Mostrando postagens com marcador novo pensar espírita. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador novo pensar espírita. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 13 de outubro de 2014


Pensando a moral do século XXI

       
       Qual o futuro pelo qual devemos nos empenhar?, pergunta o comentarista de um livro muito interessante que acabo de ler.
       O livro de nome "Pensando o século XXI" de autoria de Tony Judt com colaboração de Timothy Snyder, ao analisar os principais fatos políticos do século XX pretende tornar-nos conscientes das obrigações do presente com o passado, conhecendo-o nas suas entranhas e principalmente tecendo considerações morais na reforma da sociedade.
       O século XX de cunho nitidamente materialista no que tange ao mundo ocidental, seja na ciencia como na política, acabou se revelando naquilo que era a maior preocupação moral de Allan Kardec, qual seja, o triunfo do materialismo.
       O motivo da preocupação: o materialista tem sempre uma tendencia muito definida de escamotear a verdade, transformando-a numa verdade única.
       O livro "Pensando o Século XX", nos apresenta análises de um intelectual sem agenda partidária e que abandonou teorias sistemicas que adoram um holofote, mas escondem cenários que não lhes são favoráveis. 
       Felicidade a nossa, dos espíritas,que desde Allan Kardec nunca nos engajamos em movimentos aparentemente "revolucionários", mas que adoram enquadar todas as pessoas dentro de um único figurino.Avessos ao debate de idéias, adotam sempre a regra de desqualificar os oponentes. Hoje trocaram o nome para desconstruir o adversário.
       Tony Judt faz uma crítica severa a um grande grupo de intelectuais engajados da história do século XX, os quais aprovavam entusiasticamente o uso da violencia, geralmente a uma distancia segura e sempre a custa dos outros.
       O Espiritismo é e sempre será contra o uso da violencia como forma de convencimento. O intelectual engajado se imagina detentor de informações exclusivas e perfeitas.
       Pai, afasta de nós esse cálice.
                
                Roberto Rufo

      

                    

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Joaquim Barbosa vai se aposentar e sua relação com o Espiritismo, por Alexandre Cardia Machado

Barbosa vai se aposentar


Creio que boa parte da população brasileira ficou decepcionada, afinal, depois de muito tempo tivemos um “paladino da justiça” uma pessoa séria, de gestos exagerados mas com firmeza de propósitos.

Joaquim Barbosa sofre de uma doença degenerativa que lhe cause mauitas dores, tornando um sacrifício participar dos longos debates que ocorrem no Supremo Tribunal Federal - STF, certamente será uma grande perda para a justiça brasileira.



Qual a razão real da aposentadoria? Teria sido a dor, mesmo ou a falta de motivação para Barbosa antecipar sua aposentadoria? Ou o fato de ele estar um tanto isolado na presidencia do Supremo, com posições destoantes da maioria dos juízes o maior fator gerador da decisão?

Acreditamos que pela sua trajetória, não teria sido este último motivo, o principal, Barbosa deve ter seus planos futuros, quem sabe embalado pela alta popularidade. Talvez não se aproveite dela neste momento quando ainda não está resolvido o chamado “mensalão” e, quem sabe, saindo antes, não ficaria comprometido com o resultado final de todas as revisões processuais.

Seu par no STF, o ministro Marco Aurélio Mello disse “lamentar a saída do presidente do STF e entende devido ao seu estado de saúde. “(Barbosa) Veio a ser relator de uma ação penal importantíssima no que o supremo como colegiado acabou por reafirmar que a lei é lei para todos, indistintamente. Acabou por revelar que o processo em si não tem capa, processo tem conteúdo”, disse Mello, referindo-se ao julgamento do mensalão” Segundo o portal Terra.

A verdade que fica é que por alguns anos tivemos uma luz brilhando em Brasília, não o vimos como perfeito, mas pelo menos víamos um baluarte contra a corrupção.

O Livro dos Espíritos nos ensina que devemos trabalhar até o limite de nossas forças, Barbosa não é espírita, mas é um homem de bem, ele certamente se aposentará, mas não parará de trabalhar, aguardemos seus próximos passos.

Quanto ao STF, a Presidência da República terá oportunidade de indicar o seu substituto, como reza a constituição brasileira, se pensarmos bem, este dispositivo deveria ser modificado, quem sabe um modelo mais democrático, onde a população de alguma forma pudesse participar.

Vemos em outros países supremas cortes que simplesmente ali estão para aprovar atos do Executivo, não estamos assim no Brasil, seria injusto nos referirmos aos nossos ministros, desta maneira, temos sim escolas distintas de formação que neste momento, em sua maioria, não seguem o mesmo caminho de Joaquim Barbosa.

Como espíritas e cidadãos nos interessa um judiciário forte, capaz de usar do seu poder de decisão, na forma mais equilibrada possível. Ficaremos atentos.

 

segunda-feira, 3 de março de 2014

Voto Consciente visão Espírita - Rosana Régis de Oliveira

04 de março de 2014

Voto Consciente  

                                        Rosana Regis e Oliveira

         
                O artigo da escritora Lya Luft, publicado na revista Veja do dia 26 de fevereiro, resume tudo o que penso sobre o poder do voto consciente. Diz a escritora: ..."Podemos ser mais dignos? Podemos melhorar de vida?......Podemos uma porção de coisas melhores em nossa tumultuada vida? Podemos ser mais dignos e altivos? Não sabemos para que lado nos virar, onde procurar, a quem recorrer.Talvez a esperança seja não a destruição de ônibus, a quebradeira de lojas, a insensatez desatada. A esperança pode estar no gesto mais simples, breve, pequeno, porém transformador, desde que a gente saiba o que está fazendo, o que deve fazer: O Voto. Para que o voto seja esta esperança transformadora é preciso se informar, debater e descobrir algum nome a quem confiar esse voto ou acabará significando nada. Precisamos melhorar logo, para que o país não lembre uma nau sem rumo."
               Creio que é nele que todos nós temos o poder de mudar. Portanto leitor, pense muito antes de votar, leia, se informe e não deixe de propagar suas idéias aqueles a sua volta. Deixe seu comentário e debata com a gente sobre o voto!               

