos esta obra.

 

Fizemos uma revisão ortográfica do livro, trazendo para o ano de 2024. Krishnamurti tem uma linguagem muito hermética, mas sem dúvida demonstra o empenho em chegar às causas de toda a confusão envolta de ser ou não o espiritismo uma religião, percorre o caminho que acreditava ter sido seguido por Allan Kardec.

Da contracapa original extraio:

“ O Laço e o Culto – É o Espiritismo uma religião? resultado de uma pesquisa profunda, é obra desapaixonada, com o caráter científico que um tema desse tipo exige. O estilo fluente de Krishnamurti de Carvalho dias torna sua leitura agradável, sem conceder com a tarefa a que se propõe: a de recolocar o pensamento de Allan Kardec quanto ao caráter do Espiritismo. E é preciso encarar realística e sensatamente a verdadeira face do movimento espírita brasileiro e compará-la com a estrutura doutrinária estabelecida por Allan Kardec.

Depois, refletir sobre o resultado prático alcançado. Eis uma obra rara em nosso meio, uma contribuição à história e aos rumos do pensamento religioso em geral e do movimento espírita.”

Com vocês um pouco da história do Movimento Espírita.

Alexandre Cardia Machado – Organizador

 

Baixe gratuitamente aqui!

https://cepainternacional.org/site/pt/ebooks/o-la%C3%A7o-e-o-culto-krishnamurti-de-carvalho-dias-detail

 

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Lançado o Livro - O Poder e o Movimento Espírita de Jaci Régis e José Rodrigues

 O Poder e o Movimento Espírita de Jaci Régis e José Rodrigues


Baixem aqui:

Para que você possa ler, basta baixar o arquivo em pdf – gratuito no site da CEPA – Associação Espírita Internacional, clique abaixo:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/43-icks?download=294:o-poder-e-o-movimento-espirita


O poder e o Movimento Espírita

Estamos divulgando mais uma publicação – O Poder e o Movimento Espírita – um livreto de 1981, lançado pela DICESP, porém apresentado pela primeira vez no Jornal Espiritismo e Unificação, como texto da Redação. Em conversa com Eugenio Lara, que então fazia a diagramação do jornal e que posteriormente fundou junto com José Rodrigues o site PENSE, o texto original era de Jaci Régis, e na formatação do livreto foi editado por José Rodrigues, assim que fazendo justiça a ambos, apresentamos o livro como de coautoria de ambos.

Assim, o livreto esteve disponível no site PENSE, que está no momento fora do ar, assim o histórico fica desta forma:

1ª publicação - Jornal Espiritismo e Unificação – abril de 1981.

1ª Edição - DICESP - Divulgação Cultural Espírita S/C Editora – setembro de 1981.

2ª Edição - Adaptação em pdf pelo site Pense – José Rodrigues e Eugenio Lara.

3ª Edição - ICKS – organização – Alexandre Cardia Machado – março de 2024.


Trazemos aqui uma foto do jornal Espiritismo e Unificação de abril de 1981, há exatos 43 anos, como todos devem saber o Jornal Abertura sucedeu o Espiritismo e Unificação, após a cisão do Grupo de Santos com a USE. Sendo o Abertura lançado em abril de 1987, comemorando neste mês 37 anos.

 



É uma leitura rápida, mas importante, nada mudou desde então, a não ser a emancipação do grupo laico, hoje alinhado com a CEPA – Associação Espírita Internacional. O que de certa forma nos distanciou destas disputas de poder. Nosso foco é no saber espírita.

A contribuição do ICKS, órgão responsável pelo Jornal Abertura tem sido, portanto, a disponibilização de material grátis, que permitam abrir a mente daquelas pessoas que entram em contato com esta visão laica, livre-pensadora que tanto defendemos.

Esta matéria foi publicada no Jornal Abertura de abril de 2024, si quiser lê-lo baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=300:jornal-abertura-abril-de-2024



terça-feira, 9 de abril de 2024

Abrindo a Mente - O que significa Xenoglossia - por Alexandre Cardia Machado

 O que significa Xenoglossia?

Este termo foi criado por Charle Richet, em seu livro Tratado de Metapsíquica, fato este que motivou o famoso cientista Ernesto Bozzano mais tarde, a também escrever um livro com este mesmo nome.

Nessa obra de Bozzano são narrados os fenômenos de Xenoglossia, ou mediunidade poliglota, nos quais um espírito se manifesta através de um médium, falando ou escrevendo em idioma desconhecido aos presentes ou ao próprio medium. O livro discorre sobre casos mediúnicos divididos em quatro categorias, definidas pelo autor como: automatismo falante; psicografia; escrita direta e voz direta. O termo “xenoglossia” proposto pelo professor Richet, com o intuito de distinguir, de modo preciso, a mediunidade poliglota propriamente dita, pela qual os médiuns falam ou escrevem em línguas que eles ignoram totalmente e, às vezes, ignoradas de todos os presentes, dos casos afins, mas radicalmente diversos, de “glossolalia”, nos quais os pacientes sonambúlicos falam ou escrevem em pseudolínguas inexistentes, elaboradas nos recessos de suas subconsciências, pseudolínguas que não raro se revelam orgânicas, por serem conformes às regras gramaticais. 

