Metodologia
para provar as curas espirituais
Dr. Abrahão
Rotberg, 1986 – 7° congresso Espírita estadual – USE
Durante a
realização do 7° Congresso Espírita Estadual, o dr. Abrahão Rotberg, professor
de Dermatologia e 2° vice-presidente da associação Médica Espírita de São
Paulo, apresentou trabalho sobre “Metodologia da Avaliação das Curas por
entidades Espirituais”. Os conceitos do dr. Rotberg causaram repercussões
negativas em muitos congressistas, que diante do rigor da metodologia
apresentada, chegaram até a perguntar, se ele era realmente espírita. Isso é
explicado pela falta absoluta de qualquer rigor científico na análise dos
fenômenos mediúnicos ocorridos nos Centros Espíritas e a facilidade com que a
maioria se entrega, deslumbrada, a médiuns curadores que, vez por outra, surgem
como portadores de cura de todas as doenças, fazendo operações, inclusive com instrumentos
cirúrgicos.
O Jornal
Espiritismo e Unificação, antecessor de nosso ABERTURA em outubro de 1986
publicou um resumo que disponibilizaremos no blog do ICKS para revisão de
nossos leitores.
O trabalho do dr.
Rotberg é sério, calcado em princípios rígidos, que na verdade são os que,
efetivamente podem levar a uma avaliação correta e segura se a cura é realmente
proveniente de entidades espirituais. Neste artigo faz-se um resumo da tese do
dr. Rotberg.
Introdução
Segundo o dr.
Abrahão, a cura de doenças orgânicas e funcionais por ação de entidades
espirituais é francamente admitida pelo Espiritismo kardequiano. Por isso,
afirma que “o médico espírita admite, portanto, a possibilidade da intervenção
do mundo espiritual nos mecanismos, ainda que apenas por coerência com a
doutrina que abraçou”.
Entretanto,
adverte que “transformar essa possibilidade em probabilidade ou certeza, é
problema completamente diferente. “Será necessário, como em todas as outras
ciências, instituir uma metodologia de trabalho que possa produzir provas
satisfatórias desse tipo de atividade espiritual”.
Metodologia
O dr. Rotberg
formulou uma série de exigências criando uma tentativa de metodologia, que
guiaria os pesquisadores especializados na investigação médico-espírita.
O que ele
propunha em 1986
Exigência n°1 - O diagnóstico correto e preciso da doença a tratar
é fundamental para o estudo da
mediunidade curadora, incluindo além da observação clínica, exames
laboratoriais e instrumentais adequados. “Diagnósticos falhos ou incompletos
não permitem apreciar a evolução do processo.”
Exigência n°2 - Exclusão de doenças espontaneamente involutivas, ou
seja, doenças involutivas por mecanismos imunológicos, salvas algumas exceções
por ele informadas. Tais como: “ o herpes zóster (observação nossa – hoje já
existe vacina para isto desde 2017, mas não havia em 1986) espontaneamente involutivas
por mecanismos imunológicos, não é aceitável para a observação. Porém a neurite
zoster crônica, que sobrevive às manifestações cutâneas e que se tenha
manifestado rebelde a todos os tratamentos médicos tentados, poderá ser
admitida no estudo”
Exigência n°
3 - Exclusão de
doenças psicossomáticas e/ou influenciáveis por psicoterapia
A fama do médium,
a fé do paciente e o ambiente em que se realizam os trabalhos são formas muito
ativas de psicoterapia que inutilizam a comprovação da atividade mediúnica.
Exigência n°
4 – ausência de
terapêutica paralela. Se o paciente
receber terapêutica ortodoxa considerada útil para seu caso, paralelamente à
ação mediúnica, a comprovação do valor desta última estará obviamente
prejudicada. Esta é uma das maiores dificuldades práticas no estudo da mediunidade
curadora.
Exigência n°
5 – Exclusão da
possível atividade curadora direta do próprio médium, ou seja, o médium pode
ser capaz de animicamente ajudar pelo passe a cura do doente.
Exigência n°
6 – exigência de
acompanhamento da evolução por médico especialista – A avaliação dos resultados
do tratamento deverá ser feita a curto e longo prazos e se valerá de todos os
dados clínicos, laboratórios e instrumentais adequados para o caso em estudo. A
análise da evolução deve ser feita por um médico especialista.
Exigência n°
7 – exigência de
ambiente reservado e calmo
Exigência n°
8 – exigência de
documentação científica e comunicação ética
Conclusão
Estas exigências
podem ser excessivas e rigorosas, mas, haja visto o que é feito pela ANVISA no
caso das vacinas de COVID-19, nada do que se pede aqui está em desacordo com a
ciência, se quiséssemos determinar a validade de um tratamento espiritual de
cura, todo este processo deveria ser seguido.
Resumido por
Alexandre Cardia Machado
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