domingo, 12 de maio de 2013

O Dilema dos Laicos – Jaci Régis

Os espíritas que acreditam que o Espiritismo é uma religião estão definidos. Eles, sejam simples pessoas ou acadêmicos e doutores, aceitam a religião e, ao revés de Kardec, afirmam: “a nossa fé (verdadeira) despreza a razão em qualquer época da humanidade”. Não temos, todavia, nada com isso. É o caminho escolhido e certamente toda generalização é cruel e falsa.




Mas e quanto aos laicos?

O laicismo é, por definição, a separação do Estado e da religião. Isso porque a religião, aqui entendida como instituição física e espiritual, se impôs sobre o Estado, talvez porque, na verdade, representava a nação.

Os espíritas laicos não são religiosos e, às vezes, contra a religião. Todavia, será possível desligá-lo, na prática, dos religiosos?

Não apenas em suas instituições que, de maneira geral, seguem o modelo tradicional dos centros espíritas religiosos, como na mentalidade.

Devido a isso, fizemos a proposta de denominar os “laicos” como espíritas kardecistas. Aí as controvérsias repousam na semântica, do gostar ou não de substituir “espiritismo” genericamente, por “kardecista”, especificamente.

Às vezes, como disse o rei Herodes Agripa para Paulo de Tarso: “as muitas letras”.

Isso pode acontecer a miúde entre os intelectuais laicos, não raro pelejando sobre palavras e ditando doutrina sobre exceções.

O que precisamos é uma mínima identidade de vista para que nosso segmento seja claramente distinguido dos religiosos, porque somos diferentes e nada mais que isso.

Diferentes porque temos um modelo distinto para nortear nosso entendimento.

Somos minoria e aceitar essa condição impõe, também, a não dispersão de forças.

Todavia, o ponto crucial desse problema é evitar o centralismo e manter a relação de entendimento.

Aliás, é o que queria Kardec na sua Constituição do Espiritismo. Unidade de vista, abertura mental. O que também levanta outro problema, porque exige flexibilidade de estar aberto ao novo, sem desprezar as raízes.

Há entre certos espíritas a tendência de acreditar na infalibilidade da ciência e questionar as bases da Doutrina, chegando quase ao materialismo espiritual, se isso fosse possível.

Outros artigos de Jaci Régis:


Livros de Jaci Régis a venda pela Internet:

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/livros-de-jaci-regis-venda-pela.html

Um ano sem a presença física de Jaci Régis

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/um-ano-sem-presenca-fisica-de-jaci.html

Do Jesus Pré-cristão ao Jesus Cristão - Jaci Régis

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/do-jesus-pre-cristao-ao-jesus-cristao.html


Jaci Régis biografia e vida – por Ademar Arthur Chioro dos Reis

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/jaci-regis-bibliografia.html

Ligação espírito cérebro

http://icksantos.blogspot.com/2009/08/ligacao-espirito-cerebro-jaci-regis.html


terça-feira, 2 de abril de 2013

A Palavra mais certa - Texto de Jaci Régis publicado mais uma vez no ABERTURA julho de 2012

Fui visitar meu velho companheiro Athanazildo, que no passado foi parceiro nos embates que travamos no meio espírita.


Desde há muito ele se afastou e poucas vezes nos encontramos. Mas soube que fora operado do intestino. Encontrei-o animado. Recebeu-me com carinho. Depois de falarmos sobre sua cirurgia e as perspectivas futuras de sua saúde, passamos a conversar, como persistentes analistas dos problemas humanos.

-Tenho acompanhando teu trabalho no Espiritismo. Leio sempre teus artigos e livros. Certamente concordo com tuas idéias. Mas confesso que te vejo numa batalha difícil, talvez sem vitória possível.

-Eu sempre penso que nos compete lançar as sementes. O tempo e as pessoas é que serão, no futuro, os frutos, os que te acompanharão ou não. Mas confesso que é sempre muito bom abrir novos caminhos. Sinto-me confortável em poder ver e pensa as coisas de outros ângulos.Caminho com cautela, mas decidido.

-Você sempre foi visionário, sorriu.

-Não se trata de ser visionário. Mas caminhar sem medo, rompendo com velhos conceitos e enfrentando, a principio, a própria incerteza e prosseguir. É saltar sobre obstáculos e sentir liberdade.

-E a nossa Mocidade, perguntou, lembrando o tempo em que éramos membros da juventude espírita.

-A Mocidade que nos moveu a adolescência e a juventude, meu amigo, está a passos lentos...

-Que pena. Éramos tão felizes....

-Ela reúne uma ou duas dezenas de jovens que não parecem aspirar a liderança. E quando se é jovem e não aspira a liderança estamos incapazes de enfrentar obstáculos e conflitos.

-Lamentável...

-Esses jovens, a maioria oriunda de famílias espíritas, estão mergulhados até o pescoço na cultura materialista deste tempo. Comportam-se, pensam e vivem como a maioria, incapazes de resistir, de trilhar um caminho próprio, diferente. Justamente porque não sentem necessidade disso.

-E os teus companheiros que formavam contigo uma brilhante brigada pelos ideais espíritas?

-Bem, como você sabe, quando eclodiu a crise e fomos literalmente expulsos do Espiritismo cristão, as coisas mudaram. Aquele pequeno grupo, José, Ciro, Miguel e eu se desfez.

-Ficastes só?