O professor Richet ao estudar alguns casos, não encontrou evidências absolutas sobre o não conhecimento de linguas extrangeiras, assim se referindo: “ nenhum dos casos expostos apresenta suficiente valor probante... Segue-se que não é possível se lhes conceda direito de cidadania no vasto domínio da metapsíquica subjetiva. Seja, porém, como for, inclino-me a crer que um dia, talvez não distante, se terá de reconhecer autêntico algum caso de tal natureza. Nessa expectativa, cumpre se apresentem exemplos melhores, que venham relatados de forma menos fragmentária, menos imperfeita do que a que se nota nos até agora conhecidos...” (Tratado de Metapsíquica, pág. 280 da primeira edição.)” 

Nos anos 90 do século passado, quando ainda fazíamos parte do GPCEB – Grupo de Pesquisas Científicas Ernesto Bozanno, aqui em Santos no Centro Espírita Allan Kardec, fomos testemunha de um fenômeno que se parecia com Xenoglossia, mas que após testes não se confirmaram. 

Um dos médiuns do centro passou a receber comunicação de um espírito que se auuo denominou Abdul Al Abdul, servo de Alá. O mesmo deu uma série de comunicações em perfeito português, mas dizía falar ao médium em lingua Universal. 

- Pensamos então em fazer uma prova e gravamos uma frase em árabe, um amigo de descendência árabe de um dos membros a fêz, gravou a mensagem e escreveu o seu significado em um envelope fechado. 

O espírito voltou e ligamos o gravador e pedimos que dissesse o que estava gravado. Abdul – disse que se tratava de uma frase de amor e nos proporcionou a tradução. 

Terminada a reunião, abrimos o envelope lacrada e “surpresa” – a mensagem era algo bem banal, sobre uma atividade diária simples. Conclusão: ainda que o fenônomeno que presenciamos tratar-se de um pseudosábio e portanto uma farsa do espírito, nenhuma prova deste tipo foi feita nos fenômenos relatados por Bozzano e Richet. 

Por isto a dúvida levantada pelo último. Mediunidade precisa, sim ser testada o tempo todo.

Para abrir a mente: Busquem em sua biblioteca espírita por Tratado de Metapsíquica – Charles Richet e Xenoglossia de Ernesto Bozzano 

Este artigo foi publicado no jornal ABERTURA de janeiro-fevereiro de 2018, gostou do texto, quer ler o Jornal Completo?

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/37-jornal-abertura-2018?download=260:jornal-abertura-janeiro-fevereiro-de-2018


quinta-feira, 4 de abril de 2024

Jornal Abertura - online de abril e maio de 2024 já está disponível

 


Baixe já no site da CEPA Abertura de abril de 2024


Nesta Edição:
Jaci Régis - Para manter o ideal.
Editirial - A Difusão Espírita.
Roberto Rufo - O pesadelo dos que querem deter a marcha do progresso.
Milton Medran - Tempo, amigo e inimigo.
Cláudia Régis Machado - Lavar a alma.
Alexandre Machado - Abrindo a Mente - O Multiverso e o Modelo Organizador Biológico.
Ricardo Nunes - os Espíritas e o Estado Laico.
Memórias Inesquecíveis - 7° Congresso da USE.


Baixe já no site da CEPA Abertura de maio de 2024


https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=302:jornal-abertura-maio-de-2024


Nesta Edição:
18° Forum Espírita Livre Pensar
Anvisa mantém a proibição de cigarro eletrônico
ICKS relança o livro - O Laço e o Culto
Roberto Rufo - A estrutura de Poder no mundo atual.
Milton Medran - Recordando.
Cláudia Régis Machado -Desencarnação do meu tio Ivon Régis.
Alexandre Machado - Abrindo a Mente - Anais cor de rosa - possível comunicação mediúnica.
Ricardo Nunes - Um olhar Espírita sobre Ernest Bloch.
Memórias Inesquecíveis - Simposios Brasileiros do Pensamento Espírita.
Compartilhamento
Livraria Física e virtual - ebooks grátis do ICKS.


segunda-feira, 25 de março de 2024

Abrindo a Mente - Emissão Energética à Distância – uma experiência virtual pós pandemia - por Alexandre Cardia Machado

 

Emissão Energética à Distância – uma experiência virtual pós pandemia

 

Vamos suspender este mês a sequência que estamos fazendo sobre as diversas teorias cosmológicas para falar de uma experiência prática. Primeiro iremos contextualizar.

No mês de fevereiro tivemos a grata oportunidade de dar um Curso no CEAK – Centro Espírita Allan Kardec de Santos, sobre Emissões Energéticas na Prática Espírita, foram duas sextas-feiras, baseado no livro publicado pelo ICKS de mesmo nome.

O livro foi escrito por pessoas oriundas do CEAK e mais do que dar duas aulas, na verdade houve uma interação entre todas as pessoas presentes.

