Obstáculos ao progresso – uma reflexão de Alexandre Cardia Machado
Confesso que me
surpriendi pela semelhança de conteúdo, entre o texto que iremos reproduzir
aqui abaixo, com o editorial escrito por mim na mês passado, hoje revendo
jornais antigos me deparei com esta pérola editorial de Jaci Régis. Por acaso
ou não, coincide com um momento de grandes quedas de políticos. O texto “
Obstáculos ao Progresso” é de setembro de 2009, publicado neste jornal.
“ Allan Kardec
Perguntou:
781 – Tem o homem o poder de paralisar a marcha do
progresso?
- Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la.
O tema sugere
pensar no progresso como necessidade ampla da sociedade e da pessoa.
Não apenas o
progresso científico, econômico, mas o moral, do pensamento, da cultura.
No campo da moral,
pública e particular, além do respeito às leis, sobretudo no respeito recíproco
é a base real para que a pessoa cresça como ser e que se crie um ambiente
social minimamente saudável.
As recentes e
atuais controvérsias sobre o comportamento dos senadores da República, que têm
motivado a repulsa e o escárnio da maioria da população.
Vemos homens
públicos submetidos a constante investigação de sua propriedade, da sua moral.
Senadores de
vários partidos, da situação e da oposição, foram flagrados em ilícitos fiscais
e nepotismo, banalizando a serenidade do mandato de representantes de seus
Estados.
Homens que
envelhecem como protótipos de imoralidade, de uso indevido e criminoso dos bens
públicos. Traçando um caminho tortuoso e irônico sobre a moralidade, sobre a
capacidade do ser humano em se manter honesto.
A política é um
exercício de cidadânia imprescindível para o beméstar social;
Esses homens, com
comportamentos iníquos são pedras colocadas no caminho do progresso da
sociedade, motivando os que tendem à fraude a buscar um lugar nesse sol sem
calor que é a corrupção. E desanimando os que crêem na serenidade, no
equilíbrio e na honestidade.
O inquietante é
que são homens de fé. Vemo-los em missas e espetáculos religiosos empunhando o
terço, ou seja, ajoelhando numa expressão externa de fé, que todavia não são
paradigmas do comportamento diário. Alguns são sacerdotes de suas crenças.
Esse comportamento
é um obstáculo ao progresso moral, à saúde social.
Claro que a
sociedade tem meios de alijá-los do poder. Basta não votar neles. Expulsa-los
pelo voto consciente.
Esse é o
instrumento básico de democracia e deve ser usado positivamente pelo cidadão.
Em seu ensaio “ As
Aristocracias”, allan Kardec projeta a utopia pe uma elite “intecto-moral”.
Porque, na visão
dele “ A inteligência nem sempre constutui penhor de moralidade e o homem mais
inteligente pode fazer péssimo uso de suas faculdades”. O que aplica integralmente à maioria dos
senadores e, por consequência, a certos políticos, cuja inteligência é notória,
mas moralmente deficitária”.
Desde 2009 para cá
algumas coisas mudaram e vários políticos foram condenados pelo Supremo
Tribunal Federal e, pleno gozo de seu mandato. Demonstrando que o voto além do
voto a pressão do cidadão de alguma forma fez com que a Justiça atuasse como deveria ser,
protegendo a Constituição e o conjunto de normas legais que orientam a atuação
de todos os cidadãos.
NR: Texto publicado no jornal Abertura de Maio de 2016.
Antônio, estas enviando algum email ao ickardecista1@terra.com.br? Estamos de férias até Fevereiro. Mas sempre ohamos os emails.
ResponderExcluirAlexandre Machado