-A solidão é emblemática na vida. Todo o ser humano é, constitucionalmente, solitário. Por vezes, o amor rompe essa solidão na relação afetiva profunda. Também a amizade é canal de liberação dessa solidão. Meus amigos seguiram seus caminhos.

-Esse caldo materialista parece realmente dominar a sociedade. Todas as coisas seguem um caminho mais ou menos parecido. Vejo até as religiões se preocuparem não com a espiritualidade, mas com o sucesso, a felicidade aqui e agora.

Ele fez uma pausa e continuou.

-Não encontro a palavra certa para exprimir o que sinto. Não quero condenar o mundo, nem as pessoas. Vejo todos apressados em busca de um objetivo diluído no amanhã. E falar em espiritualidade parece deslocado do tempo. Porque quase sempre sugere uma divisão irremediável entre o real e a fantasia..

-Como assim, perguntei.

-É tradicional na nossa cultura, dar à espiritualidade um sentido místico, ter fé, uma certa negação da vida corpórea, uma aspiração de felicidade além. Por outro lado, gostar da vida corpórea, produzir bens, vencer profissional e economicamente, aproveitar o talento, parece perder a vida. .

-Talvez você tenha razão. A visão atual é de desencanto com a espiritualidade. Como você disse olhada com certo desinteresse para não dizer o pior. A conjuntura criada, imediata, consumista vê a morte como fim. E o Espírito, a alma ficam como remotas crenças que não ajudam a criar uma vida feliz. O sucesso econômico, sobretudo, parece ser o que mede a vitória ou o fracasso. Surgem os problemas existenciais, a depressão, o medo e o egoísmo parece ser a defesa correta nessa luta.. No afã de garantir a vida, a maioria literalmente se perde na impossibilidade de realizar seus sonhos, desejos.

. -É muito difícil falar sobre a espiritualidade sem suscitar a resposta de que os tempos são outros, que não é bem assim... A vida voltada para Deus, no passado, era exatamente o afastar-se do convívio, das emoções, dos desejos. Agora as pessoas querem ser feliz aqui mesmo enquanto vivas.

Despedimo-nos.

Na volta, ouvi no radio a canção do Gonzaguinha que diz

“Busquei a palavra mais certa,

Vê se entende meu grito de alerta” .

Ponderei que justamente o difícil é encontrar a palavra mais certa, para exprimir no delicado terreno das concepções, que espiritualidade não é fuga do real, mas positivamente abraçar o real, com a certeza que encontrar em nós as almas ou espíritos somos.

Procurar a palavra mais certa para explicar que as aspirações de um mundo melhor, de uma vida equilibrada e uma sociedade mais justa começam dentro de cada um de nós. Porque somos sempre o fruto de nós mesmos.

Eu gosto de dizer a frase “ que se leva da vida é a vida que a gente leva”, significando a importância de nosso estar no mundo, de nosso viver. Sem esconder emoções, sem aprisionar-se em medos. Mas abrir o coração e caminhar, com a naturalidade da vivência da inteligência e o afeto.

Vi na televisão um anúncio de um belo modelo de automóvel que era apresentado como o grande desejo e terminava com a frase ‘o que se leva da vida e a vida que você leva”..

Porque a vida é comprometimento.

Palavra certa muito pouco ouvida e sobretudo vivida.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cuidar bem do corpo e sua relação com os cuidados da alma - por Bruna Regis Machado

“O exercício das faculdades depende dos órgãos que lhe servem de instrumento”, respondem os espíritos, em relação a pergunta 368 do LE., e a partir daí podemos entender a importância do corpo para a evolução da alma, mais especificamente, podemos pensar que a saúde do corpo, permitindo que este funcione com toda sua capacidade, exercem um papel fundamental no desenvolvimento do espirito.




Simples iniciativas no nosso dia a dia fazem com que aumentemos nossa saúde e obtenhamos um beneficio muito maior ao longo dos anos. Muito se fala na saúde do corpo, que é exaltada em milhares de revistas, documentários, reportagens e etc, mas normalmente com uma ênfase maior na preocupação estética, ou no máximo com o intuito de prevenir alguma doença. Pouco se fala na importância da saúde física como um meio para o desenvolvimento pleno das habilidades da mente. Nosso cérebro necessita que o corpo esteja em equilibro para que possa aumentar sua capacidade produtiva, e para isso é preciso tomar certos cuidados. Por exemplo, funções cerebrais como o armazenamento da memória, nossa capacidade criativa ou mesmo o processo de aprendizagem depende da oxigenação correta do cérebro. O cérebro utiliza 20% da energia do corpo, necessitando de constante oxigenação recebida pela corrente sanguínea, e se utiliza de 25% do oxigênio inalado.

Pois bem, para que isso ocorra, é preciso que o nosso sangue não esteja contaminado com gorduras em excesso, que a capacidade pulmonar seja constantemente trabalhada por meio de exercícios e que o coração funcione corretamente. Nosso corpo foi tão inteligentemente construído que cada debilidade nos órgãos influencia diretamente na nossa capacidade mental, e por isso temos que cuidar tão bem de nossa saúde. Ora, se a saúde estiver boa, isso significa que meu espirito então também esta bem, já que se utiliza do corpo para se manifestar? Não exatamente, eu diria que, com a saúde, metade dos problemas estão resolvidos. A outra metade consiste no que fazemos com a nossa mente, ou seja, como toda essa capacidade é aplicada. Nossos pensamentos também são grandes responsáveis pela saúde do espirito, se nos deixamos ser levados por emoções como raiva, ciúme, rancor, ambição, entre outras, estamos automaticamente comprometendo nossa saúde e nosso espírito, pois estes sentimentos são como venenos que ingerimos e que levam um bom tempo para serem curados. Ter consciência dos nossos pensamentos e sentimentos é o primeiro passo para ter uma vida melhor. Todos queremos ser felizes e praticar o bem, mas muitas vezes não percebemos o quanto sentimentos negativos nublam nossa visão da vida, afetando nossa percepção e consequentemente atrasando nosso desenvolvimento.