Em um determinado momento, recordo de perguntar como o CEAK estava fazendo as suas reuniões de Emissão Energética à Distância (Vibração), que eu já tinha conhecimento que estava sendo feita remotamente de forma virtual. Várias pessoas que estavam no curso participavam desta atividade e demonstraram bastante satisfação. Tratei também de conversar com uma das coordenadoras Liamar Gadella Pazos que participa do CEAK e do ICKS, para obter mais detalhes que passo a descrever aqui.

Durante a crise da COVID19 o CEAK suspendeu as atividades presencias, passando a fazer reuniões virtuais. Nesta época várias pessoas ligadas ao CEAK adoeceram e correntes de vibração foram criadas espontaneamente, a partir disto o grupo da reunião de Emissão Energética a Distância decidiu manter esta atividade que descrevo abaixo durante aquele período: 

·   As 20:00 horas – Liamar ou Márcia Franquera, coordenadoras, abrem a reunião por WhatsApp, fazem a leitura dos nomes e endereços e solicitam a preparação do grupo de cerca de 12 pessoas.

·    A lista de nomes de receptores, hoje é gerada pelos trabalhadores do Centro, isto traz a vantagem de serem pessoas, que foram orientadas por estes trabalhadores a se prepararem e estarem focadas no horário e dia do trabalho.

·   Durante 30 minutos o grupo fica em trabalho de emissão, da mesma forma como fariam no Centro Espírita.

·    O grupo emite energia direcionada ao CEAK, não aos receptores.

·  Os Espíritos trabalham esta energia no Centro e direcionam aos receptores que foram listados no início da reunião.

·   Na primeira segunda feira do mês o grupo realiza presencialmente a reunião no CEAK e nas outras oportunidades todos participam de suas residências.

Liamar nos contou também que a reunião ficou mais focada na emissão de energia, com os emissores mais descansados e com a grande vantagem de não ser necessário o deslocamento até o Centro Espírita. Desta forma todo o trabalho demanda menos tempo.

Liamar relata ainda que em avaliações com a equipe Espiritual do Centro os Espíritos informaram que não houve alteração no resultado, podemos então considerar que a iniciativa foi um grande sucesso. Desta forma a prática foi mantida de forma permanente.

Como característica do grupo, todos tem formação no CEM – Curso de Estudos de Mediunidade, e participam do trabalho com muita dedicação e doação de tempo e energia.

No segundo dia do nosso encontro, ao apresentarmos o capítulo escrito por Juliana Régis, sobre Toque Terapêutico  descobrimos, assim como o grupo do CEAK também se deu conta que, lá no CEAK, algo muito parecido em metodologia estava sendo utilizado, era praticamente o Toque Terapêutico. A diferença era que lá os emissores trabalhavam medianizados e claro recebendo instruções da espiritualidade.

Fica aqui a dica para outras casas espíritas.

Para Abrir mais a sua mente: baixe gratuitamente e leia o livro - Emissões Energéticas na Prática Espírita – Coleção Abrindo a Mente - https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=268:emissoes-energeticas-na-pratica-espirita-organizacao-alexandre-cardia-machado

 Este artigo foi publicado no Jornal Abertura de março de 2024 - quer ler o texto completo? Baixe aqui.

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=293:jornal-abertura-marco-de-2024


sábado, 9 de março de 2024

Leia o Jornal Abertura de março de 2024 online em pdf e gratuito

 


Baixe seu exemplar no site da CEPA Internacional


Jornal ABERTURA de março de 2024 online

Esta edição está com 8 páginas

Nosso Mundo em conflitos - ocupa 3 páginas um artigo de fôlego e reflectivo - Alexandre Cardia Machado

Leiam também:

Roberto Rufo - Egoismo.

Milton Medran - Reencarnação e Cristianismo.

Cláudia Régis Machado - Brincadeiras de Kadu - Você gosta de desafios?

Alexandre C. Machado - Abrindo a Mente - Emissões Energéticas à distância uma experiência na pandemia.

Ricardo de Morais Nunes - A autonomia frente as determinações.

Livraria Física e Virtual (livros em pdf grátis) do ICKS

Todos os links no jornal são ativos.


sexta-feira, 8 de março de 2024

Para Manter o Ideal por Jaci Régis


 

Este texto compõe o livro – Caminhos da Liberdade – caso você tenha gostado e queira ler o livro todo – entre em contato com o ICKS pelo e-mail – ickardcista1@terra.com.br.

 

Uma pergunta que cada um se faz, senão sempre, mas vez por outra, quando está engajado numa doutrina, ideal, movimento que vise o aperfeiçoamento social, a ecologia, um mundo melhor, é se vale a pena fazer o que está fazendo.

Se a pessoa está ligada a esse movimento ou ideia, com um mínimo de pureza de sentimentos, ver-se-á constantemente envolvida por questões menores e maiores que, por fim, colocam em dúvida a validade de seu esforço, de seu idealismo.

Principalmente quando, a seu ver, existe incompreensão, encontra desilusão pelo comportamento contrário do que esperava por parte dos demais.

A questão não é irrelevante.

Todo e qualquer dispêndio de energias espirituais deve ser constantemente avaliado. Por isso, a primeira coisa a fazer é perguntar a si mesmo da validade do conteúdo da proposta que defende, de modo crítico e realístico e o quanto de satisfação lhe traz o envolvimento no trabalho.

