Amai os
vossos inimigos:
“Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos
que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está
nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova sobre
os justos e os injustos. – Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a
vossa recompensa?”
Esta frase de Jesus é
sempre um desafio a todos nós, mas interpretando com Allan Kardec, como
buscamos fazer abaixo , nos parece mais fácil de concordar – “2. “Se somente amardes os que vos amam, que mérito se
vos reconhecerá, uma vez que as pessoas de má vida também amam os que as amam?
– Se o bem somente o
fizerdes aos que vo-lo fazem, que mérito se vos reconhecerá, dado que o mesmo
faz a gente de má vida? – Se só emprestardes àqueles de quem possais esperar o
mesmo favor, que mérito se vos reconhecerá, quando as pessoas de má vida se
entreajudam dessa maneira, para auferir a mesma vantagem? Pelo que vos toca, amai os vossos inimigos, fazei bem a
todos e auxiliai sem esperar coisa alguma.”
- Evangelho Segundo o Espiritismo.
Neste momento em que vivemos é necessário apelar ao
bom senso e baixar o nível de ódio, que nos cerca, passamos pelo momento em que
uma Presidente da República está em
processo de Impeachment e o Presidente da Câmara dos Deputados está com seu
mandato suspenso onde, uma sensação de revanche, toma conta de grande parte da
sociedade. Este sentimento de revanche não pode ser, de maneira alguma, o
sentimento que nos move, em momento tão grave. Temos que ser motivados pela
concordância que o Poder Judiciário defende o direito da cidadania.
O momento é de encontrar meios de união, capaz de
permitir que o país volte a crescer, aumentando as oportunidades de trabalho
para a população.
As disputas políticas são a normalidade em uma democracia, perder ou
ganhar é parte do processo, se respeitarmos a Constituição, toda a disputa
política é valida. O que queremos dizer é, não importa o lado que cada um de
nós está, em alguns meses haverão novas eleições e em dois anos e pouco, uma nova
eleição para Presidente da República acontecerá. Ou seja é hora de trabalhar
para construir uma nova fase positiva que beneficiará a todos os brasileiros.
A sequência do texto do Evangelho leva à considerarmos as
reencanrnações, como um instrumento de ajuda no processo de reduzir o ódio, mas
não precisamos esperar tanto, temos que com maturidade, enfrentar o que está muito claro, houve aparelhamento da máquina
pública, com o objetivo de financiar um projeto político, feito de forma
ilegal, conforme amplamente divulgado pelas Delações Premiadas. Este grave
problema foi identificado e está sendo desmantelado, o erro não está nesta ou
naquela ideologia, mas sim na prática do ilícito. Ora, passado este momento, as
diversas correntes que busquem novas lideranças internas, pois só a pluralidade
é que permitirá o progresso reto da nação brasileira.
Há que se continuar investigando em todas as operações da Polícia Federal,
pois não há como conviver com a corrupção. Esta maturidade que nosso país
começa a atingir, quer no campo do Judiciário, quer no campo da Polícia Federal
– à partir de um novo marco obtido pela união da Receita Federal com a Polícia
Federal e do episódio do Mensalão, nos faz atingir um potencial investigativo
jamais possível. Para encontrar o corrupto, basta seguir as movimentações
financeiras, desde que todo o processo esteja revestido de um mandato judicial.
Esta interpretação, sabemos, não é unanime, alguns acham que a justiça
está ultrapassando os direitos individuais, não somos tão avançados no
conhecimento jurídico, mas a experiência comum é que a jutiça sempre é feita
considerando os dois lados o da acusação e da defesa, portanto este é o processo
e o contraditório é o normal. Errar, ser punido, aprender com o erro e
melhorar, está na basa de nossa Doutrina Espírita, faz parte da sabedoria
Divina e portanto é um processo natural. Aqueles que erraram precisam
necessariamente mudar seus métodos, rencontrar-se. Ficar com o pensamento
fechado em teorias de conspiração em nada ajuda. Há que se olhar para dentro e
renovar-se.
Que no próximo número possamos estar escrevendo sobre coisas mais amenas
e que diversifiquemos o nosso pensamento, bastante concentrado nestes problemas
que expõe diariamente a fragilidade
moral humana.
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