A conquista da saúde da mente, do espirito e do corpo é um trabalho constante, mas que gera inúmeros benefícios, pois permitem que trilhemos nossos caminhos de maneira mais equilibrada, balanceando nossas energias físicas e psíquicas. Por isso, é preciso prestar atenção diariamente em quais energias estamos usando para alimentar nosso corpo, seja ele físico ou espiritual e procurar sempre optar pela alternativa mais saudável, assim, viveremos muito mais e melhor.



Bruna Régis Machado – é Administradora de Empresas e reside em São Paulo, Ex presidente da Mocidade Espírita Estudantes da Verdade do CEAK – Santos-SP. Co-autora do blog Primal Brasil - Sabedoria ancestral na vida moderna.
http://primalbrasil.com.br/

Artigo originariamente publicado no Jornal Abertura - Março de 2011.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Abrindo a mente - Ainda a questão de Marte – Dezembro 2012

Ainda a questão de Marte

Alexandre Cardia Machado



A Nasa disponibilizou mais algumas informações preliminares a respeito das amostras coletadas e analisadas pelo robo Curiosity. “Ao aquecer as amostras, eles também conseguiram detectar uma quantidade significativa de água na areia, junto com algum dióxido de carbono, oxigênio e dióxido de enxofre.” Estes são os elementos que formam os tijolos da vida.

Seguiremos atentos, pois uma vez que seja observada a existência de vida fora da Terra estabeleceremos um novo patamar para o conhecimento científico, para a filosofia e, fundamentalmente, para as religiões. Se não estivermos sozinhos agora ou no passado, como quem sabe constaremos em Marte, toda a base religiosa de um Deus que nos fez a sua imagem e semelhança cairá por terra , ou melhor, cairá pela evidência universal.

A questão da Educação científica

Este não é um problema só com os espíritas, de uma forma geral as pessoas não se interessam muito pelos detalhes científicos e preferem, claro, a tecnologia aplicada. Mas tecnologia não se faz sem ciência básica. Como nosso país tem um déficit educacional, o tem maior ainda em ciência.

Hoje com a internet e com as mídias eletrônicas é possível planejar aulas muito mais interessantes e isto é o que vem fazendo nos EUA, Salman Khan, na área de filosofia e, mais recentemente, o Gaúcho de 22 anos, Miguel Andorfy, que começou a fazer o mesmo com conceitos matemáticos no YouTube.

O espiritismo já tem alguns bons conceitos e palestras na Internet, há que procurar bem, mas é possível encontrar. Talvez este seja um caminho a seguir rapidamente para difundir os conceitos atuais da Teoria Kardecista.

Prêmio Jovens Inspiradores

Miguel Andorftty foi um dos quatro ganhadores do Prêmio dado pela revista Veja e Fundação Estudar. Foi um dos quatro ganhadores entre 8000 candidatos. Miguel faz um trabalho semelhante à Salman Khan, ensinado cálculo via internet. Saber que tantos jovens estão fazendo algo capaz de mudar a sociedade para melhor é um reforço à ideia que veiculamos insistentemente. Só melhoraremos o planeta à partir de investimentos fortes em educação básica e universitária.

Um mundo, uma escola

Salman Khan lançará no Brasil seu livro “The one world Schoolhouse: Education Reimagined”. Khan se notabilizou por criar vídeos de assuntos importantes em 40 áreas de conhecimento, em geral com até 2 minutos, tempo que ele acredita ser o máximo que os jovens são capazes de manter a atenção. Seus vídeos já foram assistidos por 200 milhões de pessoas.

Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura - Dezembro de 2012  

Outros artigos de Alexandre Cardia Machado:


Pode o Pensamento deslocar-se acima da velocidade da luz?

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/pode-o-pensamento-deslocar-se-acima-da.html


Abrindo a Mente - Uma entrevista com Hernani Guimarães de Andrade

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/abrindo-mente-uma-entrevista-com.html


Curso sobre a EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL

http://icksantos.blogspot.com/2009/06/blog-post.html


Abrindo a mente - A pluralidade dos mundos habitados e o critério de falseabilidade por Alexandre Cardia Machado
http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=2096406799399550055

Abrindo a mente:60 bilhões de humanos – nossa história. Por Alexandre Cardia Machado
http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=1617735720002438799

O Ser Humano e a Evolução- - Uma análise pré-histórica
http://icksantos.blogspot.com/2011/12/o-ser-humano-e-evolucao-uma-analise-pre.html

Abrindo a Mente - 7 bilhões de humanos – estaríamos ‘raspando’ o umbral? Por Alexandre Machado
http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=4262199681238734422

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tragédia de Santa Maria e os nossos filhos por Roberto Rufo

Uma pequena contribuição de minha parte por esse momento muito triste que passa o país .


SOLIDARIEDADE E REVOLTA .



" Diante da noite carregada de sombras , lembre-se do amanhecer “ . ( Emmanuel , psicografado por Chico Xavier ) .

                                                                     Foto do site Terra


Quando a gente coloca filhos no mundo , estamos cientes das alegrias e tristezas que podem advir deste ato . Mas todos querem ter o prazer de tê-los , pois não há nada tão saboroso do que vê-los crescer , evoluir , tornarem-se adultos , e por sua vez tornarem-se pais , com a chegada dos seus filhos . É a marcha da vida , onde o nascer e o morrer soam tão naturais . E o natural nos parece é irmos embora primeiro , os filhos ficarem e assim sucessivamente .