Se o resultado desse questionamento concluir que houve engano e aquilo não é bem o que se quer, então nada mais se tem a fazer senão deixá-lo de lado.

Mas se a conclusão mostrar que estamos fazendo o que queremos, que continuamos com a convicção que é melhor para nós, para a comunidade, para o mundo, então nada nos deterá ou não deveria nos deter, na continuidade de nossos esforços.

Se estivermos ligados a uma causa aceita apenas por uma minoria e, portanto, compelidos a lutar para que não morra, mas avance, então é também necessário compreender que a adesão a esse tipo de ideal requer mais do que simples participação, simpatia ou aplauso.

Requer a integração da própria vida, porque não se trata de ganhar mais uma batalha, mas romper bloqueios, revolucionar posições, e começar por nós mesmos.

E uma mudança radical no interior da pessoa, principalmente em relação a conceitos fundamentais em que repousava a própria consciência dos valores, não é fácil, nem isenta de ansiedade.

Publicamos este artigo no jornal Abertura de abril de 2024

baixe aqui

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=300:jornal-abertura-abril-de-2024

Cada um organiza, estrutura sua mente de acordo com princípios, valores e crenças que se acumulam em estreita correlação com a cultura, com o grupo, com a família, com a comunidade a que se filia.

Quando uma renovação conceitual implica em romper com toda essa estruturação, sobram dúvidas internas e pressões externas.

Essa transição é sempre dolorosa por importar num hiato solitário em que a pessoa necessita tomar decisões isoladamente. Esse caminho pode afastá-lo de pessoas, grupos a quem está ligado emocionalmente. Certas amizades poderão esfriar, certos relacionamentos se desfazem.

É preciso ter em mente que quando se pretende inovar, mudar, transformar um sistema, este tudo fará, armar-se-á poderosamente para evitar qualquer mudança.

Um sistema de ideias ou social é como um organismo. Sentindo-se atacado, reage, reúne suas defesas e, se necessário, mata.

Veja-se o exemplo da ação dos grupos religiosos na defesa de suas crenças. Ainda que adorem o mesmo deus e sigam o mesmo livro santo e o mesmo messias, basta que uma linha concorrente, um outro grupo de crentes surja, para que o antagonismo cresça e, por vezes, se converta em conflito e mesmo estabeleça uma irreparável divisão.

Por isso, é preciso atingir o nível de incerteza que exige continuada reflexão e constante repensar. Isso é absolutamente indispensável se quiser que tome corpo uma consistente estrutura interna, capaz de flexionar-se sem perder sua base, de aceitar rupturas e manter sua integridade. Resistir ao cansaço e prosseguir.

Quando se alcança esse nível – e não confundir com fanatismo, pois a reflexão só é válida dentro de um equilibrado senso crítico – não importa o que se diga, o que se sofra.

A força interior desencadeada é um fluxo que não pode mais ser represado. Continuar já é, então, parte do próprio ser.


Leia os livros de Jaci Régis - em pdf - grátis:

https://cepainternacional.org/site/pt/icks-colecao-abrindo-a-mente


 

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Um pouco sobre a história de Israel e do povo Palestino e suas relações com os árabes - por Alexandre Cardia Machado

 

Um pouco sobre a história de Israel e do povo Palestino e suas relações com os árabes

“ A história judaica é marcada por sucessivas dispersões e diásporas dentro de diásporas” Professor Luis Krausz – USP

Queremos trazer ao nosso público um pouco desta história milenar que envolve, árabes, hebreus e palestinos, não nos cabe concluir quem está com a razão, onde a razão desaparece ante agressões e revides milenares. No entanto entender um pouco da história nos ajuda a ter uma visão mais ampla.



Acreditamos, obviamente que a ONU terá que ter um papel mais forte e decisivo, buscando um entendimento que termine na coexistência de dois estados, um o já existente Israel e outro palestino.

Vamos então ver um breve histórico de 2800 anos: em preto os assuntos ligados aos judeus e em vermelho os assuntos ligados de alguma forma aos palestinos e aos árabes.

1700 a.C – O povo Hebreu foi escravizado e levado ao Egito (Segundo o Velho Testamento - Exodus - Mito).

1200 a.C – Segundo o Velho Testamento – Moisés trouxe os Hebreus de volta à região onde hoje se encontram Israel, Palestina ( Cisjordânia e Gaza) e Sul do Líbano. (igualmente um Mito)

586 a.C – Exército Persa de Nabucodonosor espalhou os Hebreus pela Babilônia – Diáspora.

538 a.C – Ciro II novo Imperador Persa autoriza o retorno dos Hebreus.

450 a.C -  o historiador grego Heródoto chama a região de Palestina pela primeira vez. Era uma referência aos filisteus, um grupo possivelmente indo-europeu que conviveu por séculos com os povos semitas- Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2023/10/29/israel-palestina-judeus-arabes-ocupacao.htm .

70 a 63 a.C – os Romanos lutaram e conquistaram os reinos de Judá e Galileia.