Infelizmente nem sempre isso acontece . A imprudência , as falhas de fiscalização , a ganância têm o poder de quebrar esse ciclo que nos parece tão natural .  Costumo dizer que se pudesse pedir algo especial a Deus , seria que me levasse primeiro para não ser testemunha da partida , mesmo que temporária de um ente querido . Todavia esse é o desejo de todos os pais .  O Espiritismo tem um forte conteúdo consolador por nos provar a existência de outras vidas e as futuras reencarnações que virão . Isso não impede a dor do afastamento precoce das pessoas a quem amamos tanto . É natural . Além disso , o Espiritismo também nos alerta da enorme consequência dos nossos atos e comportamentos , pois eles certamente têm influência na nossa vida e de outras pessoas .


Uma tragédia como a de Santa Maria ( RS ) , não tem nada a ver com resgate coletivo , ou outras bobagens que se costuma apregoar nos meios espíritas , quando fatos dessa natureza acontecem . Essa tragédia é fruto da negligência , falta de cuidado e total desprezo pelos seres humanos que frequentavam a
boate Kiss em Santa Maria . No momento espero que aquela comunidade gaúcha mantenha a calma , ore por seus parentes , mas que seja também tomada pela revolta , que nas palavras do escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo é a única emoção útil para o porvir , pois pode acelerar consequências .

As demais emoções , completa , são manifestações humanas de solidariedade .


A presidenta Dilma chorou , eu chorei , me colocando no lugar daqueles pais que ligaram centenas de vezes para o celular de seus filhos , na esperança vã de ouvir um alô abençoado . Mesmo tendo já 27 anos , ligo para o meu filho solteiro quando demora para retornar de mais uma balada . Que alegria e tranquilidade ouvir a sua voz do outro lado da linha . Meu amado filho está vivo .


Penso que talvez fosse mais prudente e inteligente aos jovens procurarem outros meios de expressarem a sua vontade de viver , de participar , de se comunicarem socialmente . Hoje temos essa tragédia num incêndio em Santa Maria , ontem inúmeras mortes por acidentes de carro , ao retornarem das baladas muitas vezes embriagados . As estatísticas no Brasil são estarrecedoras .


Se tivesse que dizer algumas palavras aos parentes das vítimas , faria uso da indagação de Allan Kardec se a felicidade terrestre é relativa à posição de cada um e se há uma medida de felicidade comum a todos . Nossos amigos espirituais respondem que para a vida material é a posse do necessário ; para a vida moral é a consciência tranquila e a fé no futuro .  Só resta mesmo nesse momento manter a consciência tranquila e a fé no futuro .


Finalizo com as palavras do poeta e cronista gaúcho Fabrício Carpinejar , e tenho certeza que muitos pais se identificarão com elas :

“ Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço . Não vão se lembrar de nada . Ou entender como se distanciaram de repente do futuro “ .


Roberto Rufo .

NR: 27/01/2017: Ainda ninguém foi preso.

A tragédia na boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que provocou a morte de 242 pessoas completa quatro anos nesta sexta-feira (27).   
O incêndio, considerado o segundo maior já registrado no Brasil, foi provocado por um integrante da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local. Ele acendeu um sinalizador que emitia fagulhas e logo atingiram o teto revestido de espuma, que rapidamente pegou fogo.   
De acordo com o inquérito policial, 28 pessoas foram apontadas como responsáveis, entre elas os dois donos da boate, um músico e o produtor da banda, que são denunciadas por homicídio.   
Além disso, quatro bombeiros foram denunciados. Um foi absolvido, dois condenados pela Justiça Militar por expedição de alvará e outro pela Justiça comum por fraude processual. Todos cumprem penas em liberdade.   
Desde o incêndio, a Justiça já recebeu mais de 370 ações com pedidos de indenização familiares de vítimas e sobreviventes da tragédia. Do total, 250 ainda estão em andamento e 20 processos já foram julgados.   
Na madrugada de hoje, diversas pessoas se reuniram na Praça Saldanha Marinho e caminharam até a frente da boate, onde foi realizada uma vigília. Flores, velas e mensagens foram deixadas em frente ao local. (ANSA)
Leia Também:
A Tragédia da Boate Kiss - por Milton Medran Moreira:






quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Considerações sobre a Reencarnação - Jaci Régis

A Lei divina não cogita de ética ou moral. Ou seja, Lei Natural não é uma lei moral.


A ética e a moral são estágios criados a partir da racionalidade.




Nos estágios pré-humanos da vida terrena, o princípio da sobrevivência determina o comportamento, sem considerações de reciprocidade. Apenas o treinamento dos fatores que, posteriormente, comporão o comportamento do ser racional.

Na visão evolucionista, o princípio inteligente conhece nos conflitos da experiência que define o seu processo de desenvolvimento, a reciprocidade natural entre ação e reação, nos campos das relações de sobrevivência. Depois, no desencadeamento das mutações, ele sofrerá as consequências do choque da convivência e inscreverá na sua mente perene os rigores das respostas. A decorrência será a estruturação dos valores que se chamarão depois de “ética”, ou seja, a definição básica do certo e errado, bem e mal.

Já a moral é estabelecida pela autoridade, dentro de padrões criados pela observância das necessidades de manter um relativo equilíbrio nas relações humanas no círculo em que se desenvolvem, e também para garantir o poder.

Aí nascem as noções sobre o poder sobrenatural, a delegação de poderes a missionários e profetas, com as noções da culpa e da punição.

Ainda que esses sejam elementos historicamente encontrados nas civilizações de todos os tempos, constituem uma moral relativamente mutável, adaptável.

Não se pode confundir a reciprocidade da lei de causa e efeito com a polarização entre culpa e castigo, que numa serie infinita limitaria drasticamente o desenvolvimento do ser espiritual, perdido na circularidade permanente.