70 D.C – os Romanos espalham os judeus por todo o império Romano – Diáspora.

A Palestina troca de mãos:

644 D.C. - Após a morte de Maomé, seus sucessores, os califas, iniciam uma expansão que tomou territórios dos impérios Bizantino e Persa. Os califas omiadas conquistam o norte da África, península ibérica, Afeganistão, Paquistão e Ásia Central, enquanto os califas ortodoxos avançaram sobre o Líbano, Síria, Egito e Palestina… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2023/10/29/israel-palestina-judeus-arabes-ocupacao.htm?cmpid=copiaecola .

1099 D.C. – Os Cristãos europeus conquistam Jerusalém - Os cruzados justificavam a necessidade de "resgatar a Cidade Santa dos infiéis muçulmanos”.

1187 D.C.  - Após o fim do domínio cristão em 1187, a "Terra Santa" volta ao Império Islâmico, passa para os mongóis (egípcios da dinastia aiubida de Saladino).

1252 D.C. - O Império Árabe Islâmico se mantém unificado até 1252, quando os mongóis invadem e destroem Bagdá, fragmentando o império… a região da Palestina passa ao controle Mongol.

1517 – É dominada pelo Império Otomano (Turcos), até  a I Guerra Mundial.

1834 -1919 -  Nascimento do sentimento nacionalista, a população árabe da Palestina se via principalmente como súditos otomanos. A revolta dos árabes na Palestina em 1834 é considerada como o primeiro evento formativo do povo palestino. Na década de 1830, a Palestina foi ocupada pelos egípcios que respondiam ao Império Otomano. A revolta foi precipitada pela resistência popular contra uma forte demandas por recrutas. Os camponeses estavam bem cientes de que o recrutamento era nada menos do que uma sentença de morte.

1834 - A partir de maio, os rebeldes tomaram muitas cidades, entre elas  Jerusalém, Hebron e Nablus. Em resposta, o exército egípcio se deslocou à palestina, derrotando finalmente os últimos rebeldes em 4 de agosto em Hebron. No entanto, os árabes na Palestina permaneceram parte de um movimento nacional panislâmico ou panárabe.

1911 - O jornal de língua árabe Filastin foi fundado em 1911 por cristãos  palestinos. É considerado um marco para o surgimento dos palestinos não judeus. as primeiras organizações nacionalistas palestinas apareceram no final da Primeira Guerra Mundial. Surgiram algumas facções políticas. 

1917 - I Guerra Mundial – O Reino Unido junto com seus aliados derrotam em 1917 o Exército Turco e recebem pela Liga das Nações junto com a França um mandato sobre uma grande área do Oriente Médio em 1922.

1917 - Declaração de Balfour, O Reino Unido se declara favorável a criação de um estado Judeu na Palestina, a partir daí começa a haver migrações de Judeus para esta região, melhorando a economia local.

1919 -  O primeiro Congresso foi realizado em Jerusalém para coincidir com a Conferência de Paz de Paris após a I Grande Guerra. Com a presença na Conferência de Chaim Weizman, que apresentou reivindicações sionistas, foi um gatilho para a convocação do Primeiro Congresso Palestino, a fim de apresentar contra alegações árabes e palestinas na Conferência. Quando o Primeiro Congresso Palestino emitiu seu manifesto antissionista rejeitando a imigração judia.

1920 - De acordo com Benny Morris, o nacionalismo árabe palestino como um movimento distinto apareceu entre abril e julho de 1920, após os distúrbios de Nebi Musa, a conferência de San Remo e o fracasso de Faiçal em estabelecer o Reino da Grande Síria.

1939 -1945 - II Guerra Mundial  – A Alemanha Nazista que já vinha perseguindo os judeus no seu território e nos até então conquistados e  iniciou  o assassinato planejado dos judeus e outras minorias étnicas. Holocausto.

ONU – Organização das Nações Unidas, criada após a II Grande Guerra, substituindo a liga das Nações, em sua Assembleia inicial – dirigida pelo brasileiro Oswaldo Aranha aprovou a criação do estado de Israel em 1947.

1948 – 14 de maio de 1948 – Criação do Estado de Israel.

Guerras árabes – israelenses: (Fonte – Site Brasil Escola - Brasil Escola - O maior portal de educação do Brasil (uol.com.br)) – escolhemos esta fonte por ser amplamente usada no Brasil para pesquisas escolares, assim não buscamos tendenciar os fatos. O leitor que quiser se aprofundar poderá encontrar outras fontes.

1948 a 1949 – 1ª Guerra - Os países árabes que cercam Israel não aceitam a formação do Estado de Israel e iniciam uma guerra que ao final é vencida por Israel que aumenta em 33% o seu território.

1956 – 2ª guerra - O Egito nacionaliza o Canal de Suez ( Presidente Nasser) contrariando os interesses Franceses, Ingleses e Israelenses – que se unem e tomam o Canal de Suez – ao final a URSS e os Estados Unidos propõe a paz, votando o canal à iniciativa privada. Esta foi a única guerra iniciada por Israel.

1967 - 3ª guerra  – Guerra dos 6 dias - ataques dos países árabes em conjunto contra Israel. Acaba com a vitória de Israel.

1973 -  4ª guerra – Guerra do Yom Kippur – ataques dos países árabes em conjunto contra Israel. Acaba com a vitória de Israel.