Somente essa perspectiva poderá dissolver a aparente contradição entre o livre-arbítrio como instrumento de expansão e evolução do ser espiritual e a Lei. Isto é, não existem limites morais na Lei. Os limites não estão fora, mas delineados e funcionam inevitavelmente dentro do universo pessoal, nos mecanismo do processo de causa e efeito.

A lei de causa e efeito é o princípio fundamental de balanceamento e reajuste constante da rota desdobrada pelo ser, na trilha evolutiva. Esse jogo permite a construção e reconstrução do equilíbrio interno.

Não se confunde, todavia, a questão da culpa como conseqüência da infrigência dos valores elegidos pessoal ou coletivamente, com o instituto da culpa como ação divina, resultado de um julgamento exterior. A pena de Talião é expediente que o próprio ser promove nos trâmites da culpa e da reparação.

A própria Lei Natural ou divina estabelece os mecanismos de manutenção do equilíbrio, definido como fator de balanceamento dos fatores concorrentes, visando o objetivo de manutenção e expansão positiva do conjunto.

O processo evolutivo do ser é instável porquanto ele estagia no nível de imperfeição natural em constante mutação, gerando desequilíbrio que, na reciprocidade da lei de causa e efeito, promove o equilíbrio, seja internamente, seja na relação com o outro, com o ambiente.

O livre-arbítrio, essa liberdade essencial, poderia levar à anarquia incontrolável, não estivessem gravados na consciência os parâmetros da Lei, construídos no conflito existencial.

Na trajetória evolutiva do ser espiritual, os fatores externos provocam repercussões que mobilizam suas potencialidades, reestruturando níveis mentais e motivações. Esses confrontos causam dor e sofrimentos que produzem situações penosas e insatisfatórias.

O equilíbrio é a felicidade ou a condição de satisfação e compensação do ser, ou se quisermos, podemos chamar de Eros.

A infelicidade é a quebra do equilíbrio com a criação de estados de desconforto e desintegração mental, ou se quisermos, podemos chamar de Morte ou Tanatos.

O interesse de preservação, ou instinto de conservação, que se instala no ser desde o início, e a necessidade que lhe é inerente de participar de relações compensatórias com semelhantes, são as forças propulsoras que o movem para a procura da homeostase.

A “inscrição na consciência” dos valores da Lei se dá, como se viu, na própria vivência dos conflitos e pelo desejo de preservação do ser e constitui, no tempo, os fundamentos da ética, considerada como o fator que estabelece o julgamento dos fatores para a persistência do ser.

No período humano, a ética e a moral se expressam, inicialmente, com o nascimento dos tabus, dos medos diante dos fatores naturais, nos mistérios do nascimento e da morte, e apelação para as forças sobrenaturais, no interesse da preservação pessoal e grupal.

Assim, como as forças do universo energético seguem um curso aparentemente ao acaso, mas permanecem dentro do fluxo orientador da Lei, o ser espiritual também parece seguir uma forma anárquica, sem limitações. Todavia, através dos mecanismos da Lei instalados pela experiência na mente do Espírito, o equilíbrio se faz invariável, mas não imediato.

Na dinâmica do processo, o que, dentro da visão sensorial sugere o caos, o acaso, na verdade, caminha para a busca do equilíbrio. A questão, nessa visão sensorial, se complica pela variável do tempo, cronológico ou sensível.

No modelo que estamos pensando, a evolução do ser inteligente só tem sentido se considerarmos a vida dele como uma estrutura imortal, dotado de um sentido natural de autopreservação, de imortalidade, realizada atemporalmente, da mesma forma que as mutações do mundo energético se impõem como condição de efetivação.

Nesse modelo não cabe o acaso, nem a vacuidade de intenções, pois há sempre a intenção de alcançar o patamar da satisfação, tanto na realização dos fenômenos biológicos e físicos, como nos fenômenos da consciência.

Não fora assim e o universo energético e a vida inteligente não teriam sido possíveis.

Não se trata de nenhuma imposição moral ou retaliação divina. O que se grava na consciência, quer dizer na memória profunda do Espírito, é os resultados das contradições vividas a partir do exercício vital, dentro do básico princípio de causa e efeito. Essa “consciência” retrata a realidade das reações aos atos e ações realizadas que, ao longo da experiência, estabelecem uma reação automática, condicionante, a motivando e ajuste imprescindível para o equilíbrio do ser, no conflito do conforto e desconforto existencial.

Não estamos esquecendo o valor das interações, dos conflitos entre as pessoas e a influência dos mortos na vida dos vivos. Nem a influência de entidades mais equilibradas na indução de encontros e respostas. Estamos enfatizando a auto-evolução, a escolha e principio do certo e do errado na decisão pessoal e coletiva.

Artigo recuperado e publicado no Jornal Abertura em agosto de 2012

Outros artigos de Jaci Régis:


Livros de Jaci Régis a venda pela Internet:

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/livros-de-jaci-regis-venda-pela.html

Um ano sem a presença física de Jaci Régis

http://icksantos.blogspot.com/2011/12/um-ano-sem-presenca-fisica-de-jaci.html

Do Jesus Pré-cristão ao Jesus Cristão - Jaci Régis

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/do-jesus-pre-cristao-ao-jesus-cristao.html



Jaci Régis biografia e vida – por Ademar Arthur Chioro dos Reis

http://icksantos.blogspot.com/2011/10/jaci-regis-bibliografia.html

Ligação espírito cérebro

http://icksantos.blogspot.com/2009/08/ligacao-espirito-cerebro-jaci-regis.html

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O que eu penso sobre crianças índigos e cristais? por Cláudia Régis Machado


Cláudia Régis Machado



A autora deste artigo é Psicóloga, com Pós Graduação em Psicopedagogia, autora do livro infanto-juvenil - Kadu e o Espírito Imortal e da Revistinha - Desafios do Kadu

Este tema retoma espaço devido à novela das seis horas “Amor, eterno amor” da Rede Globo que trata, como pano de fundo na trama, da existência destas crianças.