Intifadas – são ataques organizados por Grupos Palestinos contra Israel – acontecem diverso, sendo os principais os de 1987, 1993, 2000 e 2005. (todas exigindo a saída de Israel dos territórios conquistados nas guerras anteriores).

2023 – 5ª guerra -  Ataque Terrorista do Hamas em 2023 – Israel declara guerra ao Hamas que se localiza na Faixa de Gaza.

Este artigo foi publicado no jornal Abertura de novembro de 2023, quer ler o jornal completo, baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/31-jornal-abertura-2023?download=270:jornal-abertura-novembro-de-2023

 

 

 

 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Abrindo a Mente - As diversas teorias sobre a criação do Universo - por Alexandre Cardia Machado

 

As diversas teorias sobre a criação do Universo

Conforme proposto no artigo de dezembro de 2023, faremos em 2024 uma série de análises de possíveis teorias cosmológicas sobre a criação e a formação do Universo. No meu livro – Uma Breve História do Espírito, parto da hipótese mais provável e que contém mais evidências, ou seja, que o Universo observável incluindo o Mundo dos Espíritos tenha seu início conhecido a partir do Big Bang. Para os que queiram saber de mais detalhes leiam o livro.

Voltando ao artigo de dezembro de 2023 “ Sabine afirma que muitos campos de estudo não possuem dados suficientes nem para a formulação de hipóteses científicas, um exemplo é a ideia de “multiverso”. Não que existam pesquisas, na verdade há, só que ela alega que os divulgadores deveriam ser mais claros ao dizer que se trata de uma possiblidade, ainda não confirmada.


Voltei, portanto, a estudar sobre o multiverso e comecei pelo clássico – O Universo em uma Casca de Noz, livro de 2002 escrito por Stephen Hawking. Enquanto o fazia a CEPA – Associação Espírita Internacional liberou o livro e-book da Coleção Livre-Pensar: A Evolução dos espíritos, da matéria e dos mundos – de Gustavo Molfino e Reinaldo di Lucia. No capítulo 6 – A física depois de Kardec e sua influência na Teoria Espírita - os autores abordam a mudança radical na física a partir de Albert Einstein e Max Planck através da  Relatividade e do aparecimento da Física Quântica. “ A Mecânica Quântica e a Teoria da Relatividade mudaram completamente o mundo científico. Não só em termos de compreensão do Universo em suas estruturas fundamentais, mas também em metodologia de pesquisa”.

Os autores salientam que o modelo espírita de Universo baseia-se na Física Clássica e buscam uma das teorias atuais chamada  de Teoria das Cordas, que propõe um universo não Quadri dimensional ,mas sim com 10 dimensões. Onde 6 deles seriam o hiperespaço. E dizem “ essa teoria impacta diretamente no espiritismo em muitas de suas explicações relacionadas à matéria, como a formação do Universo, dos astros e planetas, a existência de outros tipos de matéria (como a chamada matéria escura) e, consequentemente, nos conceitos de perispírito e emissões de energia. Afeta também as ideias da criação e do surgimento do espírito, bem como a dualidade espírito-matéria.” Os autores param por aí, propõe que estudemos isto, mas no presente livro não avançam em teorias que expliquem como. Recomendamos a leitura.

É interessante, neste ponto lembrar que a física não é matemática. É uma ciência que se propõe descrever os fenômenos naturais, usando a matemática. A ideia de um mundo matemático é conhecida como platonismo, remontando, portanto, aos gregos de 2500 anos atrás. É claro que esta influencia chaga até nós. Com a ideia de que Deus fez tudo matematicamente perfeito, será?

O Conceito de multiverso incorpora o Universo que sabemos que existe, no qual vivemos, mas entende teoricamente (teoricamente significa que é matematicamente possível de se calcular, mas não significa que exista, para tanto há que se comprovar) que possa haver outros universos em dimensões diferentes, como por exemplo a teoria das cordas ou também a teoria das branas, fica aqui a pulga atrás da orelha, voltaremos ao tema no próximo mês, enquanto isto deem uma olhada nos ebooks recomendados abaixo.

Este artigo acima foi publicado originalmente no Jornal Abertura - edição janeiro/fevereiro de 2024

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O Multiverso e o Modelo Organizador Biológico (MOB)

O MOB é um modelo criado por Hernani Guimarães de Andrade a partir das informações passadas pelo Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier.

O MOB se apoia em observações obtidas pelo dr. Harold Saxton Burr PHD pela Universidade de Yale que estudou os campos eletrodinâmicos existente nos seres vivos concluindo” todos os seres vivos – do homem ao rato, das árvores às sementes – são moldados e controlados por campos eletrodinâmicos. Os quais podem ser medidos por voltímetros”. Hernani completa dizendo que “ tais campos são incrivelmente complicados, mas participam da mesma natureza dos campos conhecidos da Física.

Aí começa a nossa análise, O livro – Espírito, Perispírito e Alma – ensaio sobre o Modelo Organizador Biológico é de 1984. Desde então as hipóteses sobre os modelos cosmológicos tem avançado muito, dentre eles o Multiverso, no qual o nosso Universo pode conter outras dimensões além das tradicionais 4 dimensões, largura, comprimento, altura e tempo.

MOB

Hernani resolveu enfrentar o problema, apresentando um modelo e disse “ nossos modelos são construídos em base do postulado da existência de hiperespaço com mais de 3 dimensões. Também não cogitamos de defender decididamente tal postulado. Apenas sugerimos a plausibilidade de tal ideia, reconhecendo que ela é discutível, e admitindo o direito de alguém não a aceitar” este é o propósito de modelos na Física, a pessoa propõe, faz testes e aprimora.

Nas próximas edições deste jornal aprofundaremos as implicações e as possíveis ligações com os modelos cosmológicos, aqui rapidamente apresentadas.

Para abrir mais a sua mente: leia - Espírito, Perispírito e Alma – ensaio sobre o Modelo Organizador Biológico de Hernani Guimarães de Andrade , Editora Pensamento.

Este artigo acima foi publicado originalmente no Jornal Abertura - edição janeiro/fevereiro de 2024

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Voltando às teorias cosmológicas

No mês passado esta coluna completou 20 anos de existência, foi apresentada ao público em maio de 2004, desde então venho contribuindo primordialmente para uma discussão científica do espiritismo. Como tudo tem um começo, resolvi comemorar estas duas dezenas voltando à questão do começo do Universo.

A origem do universo apresenta 5 teorias principais:

1.   Teoria do Big Bang, a mais aceita e a que apresenta mais evidências objetivas. Já tratamos dela e de suas implicações para o espiritismo no jornal ABERTURA de janeiro-fevereiro de 2024. 

Teoria M, ou multiverso e suas variações, abordada no mesmo artigo acima e de certa forma, melhor explicada no livro da Coleção Livre-Pensar – A evolução dos espíritos, da matéria e dos mundos – De Gustavo Molfino e Reinaldo de Lucia. Que pode ser acessado no link abaixo.

https://cepainternacional.org/site/pt/phoca-ebooks?download=277:a-evolucao-dos-espiritos-da-materia-e-dos-mundos

3.      “Universo Oscilante, A teoria do universo oscilante afirma que o Big Bang é apenas o início de um processo de expansão, que ainda se encontra presente. Entretanto, a energia liberada pela grande explosão que deu origem a esse universo possui um limite. Nesse cenário, o efeito gravitacional dos corpos atua como uma força contrária à expansão. Em algum momento, a força gravitacional se tornará maior que a energia gerada pela explosão, dando origem ao processo inverso, de retração.A retração do universo culminará no oposto ao Big Bang, o "Big Crunch". Esse processo encadeará uma singularidade e um novo Big Bang”.

Para o Espiritismo, esta teoria leva a questão da criação do princípio espiritual para uma solução teórica similar ao do Big Bang e que pode ter uma interpretação como a que proponho no livro – Uma Breve História do Espírito. O único problema é que teríamos de enfrentar o Big Crunch, ou seja – tudo o que foi Criado, seria destruído e depois recriado em ciclos de bilhões de anos, o que não combina com a ideia de Deus espírita.

As outras duas teorias são:

4.      Gravidade quântica em loop

5.      Seleção natural cosmológica

Voltaremos a estas duas teorias no nosso artigo de julho.

Para abrir mais a sua mente: leiam o  artigo de Pedro Menezes - 5 principais teorias que explicam a Origem do Universo - Toda Matéria (todamateria.com.br)

Este artigo acima foi publicado originalmente no Jornal Abertura - junho de 2024

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Abrindo a Mente – Voltando às teorias cosmológicas - final

Seguindo com a questão do começo do Universo. Vamos abordar outras duas teorias promissoras, são elas:

Gravidade quântica em loop.

Seleção natural cosmológica.

·         Gravidade quântica em loop

Enquanto a teoria do Big Bang é baseada na relatividade de Einstein, a Gravidade quântica em loop se sustenta na física quântica. A princípio, esse pensamento reorganiza a ideia de continuidade do espaço-tempo proposto pela teoria da relatividade. Assim, o espaço-tempo seria granular e esses "grãos" seriam organizados uns ao lado dos outros, dando uma impressão de continuidade.

Logo, não haveria uma singularidade, como no Big Bang, mas um "grande encontro" de um universo anterior em colapso, semelhante a um buraco negro. Até onde pude verificar esta teoria não tem evidências reais.

·         Seleção natural cosmológica

Segundo a seleção natural cosmológica, a origem do universo seria uma extensão da teoria de Darwin. Esta parte é interessante, poiso darwinismo, nada mais é que a aplicação da Lei Natural, sob a ótica da Teoria Cosmológica Espírita Possível. Ver meu livro – Uma Breve História do Espírito.

Assim, para o físico teórico Lee Smolin, criador da teoria, existem diversas variáveis que impossibilitariam a organização do universo e do surgimento da vida. A maneira de regular esse acaso seria a existência de um processo seletivo cosmológico que permitiu que nosso universo surgisse a partir de outro muito similar.

A questão aqui é a transferência da criação do universo e da vida, para um universo anterior, pré-existente, semelhante ao da teoria do Universo Oscilante. Novamente, em ambos os casos como se dará o surgimento do Espírito?