Foi uma onda, que começou no movimento “new age” (1982) onde a parapsicóloga Ann Tappe que por ter a possibilidade de ver a aura, observou que das crianças nascidas a partir do final dos anos 70, tínham ,segundo ela, uma aura azul, daí surgiu a expressão índigo. Tornando-se mais popular em 1999 depois da publicação do livro Crianças Índigos (Lee Carroll e Jan Tober) obtido por comunicação mediúnica.

Este tema já foi trazido ao jornal Abertura em agosto 2007 por Marcelo Régis que fez uma reflexão da qual compactuo. Divaldo Franco e alguns do movimento espírita trabalham com a ideia de crianças índigos e cristais como crianças especiais. Uma nova geração de espíritos reencarnantes, vindo de outra estrela, com o objetivo de iniciar a transição do planeta Terra para um mundo melhor.

Lendo como o assunto é abordado no Movimento Espírita, no fundo me entristece, como é possível que se apeguem a comunicações mediúnicas sem qualquer critério de avaliação e sem fundamento científico.Colocam que as publicações que Criança Índigo - são uma condição humana defendida pela pseudociência e a parapsicologia.

Uma Criança Índigo seria aquela que apresenta um novo e incomum conjunto de atributos psicológicos e que mostra um padrão de comportamento geralmente não documentado ainda. Geralmente são crianças irrequietas, inteligentes, onde os limites não são fáceis de serem estabelecidos.

Embora alguns livros tenham sido publicados nos últimos anos, não há comprovação científica sobre o fenômeno, bem como inexiste um sistema de classificação "crianças índigo" e "crianças cristais" , sendo mesmo até rejeitado por conselhos de pediatria e especialistas em educação infantil.

Não encontrei nenhum estudo que analise essas crianças levando em consideração o ambiente social, a modificação dos parâmetros da família, os novos valores da geração ou os novos modelos estruturais das famílias. Geralmente as explicações são cheia de especulações e ilações fantasiosas e místicas. Mostrando espíritas com uma grande dificuldade de ver a população do planeta Terra, capaz de buscar a evolução pelo seu esforço e empenho, insistindo na necessidade da vinda de seres especiais para provocar esta melhora.

Parece que não consideram a evolução como um processo natural aonde cada um vai conquistando a sua melhora com dedicação, persistência absorvendo as modificações culturais, econômicas e de progresso do próprio planeta. Infelizmente os espíritas e o movimento se envolve com assuntos nos quais a abordagem não é consistente e acabam por mostrar uma doutrina arraigada as explicações mediúnicas e religiosas.

Artigo originalmente publicado no jornal ABERTURA em junho de 2012

Artigos relacionados:

Entrevista com a Psicóloga Cláudia Régis Machado

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=3284182443467595521
Resposta da atividade da Coluna Brincando com Kadu


http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=8454870676877542008



E você? O que pensa sobre o assunto? Deixe o seu comentário.

sábado, 20 de outubro de 2012

Jogos Paraolímpicos - Editorial Jornal Abertura Setembro 2012



É lindo ver o que a força de vontade é capaz de fazer, ver aquelas pessoas pelas quais muitos teriam pena se esforçarem ao máximo em jogos de muito bom nível técnico, onde a dedicação é tão grande ou até maior do que nos Jogos Olímpicos.


Pena é coisa do passado. Hoje, jovens com má formação congênita se juntam em grupos para praticar esportes adaptados, ou não, e veem nisto uma oportunidade de viver com felicidade, de trabalhar sem preconceitos. Os resultados paraolímpicos brasileiros têm sido muito melhores do que os obtidos pelos atletas das Olimpíadas e, talvez exista uma explicação para isto. Somos um dos campeões mundiais de acidentes de trânsito; infelizmente este é o lado obscuro disto: um contingente enorme de jovens acidentados em motocicletas, engrossando o número de atletas paraolímpicos.

Como Kardecistas, não podemos deixar de lado esta grande demonstração, na vida prática, de que nada adiantaria imaginar que má formações ou acidentes fossem causados por erros em vidas passadas, pois a dinâmica da vida em sociedade tem seus meios de contrabalancear e encontrar alternativas para incorporar no trabalho, no esporte e no lazer este contingente de pessoas que, como cada um de nós, está nesta encarnação enfrentando todos os desafios que a vida proporciona.

Aqueles que imaginam que possa haver um determinismo por trás de tudo isto, se veem sem argumentos, pois os humanos dão sempre a volta por cima. Somos sobreviventes em um planeta em transformação constante e rumando para o progresso.

Prestamos nossa homenagem a estes brasileiros e também aos demais atletas de outras nacionalidades, que estão suando e buscando o máximo de si nestes jogos tão interessantes – é a prova clara de que o Espírito está sempre buscando uma forma de melhor se expressar.

A vida encarnada nos possibilita o aperfeiçoamento do espírito, como fruto de seu trabalho. E que trabalho desenvolvem estas pessoas especiais! O espírito alcança o seu progresso na razão e na boa vontade que emprega para adquirir as qualidades que lhe faltam, assim nos ensinou o professor Rivail.