Além disto, gosto muito de algo que o físico brasileiro Marcelo Gleiser escreveu em seu livro – A dança do Universo – no final tudo gira entorno de duas ideias – as de que o Universo teve um começo e outra a de que o universo sempre existiu (vejam a figura 10.3 - abaixo). Nós espíritas, ficamos com a que inclui a causa Primaria de todas as coisas, criação a partir de algo – Deus.

 


Este artigo acima foi publicado originalmente no Jornal Abertura - julho de 2024

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Para abrir mais a sua mente: Leiam: Uma Breve História do Espírito de minha autoria: https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=200:uma-breve-historia-do-espirito-alexandre-cardia-machado

Leiam também o recém lançado - A Evolução dos espíritos, da matéria e dos mundos – de Gustavo Molfino e Reinaldo di Lucia.

 - https://cepainternacional.org/site/pt/phoca-ebooks?download=277:a-evolucao-dos-espiritos-da-materia-e-dos-mundos

 Este artigo acima foi publicado originalmente no Jornal Abertura - edição janeiro/fevereiro de 2024

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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Pauta identitária, um radicalismo que pode ser inútil e perigoso. Um convite a reflexão - por Roberto Rufo

 

Pauta identitária, um radicalismo que pode ser inútil e perigoso.    Um convite a reflexão                                                                                 

"Um radical é um homem com os pés firmemente plantados no ar". (Franklin Delano Roosevelt)

 "A vida é construída nos sonhos e concretizada no amor". (Chico Xavier)

O ex-ministro de vários governos petistas Aldo Rebelo, em recente entrevista classificou a linguagem neutra como algo inaceitável, um atentado à sociedade nacional. Segundo ele, trata-se de uma tentativa de criar outra língua e inventar palavras para impor à sociedade outra forma de cultura. Para o ex-deputado, outra invenção, o chamado  “identitarismo” é “uma criação das grandes corporações”. Querem transformar o Brasil em um país de brancos e pretos.

“ É uma permuta. As corporações, o capitalismo, o sistema financeiro transformou a luta identitária em uma ilusão de igualdade para negar a igualdade, como se fosse possível igualdade de gênero, de raça, linguística, de orientação sexual sem que esse sistema fosse alterado” disse o ex-ministro.  A Doutrina Espírita corrobora essa afirmação de que o atual sistema precisa ser alterado na pergunta 806 - A desigualdade das condições sociais é uma lei natural? Os espíritos dizem que não, que a desigualdade é obra do homem e não de Deus. A busca da igualdade tem que ser feita sem criar divisões entre cidadãos.

A pauta identitária, a meu ver, mais exclui do que aproxima as pessoas, tanto é verdade que os grupos supremacistas nos EUA apoiam que deve se assim mesmo, o negro e o branco devem ficar cada um no seu lugar, sem se misturar. Em tempos que nos pedem reflexão o Espiritismo tem palavras esclarecedoras para o nosso trabalho de autoaperfeiçoamento sem abrir mão da convivência pacífica. Pode parecer piegas, mas não nos esqueçamos que somos todos irmãos. Vamos aplaudir e apoiar a diversidade humana com respeito e fraternidade. Allan Kardec sempre procurou princípios na Doutrina Espírita que revelem leis sábias e eternas. Lei do amor, da caridade, da imortalidade da alma, da reencarnação, da evolução são os nossos parâmetros para compreensão do ser humano.

Vejam o estrago causado pelas políticas identitárias na Universidade de Harvard nos EUA. A reitora negra Sra. Claudine Gay teve que renunciar ao cargo de prestígio, primeiro por compactuar com o antissemitismo ( aversão atávica aos judeus) sendo conivente com atitudes antissemitas na universidade. O seu esquema mental era de equiparar judeus a brancos opressores. Foi também acusada de plágio, o que não conseguiu explicar a contento. Nunca escreveu um livro e os seus artigos publicados eram considerados insignificantes. Aí vem a pergunta, como essa senhora chegou ao cargo de reitora de tão prestigiada universidade? A resposta é óbvia: foi escolhida pela cor da pele com apoio sistemático do departamento de estudos africanos e afro-americanos. Seu argumento foi aquele lugar comum: "sou vítima do racismo", o que não se sustenta, pois, a reitora da Pensilvânia, Elizabeth Magill foi obrigada a renunciar por razões semelhantes sendo branca e loira. O citado Aldo Rebelo alerta justamente contra esse perigo, a divisão da sociedade pelas pautas identitárias. 

Vejam que belo texto da Gênese e da Revista Espírita:

"Com a reencarnação, desaparecem os preconceitos de raças e de castas. A reencarnação se funda numa lei da natureza, o princípio da fraternidade universal, da igualdade dos direitos sociais e principalmente o direito à liberdade". (A Gênese, cap. I e Revista Espírita 1867). Pode-se notar então que na Doutrina Espírita vigora o mais absoluto respeito à diversidade humana, sem preconceitos de nenhuma espécie. O Espiritismo não adota, portanto, discursos de ódio e ou separatistas.

Artigo publicado no Jornal Abertura de janeiro-fevereiro de 2024.

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