Originalmente publicado no Jornal Abertura - Setembro 2012

Assuntos Relacionados

25 Anos de Jornal Abertura - Depoimentos de leitores

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=2945592657402052578


Seja nosso assinante - Jornal Abertura
http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8190435979242028935#editor/target=post;postID=8234831942021508019;onPublishedMenu=publishedcomments;onClosedMenu=publishedcomments;postNum=45;src=postname

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Ecologia à Luz do Espiritismo por Junior da Costa e Oliveira


Este artigo foi originalmente publicado no Jornal Abertura de agosto de 2011.
Releia o artigo e faça seus comentários:

ECOLOGIA À LUZ DO ESPIRITISMO

Junior Costa Oliveira

A ecologia é, atualmente, um dos temas mais discutidos pela sociedade em geral. Iniciaremos nosso estudo analisando o termo “Ecologia” em oikos (casa, lugar onde se vive) e logos (estudo de); e a sua definição como a ciência das inter-relações entre os organismos vivos e o meio ambiente.

Os estudiosos da matéria comentam que, desde cedo, o homem tem se interessado pela Ecologia e, já nos primeiros tempos, para sobreviver, precisava ter conhecimento definido do seu meio, procurando compreender as forças da Natureza em seus diferentes reinos (mineral, animal e vegetal). No início, o homem primitivo observava o céu, os ventos, a chuva, as variações das temperaturas, percebendo que estes eventos influenciavam o meio em que habitava, porém com o passar dos milênios, tem usurpado o seu meio ambiente, provocando uma série de eventos danosos.

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, em seu livro de 1992 “O equilíbrio da Terra”, mencionou que não surpreende que o homem tenha se tornado tão desconcertado com o mundo natural. O homem tinha uma ideia de um mundo sem futuro e, hoje, começa a entender através de experiências que, obrigatoriamente, a procura é pelo equilíbrio saudável dos elementos da natureza, com o equilíbrio saudável das forças dos sistemas políticos.

O Espiritismo tem dado a sua contribuição como ciência que se preocupa com o meio ambiente e suas repercussões, já que a natureza é um dos pontos que os espíritos (encarnados) utilizam para desenvolver suas habilidades, buscando atingir o progresso como ser imortal.

O Livro dos Espíritos, no capítulo V, Lei de Conservação, menciona que “a Terra produziria sempre o necessário, se com o necessário o homem contentar-se. Se o que nela produz não lhe basta a todas as suas necessidades, é que ele emprega no supérfluo, o que poderia ser empregado no necessário”. Entenda-se que o materialismo exacerbado é a causa de todos os eventos da natureza, pois o modelo econômico imposto à sociedade atual é fruto de produção de bens de consumo mais caros e sofisticados, produzindo além do necessário. Surge então uma nova questão nos dias de hoje: “Você já parou para pensar como é a nossa relação com o meio ambiente atual? Quais são as nossas responsabilidades perante a emissão de carbono na atmosfera, o aquecimento global, a produção cada vez maior de lixo e o possível esgotamento dos recursos naturais da Terra?” Emmanuel coloca no livro “O Consolador” que devemos entender a Natureza como elemento importante para o progresso espiritual do homem, pois ela é a própria essência de Deus, e o meio ambiente influencia de maneira decisiva a existência do espírito, pois afetará a sua personalidade, o seu progresso e a sua transformação como ser, buscando novas condições materiais e morais.

André Trigueiro, jornalista da Rede Globo, com pós-graduação em Gestão do Meio Ambiente, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, autor do livro “Mundo Sustentável” acredita que o Movimento Espírita tem que absorver e contextualizar, à luz da Doutrina, os sucessivos relatórios científicos que denunciam a destruição dos recursos naturais não renováveis. A preocupação com os atuais meios de produção e consumo precipitarou a humanidade na direção de impasse civilizatório, onde o lucro justifica os meios, além de atentarmos pelo uso insustentável dos mananciais de água e os seus efeitos (a desertificação do solo), o aquecimento global, a monumental produção de lixo e, finalmente, os efeitos colaterais de um modelo de desenvolvimento ecologicamente predatório, perverso e injusto.

A pergunta 799 do Livro dos Espíritos questiona “de que maneira o Espiritismo pode contribuir para o Progresso?” A resposta afirma que ‘destruindo o materialismo’, que é um ponto das chagas da sociedade, levando-nos a discutir e entender o que é necessário e o que é supérfluo. E, este ponto, passa pela questão moral, pois o espírita deve entender que quando o planeta adoece, o projeto evolutivo fica comprometido, e deve acreditar que não podemos ficar inertes. Alguns, em atitudes comodistas diante deste cenário, pensam que tudo se resolverá quando se completar o ciclo da Terra. Puro engano. Precisamos ficar em alerta e agir imediatamente, pois resta-nos esperanças de mudar este quadro, hoje, nada favorável.

A correção do rumo do desenvolvimento sustentável é possível, pois já temos vários diagnósticos que nos ajudariam a resolver o problema da água, mas nada está sendo feito e, segundo a ONU, sua escassez já atinge dois bilhões de pessoas. Existem tecnologia e vários pequenos projetos no mundo, de dessalinização da água dos mares, que poderiam ser multiplicados. André Trigueiro diz que a ciência ecológica oferece um amplo espectro de observação, interligando sistemas que variam do micro ao macrocosmo. O Espiritismo desdobra este olhar na direção do plano invisível, alargando enormemente o campo de investigação, pois a Ciência Espírita e a Ecologia são afins há pelos menos 150 anos, já que ambas têm a mesma visão sistêmica para a defesa da biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais, o consumo consciente e primam pelos projetos coletivos sem detrimento dos individuais.

E, finalizando, o Movimento Espírita deveria “acordar” para as oportunidades que o mundo oferece e contribuir com o vasto conhecimento sobre a vida material e espiritual que a teoria dispõe, a fim de que a evolução do espírito pudesse acontecer em um mundo auto-sustentável.

Portanto, espírita, sua participação é fundamental, mas para isso tem que haver ação efetiva, opinião pois, afinal, somos todos responsáveis pelo que fazemos ou deixamos de fazer. Mãos à obra!